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Ariel Castro, ex-motorista de ônibus escolar acusado de sequestrar e estuprar três mulheres que ficaram desaparecidas por cerca de uma década, fará sua primeira aparição pública num tribunal nesta quinta-feira, após ser considerado o único suspeito pelos crimes.

O homem de 52 anos, nascido em Porto Rico, foi acusado por quatro crimes de sequestro - referentes às três mulheres e à filha de uma delas nascida no cativeiro - e três crimes de estupro contra as três mulheres. A promotoria não indiciou seus irmãos, Pedro, de 54 anos, e Onil, de 50, afirmando que não há evidências de que eles participaram do crime.

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Segundo a polícia, aparentemente as mulheres eram mantidas presas por cordas e correntes e ficavam em quartos diferentes. Elas sofreram prolongados abusos sexuais e psicológicos e passaram por abortos, segundo um funcionário da administração municipal.

O vereador Brian Cummins disse que muitos detalhes permanecem obscuros, dentre eles o número de gravidezes e as condições em que os abortos aconteceram. Ele disse que as três mulheres eram mantidas no porão durante algum tempo, sem acesso ao restante da casa.

A situação das mulheres mudou desde que Amanda Berry, de 27 anos, conseguiu sair da casa na segunda-feira e foi até a casa de um vizinho, de onde telefonou para a polícia.

O chefe de polícia adjunto Ed Tomba disse, durante uma coletiva de imprensa, que um teste de paternidade está sendo realizado para estabelecer se Ariel Castro é o pai da menina de 6 anos, filha de Berry.

Em 2005, Castro foi acusado de ter cometido vários atos de violência contra a mãe de seu filho. Um processo aberto num tribunal de violência doméstica acusa Ariel de ter quebrado duas vezes o nariz da mulher, quebrado um dente dela com socos, ter descolado seus dois ombros e ameaçado matá-la e às suas filhas três ou quatro vezes no período de um ano. As informações são da Associated Press.

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