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O Movimento Passe Livre (MPL) deve bloquear nesta terça-feira (20), a Radial Leste, no horário de pico da tarde, como estratégia do terceiro protesto contra a tarifa de São Paulo a R$ 3,50. Já a Polícia Militar afirma que vai empregar as mesmas técnicas usadas na manifestação de sexta-feira, 16, dispersada após confronto com black blocs - da mesma forma que havia ocorrido no ato da semana anterior.

Segundo Luize Tavares, uma das porta-vozes do MPL, o movimento só aceita parar os protestos se o aumento de R$ 3 para R$ 3,50 na tarifa de ônibus, trens e metrô for revogada. "O povo nas ruas é quem vai decidir o trajeto, em assembleia, mas a Radial é uma opção."

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Durante a semana, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) reiterou apoio ao MPL. Um "panelaço" foi marcado pelos sem-teto para a quinta-feira na região central, com participação de moradores de ocupações da capital e de Taboão da Serra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Centenas de pessoas participaram de um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro, promovida pelo Movimento Passe Livre (MPL) na noite desta sexta-feira, 9, no centro da capital fluminense.

O ato permanecia pacífico até as 20h30. A PM não divulgou oficialmente estimativa de público, que era de aproximadamente 2 mil pessoas, segundo organizadores do ato - ou 800, conforme cálculo de um oficial da PM.

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Os manifestantes se concentraram a partir das 17h na Cinelândia e seguiram a pé até a Central do Brasil. PMs dos batalhões de Choque e de Grandes Eventos acompanharam a passeata, fazendo um cerco aos ativistas.

Até as 20h30, o único incidente registrado envolvia o protético Eron Melo, que costuma participar de protestos no Rio de Janeiro vestido como Batman e recentemente posou para fotografias ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) durante ato pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ele foi rechaçado e agredido por um grupo de ativistas. Batman chegou ao ato por volta das 17h, quando manifestantes caminhavam pela rua Primeiro de Março, e foi recebido aos gritos de "fascista".

Em seguida se envolveu em uma briga com um pequeno grupo de ativistas. Policiais que estavam ao lado não interferiram. "Deixa eles se matarem", comentou um dos PMs. Melo segurava um cartaz com a inscrição "#lutoJeSuisCharlie", que foi arrancado de sua mão durante a confusão.

"Ele foi rechaçado por apoiar o Bolsonaro, que é a favor de bater em mulher, e também porque apoiou um ato em apoio aos militares no ano passado", disse o estudante de Geografia Mateus Rodrigues Queiroz, de 20 anos.

Batman ficou menos de cinco minutos no ato. Ao sair, foi amparado por dois ativistas, enquanto outros manifestantes gritavam "fascista" e "oportunista", entre outras ofensas.

A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira (2) um suspeito de envolvimento na depredação de uma concessionária da Mercedes-Benz durante uma manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) no dia 19 de junho. O mecânico João Antônio Alves de Roza, que trabalha em uma cooperativa de ônibus, foi detido em São Mateus, na zona leste da cidade. Com ele, policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apreenderam a roupa que teria sido utilizada durante os atos de vandalismo e recolheram um computador para perícia.

A forma como Roza foi identificado e mais detalhes da prisão serão divulgados na tarde desta quarta-feira pelo delegado titular da Delegacia de Investigações sobre Estelionato (2ª DIG) do Deic.

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A depredação da concessionária aconteceu no final de um ato organizado pelo MPL na Marginal do Pinheiros, na zona oeste da cidade. Inaugurada uma semana antes do protesto, a loja estimou um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões com 12 carros danificados, entre eles um CLS 63 AMG, modelo que custa R$ 599.900. O carro mais barato entre os que foram atacados custa R$ 53.400.

Adeptos da tática Black Block aproveitaram uma caçamba de entulho que estava em frente à concessionária para pegar pedaços de madeira, ferro e pedregulhos que foram utilizados na ação.

A Polícia Civil chamou 22 ativistas do Movimento Passe Livre (MPL) para serem ouvidos nesta segunda-feira, 23, no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para o inquérito sobre atuação de vândalos em manifestações. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), eles foram apenas "convidados" a comparecer espontaneamente na delegacia. Até a tarde desta segunda, ninguém havia sido ouvido.

Após os ataques de black blocs em uma festa do MPL para comemorar um ano da revogação do aumento das tarifas de ônibus, na quinta-feira, 19, a polícia também identificou dois suspeitos de participarem de atos de vandalismo em protestos. Um dos suspeitos teria depredado a estação de metrô Carrão, na zona leste, no dia 12, na abertura da Copa do Mundo. O outro seria um dos responsáveis pela depredação a uma concessionária de carros de luxo na quinta, na Marginal do Pinheiros.

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Todos os envolvidos que tiveram a sua participação nos ataques ao patrimônio publico e privado poderão ser indiciados pela policia. Segundo a SSP, eles poderão responder por dano ao patrimônio e constituição de milícia privada, cuja a pena vai de 4 a 8 anos, sem fiança.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã deste domingo (22), que a Polícia Militar está "preparada para agir" e que ela vai reprimir atos de vandalismo, caso eles aconteçam durante a manifestação contra a Copa marcada para esta segunda-feira (23), na Avenida Paulista, na região central da capital. A declaração foi feita após o governador assinar a transferência da administração de 1,7 milhão de metros quadrados do Parque Ecológico do Tietê às prefeituras de Barueri e Santana de Parnaíba neste domingo.

"É crime depredar patrimônio público, patrimônio privado e promover atos de vandalismo. Manifestação é outra coisa, isso é ato criminoso que será reprimido pela polícia e ela está preparada para agir", disse Alckmin. Sem dar mais detalhes, o governador disse que a polícia "já tem a sua estratégia definida".

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O protesto está marcado para as 15h na Praça do Ciclista, na região da Paulista, e até às 13h deste domingo, mil pessoas tinham confirmado presença na página do evento no Facebook. No mesmo dia, acontece a partida entre Brasil e Camarões às 17h em Brasília.

Quebra-quebra.

Na última quinta-feira (19), black blocs depredaram agências bancárias e concessionárias de luxo durante manifestação promovida pelo Movimento Passe Livre (MPL). Oficialmente, o ato tinha como objetivo comemorar um ano de redução das tarifas de ônibus, trens e metrô, de R$ 3,20 para R$ 3, após a onda de protestos de junho do ano passado. A PM acompanhou de longe a manifestação e, logo após o ato, o comando da polícia afirmou que tinha feito um acordo com o MPL, no qual eles teriam se comprometido com a segurança do evento.

A demora da ação policial durante as depredações foi criticada pelo próprio secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella. Ele admitiu que houve um equívoco por parte da PM ao se manter distante do protesto. "É inadmissível um acordo como foi feito. O acordo possível é para manter a ordem pública e é inaceitável a inércia. Houve uma falha no tempo de resposta da PM na ação daquele grupo de vândalos. A polícia não deveria ter feito acordo e não deveria, evidentemente, ter demorado como demorou para proceder a intervenção", disse o secretário à Rádio Jovem Pan na sexta-feira, 20.

A presidente Dilma Rousseff classificou neste sábado, 26, como "barbárie" os atos de vandalismo ocorridos na noite de sexta-feira em São Paulo e cobrou punição dos responsáveis pelo quebra-quebra realizado por mascarados na região central da cidade.

"São barbáries antidemocráticas. A violência cassa o direito de quem quer se manifestar livremente. Violência deve ser coibida", disse a presidente por meio do microblog Twitter. "As forças de segurança têm a obrigação de assegurar que as manifestações ocorram de forma livre e pacifica", acrescentou. Na sequência, ela cobrou que a Justiça puna os abusos, nos termos da lei.

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Os atos de vandalismo que geraram destruição no centro da cidade teve início durante o Ato do Movimento Passe Livre (MPL) em defesa do transporte gratuito. A manifestação terminou em confronto entre policiais e mascarados. Ao todo 78 pessoas foram detidas. As cenas de destruição se concentraram no Terminal Parque Dom Pedro II quando manifestantes quebraram dez ônibus e a bilheteria. Na ação também foram depredados 17 caixas eletrônicos e orelhões.

No meio do quebra-quebra, o coronel da PM Reynaldo Rossi foi agredido com uma placa de ferro e após ser espancado por alguns mascarados deu entrada no Hospital das Clinicas com fratura na escápula e suspeita de traumatismo craniano.

A presidente Dilma também condenou as agressões sofridas pelo militar. "Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP", afirmou a presidente. "Agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação. Pelo contrário", acrescentou.

A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) começou a agir com rigor às 20h25, lançando bombas de gás e de efeito moral contra manifestantes que protestavam pela "tarifa zero" no transporte público de São Paulo. Os manifestantes promoviam quebra-quebra no interior do Terminal Parque D. Pedro II e se dispersaram. Na saída, entraram em confronto com a PM. O Movimento Passe Livre (MPL) realiza protesto intitulado "Ato por tarifa zero".

Os manifestantes do lado de fora respondiam com pedras ao avanço da PM e o coronel Reynaldo Rossi, comandante da PM no centro da cidade, ficou ferido na cabeça. Ele relata ter sido agredido e diz que sua arma, uma pistola .40, foi roubada por um manifestante.

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Após a invasão do Terminal Parque D. Pedro II uma mulher alega que teve R$ 1mil roubados. No interior do Terminal Parque D. Pedro, há pichações em ônibus e plataformas e ao menos 15 caixas eletrônicos depredados.

Mais cedo, manifestantes abriram a porta dos fundos de ônibus em São Paulo e chamaram as pessoas para entrar sem pagar. Manifestantes pegaram extintores de incêndio e depredaram ônibus no Terminal Parque Dom Pedri II. Depois começou um quebra-quebra generalizado. Mascarados começam a depredar lojas e há dois focos de incêndio com bastante fumaça. Os manifestantes também picharam os ônibus com o símbolo "A" de "anarquia". A saída dos ônibus foi bloqueada pelos manifestantes, que gritaram em coro: "Pula a catraca, pula".

O Movimento Passe Livre (MPL) realiza nesta sexta-feira, 25, um protesto intitulado "Ato por tarifa zero". Os manifestantes se concentraram por volta das 17h em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital paulista, e perto das 18h20 começaram a se deslocar em direção ao Largo do Paissandu. Eles devem encerrar o protesto na Praça da Sé. O movimento, até as 19h, era pacífico.

Segundo contagem da Polícia Militar, o ato reúne cerca de 2.000 pessoas. O tenente-coronel Wagner Rodrigues, responsável pelo policiamento, afirmou que a PM não deve usar balas de borracha para coibir eventuais atos de vandalismo na manifestação. Um helicóptero Águia da PM iria acompanhar toda a passeata. A PM destacou uma equipe para filmar a manifestação e acompanhar o comportamento dos manifestantes. Apesar da presença de policiais, alguns lojistas optaram por baixar as portas.

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Nos comprometemos a fazer um protesto pacífico", disse Nina Campello, integrante do Passe Livre. O tenente-coronel Wagner disse que policiais infiltrados identificaram que cerca de 100 manifestantes apresentavam características de black blocs: roupas pretas e máscaras. Apesar disso, o oficial disse que a manifestação tem caráter mais heterogêneo e popular que as demais, com uma predominância menor de jovens.

O ato será o último da chamada "Semana de Luta por transporte Público", promovida também pelo MPL em São Paulo. Durante a semana, atos na Estrada do M´Boi Mirim, no Grajaú e no Campo Limpo organizados pelos moradores dessas regiões chamaram atenção para o descontentamento com o transporte público. Uma das reclamações foi o cancelamento de diversas linhas de ônibus que ligam os bairros ao centro.

Além da manifestação de São Paulo, estão previstos atos no Distrito Federal (DF), em Joinville (SC) e em Natal (RN), organizados pelo Facebook.

Com o apoio e a participação de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), moradores da região do Grajaú e de Varginha, na zona sul de São Paulo, realizam nesta quarta-feira, 23, um protesto por melhorias do transporte. A manifestação está marcada para começar às 18h na avenida Belmira Marin. O objetivo do ato é exigir a volta das linhas de ônibus diretas bairro-centro, a criação de linhas circulares entre os bairros e a extensão da Linha 9-Esmeralda da CPTM até Parelheiros.

Segundo Caio Martins, 19 anos, militante do MPL que vai participar do protesto, o itinerário do ato ainda não está definido. O grupo não costuma divulgar os trajetos de suas manifestações "por considerá-lo estratégico".

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O protesto desta quarta-feira faz parte da "Semana de Luta por Transporte Público", que já é realizada pelo MPL desde 2005. A semana de luta é celebrada este mês por conta dos atos do dia 26 de outubro de 2004, conhecidos como "revolta da catraca". Na época, o MPL conseguiu a aprovação do passe livre para estudantes de Florianópolis. "Hoje, nós não lutamos mais para o passe livre dos estudantes, porque entendemos o transporte como um direito. E ele deve ser para toda a população", afirmou Martins.

Este ano, a Semana de Luta por Transporte Público teve início na segunda-feira, 21, com um protesto na Estrada do M'Boi Mirim. Além do ato de hoje, o grupo pretende apoiar uma manifestação amanhã, 24, no Campo Limpo. A ideia do movimento é encerrar a semana com atos pela tarifa zero na sexta-feira, 25, em mais de 20 cidades do Brasil.

Vídeo anônimo

Um vídeo que mostra trabalhadores da região do Grajaú retratando as dificuldades de ir e voltar do trabalho com o transporte público circula no YouTube como forma de apoio ao ato desta quarta-feira. Segundo Martins, o documentário, que está sendo disseminado pelo MPL, não tem assinatura. "É um vídeo da humilhação coletiva. A assinatura é de quem sofre com o transporte", explica.

De acordo com o MPL, em junho, a região do Grajaú viveu protestos contra o aumento da passagem com milhares de pessoas. "A manifestação de hoje dá continuidade àquela luta, dizendo que 20 centavos foi só o começo", afirmou, em nota, o grupo.

Em nova manifestação realizada entre o fim da manhã e o início da tarde desta quinta-feira, 01, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) de Salvador atiraram balões com tinta contra a fachada do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), no bairro do Comércio. Apesar da ação e de a passeata pelo Centro ter sido acompanhada por policiais militares por todo o trajeto, não houve conflitos.

Os cerca de 100 manifestantes, que cobram redução nas tarifas do transporte público da cidade de R$ 2,80 para R$ 2,50 e passe livre para estudantes, protestaram contra a divulgação, na quarta-feira, de uma planilha de gastos, por parte da Setps, na qual há a indicação de que as empresas que compõem o sistema operam com prejuízo e que a tarifa ideal para a cidade seria de R$ 3,20. O documento foi chamado de "fictício" pelo MPL.

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Além de promover a manifestação, 24 integrantes do grupo seguem ocupando as galerias da Câmara Municipal, onde estão desde o dia 22. Eles afirmam que só vão deixar o local após a redução da tarifa - ou depois de serem recebidos pelo prefeito ACM Neto (DEM) para uma reunião. Desde a ocupação, todas as sessões e reuniões da Casa foram canceladas ou suspensas.

Segundo o prefeito, não está sendo considerada a hipótese de redução no valor da tarifa - ele alega que já não houve reajuste este ano. Além disso, ACM Neto afirma que está "à disposição" para receber uma comissão de integrantes do grupo. O MPL, porém, afirma que não há lideranças na organização e que qualquer debate deve ser feito com todos os integrantes.

O presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Paulo Câmara (PSDB), participou de um encontro com os integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) que ocuparam a Casa, na tarde desta segunda-feira). Na saída, ele descartou o uso de força policial para liberar o prédio. "É um movimento ordeiro", justificou. "A Casa está aberta ao diálogo."

O parlamentar disse que a Câmara vai fornecer a estrutura pedida pelos manifestantes que pretendem dormir no local, como a manutenção do fornecimento de energia elétrica e de água, além de um lanche. De acordo com ele, 14 jovens vão passar a noite na Casa - alguns outros integrantes do MPL montaram barracas do lado de fora da Câmara, onde pretendem fazer uma vigília.

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O Movimento Passe Livre (MPL), que deu início às manifestações contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo no mês passado, não vai participar do ato preparado pelas centrais sindicais para esta quinta-feira, 11, como parte do Dia Nacional de Lutas. De acordo com representantes do movimento, no entanto, isso não significa que eles se colocam contra esses atos. "Queremos fugir dessa concepção maniqueísta de apoiar ou ser contra. Apenas não estamos compondo com o ato das centrais", explicou uma das representantes do MPL, Mayara Vivian, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

De acordo com nota publicada no perfil do movimento nas redes sociais, o esforço do MPL continua sendo pela revogação no aumento do valor das tarifas de transporte em cidades da região metropolitana de São Paulo. Estão planejados atos em São Bernardo, Embu e Taboão da Serra. Além deles, o movimento pretende apoiar a paralisação dos metroviários, que deve ocorrer amanhã. "Damos nosso total apoio a essa mobilização porque só com a união dos usuários e trabalhadores poderemos transformar o sistema de transporte."

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O MPL também criticou o que chamou de diluição na pauta de reivindicações das centrais sindicais. "Só mudamos a vida quando sabemos pelo que lutamos", diz um trecho do documento. "Não sabemos a quem interessa essa diluição, mas certamente não é aos trabalhadores. Se nossos problemas são concretos, nossas pautas devem ser igualmente concretas", continua. "E nesse dia (11, quinta-feira) é a luta por transporte que vamos fortalecer", diz o movimento.

Mídia

O MPL também apoia o protesto que será realizado a partir das 17h contra o suposto "monopólio da mídia". Essa manifestação é organizada por ao menos três grupos, o Ocupe a mídia!, o Intervozes e o Centro de Mídia Independente, e será realizado na Praça Coronel Gentil Falcão, na região da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, zona sul da capital. De acordo com Mayara, apesar de o "foco principal" do grupo ser a questão dos transportes, "isso não anula o fato de apoiarmos esse ato".

Pela primeira vez desde o dia 6 deste mês, quando começaram as manifestações pela redução da tarifa de ônibus na capital, manifestantes e acadêmicos dividiram as ruas como palanque. Convocados pelo Movimento Passe Livre (MPL), o filósofo e professor aposentado da USP Paulo Arantes e o ex-secretário de Transportes da gestão Luiza Erundina (PT) Lúcio Gregori deram "aulas livres" para cerca de 300 pessoas sobre a tarifa zero na frente da Prefeitura, no fim da tarde desta quinta.

Os "alunos", a maioria jovens na faixa dos 20 e poucos anos, sentaram na calçada para ouvir os pensadores. O primeiro a falar foi Gregori, um dos idealizadores das discussões sobre tarifa zero nos anos 1990. Ele comparou o ônibus a outros serviços municipais já fornecidos com tarifa zero, como a iluminação pública. "Imagine se cada vez que alguém passasse embaixo de um poste tivesse de pagar?", perguntou.

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Gregori explicou que para viabilizar o serviço de ônibus a custo zero é fundamental incrementar a arrecadação da Prefeitura, sem aumentar a quantidade de impostos, mas otimizando os existentes - o IPTU progressivo para quem tem mais imóveis, por exemplo, seria uma saída.

"Dizer que com ônibus grátis as pessoas iriam ficar ‘o dia inteiro’ andando de ônibus ou que os mendigos não sairiam de dentro dos ônibus é um insulto à inteligência. Como se as pessoas não tivessem mais o que fazer." Ele defendeu um modelo em que os ônibus fossem alugados pela Prefeitura, em vez de o pagamento aos donos dos coletivos ocorrer por passageiro transportado.

O ex-secretário citou cidades como Manchester, na Inglaterra, e Sidney, na Austrália, que tem zonas onde o ônibus é gratuito. A medida serve para estimular o transporte público. Na capital, segundo ele, isso poderia ser feito nos corredores de ônibus, que deveriam circular igual ao metrô, por sentido, de um terminal a outro.

História

Já Paulo Arantes teve mais dificuldade para falar. O filósofo chegou a dar parte da aula usando um megafone - concorria com o som da festa da Copa das Confederações, que começou pouco depois das 18h30 no Vale do Anhangabaú.

Arantes falou sobre como se articulavam, em tempos pré-Facebook, os movimentos sociais do passado - como o por direitos civis nos EUA e as manifestações por abertura política da Alemanha dividida. "O que importavam eram os vínculos fortes de companheirismo em torno de uma causa real. É preciso que todos corram o mesmo risco."

Antes da aula, Arantes conversou com qualquer um que se aproximava. "Não dou entrevistas", disse, de um jeito simpático, antes de elogiar o ex-aluno Fernando Haddad mas, principalmente, o MPL, que passou pelo "quintal" do filósofo na USP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira, 24, às 14 horas, no Palácio do Planalto, com representantes do Movimento do Passe Livre (MPL), que lideraram os primeiros protestos pelo País. A ideia do encontro com os líderes das passeatas que levaram mais de 1,2 milhão de pessoas às ruas nas duas últimas semanas é reverter a imagem de que é uma governante que não ouve ninguém. Às 16 horas, será a vez de Dilma se encontrar com os 27 governadores de Estado e do Distrito Federal, além dos prefeitos de capitais - eles dirão a ela que não têm mais como abrir mão de receitas municipais para atender às crescentes reivindicações por melhorias nos serviços públicos, sobretudo em relação ao setor de transportes.

Na terça-feira, 25, uma nova rodada de reuniões será realizada, com a presidente Dilma recebendo outros segmentos representativos de movimentos jovens. Ainda estarão com a presidente os representantes de entidades tradicionais como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB.

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Segurança

A presidente Dilma Rousseff determinou a seus ministros que se mobilizem para que o governo dê à população, o quanto antes, as respostas cobradas nos protestos. Mesmo sendo dia do aniversário de 90 anos de sua mãe, Dilma convocou reunião na manhã de domingo, 23, com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) para discutir a segurança da nova manifestação marcada para esta quarta-feira, dia 26. Dilma tem repetido que considera intolerável que continuem a ocorrer atos de vandalismo. A ação de inteligência, neste caso, é considerada fundamental. Só que, mais uma vez, José Elito, que comanda a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ficou de fora da reunião com Dilma.

O Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo realiza hoje, às 14h, três encontros abertos para apresentar o movimento e discutir o sistema de transportes. As reuniões ocorrerão na Quadra dos Metroviários, na subsede Santo Amaro do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e no Espaço Contraponto.

Após anunciar, na última sexta-feira (21), que não convocaria mais protestos na capital paulista, o MPL divulgou em sua página, no Facebook, apoio à manifestação do grupo Periferia Ativa "Comunidade em Luta" e do Movimento Trabalhadores Sem Teto. O protesto está marcado para terça-feira (25), com concentração no metrô Capão Redondo e no Largo do Campo Limpo, às 7h.

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Em texto publicado na rede social, o MPL informa que defende a desmilitarização da polícia, melhorias na saúde e na educação, controle sobre o valor dos alugueis, tarifa zero para o transporte público e redução do custo de vida.

O Movimento Passe Livre (MPL) ainda irá decidir sobre novos protestos nas ruas pela tarifa zero no transporte público em São Paulo após a revogação do aumento da tarifa de transporte público em São Paulo. O grupo confirmou uma nova manifestação na tarde desta quinta-feira, 20, em uma entrevista coletiva pela manhã. Segundo os ativistas, o ato será uma resposta ao "apoio popular" recebido nas ruas e pedirá o arquivamento dos processo criminais contra pessoas que participaram dos eventos e o fim da repressão policial nas cidades que ainda não fizeram a redução do valor do bilhete. O evento será na Praça do Ciclista, na região da Paulista, às 17 h.

"A cidade não esquecerá o que viveu nas últimas semanas. Aprendemos que só a luta dos de baixo podem derrotar os interesses impostos de cima", afirmou o grupo, em um comunicado no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, na manhã desta quinta. O MPL mantém a reivindicação de tarifa zero, mas diz que ainda não decidiu se irá realizar novos protestos, além do ato marcado para a tarde de hoje.

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De acordo com os representantes do MPL a rede advogados que apoia o grupo está avaliando os casos de presos e pessoas processadas depois dos protestos, por se sentirem responsáveis pela convocação do ato e mobilização das pessoas nas ruas. Os advogados estão verificando quais pessoas agiram de forma criminosa ou foram detidos por repressão social. Os vândalos ou criminosos reincidentes serão encaminhados para a Defensoria Pública, segundo o MPL.

"O movimento não faz distinção (de nenhum acusado). Na repressão, não importa se é um integrante do Passe Livre, jornalista ou morador de rua. Ninguém que foi preso e está sendo processado por conta das manifestações deve seguir processado e detido", afirmou Mayara Vivian, uma das ativistas que representa a organização. A ativista diz que o movimento tem dúvidas ainda sobre se as pessoas acusadas realmente são culpadas e vai analisar os casos. Na coletiva, o MPL se posicionou a favor da ocupação das ruas de forma pacífica.

Equívoco

Questionada durante entrevista coletiva sobre a passeata organizada por militantes do PT pelas redes sociais. Mayara disse que isso é "no mínimo um equívoco". "Mas todos são bem-vindos", completou a ativista. Segundo o MPL, a organização não foi comunicada sobre o evento, que para eles seria feito por iniciativa exclusiva do presidente nacional do PT, Rui Falcão.

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