A vigilância sanitária interditou uma clínica de idosos após a morte de sete internos com sintomas de Covid-19 em Mogi Mirim, no interior de São Paulo. Quatro óbitos já tiveram a causa confirmada como infecção pelo novo coronavírus. Esse foi a quarta instituição de longa permanência de pessoas idosas interditada devido a surtos do vírus no Estado. Até esta quarta-feira (22) 649 idosos morreram em asilos com diagnóstico positivo para a doença, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP). Em 144 desses casos, novos exames foram requisitados.
No total, as instituições paulistas públicas e privadas acolhem 40.461 velhinhos. Desses, 2.084 tiveram a doença e outros 397 apresentaram sintomas e aguardam resultado de exames. Entre os funcionários, 1.139 foram infectados. A maior quantidade de óbitos - 311 - foi registrada em instituições da Capital. Outras 101 mortes aconteceram na Grande São Paulo. No Interior, a cidade de Piracicaba registrou 40 óbitos em quatro instituições. Houve ainda 27 óbitos confirmados em Santos e 12, em Campinas.
##RECOMENDA##No asilo de Mogi Mirim, dois óbitos foram confirmados na segunda-feira, 20, e outros dois nesta terça, 21. Há ainda três mortes em que os pacientes tiveram sintomas, mas os laudos das amostras ainda não ficaram prontos. Os 23 idosos que permaneciam na instituição foram transferidos. A prefeitura informou que a interdição se deve ao descumprimento de protocolos das autoridades sanitárias. A direção da casa de repouso não retornou aos contatos da reportagem. A vigilância municipal informou que a clínica entrou com recurso e está sendo analisado.
Em Tupã, os internos de uma casa de idosos foram transferidos para outras instituições após a morte de nove pacientes com o novo coronavírus. O último óbito aconteceu no domingo (19). Conforme a prefeitura, o prédio passará por higienização. Conforme o MPSP, a interdição é um recurso usado em casos extremos, quando o controle da doença no interior da unidade se torna improvável.
Em Itu, o MP determinou a interdição de uma clínica particular depois de nove mortes. A vigilância de Campinas interditou um asilo clandestino após a morte de um morador pela Covid-19. Na capital paulista, foi interditada uma clínica no bairro do Limão.