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As três últimas esperanças de medalhas na piscina para o time Brasil durante o Mundial de Esportes Aquáticos não se concretizaram na noite deste sábado, em Fukuoka, no Japão. Última brasileira nas provas individuais, Gabrielle Roncatto não avançou na prova dos 400m medley feminino. Nos revezamentos, tanto o quarteto masculino quanto o feminino ficaram longe do pódio e da final no 4x100m medley.

A delegação de 26 nadadores do Brasil deixou um Mundial sem medalhas na piscina pela primeira vez desde o Mundial de 2007, em Melbourne, na Austrália. Os três melhores países nas provas de revezamento garantiram vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. As outras 13 vagas levarão em conta o Mundial de Fukuoka e o Mundial de Doha em 2024, no qual o Brasil precisará nadar bem para conseguir a vaga nas Olimpíadas.

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Gabrielle Roncatto fechou a prova dos 400m medley feminino em 27º, com tempo de 4min49s73. Apesar de não ser sua especialidade a prova dos 400m, a marca está bastante abaixo do seu recorde pessoal. Gabrielle terminou 13s85 atrás da australiana Jenna Forrester, líder da prova.

O revezamento masculino 4x100m medley terminou com o Brasil desqualificado por erro na transição. Guilherme Basseto, João Gomes Júnior, Kayky Mota e Marcelo Chierighini nadaram para a 11ª posição, com tempo de 3min34s58, mas terminaram desclassificados. Na hora da transição do peito para o borboleta, Kayky Mota largou antes de João Gomes, o que rendeu punição.

Já o time feminino, formado por Julia Góes, Jennifer Conceição, Gigi Diamante e Stephanie Balduccini, terminou na antepenúltima colocação no Mundial, também nos 4x100m medley. O quarteto fez tempo de 4min5s86 e terminou na 21ª colocação.

O time dos Estados Unidos levou o ouro nos dois revezamentos 4x100m medley. No masculino, os EUA venceram, seguidos por China e Austrália. Já no feminino, a Austrália ficou com a prata e o Canadá com o bronze. A Austrália faturou 13 ouros e 25 medalhas apenas na natação nesta edição do Mundial. Com sete ouros, os EUA ainda ganharam 20 pratas e 11 bronzes, somando 38 medalhas.

Na final dos 50m peito, Ruta Meilutyte, da Lituânia, venceu o ouro com tempo de 29s16, novo recorde mundial. A americana Lilly King ficou com a prata e a italiana Benedetta Pilato com o bronze. Os 50m livre nesta manhã de domingo foram vencidos pela sueca Sarah Sjostrom, que passou perto do recorde mundial e chegou ao seu 12º título em Mundiais.

Nos 1500m livre, o tunisiano Ahmed Hafnaoui se sagrou campeão após grande disputa com o americano Bobby Finke, que ficou com a prata. Nos 400m medley feminino, a canadense Summer McIntosh levou o ouro com sobra, tempo de 4min27s11.

Multicampeão da natação, Michael Phelps aplaudiu de pé a nova sensação Leon Marchand, de apenas 21 anos, neste domingo. O francês arrancou vibrações de uma das principais lendas do esporte ao bater o recorde mundial dos 400m medley no Mundial de Esportes Aquáticos em Fukuoka, no Japão. Ele cravou o tempo de 4min02s50.

Phelps acompanhou o evento por ser comentarista de uma emissora americana, mas não se conteve com a grande atuação do francês. O ex-nadador foi superado em mais de um segundo. O recorde vinha desde 2008, quando conseguiu a marca de 4min03s84, na Olimpíada de Pequim.

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"Fantástico está aqui e é muito louco conseguir bater este recorde. Estou sem palavras", afirmou o francês, claramente emocionado com o feito.

BRASIL NA PISCINA!

O Brasil também esteve presente no Mundial de Esportes Aquáticos. Nos 400m livre, Guilherme Costa ficou em quarto lugar com 3min43s58, muito perto do seu recorde sul-americano. A medalha de ouro foi conquistada pelo australiano Samuel Short com 3min40s68. O tunisiano Ahmed Hafnaoui, com 3min40s70, foi prata, seguido pelo alemão Lukas Martens, com 3min42s20.

O brasileiro, no entanto, ficou frustrado com o desempenho. "Eu sei que posso bem mais que isso, de manhã (eliminatórias) nadei fácil, esperava ir bem melhor agora na parte da tarde. Não sei o que aconteceu, tentei crescer no meio da prova. Eu geralmente abro muito bem e fecho muito bem. Mas dei mole ali no meio, que é o que preciso treinar mais. Não é de tudo ruim, quarto melhor do mundo, mas sei que eu podia mais", disse.

O segundo brasileiro a cair na piscina foi Jogão Gomes, de 37 anos. O veterano não conseguiu avançar às finais e conseguiu apenas o 13º melhor tempo na classificatória ao cravar a marca de 1min00s04. Mesmo assim, mostrou otimismo com seu retorno aos 100 metros peito.

"Agradecer a oportunidade de estar aqui competindo com os melhores do mundo. Eu nadava essa prova muito fácil e parece que desaprendi. Errei alguns ajustes. Vou corrigir para as próximas competições. A confiança está voltando. Eu sou um garoto, estou reaprendendo a nadar nessa prova. O João voltou, virar a página e ir para minha especialidade, que é os 50m", afirmou.

No revezamento 4x100m livre, o Brasil terminou em sexto com o tempo de 3min12s71. O ouro ficou com a Austrália com 3min10s16. A Itália foi prata com 3min10s46, e os Estados Unidos foram bronze com 3min10s81. A equipe brasileira foi formada por Marcelo Chierighini, Guilherme Caribé, Vitor Alcará e Felipe Ribeiro.

Ana Marcela Cunha não passou um dia sem subir ao pódio no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste. A medalha desta quinta-feira foi de ouro, a quinta da nadadora baiana nos 25 km de águas abertas em disputas de mundiais e a terceira dela na atual edição do evento. Antes, já havia vencido outro ouro, nos 5 km, e um bronze, nos 10 km.

Única pentacampeã dos 25 km, a brasileira de 30 anos atingiu o total de 15 medalhas em mundiais e se igualou à holandesa Edith van Dijk como a maior medalhista das provas femininas de águas abertas da competição. Van Dijk tem seis medalhas conquistadas em ocasiões nas quais o mundial da modalidade foi disputado separadamente e nove em disputas dentro do Mundial de Esportes Aquáticos, o que não muda o fato de ela ser considera oficialmente 15 vezes medalhista mundial. Levando em consideração apenas participações no evento que engloba as principais modalidades, Ana já tinha mais medalhas que a holandesa.

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"Eu nem sabia se eu ia nadar essa prova. Eu até o final tentei manter o máximo de técnica possível para não sentir dor. Tentei economizar energia. O querer faz muita diferença é o que eu já vivi. Poucas pessoas sabem o que é perder uma Olimpíada, não nadar bem em casa, e saber dar a volta por cima. Ao longo de 16 anos de carreira eu aprendi muita coisa, então eu soube ter sangue frio e esperar o momento", comentou Ana Marcela em entrevista ao canal SporTV.

Das 15 medalhas de Ana, sete são de ouro. Além das cinco nos 25 km, ela tem duas dos 5 km. A prova dos 10 km é a única que nunca conseguiu vencer, mas possui três bronzes e uma prata. A nadadora ficou perto de vencer os 10 km na quarta-feira, mas perdeu o título nos instantes finais para a holandesa Sharon Van Rouwendaal, vencedora da prova por uma esticada de braço, e para alemã Leonie Beck, medalhista de prata.

Nesta quinta, viveu uma disputa tão equilibrada quanto a do dia anterior, dessa vez com o desfecho dourado. A brasileira completou a prova dos 25 km em 5h24min15s, apenas dois décimos à frente da alemã Lea Boy, que fez 5h24min15s2. O terceiro lugar ficou com Van Rouwendaal, dona de um tempo de 5h24min15s3, também muito próxima de Ana, porém não o suficiente para tirar dela mais uma medalha de ouro.

Dois dias depois do bicampeonato do mundo nos 5 km de águas abertas, Ana Marcela Cunha voltou para a água em Budapeste, nesta quarta-feira, e conquistou mais uma medalha no Mundial de Esportes Aquáticos. Ela ficou com o bronze nos 10 km após travar uma batalha equilibradíssima com a holandesa Sharon Van Rouwendaal, vencedora da prova, e a alemã Leonie Beck, dona da medalha de prata.

Foi a 14ª vez que a nadadora brasileira subiu ao pódio em mundiais. O resultado final, contudo, deixou um gostinho de quero mais, pois nenhum dos seis ouros conquistados por Ana em edições do Mundial veio dos 10 km, disputa vencida por ela nos Jogos de Tóquio. Outro motivo é que esteve muito perto de vencer. A baiana liderava a parte final da prova, mas Van Rouwendaal e Beck deram um sprint que deixou as três lado a lado. Rouwendaal esticou mais braço e tocou primeiro na chegada.

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"São duas medalhistas olímpicas. Então, eu sabia que seria uma final difícil, porque elas viriam mordidas depois dos 5 km, querendo fazer uma prova melhor. Meu objetivo é sempre ganhar tudo, mas estou muito feliz com um ouro e um bronze. Agora é fazer o recovery e celebrar. Tenho duas medalhas e posso sair com três, tenho essa chance", disse Ana Marcela em entrevista ao canal SporTV.

A diferença de tempo entre as três foi muito baixa. Ana completou a prova em 2h02min30s70, enquanto Leonie Beck fez 2h02min29s70 e Van Rouwendaal anotou 2h20min29s20 para ficar com o ouro. Em Tóquio, quando a brasileira foi campeã dos 10 km, Rowendaal foi a medalhista de prata. Ana Marcela disputa, na quinta-feira, a prova dos 25 km, na qual foi ouro em 2011, 2015, 2017 e 2019.

Além da medalhista de bronze, a disputa feminina dos 10 km teve outra representante brasileira: Viviane Jungblut, que ficou em 16º lugar. Entre os homens, Bruce Hanson foi o 25º colocado e Guilherme Costa abandonou, mas passa bem.

Eleita a maior atleta feminina do Brasil, Ana Marcela Cunha não para de obter triunfos na consagrada carreira. Nesta segunda-feira, a nadadora confirmou a boa fase ao garantir o bicampeonato mundial dos 5 km de águas abertas ao bater em primeiro em Budapeste. Pela quinta vez seguida, ela sobe no pódio do Mundial na categoria.

Depois de levar o bronze três vezes seguidas, no Canadá (2010), Espanha (2013) e Budapeste (2017), ele subiu no topo do pódio pela primeira vez na Coreia do Sul, há três anos. Agora, dominante, repete a dose na Hungria, superando a francesa Angelie Murer, em 2°, e a italiana Giulia Gabbriellishi, em 3°.

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Ana Marcela completou a prova dos cinco quilômetros com 57m52s9, enquanto a também brasileira Viviane Jungblut, bateu com 58m00s5, terminando na sexta posição.

Ana Marcela nadou forte e o tempo todo entra às primeiras colocadas. Fez a primeira volta na terceira posição, assumiu a liderança no segundo giro, apesar de virar em segundo, chegou a figurar em quarto, mas no sprint final assumiu a liderança para não mais ser alcançada.

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Campeã olímpica em Tóquio, Ana Marcela chega ao sexto ouro em Mundiais (diferentes categorias), com mais duas pratas e cinco bronzes, além de quatro títulos do Circuito Mundial.

A galeria de medalhas ainda pode crescer no Mundial de Esportes Aquáticos com Ana Marcela com mais duas provas para disputar. Ela é favorita nos 10 km, quarta-feira, e também disputará os 25 km na quinta-feira.

Mesmo após desmaiar durante seu solo de nado artístico no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, Anita Álvarez esperava disputar a rotina livre por equipes, mas teve a participação vetada pela Federação Internacional de Natação (FINA) nesta sexta-feira. A proibição foi anunciada em comunicado publicado nas redes sociais da seleção de natação artística dos Estados Unidos, momentos antes da prova.

"A FINA determinou que Anita Álvarez não será autorizada a competir em razão de preocupações com a segurança da atleta. Anita está saudável e vem sendo avaliada exaustivamente por uma equipe médica, levando em consideração seus exames anteriores e a avaliação atual. Ela está bem e não está enfrentando problemas de saúde. Esperamos que a curiosidade mundial pela situação seja espelhada em interesse mundial pelo nosso incrível esporte", diz a nota.

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A decisão saiu após uma reunião entre representantes do Comitê de Medicina da FINA, o médico da equipe americana e outros dirigentes. Ao confirmar o veto, a federação de natação disse entender que "a medida deve ter desapontado a atleta, mas que foi tomada com os melhores interesses em mente".

Horas antes do anúncio, o jornal El País publicou uma entrevista na qual Álvarez confirmava a participação na prova desta sexta, dizendo que não queria faltar ao compromisso para encerrar o Mundial de cabeça erguida. Diante da grande frustração seguida do susto, ela recebeu o apoio da equipe americana, que preferiu não dar uma previsão exata sobre quando a nadadora poderá voltar a competir.

"Estamos gratos de que Anita esteja bem. Ela é uma tremenda competidora e não poderíamos estar mais orgulhosos dela. É triste ela não ter a oportunidade de competir no seu evento final da competição, mas ela vai retornar para a piscina em um futuro próximo e vai nos inspirar novamente", afirmou Adam Andrasko, CEO da equipe americana de nado artístico. Ele também criticou as especulações sobre o estado de saúde da atleta .

"Respeitosamente, a saúde de Anita é assunto pessoal dela e não vamos alimentar nenhuma discussão sobre os comentários a respeito disso. De acordo com todos exames médicos profissionais realizados, ela está saudável. Infelizmente, há muitas pessoas especulando e diagnosticando outras coisas. Obrigado a todos pela preocupação com nosso time", finalizou o dirigente.

Sem Álvarez, os Estados Unidos foi para a piscina disputar a prova livre por equipes e terminou em nono lugar. A China foi a grande campeã, seguida por Ucrânia e Japão, vencedores das medalhas de prata e de bronze, respectivamente.

O SUSTO

Anita Álvarez desmaiou na última quarta-feira, quando fazia seu solo na disputa do nado artístico em Budapeste. Ela perdeu os sentidos repentinamente e afundou na água, drama respondido com velocidade pela treinadora Andrea Fuentes, que saltou na piscina para resgatar a nadadora. Tudo isso durou cerca de dois minutos. A atleta já possuía histórico de episódios do tipo, como no Mundial de Barcelona, no qual também perdeu a consciência competindo. Em entrevista ao El País, disse que desta vez foi diferente porque não sentiu desgaste físico antes de apagar.

A americana Anita Álvarez, atleta de nado artístico que desmaiou durante uma prova do Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, não sentiu nada além do cansaço com o qual está acostumada nas competições. Em entrevista publicada pelo jornal espanhol El País nesta sexta-feira, a nadadora descreveu o episódio, afirmando que não percebeu nenhum sinal físico de que estava prestes a perder a consciência.

"Só senti que estava dando tudo de mim na piscina", afirmou a atleta de 25 anos ao periódico. "Nesta rotina eu estava muito bem, tão cansada como sempre, mas gostando. E quando senti que finalmente poderia me permitir relaxar um pouco, foi o momento em que tudo ficou escuro. Não me lembro de mais nada depois disso", completou.

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O quadro de exaustão veio ao término da apresentação de Álvarez no solo do nado artístico. Ela perdeu os sentidos repentinamente e afundou na água, drama respondido com velocidade pela treinadora Andrea Fuentes, que saltou na piscina, sem sequer tirar a roupa para resgatar a nadadora. Tudo isso durou cerca dois minutos.

A americana tem histórico de desmaios. Na edição passada, em Barcelona, desmaiou durante as Eliminatórias para os Jogos Olímpicos de Tóquio. A perda de consciência da última quarta-feira, contudo, foi diferente. "No passado, eu senti que estava desmaiando. Desta vez, acredito que estava muito conectada mentalmente, tão focado em meu papel, vivendo o momento tão intensamente, que realmente estava desfrutando de minha atuação. Então, segui, segui e segui", explicou.

O momento dramático protagonizado por Álvarez e o resgate efetuado por Fuentes foram registrados em fotografias com as quais a atleta já teve contato. Depois de ficar um pouco chocada ao se ver em estado tão preocupante, assimilou as informações contidas nas imagens e passou a gostar delas.

"Agora, penso que as fotos são bonitas de alguma maneira. Ver-me ali afundada na água, tão em paz, tão em silêncio, e ver Andrea mergulhando com seu braço estendido tentando me alcançar, como uma super heroína… Nas fotos, tudo parece muito natural, embora resgatar uma pessoa do fundo de uma piscina e carregá-la até superfície seja muito difícil", disse.

Anita Álvarez compete ainda nesta sexta-feira na prova livre por equipes do nado artístico em Budapeste. "Quero terminar esta competição, que tem sido a melhor dos EUA em muito tempo. Estou muito contente com meu solo, e agora não quero faltar ao compromisso com minha equipe na final do livre. Quero encerrar de cabeça erguida", finalizou.

O resgate dramático de Anita Álvarez, atleta de nado artístico dos Estados Unidos, pela treinadora Andrea Fuentes marcou o quinto dia de disputas no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria. Apesar do grande susto, a competidora de 25 anos poderá retornar à piscina nesta sexta-feira. A decisão passa pela própria nadadora, que já sofreu anteriormente com desmaios parecidos com o que foi visto pelo público nesta quarta, quando chegou a ficar dois minutos sem respirar embaixo d'água.

"Já aconteceu isso com ela uma vez no ano passado, no torneio de qualificação para a Olimpíada do Japão, competindo com sua dupla no nado. Antes disso, teve problemas esporádicos com 'apagões' na água, mas nunca em competição oficial", disse Alyssa Jacobs, porta-voz da equipe americana que está em Budapeste. O susto foi grande. Ela está na final de sua modalidade e tomará a decisão de competir ou não.

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Álvarez precisou ser socorrida na piscina principal após um quadro de exaustão ao término de sua apresentação no nado artístico. A competidora perdeu os sentidos e afundou na água, desmaiada. Ao notar que a atleta não voltava à superfície, a treinadora Andrea Fuentes não pensou duas vezes e saltou para dentro da pscina, de roupa e tudo, para resgatar Anita. Foram dois minutos de mjuita agonia até o salvamento.

"Fiquei assustada porque vi que ela não estava respirando ao sair da água, mas ela já está muito bem, a todo vapor", disse Fuentes ao jornal espanhol Marca, ressaltando que se jogou na piscina porque os salva-vidas não a atenderam imediatamente. Ela pediu socorro tão logo percebeu algo errado, mas não foi entendida. Foi quando se atirou na água.

A treinadora acredita que Anita ficou pelo menos dois minutos sem conseguir respirar porque seus pulmões estavam cheios de água. Fuentes contou à rádio Rac1 que tentou acordá-la com um tapa no rosto, mas foi somente abrindo a sua mandíbula que a atleta americana vomitou água e retomou a consciência.

"Não vou me esquecer disso, não vivi muitas dessas experiências. Foi um grande susto para todos, embora não seja a primeira vez que acontece com ela", declarou a treinadora do time dos EUA. "(Anita) é uma atleta que gosta de ir ao limite, mas hoje ela passou por 20 cidades. Eu disse a ela para não fazer mais isso". Novos exames depois do Mundial de Esportes Aquáticos serão feito em Anita para descobrir os motivos de seus desmaios.

Esta é a terceira vez que Anita Álvarez participa do Mundial de Esportes Aquáticos - tendo desmaiado também em Barcelona, no ano passado, durante as Eliminatórias para os Jogos de Tóquio. Ela representou os EUA na capital japonesa e também na Olimpíada do Rio, quando competiu ao lado de Mariya Koroleva, com quem foi nomeada Atleta do Ano do nado sincronizado americano, em 2016, e 2019, ao conquistar duas medalhas de bronze no Pan de Lima.

O Brasil conquistou neste domingo, 19, sua segunda medalha no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado em Budapeste, na Hungria. Após o bronze de Guilherme Costa nos 400m livre, desta vez o show foi do veterano Nicholas Santos, de 42 anos, que ficou com a medalha de prata nos 50m borboleta.

Em sua 17ª participação em Mundiais, o nadador brasileiro fez a distância em 22s78, ficando atrás apenas de Caeleb Dressel, dos Estados Unidos, que ficou com o ouro com 22s57. Só para se ter uma ideia, Nicholas Santos deixou para trás diversos nomes favoritos e só não foi campeão porque teve um rival que é considerado o melhor nadador da atualidade.

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"Todo Mundial é duro, mas eu sabia que se entrasse nessa final teria chance. Consegui uma prata para o Brasil, estou satisfeito, e cansado. A idade está pegando, mas estou muito feliz", afirmou o atleta para o SporTV, ciente de que sua longevidade nas piscinas é fruto de muito trabalho no dia a dia.

Esta foi a quarta vez que Nicholas subiu ao pódio na história dos Mundiais: ele foi prata em Kazan-2015, repetiu a cor da medalha em Budapeste-2017 e foi bronze em Gwangju-2019, sempre nos 50m borboleta. Ele também já brilhou nos Mundiais de piscina curta (de 25m) com quatro pódios, sendo uma prata em 2014 e três ouros em 2012, 2018 e 2021.

A trajetória de sucesso nas piscinas é fruto dos treinos e também da experiência de lidar com as dificuldades dentro da competição. "A maturidade pesa. Chegar nessa situação, com barulho, tem gente que fica nervosa. Eu não sinto nada, fico tranquilo, consigo dar uma blindada, isso ajuda muito. As vezes a ansiedade atrapalha, isso é comum, mas eu já sou blindado. É preciso sempre lembrar que a gente manda na nossa cabeça."

Ele havia ficado em 13º nas eliminatórias e entrou entre os 16 postulantes a uma vaga na final. Depois, ficou apenas com a última vaga para a decisão, com o pior tempo entre os classificados. Mas melhorou seu desempenho e subiu ao pódio. "Estou muito feliz, quarta medalha consecutiva em Mundiais, desde 2015 participando e subindo ao pódio. Fiz ajustes para a final e deu muito certo. Nadei o máximo e fiz o suficiente para subir ao pódio", comentou.

Resultados deste domingo no Mundial de Esportes Aquáticos

50m borboleta

Nicholas Santos - 22s78 - prata

1500m livre

Beatriz Dizotti - 16m08s35

Viviane Jungblut - 16m09s27

100m costas

Guilherme Basseto - 54s26 - 17º

100m peito

Jhennifer Conceição - 1m07s40 - 17º

200m livre

Fernando Scheffer - 1m46s11 - 9º

Breno Correia - 1m49s79 - 22º

Nado Artístico

O Brasil está na final da Equipe Técnica. A seleção formada por Vitória Casale, Jullia Catharino, Rafaela Garcia, Luiza Lopes, Laura Micucci, Celina Rangel, Gabriela Regly e Anna Giulia Veloso garantiu a 12ª colocação nas eliminatórias e vai disputar a final.

O Mundial de Esportes Aquáticos de Fukuoka (Japão) não ocorrerá mais em maio deste ano devido à nova onda de casos de covid-19. Esta foi a razão apresentada pela Federação Internacional de Natação (Fina) para a mudança da data do evento, transferido para o período de 14 a 30 de julho de 2023. O Mundial abrange competições de natação, águas abertas, polo aquático, nado artístico e saltos ornamentais.

Em razão da nova alteração de datas, o Mundial de Doha, que ocorreria ano que vem, foi postergado para janeiro de 2024, mesmo ano da Olimpíada de Paris. 

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Esta é a segunda vez seguida que a Fina altera o calendário do Mundial de Esportes Aquáticos. A edição de 2021 já havia sido remarcada para maio deste ano, devido ao adiamento da Olimpíada de Tóquio (Japão) por conta da pandemia.

Aposentado desde 2016, Michael Phelps perdeu mais um recorde mundial nesta sexta-feira. Desta vez, o responsável por derrubar mais uma grande marca do norte-americano foi o compatriota Caeleb Dressel na prova dos 100 metros borboleta, uma das preferidas de Phelps, no Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul.

Maior destaque individual da competição até agora, Dressel impôs nova marca na prova ainda na disputa das semifinais, nesta manhã (pelo horário de Brasília). Ele anotou o tempo de 49s50, superando os 49s82 registrados por Phelps há dez anos, no Mundial de Roma-2009, ainda na era dos supermaiôs, os trajes tecnológicos que foram banidos no ano seguinte.

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Com o feito, Dressel aumentou ainda mais o seu favoritismo para buscar o seu quarto ouro na Coreia do Sul e sua quinta medalha na competição. Antes, ele fora campeão mundial dos 50m borboleta, dos 100m livre e do revezamento 4x100m livre.

Foi o segundo recorde de Phelps que caiu neste Mundial. Na quarta, o húngaro Kristof Milak, de apenas 19 anos, derrubou o tempo da lenda da natação nos 200m borboleta. Ele anotou 1min50s73, superando o 1min51s51 registrado por Phelps também em 2009. "Tiro o meu chapéu para ele", comentou o supercampeão da natação, no mesmo dia.

Esta mesma semifinal do 100m borboleta contou com a presença do brasileiro Vinicius Lanza, que não conseguiu avançar à final. Ele registrou apenas o 12º melhor tempo, com 51s92 - somente os oito melhores vão à disputa por medalha.

O recorde de Dressel não foi o único do dia. A também norte-americana Regan Smith quebrou a marca dos 200 metros costas, na fase de semifinal, assim como Dressel. A nadadora de apenas 17 anos completou a prova em 2min03s35, derrubando recorde que pertencia à compatriota Missy Franklin, responsável por anotar 2min04s06 em 2012.

Na sequência, o russo Anton Chupkov impôs nova marca mundial nos 200 metros peito ao completar a prova em 2min06s12. Bicampeão, ele desbancou o australiano Matthew Wilson, que anotou 2min06s68 e faturou a prata, mas havia igualado o então recorde mundial na semifinal. O bronze foi para o japonês Ippei Watanabe, com 2min06s73.

Foi o sétimo recorde mundial deste campeonato. Além das boas performances de Dressel, Smith, Milak, Chupkov e Wilson, o revezamento feminino da Austrália definiu nova marca para o 4x200m livre e o britânico Adam Peaty impôs o recorde nos 100m peito.

OUTROS RESULTADOS - Em dia em que a natação dos EUA exibiu reação, após decepcionar nas provas anteriores, Simone Manuel faturou o bicampeonato dos 100 metros livre, com novo recorde das Américas e a terceira melhor marca da história: 52s04. Simone é também a atual campeã olímpica da prova.

Nesta sexta, a australiana Cate Campbell levou a prata, com 52s43, e a sueca Sarah Sjoestroem, atual recordista mundial da prova, ficou com o bronze - 52s46.

Outro destaque do dia foi a russa Yuliya Efimova, que se tornou tricampeã mundial dos 200 metros peito nesta sexta, com 2min20s17, sem contar com a concorrência e rivalidade da norte-americana Lilly King - ela foi desclassificada nas eliminatórias. A sul-africana Tatjana Schoenmaker levou a prata, com 2min22s52, sendo seguida pela canadense Sydney Pickrem, com 2min22s90.

Nos 200 metros costas masculino, o russo Evgeny Rylov se sagrou bicampeão mundial ao completar a distância em 1min53s40. O americano Ryan Murphy chegou em segundo lugar, com 1min54s12, seguido do britânico Luke Greenbank, medalhista de bronze, com 1min55s85.

No revezamento 4x200m livre, o ouro foi para a Austrália, com 7min00s85. O time campeão mundial foi composto por Clyde Lewis, Kyle Chalmers, Alexander Graham e Mack Horton. A Rússia faturou a prata, com 7min01s81 e os EUA levaram o bronze, com 7min01s98. O Brasil chegou em sétimo lugar, com 7min07s64.

POLO AQUÁTICO - Hesitante na natação, os Estados Unidos brilharam no polo aquático feminino nesta sexta. O time faturou seu sexto título mundial ao derrotar a Espanha na final por 11 a 6. Foi ainda a terceira conquista seguida das norte-americanas no Mundial de Esportes Aquáticos.

A natação do Brasil está garantida na disputa a prova do revezamento 4x200 metros livre nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. A vaga foi obtida no fim da noite desta quinta-feira (25) (no horário de Brasília) com a classificação à final dessa disputa no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Gwangju, na Coreia do Sul.

O quarteto composto por Luiz Altamir, Breno Correia, João de Lucca e Fernando Scheffer cravou o tempo de 7min07s12, o sexto melhor das eliminatórias, que foram lideradas pela Itália, que fez 7min04s97. E a marca, além da classificação à final e da vaga olímpica, também representa um novo recorde sul-americano, que era de 7min09s71, tendo sido registrado pela seleção brasileira em 2009.

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A disputa por medalhas nos 4x200m livre será realizada nesta sexta-feira, na programação prevista para começar às 8 horas.

Também na próxima manhã, vão ser realizadas as semifinais dos 50m livre, com a presença de dois brasileiros: Bruno Fratus, que foi o quarto colocado nas eliminatórias, com 21s71, e Marcelo Chierighini, o décimo, com 22s03. Fratus foi superado pelo norte-americano Caeleb Dressel (21s49), pelo britânico Benjamin Proud (21s69) e pelo russo Vladimir Morozov (21s70).

Quem também participará das semifinais vai ser Vinicius Lanza. O brasileiro foi o sexto colocado nas eliminatórias dos 100m borboleta com a marca de 51s83. Dressel foi o melhor do qualificatório com o tempo de 50s28.

Já nos 800m livre, Viviane Jungblut fez apenas o 18º tempo das eliminatórias, com 8min42s52, não obtendo a vaga para final. A norte-americana Leah Smith liderou o qualificatório com o tempo de 8min17s23.

Campeã dos 50 metros costas no último Mundial, em Budapeste-2017, a nadadora brasileira Etiene Medeiros conquistou a medalha de prata na mesma prova nesta quinta-feira, no Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul. Etiene, principal favorita ao ouro, foi superada pela norte-americana Olivia Smoliga na batida de mão.

A brasileira completou a prova com o tempo de 27s44, contra 27s33 da norte-americana, que registrou o melhor tempo do ano. As duas nadadoras fizeram uma disputa equilibrada da partida até a chegada, quando Smoliga obteve ligeira vantagem sobre a adversária. O bronze ficou com a russa Daria Vaskina, com 27s51.

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Tentando defender o título mundial conquistado há dois anos, Etiene era a maior candidata ao ouro nesta quinta. A brasileira também é bicampeã mundial em piscina curta (25 metros). E o favoritismo aumentou ao fim das semifinais, quando a chinesa Fu Yuanhui, campeã mundial em Kazan, em 2015, e prata em Budapeste, não conseguiu avançar à decisão.

Na final, contudo, a brasileira acabou sendo superada por Olivia Smoliga, que obteve seu primeiro título mundial individual em piscina longa (50 metros). Em Gwangju, ela conquistou também o bronze na prova dos 100 metros costas.

Com o resultado da final dos 50m costas, o Brasil segue em busca de sua primeira medalha de ouro nas piscinas na Coreia do Sul. No total, a equipe brasileira soma agora seis medalhas no Mundial, contando o bronze de Nicholas Santos nos 50m borboleta, a prata de Felipe Lima e o bronze de João Gomes Junior, ambos nos 50m peito. Na maratona aquática, em águas abertas, Ana Marcela Cunha faturou dois ouros, nas distâncias de 5km e 25km.

DRESSEL DOMINA - Momentos antes, o Brasil esteve em outra final, e com dois representantes nos 100 metros livre masculino. Mas nem Marcelo Chierighini e nem Breno Correia alcançaram o pódio. A prova foi dominada pelo norte-americano Caeleb Dressel, o grande destaque individual deste Mundial até agora. Foi o seu terceiro ouro e a quarta medalha do americano na competição.

A prata ficou com o australiano Kyle Chalmers, atual campeão olímpico, com 47s08. E o bronze ficou com o russo Vladislav Grinev, com 47s82.

Dressel terminou a prova com o tempo de 46s96, aproximando-se do recorde mundial, de 46s91, que pertence ao brasileiro Cesar Cielo. Com a marca, ele tornou-se o primeiro nadador do seu país a nadar abaixo de 47s e registrou a melhor marca desde o fim dos supermaiôs. Cielo anotou o recorde em 2009, ainda na era dos trajes tecnológicos, banidos no ano seguinte.

Chierighini, em mais uma final de 100m livre em Mundiais, chegou a virar em segundo lugar, nos primeiros 50 metros. Porém, caiu de rendimento no trecho final e foi superado pelos rivais. Bateu em quinto lugar, repetindo a mesma posição obtida no Mundial de Budapeste, em 2017. Nesta quinta, ele anotou o tempo de 47s93, piorando seu tempo em comparação à semifinal (47s76) - nas eliminatórias, nadou em 47s95.

Em sua primeira final de Mundial, Breno Correia chegou em oitavo e último lugar, com 48s90. Assim, também acabou registrando um tempo pior do que registrou na semifinal (48s33) e nas eliminatórias (48s39).

"Agradeço a Deus, aos meus pais e ao Clube Pinheiros. Foi um prazer enorme estar aqui, na minha primeira final individual. Foi uma prova importante para dar a volta por cima. Não fui muito bem no revezamento e no 200m livre. Infelizmente, aumentei em seis décimos em comparação à semifinal e eliminatórias", comentou Correia, em entrevista ao canal Sportv.

"Mas acredito que temos que ver o lado positivo. Ainda sou novo, tenho 20 anos, muita coisa ainda por vir. Uma prova não vai definir a minha carreira. Desde novo, eu sonhava em disputar um Mundial e um Pan-Americano. Estou satisfeito por realizar um sonho e participar de uma final."

Chierighini, por sua vez, não escondeu a insatisfação com sua performance. Pela terceira vez consecutiva em Mundiais de piscina longa, ele terminou em quinto lugar, fora do pódio. "É difícil falar alguma coisa agora. Preciso ver o vídeo, ver o que errei na parte técnica. Hoje eu senti mais que ontem. Mas isso é final. Não consegui executar a prova um pouco melhor."

O nadador húngaro Kristof Milak superou o aposentado Michael Phelps nesta quarta-feira para registrar o segundo recorde deste Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul. O atleta de apenas 19 anos quebrou marca anterior estabelecida pelo norte-americano ao vencer a prova dos 200 metros borboleta.

Milak anotou a marca de 1min50s73, deixando para trás o tempo de 1min51s51 registrado por Phelps em 2009, na época em que os chamados supermaiôs ainda eram permitidos. Trata-se do segundo recorde deste Mundial. O primeiro foi obtido pelo britânico Adam Peaty nos 100m peito, ainda na semifinal.

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Milak foi medalhista de prata nos 100m borboleta em Budapeste, no Mundial de 2017, e é o atual campeão europeu. O húngaro é considerado uma das principais promessas desta nova geração.

O japonês Daiya Seto obteve a prata nesta quarta, com 1min53s86, e o sul-africano Chad le Clos faturou o bronze, com 1min54s15. O brasileiro Leonardo de Deus chegou na 7ª colocação, com 1min55s96.

O italiano Gregorio Paltrinieri faturou o ouro na prova dos 800 metros livre, com o tempo de 7min39s27. O norueguês Henrik Christiansen levou a prata, com 7min41s28, e o francês David Aubry ficou com o bronze, ao terminar a prova com o tempo de 7min42s08. O chinês Sun Yang, dono de dois ouros neste Mundial, foi apenas o sexto colocado com 7min45s01.

A natação italiana também se destacou no feminino. Federica Pellegrini se sagrou campeã mundial nos 200 metros livre, com 1min54s22. Assim, subiu ao pódio pela oitava vez consecutiva nesta prova. Ela foi campeã mundial em 2009, 2011, 2017 e 2019; faturou a prata em 2005, 2013 e 2015; e levou o bronze em 2007.

Com a grande performance desta quarta, ela não deu chance à australiana Ariarne Titmus, novamente candidata à surpresa na piscina sul-coreana. A nadadora de apenas 18 anos destronara a norte-americana Katie Ledecky nos 400m, prova na qual a favorita é tricampeã mundial. Nesta quarta, porém, Titmus não passou a prata, com 1min54s66. A sueca Sarah Sjoestroem, medalha de prata nos 100m borboleta, levou o bronze nos 200m livre, com 1min54s78.

Na final do revezamento misto 4x100 metros medley, a Austrália brilhou nesta manhã (horário de Brasília), ao desbancar os Estados Unidos. Os australianos bateram na frente com o tempo de 3min39s08. O time campeão mundial foi formado por Mitchell Larkin, Matthew Wilson, Emma Mckeon e Cate Campbell. A equipe americana completou a distância em 3min39s10 e o bronze foi para a Grã-Bretanha, com a marca de 3min40s68.

A Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou nesta terça-feira advertências aos nadadores Sun Yang e Duncan Scott por conta das provocações ocorridas no pódio antes e após a cerimônia de premiação da prova dos 200 metros livre, no Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul.

"Ambos os competidores tiveram um comportamento inadequado nesta ocasião, o que não é aceitável de acordo com a Regra C 12.1.3. da Constituição da Fina", anunciou a entidade, horas depois da polêmica no pódio.

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A polêmica teve início quando os três medalhistas da prova subiram ao pódio. O chinês Sun Yang faturou a medalha de ouro - depois que o lituano Danas Rapsys perdeu a vitória ao ser desclassificado -, o japonês Katsuhiro Matsumoto levou a prata e o britânico Duncan Scott dividiu o bronze com o russo Martin Malyutin.

Scott se recusou a cumprimentar Yang e a sair na foto tradicional com os demais medalhistas no lugar mais alto do pódio. O chinês respondeu com gestos e provocações. Na saída da cerimônia, ele chegou a proferir palavras diante do rosto do adversário, que não reagiu. De acordo com a agência The Associated Press, Sun teria dito "você é um perdedor" e "eu sou o vencedor".

Ao fim da cerimônia, somente Scott se manifestou sobre o episódio, que gerou vaias nas arquibancadas e gritos, principalmente por parte da torcida chinesa, no Nambu University Municipal Aquatics Center. "Ele faz um grande trabalho ao garantir que todos continuem a falar sobre o assunto. Então acho que isso é tudo que tenho para falar sobre isso", disse o britânico.

Scott se refere ao polêmico episódio em que Sun Yang destruiu amostras suas de sangue com um martelo durante uma visita de fiscais antidoping, no ano passado. Na ocasião, alegou que um dos fiscais não apresentou as devidas credenciais, resposta que foi aceita pela Fina. O chinês já foi flagrado em doping em 2014, quando cumpriu suspensão de três meses.

Ele, contudo, ainda está em investigação por conta do caso das amostras destruídas. E só está competindo em Gwangju por conta de permissão da Fina. Se vier a ser punido, poderá até ser banido do esporte de forma definitiva.

A presença do chinês no Mundial por si só já gerou polêmica entre os nadadores. Alguns, como o britânico Adam Peaty, que já bateu o recorde mundial dos 100 metros peito na Coreia do Sul, criticaram Yang publicamente. "Há uma razão para as pessoas estarem vaiando ele. Ele deveria estar se perguntando agora: ele deveria estar no esporte quando as pessoas vaiam ele?"

Peaty defendeu seu compatriota. "O mais importante para um atleta é você ter direito a ter voz. Duncan compartilhou a sua voz, assim como fez o público. Então, é completamente justo", comentou o britânico.

A norte-americana Lilly King, campeã dos 100 metros peito, também defendeu a atitude de Scott no pódio. "Os atletas começaram a se posicionar e a se manifestar sobre aquilo que acreditam", disse a atleta, que criticou a Fina por conta da advertência ao britânico.

"A Fina fez atualmente mais para repreender Mack Horton do que para advertir Sun Yang", declarou, referindo-se a outro episódio envolvendo o chinês neste Mundial. Após sua primeira vitória na Coreia do Sul, nos 400 metros livre, o australiano Mack Horton se recusou a tirar a foto com o chinês no lugar mais alto do pódio e não o cumprimentou na cerimônia de premiação. Horton e a federação australiana de natação foram advertidos pela Fina.

A equipe brasileira do revezamento 4x100m livre masculino avançou à final desta prova do Mundial de Esportes Aquáticos ao terminar com o sexto melhor tempo as baterias eliminatórias, encerradas no início da madrugada deste domingo (21) (no horário de Brasília), em Gwangju, na Coreia do Sul.

As disputas da natação deste Mundial começaram às 22h (de Brasília) deste sábado (20) e definiram classificados para finais de oito provas da modalidade. Neste revezamento 4x100m, a equipe nacional foi formada nesta séria qualificatória por Marcelo Chierighini, Pedro Spajari, André Calvelo e Breno Correia.

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E com esta sexta colocação, obtida com o tempo de 3min12s97, a equipe brasileira também assegurou vaga na Olimpíada de Tóquio-2020, tendo em vista o fato de que os 12 melhores times destes revezamentos têm lugar garantido nos Jogos.

Neste revezamento, a principal novidade do time brasileiro foi a presença de André Calvelo, de apenas 18 anos, que substituiu Gabriel Santos, titular do revezamento, mas que foi suspenso por oito meses por envolvimento em um caso de doping. "Foi muito bom, é meu primeiro Mundial, uma emoção enorme de estar aqui junto com eles (outros membros do revezamento)", disse Calvelo, em entrevista ao SporTV.

A equipe norte-americana liderou as eliminatórias do 4x100m livre com a marca de 3min11s31, enquanto a Grã Bretanha avançou em segundo lugar com 3min12s42 e a Rússia em terceiro com 3min12s64. A final desta prova será na manhã deste domingo e estará inserida dentro de uma programação que será aberta às 8 horas (de Brasília).

Já em disputas individuais, o Brasil colocou dois nadadores para as semifinais. Um deles foi Nicholas Santos, que conquistou o 11º tempo das eliminatórias dos 50 metros borboleta com o tempo de 23s48. Nesta mesma prova, o brasileiro Vinicius Lanza ficou apenas em 28º lugar e acabou sendo eliminado.

Nos 100 metros peito masculino, João Gomes Júnior avançou às semifinais com o sétimo melhor tempo, que foi de 59s25, enquanto o seu compatriota Felipe Lima amargou um desempenho ruim e foi eliminado ao terminar em 18º. Recordista mundial desta prova e atual campeão olímpico, o britânico Adam Peaty liderou esta eliminatória, com 57s59.

"Estou buscando nadar nesta casa de 58 (segundos), mas eu gostei da prova. Agora é ver os detalhes do que a gente errou e tentar acertar à tarde (manhã no horário de Brasília). Fico feliz por ter alcançado à semifinal e agora vou buscar vaga nesta final de prova olímpica já pensando no ano que vem", disse João Gomes, em entrevista ao SporTV, ao comemorar sua classificação à final. "No Mundial, são detalhes, você não pode bobear. Se bobear, você está fora. Agora é ir com sangue nos olhos", reforçou.

Outro brasileiro que nadou nas eliminatórias deste sábado foi Luiz Altamir, que terminou em 15º lugar nos 400 metros livre com a marca de 3min48s87, que é o melhor tempo de sua carreira nesta prova.

Em outras duas disputas destas primeiras eliminatórias da natação em Gwangju, destaque para a norte-americana Katie Ledecky liderando nos 400m livre feminino e garantindo vaga na final, assim como também para a húngara Katinka Hossuzú se classificando às semifinais dos 200m medley feminino como primeira colocada.

Em um julgamento realizado em um hotel de Gwangju, cidade que é a sede do Mundial de Esportes Aquáticos, na Coreia do Sul, o brasileiro Gabriel Santos, reprovado em exame antidoping em maio, foi punido nesta sexta-feira com uma suspensão de oito meses e ficará fora da competição que está sendo realizada na Ásia. Para completar, o nadador também desfalcará a equipe do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, que começam no próximo dia 26, no Peru.

A decisão foi tomada por um painel de doping da Federação Internacional de Natação (Fina) às vésperas das disputas desta modalidade no Mundial, cujas primeiras provas eliminatórias começarão às 22 horas (de Brasília) deste sábado (já manhã de domingo na Coreia). Gabriel faria parte da equipe brasileira no revezamento 4x100 metros, com baterias qualificatórias para a final ocorrendo justamente na noite de sábado.

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O atleta de 23 anos foi submetido a um teste de urina surpresa colhido pela Fina no último dia 20 de maio, após prova disputada em São Paulo, que acusou resultado positivo para o uso da substância clostebol, proibida pela entidade máxima da natação. O Esporte Clube Pinheiros, clube defendido pelo nadador, divulgou nota no final do mês passado, quando destacou acreditar na inocência do competidor.

Naquela ocasião, o Pinheiros afirmou crer que, se houve o consumo da substância proibida, isso ocorreu de maneira acidental. "Tomando conhecimento de que o Gabriel não fez uso de forma voluntária de nenhuma substância, afirmação que foi levada em consideração devido ao seu bom histórico comportamental e esportivo, o clube prestará a ele todo o suporte necessário, para que a situação seja esclarecida e cause o mínimo de impacto possível na carreira do atleta", disse o clube, em nota no dia 27 de junho.

O velocista é uma das grandes promessas da natação brasileira na atualidade e a sua suspensão de oito meses vale a partir do período retroativo de 20 de maio, data do seu exame, e vai até o dia 19 de janeiro de 2020. E ele amargou esta sanção aplicada pela Fina em um julgamento no qual foi acompanhado na Coreia do Sul pelo treinador Alberto Pinto da Silva, pelo médico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) Rodrigo Brochetto Ferreira e pelo advogado Stefano Malviesto.

Também participaram deste julgamento, via teleconferência, o advogado Bichara Neto, o bioquímico Luis Claudio Cameron e o irmão do nadador, Rodrigo Santos. E a defesa de Gabriel alegou que o nadador foi vítima de contaminação involuntária, que poderia ter ocorrido por meio do uso de uma toalha ou uma peça de roupa do seu irmão dias antes do exame que ele realizou no dia 20 de maio. No caso, a substância clostebol está presente em um creme pós-barba que é utilizado por Rodrigo Santos.

Após ouvir as argumentações da defesa de Gabriel, o painel de doping da Fina descartou uma sanção mais dura ao brasileiro, mas acabou aplicando a suspensão de oito meses por ter considerado o nadador negligente ao deixar que fosse contaminado pela substância proibida. Contra a decisão da entidade ainda cabe recurso, mas é pouco provável que ele consiga revertê-la para poder nadar no Mundial e no Pan.

Como consolo, caso não tenha sucesso em um possível recurso, o nadador tem o fato de que poderá voltar às competições normalmente no ano que vem, após a sua suspensão acabar em 19 de janeiro. Em abril ocorrerá a seletiva olímpica para os Jogos de Tóquio-2020 e ele deverá estar presente nesta disputa por vaga na competição.

Embora tenha feito história nesta terça-feira, em Gwangju, na Coreia do Sul, ao conquistar o ouro na prova dos 5km da maratona aquática do Mundial de Esportes Aquáticos, Ana Marcela Cunha mostrou que ainda está decepcionada com o seu desempenho na disputa dos 10km da competição, na qual terminou em quinto lugar, no último sábado. E isso mesmo depois de ter se tornado agora a maior medalhista desta modalidade em Mundiais, com dez pódios - ela acumula também outros três ouros, duas pratas e quatro bronzes.

"Às vezes, perder faz parte, acho que aquela minha quinta colocação não foi digna daquilo que a gente (ela e sua equipe) treinou, mas ao mesmo tempo foi uma das provas mais fortes que a gente teve nos 10km. E estava todo mundo pronto para poder classificar para a Olimpíada. A gente tem mais duas provas, tanto o revezamento como os 25km, e agora é receber a medalha, soltar e partir para o dia de amanhã", afirmou a nadadora brasileira, em entrevista ao SporTV, logo depois de ter faturado o ouro com o tempo de 57min56s.

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No caso, a quinta posição no sábado assegurou a presença da nadadora baiana na prova dos 10km da maratona aquática feminina dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. E a disputa dos 5km, na qual ela triunfou nesta terça-feira, não faz parte do calendário de competições desta modalidade na Olimpíada.

E Ana Marcela garantiu o ouro na batida de mão na linha de chegada e ficou somente um segundo à frente da francesa Aurelie Muller, que levou a prata com 57min57s. E o bronze acabou sendo dividido por duas nadadoras: a norte-americana Hanna Moore, dos Estados Unidos, e Leonie Beck, da Alemanha, que encerraram a disputa empatadas com a marca de 57min58s.

"A gente brinca muito que é difícil chegar a uma prova perfeita, mas eu acho que nestes 5km eu posso dizer que fiz a prova perfeita para a gente. Como a gente pensou ontem (segunda-feira), a gente conseguiu realizar no dia de hoje", reforçou a brasileira, para depois ainda lembrar que agora já está focando a sua participação na prova por equipes, marcada para começar às 20h (de Brasília) desta quarta-feira, e na disputa de 25km feminina, que ocorrerá na quinta, a partir do mesmo horário.

Ana Marcela Cunha fez história nesta terça-feira, em Gwangju, da Coreia do Sul, ao vencer a prova dos 5km da maratona aquática feminina do Mundial de Esportes Aquáticos. Essa é a quarta medalha de ouro conquistada pela brasileira na história da competição, na qual anteriormente ela também subiu ao topo do pódio ao triunfar nas disputas de 25km em 2011, 2015 e 2017.

Com o feito, Ana Marcela também se tornou a maior medalhista da maratona aquática dos Mundiais, com dez pódios - a atleta também faturou mais duas pratas (na prova de 10km, em 2013, e na por equipes, em 2015), além de ter obtido quatro bronzes, nos 5km em 2013 e 2017, e nos 10km em 2015 e 2017.

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Até fazer história nesta terça-feira, ela estava empatada como recordista com a holandesa Edith Van Dijk, que também conquistou nove pódios nesta modalidade na competição e já está aposentada. A ex-nadadora acumulou três ouro, duas pratas e quatro bronzes ao longo de suas participações no Mundial entre 1998 e 2005.

A baiana Ana Marcela triunfou nesta terça ao completar esta prova de 5km com o tempo de 57min56s. E o ouro foi garantido apenas na batida de mão na chegada, pois ela ficou somente um segundo à frente da francesa Aurelie Muller, que levou a prata com 57min57s. E o bronze acabou sendo divido por duas nadadoras: a norte-americana Hanna Moore, dos Estados Unidos, e Leonie Beck, da Alemanha, que encerraram a disputa empatadas com a marca de 57min58s.

Essa foi a segunda prova realizada por Ana Marcela neste Mundial, no qual anteriormente a brasileira terminou em quinto lugar na maratona aquática feminina de 10km, disputada na noite de sábado. Na ocasião, o resultado assegurou a sua presença nesta prova nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A maratona de 5km, na qual ela acaba de se consagrar, não é uma prova olímpica.

E nesta edição da competição na Coreia do Sul Ana Marcela ainda poderá participar da prova por equipes, marcada para começar às 20h (de Brasília) desta quarta-feira, e da disputa de 25km, que ocorrerá na quinta, a partir do mesmo horário.

Menos de um ano após fracassar nos Jogos Olímpicos e deixar a piscina do Estádio Aquático do Rio sem uma única medalha, a natação brasileira conseguiu sua redenção. Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas em Budapeste nesta modalidade. Entre as mulheres, pela primeira vez uma brasileira conquistou um ouro em Mundiais de piscina longa. Com os homens, a equipe do 4x100m masculino recolocou o País no pódio após 23 anos em uma disputa de revezamento da principal competição da Federação Internacional de Natação (Fina).

Assim, o caminho aos Jogos de Tóquio-2020 começou, ao menos, promissor. E, em relação à última edição no Mundial, o número total de medalhas na piscina aumentou - foram apenas quatro em Kazan-2015. Além disso, a cor delas também mudou: há dois anos, o Brasil encerrou o Mundial da Rússia com três pratas e um bronze. Agora, foram um ouro e quatro pratas.

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O grande destaque este ano ficou por conta do feito inédito no feminino. O ouro de Etiene Medeiros nos 50 metros costas representou a primeira conquista brasileira em Mundiais realizado em piscina longa entre as mulheres.

No masculino, Bruno Fratus voltou a subir ao pódio e mostrou mais uma vez que é o nadador mais rápido do País. Ele integrou o quarteto que levou a prata no revezamento 4x100 metros livre e também conquistou o segundo lugar na final dos 50 metros livre.

Essas duas provas serviram para confirmar que Cesar Cielo também está recuperando a forma que o fez se consagrar como recordista mundial dos 50m e dos 100m e o levou ao ouro em Pequim-2008. Após fracassar no último ciclo olímpico e ficar de fora dos Jogos do Rio, ele voltou ao pódio de um Mundial (prata no revezamento) e também foi à final dos 50 metros livre.

"Ele teve um espetacular desempenho no revezamento, fez um tempo do qual há muitos anos ele não chegava perto", lembrou Renato Cordani, diretor de natação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), em entrevista no último domingo ao Estado, exaltando também o peso que a presença de Cielo teve para o Brasil alcançar a prata no revezamento. "Ele tem essa liderança positiva, técnica, de ser o recordista mundial dos 50m e dos 100m, e estava exercendo essa liderança na prática, ajudando a fortalecer um time que tinha companheirismo."

Com a prata do quarteto brasileiro, o Brasil voltou ao pódio de um Mundial de piscina longa em uma prova de revezamento, o que não conseguia desde 1994, quando Gustavo Borges, Fernando Scherer, Teófilo Ferreira e André Teixeira faturaram o bronze nos 4x100m livre em Roma.

Além dos medalhistas, o Brasil colocou outros cinco nadadores em finais individuais: Felipe Lima (50m peito), Marcelo Chierighini (100m livre), Henrique Martins (50m borboleta), Guilherme Guido (100m costas) e Brandonn Almeida (400m medley).

CRESCIMENTO - No quadro geral de pódios, o Brasil também cresceu. Foram sete em Kazan e oito agora, em Budapeste, onde comemorou sua segunda melhor campanha em número de medalhas, com dois ouros, quatro pratas e dois bronzes. Assim como acontecera em 2015, a maratona aquática ajudou a alavancar a posição do Brasil. Ana Marcela Cunha conquistou o tricampeonato na prova de 25 quilômetros, além de levar dois bronzes (10km e 5km).

No último domingo, dia final de disputas na Hungria, o Brasil não subiu ao pódio, mas foi à final do revezamento 4x100m medley com Guido, João Gomes, Henrique Martins e Chierighini e conquistou o quinto lugar, enquanto Brandonn Almeida avançou à decisão dos 400 metros medley e terminou na sétima posição.

"Você pode analisar um Mundial de várias formas, e neste Mundial o Brasil foi bem em todas elas. Cinco medalhas na natação em um Mundial nós só havíamos conseguido uma vez, em Barcelona-2013. A gente teve cinco medalhas, o que foi igualar um recorde, e uma delas foi do revezamento, o que mostra muito a força do nosso time", ressaltou Renato Cordani, também valorizando a ida do time nacional à final dos 4x100m medley, prova na qual melhorou uma posição em relação à final olímpica do Rio-2016, no qual terminou em sexto lugar. "O revezamento quatro estilos não pegou medalha, mas disputou a medalha", enfatizou.

NOVO CLIMA - O diretor de natação da CBDA também exaltou que a nova gestão da entidade - que mudou após a prisão do seu ex-presidente Coaracy Nunes e de outros dirigentes em um escândalo de corrupção no qual foram acusados de desviar R$ 40 milhões em recursos da entidade - tornou o clima mais leve para que os nadadores pudessem buscar resultados mais expressivos dentro da piscina.

"Além do ponto de vista da conquista das medalhas, conseguimos a volta do Brasil como um time, o que ficou claro com a equipe do revezamento 4x100m, e também resgatamos a volta da atitude da seleção. Quase todo mundo da seleção nas entrevistas estava mencionando os companheiros e não pensando apenas no seu sucesso pessoal", disse Cordani, para depois lembrar que essa união foi fundamental para que o País subisse ao pódio em um Mundial após mais de 20 anos.

"Pra você conseguir uma medalha de revezamento em um Mundial, todo mundo que entrar na água precisa melhorar meio segundinho o seu tempo, pois se não for assim não pega medalha. E foi o que aconteceu com a nossa equipe, que quebrou o recorde sul-americano para ganhar a prata e também brigar pelo ouro com os Estados Unidos", ressaltou.

FORÇA PARA BASE - Após ver o Brasil voltar a ser protagonista e se redimir de fiascos, a CBDA agora mira fortalecer a sua base e, para isso, projeta massificar a prática da natação no País. Para a entidade, o fato poderia aumentar as chances de formar um maior número de campeões.

"Eu gostaria de formar uma seleção olímpica boa, com o efeito colateral de ter muita gente competindo. Se você aumenta a base, aumenta o número de atletas que vão aparecer. Como efeito colateral, você forma mais atletas olímpicos. Para um país para o Brasil, que é um país pobre, conseguir massificar a natação poderia ampliar o nível de atletas. E a cada seleção que a gente formar nas categorias de base, a gente vai tentar formar uma seleção para ganhar, para buscar medalhas", projetou Cordani, que espera que a natação tenha mais praticantes e possíveis aspirantes a medalhistas da elite em mais estados brasileiros.

"Alguns estados tem um bom número de federados praticando. Somos 27 estados e a gente não espera que um estado menor e mais pobre tenha a quantidade de um estado como São Paulo, mas a gente percebe que no interior no País tem muito poucos praticantes. A gente está perdendo muita gente que não tem oportunidade e a ideia é formar atletas de nível em todo o País. Mas a gente está fazendo um levantamento sobre isso e há piscinas suficientes para isso, mas não precisamos apenas de piscinas. Também estamos capacitando treinadores e tentaremos fazer esse tipo de trabalho", prometeu.

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