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A mineradora Vale inscreve até o próximo dia 15 para o Programa de Estágio 2016, com vagas para estudantes do ensino técnico e superior no Pará e outros seis estados. Os selecionados iniciarão o estágio a partir de fevereiro do ano que vem e receberão bolsa-auxílio mensal de até R$ 1.118 - dependendo do curso, técnico ou superior, e da carga horária -, assistência médica e seguro de vida.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.vale.com/oportunidades. O processo seletivo terá as seguintes etapas: inscrição e análise curricular, prova on-line, dinâmica de grupo, painel com gestores ou entrevistas e exames médicos. A análise curricular dos candidatos será finalizada no dia 20 deste mês. As provas on-line acontecem até o dia 18.

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O programa vai aceitar inscrições de estudantes de ensino superior que estejam nos três últimos anos de curso, com formatura prevista entre dezembro de 2016 e dezembro de 2018. Para os candidatos de nível técnico, a exigência é de que tenham formatura prevista até dezembro de 2017 ou que sejam formados na parte teórica.  

A Vale aceitará inscrições de universitários de todos os cursos, com destaque para os de Engenharia, Administração de Empresas, Economia, Ciências Contábeis e Ciências da Computação. Também vão ter oportunidade os estudantes de nível técnico de mais de 20 cursos – a lista completa está disponível no site da mineradora.

Atividades - A carga horária do estágio, informa a Vale, varia entre quatro e seis horas, dependendo das atividades a serem desenvolvidas. Os estagiários receberão acompanhamento periódico e vão participar de atividades que estimulam o desenvolvimento de futuros talentos.  Além do Pará, o Programa de Estágio da mineradora abrange os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Maranhão, Bahia e Mato Grosso do Sul.

O Vaticano pediu nesta sexta-feira a empresários, banqueiros e políticos que se comprometam com o fim da impunidade no setor da mineração, em particular nos países pobres, onde ocorrem graves crimes contra os trabalhadores das minas.

Trinta representantes de comunidades afetadas pelas minas na África, Ásia e América Latina participaram no Vaticano no encontro "Jornada de reflexão: Unidos em Deus ouvimos um grito”, dedicado às duras condições de trabalho nas minas.

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No encontro, também foram denunciadas a criminalização e a perseguição dos dirigentes comprometidos na defesa de suas terras e seus direitos.

A derrocada do preço do minério de ferro no ano passado levou para baixo a arrecadação de royalties da mineração no Brasil. Em 2014, a arrecadação com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) caiu 28%, passando de R$ 2,376 bilhão em 2013 para R$ 1,711 bilhão no ano passado, segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Esse é o menor valor arrecadado desde 2011, segundo o DNPM, quando o montante levantado foi de R$ 1,560 bilhão. Em 2014 o preço do minério de ferro caiu pela metade, chegando a bater mínimas em cinco anos. Esse fato, inclusive, bateu de frente com os resultados da mineradora Vale.

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No caso do minério de ferro, a alíquota do CFEM é de 2% e incide sobre o faturamento líquido. A distribuição da arrecadação é feita da seguinte forma: 12% para a União, 23% para o Estado e 65% para o município produtor.

Uma mudança dos royalties cobrados era um dos principais temas discutidos no Marco da Mineração, que chegou a ser lançado pelo governo em 2013, mas que ainda não seguiu em frente. A proposta era elevar a alíquota cobrada, sendo que no caso do minério de ferro iria para 4% do faturamento bruto.

Em dezembro do ano passado, em encontro com analistas em Londres, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que o marco da mineração poderia voltar à pauta em 2015. Ferreira, no entanto, disse que há outros temas prioritários, que deverão ser colocados na pauta antes. O executivo lembrou ainda que o marco estava sendo discutido quando os preços passavam de US$ 120 a tonelada e que o cenário mudou, com os preços caindo quase pela metade.

O governo de centro-direita da Austrália disse que deve retirar em breve o imposto sobre o lucro das mineradoras, após acordo com legisladores do Senado. A medida foi uma das principais promessas de campanha do primeiro-ministro Tony Abbott e segue o argumento da indústria extrativa de que a taxação impede investimentos e a criação de empregos.

O ministro das Finanças do país, Mathias Cormann, disse que o governo apoia os senadores na retirada do imposto de 30% sobre os lucros com carvão e minério de ferro. A taxação foi implementada pelo governo trabalhistas em 2012 para financiar programas sociais.

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"O governo recebeu indicações de que a maioria dos senadores vai apoiar o projeto de abolir a taxação", disse Cormann. Como parte do acordo, o governo aceitou manter alguns dos programas sociais ligados à taxa, o que deve adicionar US$ 6 bilhões ao orçamento federal. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Ministério Público Federal negou que os funcionários da Vale tenham sido mantido reféns durante a manifestação de índios Xikrin, iniciada na quinta-feira (12) e encerrada na noite deste sábado (14). Durante esse período, a portaria da unidade de extração de níquel da empresa em Ourilândia do Norte (PA) foi bloqueada por um grupo de indígenas.

O MPF informou que os índios das aldeias Djudjekô, Kateté e Oodjam permitiram a passagem de ônibus com trabalhadores que fazem a manutenção dos fornos e não impediram a saída de funcionários. Apenas a produção de níquel teria sido paralisada.

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"O Projeto Onça Puma, de extração de níquel, afeta diretamente os Xikrin, mas até agora a Vale não iniciou nenhum programa de compensação de impactos, nem cumpriu nenhuma das condicionantes previstas no licenciamento do projeto. O MPF já acionou a Justiça Federal contra a Vale em defesa dos direitos dos Xikrin afetados pelo projeto Onça Puma", informa a nota divulgada pelo MPF.

Neste sábado, a mineradora informou que 50 trabalhadores foram mantidos retidos na unidade desde quinta-feira e que os indígenas ameaçaram atear fogo a um dos fornos. Segundo a Vale, o protesto foi motivado por divergências a respeito do repasse de recursos para aldeias. A companhia informou que as três aldeias recebem R$ 9 milhões por ano.

A ocupação feita por aproximadamente 400 indígenas do povo Xikrin do Cateté a uma unidade da mineradora Vale em Onça Puma, Ourilândia do Norte (PA), terminou sem qualquer situação de violência, de acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai). Cinquenta empregados da Vale estavam retidos na unidade de extração de níquel da empresa desde a manhã da última quinta-feira e foram liberados apenas ontem à noite, por volta das 21h.

Em nota à imprensa, a Funai confirmou que as tratativas entre a Vale e os indígenas recomeçarão nesta semana. Os indígenas pressionam por mudanças na proposta de acordo financeiro que está sendo negociada entre a mineradora, a Funai e o Ministério Público Federal (MPF). Eles querem que os recursos negociados sejam repassados para custeio das aldeias, e que haja verba adicional para projetos. O acordo prevê que os valores repassados sejam divididos entre custeio e projetos. Atualmente, as três aldeias recebem R$ 9 milhões por ano.

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Após bloquearam a portaria da unidade e ameaçarem atear fogo no local, a Vale acionou a Funai, o MPF e a Polícia Militar para resolver a situação dos empregados mantidos na unidade.

Em nota, a mineradora informou que continua em tratativas com os povos indígenas. "A empresa esclarece que já está sendo dado o devido encaminhamento para as questões acordadas com as demais comunidades indígenas da região e reitera seu respeito aos povos indígenas, bem como permanece aberta à busca de soluções para continuidade do bom relacionamento com as comunidades das regiões onde mantém operações", destacou a companhia. "Porém, repudiamos qualquer forma de violência que ponha em risco a vida e a segurança de nossos empregados", complementou a Vale.

A unidade de Onça Puma entrou em atividade em 2008. A produção de ferro-níquel chegou a ser interrompida para reconstrução de um dos fornos onde o metal é produzido. A obra de modernização de subsistemas foi concluída em novembro. A previsão é de que a unidade produza, em 2014, 15 mil toneladas de níquel.

Cinquenta empregados da Vale estão retidos na unidade de extração de níquel da empresa em Onça Puma, Ourilândia do Norte, no Pará, desde a manhã de quinta-feira. Cerca de 400 indígenas do povo Xikrin do Cateté bloqueiam a portaria. Na tarde deste sábado, eles ameaçaram atear fogo à unidade, informou a assessoria de imprensa da Vale.

Os indígenas bloquearam a portaria como forma de pressionar por mudanças na proposta de acordo financeiro que está sendo negociada entre a mineradora, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal. Eles querem que os recursos negociados sejam repassados para custeio das aldeias, e que haja verba adicional para projetos. O acordo prevê que os valores repassados sejam divididos entre custeio e projetos. Atualmente, as três aldeias recebem R$ 9 milhões por ano.

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"Conforme determinação judicial que está sendo seguida pela Vale, o recurso tem que prover o etnodesenvolvimento da comunidade e, por isto, deve ser focado em projetos", informa nota divulgada pela mineradora. Desde quinta-feira, a Vale acionou a Funai, o Ministério Público Federal e a Polícia Militar sobre a situação dos empregados mantidos na unidade.

"A empresa esclarece que já está sendo dado o devido encaminhamento para as questões acordadas com as demais comunidades indígenas da região e reitera seu respeito aos povos indígenas, bem como permanece aberta à busca de soluções para continuidade do bom relacionamento com as comunidades das regiões onde mantém operações. Porém, repudiamos qualquer forma de violência que ponha em risco a vida e a segurança de nossos empregados", diz o texto.

A unidade de Onça Puma entrou em atividade em 2008. A produção de ferroníquel chegou a ser interrompida para reconstrução de um dos fornos onde o metal é produzido. A obra de modernização de subsistemas foi concluída em novembro. A previsão é de que a unidade produza, em 2014, 15 mil toneladas de níquel.

O setor de mineração sustenta os ganhos nas bolsas europeias no início desta semana, apesar do aumento das tensões geopolíticas na Ucrânia. O tom positivo nos mercados acionistas foi desencadeado pela elevação da recomendação dos papéis de mineradoras europeias pelo JPMorgan Cazenove. Por outro lado, os investidores continuam atentos aos desdobramentos da crise no Leste Europeu, depois que separatistas pró-russos no leste da Ucrânia declararam vitória em um referendo sobre secessão de partes do país, no domingo (11).

A equipe de estratégia de ações do JPMorgan Cazenove elevou a recomendação do grupo para "overweight", ou acima da média do mercado, de "underweight". O segundo semestre de 2014 deve "ter uma melhoria no fluxo livre de caixa do setor, nos potenciais de retornos de capital e uma atraente valorização relativa começará a ser apreciada de maneira mais completa", escreveu o analista do JPMorgan, Fraser Jamieson.

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A Rio Tinto foi nomeada "top pick", ou melhor escolha, do JPMorgan Cazenove no setor de mineração. As ações da companhia anglo-australiana lideravam os ganhos da Bolsa de Londres, com avanço de 2,37% às 7h50 (de Brasília).

Ainda no noticiário corporativo, as ações do British Sky Broadcasting Group registravam forte queda na capital britânica, após a empresa afirmar que está em negociações com a 21st Century Fox sobre a possível compra de uma participação na Sky Deutschland e na Sky Italia. Os papéis da Sky Deutschland, por outro lado, avançavam cerca de 6%, marcando um dos melhores desempenhos na Europa.

Além disso, as ações da Alstom ganhavam força, com alta de 2,67% em Paris, em meio a relatos de que o governo alemão apoiará uma parceria entre o conglomerado de engenharia francês e a alemã Siemens.

No Leste Europeu, separatistas pró-Rússia declararam vitória na votação de domingo que visava decidir sobre a secessão de partes da Ucrânia, elevando as tensões entre países do Ocidente e Moscou. Em seus primeiros comentários desde o referendo, o Kremlin pareceu desafiar o Ocidente e o ponto de vista de Kiev de que a votação era ilegítima.

O governo russo afirmou nesta segunda-feira (12) que respeita o referendo de secessão das regiões de Donetsk e Luhansk, e espera por uma "implementação civilizada" dos resultados por meio de negociações entre Kiev e representantes no leste.

"Parece ser um pouco uma tendência nos dias que as manchetes saem no fim de semana e na segunda-feira o impacto sobre o mercado é muito limitado", disse Ian Williams, economista e estrategista da corretora Peel Hunt. "Implicações macro dos últimos desdobramentos são potencialmente prejudiciais, é claro, mas o mercado parece já ter colocado um preço em tudo. Isso está acontecendo há tempo demais", acrescentou Williams.

Com isso, os principais mercados da Europa operavam em terreno positivo: Londres subia 0,43%, Paris ganhava 0,08% e Frankfurt tinha alta de 0,90%. O ânimo nos mercados europeus também era influenciado por avanços na Ásia, onde as ações chinesas saltaram após a divulgação de um projeto para a reforma do mercado de capitais, enquanto as ações na Índia registraram uma nova máxima recorde em meio a esperanças de que a eleição no país trará um governo mais favorável para as empresas.

O governo da Guiné informou que planeja revogar os direitos de mineração de um dos maiores depósitos de minério de ferro do mundo. Um comitê de revisão de acordos de mineração no país informou que há evidência de que os direitos de exploração foram obtidos por meio de práticas corruptas e recomendou que fossem cancelados.

Os direitos de mineração pertencem a uma joint venture entre a BSG Resources, do bilionário israelense Beny Steinmetz, e a brasileira Vale. Mas o relatório centra as alegações de irregularidades na BSG Resources. A empresa israelense informou que se defenderá das acusações. A Vale, por sua vez, disse não acreditar que tenha sido acusada de má conduta.

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Os acordos também estão sendo investigados pelos Estados Unidos. O porta-voz do governo da Guiné, Damantang Camara, anunciou na noite de sexta-feira que o país africano seguirá a recomendação do comitê. Fonte: Associated Press.

Há sinais promissores de que a Austrália conseguirá gerenciar a fase de desaceleração dos investimentos em recursos minerários sem uma crise econômica, afirmou o presidente do Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês), Glenn Stevens.

Em discurso na Câmara Americana de Comércio, em Brisbane, Stevens ressaltou que a Austrália já conseguiu passar pela primeira fase do fim do boom no setor de mineração sem crise. Na semana passada, em Hong Kong, o presidente do RBA havia adotado um tom semelhante.

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No entanto, Stevens alertou que a capacidade de realizar ajustes é muito limitada e afirmou que desafios de longo prazo permanecem, como a sustentabilidade fiscal. O presidente da autoridade monetária disse que os gastos podem não ser totalmente financiados por impostos e isso está se tornando mais claro à medida que o orçamento de maio se aproxima.

Ao falar sobre o setor imobiliário, Stevens afirmou que "nossa mensagem é de que as pessoas devem se lembrar que os preços podem cair, eles não sobem apenas". Stevens também lembrou que é preciso estar alerta para a qualidade do crédito no futuro, quando as taxas de juros subirem, mas afirmou que no momento não há evidências de deterioração nos empréstimos. Fonte: Market News International.

A venda de ativos da Vale em 2013 supera em mais de três vezes o valor registrado com desinvestimentos ao longo de 2012. A empresa termina o ano mais enxuta, após levantar US$ 5,2 bilhões com a venda de cinco operações consideradas não estratégicas e fora de seu principal negócio: o minério de ferro. No ano passado, a companhia arrecadou US$ 1,47 bilhão ao se desfazer de operações.

O montante deste ano poderá ser ainda maior. Nesta semana, a mineradora informou que vai se desfazer de sua fatia da Vale Logística Integrada (VLI).

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A companhia também pretende vender a participação que detém na empresa de logística Log-In. A mineradora realizará um leilão em bolsa, no dia 26, ao preço de R$ 8 por ação. Se o leilão envolver a totalidade das ações da companhia de logística, a Vale levantará mais R$ 229,9 milhões.

Por fim, a mineradora anunciou a reestruturação dos ativos de energia. A companhia informou que vendeu 49% de sua participação de 9% no capital da Norte Energia para Cemig GT por R$ 206 milhões.

Operações. Em 2013, o montante levantado pela Vale foi inflado por grandes transações. A primeira delas foi a venda de uma fatia da VLI para a japonesa Mitsui por R$ 1,5 bilhão (US$ 695 milhões) e outros 15,9% do capital da VLI para o FI-FGTS por R$ 1,2 bilhão (US$ 553 milhões). A segunda foi o desinvestimento da fatia que detinha na fabricante norueguesa de alumínio Norsk Hydro, por US$ 1,8 bilhão.

Outra venda neste ano, de US$ 1,9 bilhão, foi referente a 5% dos fluxos de ouro pagável produzidos como subproduto da mina de cobre do Salobo durante a vida da mina e 70% dos fluxos de ouro pagável como subproduto das minas de níquel de Sudbury.

Além disso, também vendeu a fabricante chilena de cobre Três Valles, por US$ 25 milhões. A GDF Suez informou ao mercado que comprará a participação de 20% da mineradora em dois contratos de exploração de gás natural na Bacia do Parnaíba. Os valores desse negócio, no entanto, ainda não foram divulgados.

Segundo o analista Andreas Bokkenheuser, do UBS, a estratégia é positiva, já que a companhia consegue levantar capital para financiar projetos prioritários. Por outro lado, ele destaca que o risco nesse movimento é a empresa vender apenas os ativos que possuem valor de mercado, deixando, assim, apenas em seu balanço aqueles que têm pouco valor.

De forma geral, a venda de ativos é bem vista pelos analistas, uma vez que ajudará a Vale a financiar seu maior projeto, o Serra Sul, o S11D, de US$ 20 bilhões e que adicionará 90 milhões de toneladas à capacidade de produção da companhia. A percepção é de que o processo de desinvestimento pode fazer com que a mineradora pague dividendos adicionais em 2014, mesmo diante dos desembolsos feitos ao Refis. Neste ano a companhia já efetuou um pagamento à Receita Federal de quase R$ 6 bilhões.

Continuidade. A venda de ativos deverá seguir em 2014. Além de mais uma fatia da VLI, estão na fila para serem vendidos 40% que a empresa possui na Mineração Rio do Norte (MRN). Também é esperado que o processo de desinvestimentos contemple os ativos do setor de óleo e gás que o grupo ainda possui, parte de sua frota de navios e ativos em geração de energia. Também figura na lista de projetos de desinvestimento o corredor Nacala, de Moatize, Moçambique. A mineradora informou, recentemente, que sua intenção é diminuir a sua atual participação de 70% pela metade, mas que pretende manter o controle.

Em paralelo com a venda de ativos, a mineradora reduz pelo terceiro ano consecutivo o seu programa de investimentos. Recentemente, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que desde que assumiu a empresa em maio de 2011, o portfólio de projetos foi simplificado. Ao todo, foram excluídos 70 projetos que "não eram de classe mundial ou estavam geograficamente em países considerados com alto risco."

O novo modelo institucional desejado pelo governo federal para o setor de mineração não deve produzir efeitos práticos no governo Dilma Rousseff. Considerada uma das reformas mais importantes pelo Palácio do Planalto, a mudança do Código de Mineração desejada pela presidente deve sofrer alterações nas próximas semanas no Congresso, e fontes qualificadas do governo admitiram que as novas regras só entrarão em funcionamento plenamente em 2015.

O atual marco regulatório está em vigor desde 1967, e sua "atualização" ficou em discussão no governo federal há quase seis anos, antes de ser anunciada por Dilma, em junho. O projeto do governo prevê a licitação de blocos de minas e jazidas ao setor privado, tal qual ocorre hoje no setor de petróleo e gás natural. Em entrevista ao Estado concedida em julho, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que os primeiros leilões poderiam ocorrer no segundo semestre do ano que vem. Esse plano foi descartado nos últimos dias.

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Um dos setores mais importantes da economia não vive dias de glória na gestão presidencial de Dilma, que foi ministra de Minas e Energia de 2003 a 2005. Entre outubro de 2011 e abril de 2013, o governo praticamente suspendeu a liberação de títulos de lavra às mineradoras. São esses documentos que permitem às empresas explorar comercialmente as minas.

"Ninguém entendeu, até agora, por que foi tomada a decisão de suspender as lavras. Isso começou a ser normalizado em abril, mas foi um verdadeiro contrassenso, porque a presidente defendia a ampliação dos investimentos na economia ao mesmo tempo em que represava as mineradoras", disse Marcelo Tunes, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Em junho, o Planalto submeteu o texto do novo código ao Congresso, mas optou por um projeto de lei, em vez de medida provisória, que daria mais celeridade à tramitação. A urgência constitucional do projeto, definida em junho, foi retirada em setembro pelo governo.

Menos investimentos

Por causa da suspensão das lavras e a lentidão para se aprovar o novo código de mineração, o Ibram avalia que a estimativa de investimentos totais do setor de US$ 75 bilhões entre 2012 e 2016 seja revista para baixo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O projeto Minas-Rio, da Anglo American, já conta com 74% de avanço físico, informou a empresa nesta terça-feira, 24. A primeira fase do projeto terá capacidade de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro e o primeiro embarque deverá ocorrer no fim de 2014.

Segundo a empresa, no período de 2007 a 2014 a empresa terá investido no Brasil R$ 35 bilhões. Atualmente a empresa atua no Brasil nos segmentos de nióbio e fosfatos, minério de ferro e níquel.

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O projeto Minas-Rio, especificamente, foi criado em agosto de 2008 e é o principal projeto global da Anglo American. Os investimentos em sua implantação foi de US$ 8,8 bilhões.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta quinta-feira, 19, que "existem muitas possibilidades de a urgência do código da mineração ser retirada". De acordo com ela, as negociações estão em curso e existe um apelo para que a Câmara assuma o compromisso de votar a matéria no meio de outubro, com a pauta liberada.

Na quarta-feira, 18, à noite, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que o Executivo havia concordado com a retirada da urgência e que isso deveria acontecer ao longo do dia de hoje. Ele disse também que, com a caída da urgência, a matéria poderá ir a votação na comissão especial até o dia 15 de outubro.

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O projeto de lei que cria um novo marco regulatório para o setor da mineração vai ser tema de um encontro, nesta quinta-feira (12), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A Comissão Especial que analisa o PL 37/2011, na Câmara Federal, vai se reunir para discutir os benefícios que a matéria pode atrair para o estado com profissionais da área. 

A proposta, de autoria do deputado federal Welinton Prado (PT-MG), dispõe sobre o regime de aproveitamento das substâncias minerais, com exceção dos minérios nucleares, petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos e das substâncias minerais submetidas ao regime de licenciamento. 

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Devem participar do evento os deputados federais Gabriel Guimarães (PT-MG), Leonardo Quintão (PMDB-MG) - respectivamente presidente e relator da Comissão, além dos membros pernambucanos Fernando Ferro (PT), Silvio Costa (PTB) e Sérgio Guerra (PSDB). O encontro está marcado para às 14 horas.

 

 

O superintendente do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) no Estado de São Paulo, o engenheiro de minas Ricardo de Oliveira Moraes, criticou nesta quinta-feira, em apresentação durante encontro organizado pela comissão especial criada para tratar do novo marco da mineração, as estruturas atuais da autarquia e disse que o governo federal precisa fortalecer a repartição para que ela possa se tornar uma agência. "Nós estamos prontos para essa nova tarefa, mas precisamos de melhores instalações", disse. "Nossas instalações elétricas beiram o risco", acrescentou. O novo marco criará a Agência Nacional de Mineração (ANM), que substituirá o DNPM, e o Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM).

O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) disse nesta quinta-feira que é importante que o governo retire o regime de urgência do projeto de lei do novo Código de Mineração. "O Executivo levou quatro anos para levar o código ao Congresso e acredito que isso aconteceu pela complexidade do tema", disse, dizendo que o assunto necessita de tempo para análise pela Câmara. Jardim afirmou que é preciso dar condições aos órgãos que serão criados, com pessoal e recursos, para que possam ter condições de assumir o risco da prospecção mineral. O código prevê a criação da Agência Nacional da Mineração (ANM) e do Conselho Nacional da Produção Mineral (CNPM).

Ele afirmou que vê com bons-olhos a mudança do regime de exploração do setor para licitações e que a alteração pode proporcionar maior concorrência. Jardim criticou a suspensão das autorizações de pesquisa e lavra mineral e admitiu que isso causa "transtornos ao setor". De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), há hoje 41.359 requerimentos de estudos no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) aguardando autorizações.

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Embaladas por rumores de que a MMX, empresa de mineração e logística de Eike Batista, seria a “bola da vez” na venda de ativos do grupo X, as ações ordinárias (ON) da empresa lideraram as maiores altas do Ibovespa, na segunda-feira, 19, com ganho de 13,33%. O papel teve a melhor cotação dos últimos cinco meses: R$ 2,38.

Segundo operadores do mercado financeiro, a valorização ocorreu em meio à expectativa de que seja anunciada, ainda nesta semana, a venda da companhia ou de parte dela. “Os rumores cresceram, com a especulação de que a Vale teria feito uma proposta firme para a compra de toda a MMX na sexta-feira”, disse um profissional, que preferiu não se identificar.

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Ele mesmo lembrou, entretanto, que o presidente da Vale, Murilo Ferreira, durante conferência no início do mês sobre os resultados da companhia no segundo trimestre, negou o interesse em ativos do EBX. “Apesar disso, o mercado se movimenta em cima dos rumores”, disse.

A Vale negou, por meio de nota, que esteja em negociação com a empresa. Outras propostas estariam na mesa. Há rumores de que a B&A (BTG) ainda tenta fazer uma fusão com mineradoras da região para uma negociação viável.

A MMX é controlada por Eike com uma fatia de 59,3% e tem também como sócios os chineses da Wisco (10, 5%) e a sul coreana SK Networks (8,8%). Há ainda 21,4% no mercado, com outros acionistas. Os ativos da companhia são o superporto do Sudeste, a MMX Sudeste (com as minas de Serra Azul e Bom Sucesso) e a MMX Corumbá.

Na semana passada, também em teleconferência sobre resultados, o presidente da MMX, Carlos Gonzalez, disse que vender o Porto Sudeste separado não seria atrativo. O executivo ressaltou que um dos grandes atrativos do Sudeste é permitir o escoamento da produção da mina de Serra Azul da MMX.

Conversas

Como o porto é o ativo mais valioso da mineradora de Eike, é em cima dele que estão as negociações. Segundo fontes próximas à empresa, o porto já teria recebido ofertas das tradings Glencore e Trafigura e há conversas em andamento com as siderúrgicas Gerdau, CSN e Usiminas. Outra possibilidade é a negociação com a MRS, empresa ferroviária que opera a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. A integração com o porto seria o sentido do negócio para a empresa, que reúne Vale, MBR, CSN, Gerdau, Namisa e UPL, entre outros.

No momento, no entanto, Eike estaria tentando de tudo para fechar negócio com a EIG Global Energy Partners LLC, que na semana passada anunciou um aporte de R$ 1,3 bilhão para ficar com o controle da LLX, responsável pela construção do superporto do Açu.

Segundo fontes próximas às negociações, no processo de venda da LLX, o empresário chegou a receber uma proposta do banco BTG Pactual, que também assessora o grupo X na reestruturação, de R$ 0,16 por ação. A EIG levou o controle da empresa por R$ 1,20 a ação.

Na semana passada, Gonzalez revelou que a mina de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, também ocupa o topo da lista de desinvestimentos. “Temos interesse de nos desfazer do ativo”, afirmou o executivo, dizendo que a empresa tem conversado com empresas regionais interessadas em adquirir o projeto.

“Fomos procurados por várias empresas que não querem entrar na MMX como um todo. São empresas de interesse regional que querem participar só de Corumbá”, explicou. Suspenso em julho, o projeto obrigou a mineradora a fazer uma baixa contábil de R$ 153,8 milhões no balanço do segundo trimestre. Colaboraram Mônica Ciarelli e Naiana Oscar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), conhecida como "royalties da mineração", atingiu R$ 200,497 milhões em julho, crescimento de 46,6% em relação ao mesmo mês de 2012, de acordo com levantamento do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Já no acumulado dos sete primeiros meses de 2013, a soma atingiu R$ 1,493 bilhão. Esse montante significa 81,2% do total arrecadado em 2012.

Parte da diferença da arrecadação se deve ao maior volume de produção mineral no início de 2013. Em 2012, o forte período de chuvas surpreendeu e empresas como a Vale tiveram de declarar estado de força maior. A Cfem é calculada hoje sobre o valor do faturamento líquido - para o minério de ferro, principal produto da cesta de produção no Brasil, a alíquota é de 2%. Essa alíquota deverá mudar quando o novo marco entrar em vigor, o que está previsto para 2013.

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O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou nesta sexta-feira quatro concessões para exploração mineral. A decisão está em portarias publicadas no "Diário Oficial" da União (DOU) desta sexta-feira. Pelos documentos, a empresa Britago Mineração recebeu concessão para lavrar diorito em Santa Bárbara de Goiás (GO) e a empresa Cone recebeu três outras concessões, todas para lavrar granito em áreas distintas de Jaboatão dos Guararapes (PE). Neste ano, o governo já autorizou cerca de 35 concessões para exploração mineral.

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