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Uma polêmica envolvendo Pelé virou assunto do noticiário esportivo britânico na terça-feira. O ex-jogador e ídolo do Liverpool Jamie Carragher, que trabalha atualmente como comentarista, afirma não acreditar que o Rei do Futebol alcançou a marca de mil gols na carreira, façanha noticiada em 1969, em jogo contra o Vasco, pelo Santos, quando o atleta tinha 29 anos.

A declaração foi feita durante o programa "Monday Night Football", do canal Sky Sports, em uma comparação entre Pelé e Cristiano Ronaldo - líder do quesito do futebol atual. A "teoria" foi compartilhada durante um debate com outros convidados, incluindo Gary Neville, ex-capitão e ídolo do Manchester United.

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"Eu falei sobre isso na reunião hoje. Eu disse que Pelé tem um pouco de mito. Não acredito nos seus mil gols. Mas não me parece legal, não é? Chamar Pelé de mito", disse Carragher entre risos.

No fim de semana, Cristiano Ronaldo balançou as redes três vezes na vitória por 3 a 2 do Manchester United sobre o Tottenham. Com os gols, o atacante português chegou à marca de 807 em jogos oficiais na carreira. Por sua vez, Pelé fez nada menos do que 1.283 gols, uma marca praticamente impossível de ser batida pelo português de 37 anos.

Porém, não são todos que concordam com a contagem numerosa de gols de Pelé e há quem aponte que o astro português já superou a marca do brasileiro enquanto ainda atuava na Itália, pela Juventus. Segundo a Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation (RSSSF), Pelé, na verdade, marcou 762 gols em jogos oficiais. Isso porque a organização também contabiliza gols em amistosos da seleção paulista e no torneio Sul-Americano militar. Sem levar em consideração estes torneios, o Rei teria 757.

Pelé esteve em atividade durante uma época na qual era comum grandes equipes fazerem excursões ao redor do mundo para fazerem amistoso com diferentes times. Segundo a RSSSF, oficialmente, Pelé tem 642 gols pelo Santos, 77 pela seleção brasileira e 43 pelo Cosmos, dos Estados Unidos.

Há quem diga que o milésimo gol daquele que é considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos, Pelé, havia de ser marcado após uma penalidade máxima para que todos parassem para ver. E assim o foi. Na noite de 19 de novembro de 1969, no Estádio do Maracanã, o Brasil parou para ver o "rei do futebol" empurrar a bola para o canto esquerdo e balançar as redes do goleiro argentino Edgardo Andrada (1939-2019), que defendia o Vasco da Gama. O Santos vencia os cariocas por 2x1 pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa, e o fato entrava para a história. Passados 50 anos, o feito de Edson Arantes do Nascimento será contado na programação especial do Museu do Futebol, em São Paulo, a partir da próxima terça-feira (19).

Foram vários dias de expectativa, além das festas canceladas em diversos pontos por onde o Santos jogava, pois Pelé, após anotar o 995º gol de sua carreira, viveu um jejum de alguns jogos sem marcar. As histórias dramáticas e as notícias dos jornais das cidades nas quais o jogador não conseguiu marcar o milésimo estarão dispostas em um vídeo na exposição. O material inédito reúne ainda reportagens da cobertura esportiva contando todo o caminho até a marca histórica de mil gols.

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O Museu do Futebol apresenta também a exposição "Pelé Mil Gols" na sala Osmar Santos. O artista JC Lobo, que registrou toda a carreira do "rei" com seus desenhos, selecionou 100 charges para serem exibidas. Na mostra, o público poderá ver uma réplica da camisa do Santos usada por Pelé na noite histórica, com o mesmo material e peso da peça na época. Já na sala Jogo de Corpo, os documentários da série "Memórias do Milésimo", produzida em 2019 pela ESPN Brasil, serão exibidos.

Até 1º de dezembro, as visitas educativas ao Museu do Futebol e ao Estádio do Pacaembu terão como temática o "atleta do século XX". A visitação especial acontece nos dias 23, 24 e 30 de novembro.

Livro

Ainda no dia da celebração do milésimo gol de Pelé, 19 de novembro, às 19h, o Museu do Futebol lança uma tiragem comemorativa do livro "As Joias do Rei Pelé", escrito pelo jornalista Celso de Campos Jr. em 2013. O autor participará de uma sessão de autógrafos e de um bate-papo com o também jornalista Alberto Helena Jr.

O livro conta a história do "rei" a partir de 100 peças acumuladas ao longo da carreira. O acervo envolve itens como o rádio de Dondinho, pai de Pelé, e a caixa de engraxate que o então menino usava para trabalhar antes de ser atleta.

 

Serviço

Museu do Futebol

Quando: de 19 de novembro até 1 de dezembro, de terça-feira a domingo, 9h às 17h (visitação até as 18h)

Onde: Praça Charles Miller, s/nº, São Paulo – SP

Quanto: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia entrada) e entrada gratuita para crianças até 6 anos

Horários diferenciados de funcionamento em dias de jogos no estádio do Pacaembu

 

Mais informações: www.museudofutebol.org.br

O veterano atacante Túlio chegou, enfim, ao milésimo gol da carreira, segundo a contagem dele próprio. Na primeira partida com a camisa do Araxá, ele marcou de pênalti e empatou a partida contra o Mamoré, no Estádio Fausto Alvim, na cidade de Araxá. O jogo deste sábado, válido pela terceira rodada da segunda divisão do Campeonato Mineiro, terminou 1 a 1.

Como fez em 1995, após o título do Botafogo no Campeonato Brasileiro, quando foi o grande nome da conquista, Túlio foi carregado pelos companheiros neste sábado (8), assim que marcou o gol que ele tanto perseguia. E, com a bola às mãos, celebrou o feito alcançado.

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Depois, ele dedicou o milésimo gol à sua família e "a todos que acreditam em seus sonhos". Mesmo sem registro oficial, a marca histórica virou uma obsessão de Túlio. Agora, ele deve finalmente encerrar a carreira, feliz por poder dizer que fez mil gols como jogador.

A apresentação ao Araxá deu-se na última terça-feira, em mais uma tentativa de fazer o gol mil. Aos 44 anos, a atacante já defendeu mais de 30 camisas desde 1987, quando começou a carreira. E, nos últimos tempos, vinha perambulando por clubes menores, em busca do milésimo.

Túlio jogou pela seleção brasileira em 15 oportunidades. O melhor momento ocorreu na Copa América de 1995, ano em que brilhou também no Botafogo. No Brasileirão, Túlio foi o artilheiro em três edições: 1989, pelo Goiás, e em 1994 e 1995, ambas com a camisa botafoguense.

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