Tópicos | Natália Bonavides

A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) anunciou que irá recorrer ao Judiciário após o apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, se negar a veicular direito de resposta em seu programa de rádio. No mês passado, em crítica a um projeto de lei de autoria da deputada, Ratinho sugeriu "eliminar" a parlamentar.

"Depois de falar em sua emissora de rádio que pessoas como eu deveriam ser eliminadas, sugerindo que se pegue em metralhadoras, o apresentador Ratinho recusou a divulgação

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do nosso direito de resposta. Já recorremos ao judiciário", publicou a deputada em suas redes sociais.

Segundo Natália, o direito de resposta "evidencia as mentiras contadas no programa e mostra a necessidade urgente de enfrentar a intolerância e o preconceito. A recusa em divulgá-la é uma confirmação daquilo que foi dito".

Em 15 de dezembro, Ratinho sugeriu "pegar uma metralhadora" contra Natália após ela apresentar um projeto de Lei que acaba com os termos "marido e mulher" em celebrações de casamento. "A gente tinha que eliminar esses loucos. Não dá para pegar uma metralhadora?", disse.

O apresentador também proferiu ofensas machistas, recomendando que a deputada fosse "costurar as calças e lavar a cueca de seu marido". A negativa do jornalista para veicular a resposta em seu programa "Turma do Ratinho", da rádio Massa FM foi revelada pelo portal Metrópoles.

Em resposta à Procuradoria da Câmara, onde tramita uma denúncia sobre o episódio, o empresário não recuou dos ataques proferidos à parlamentar. Segundo a defesa de Ratinho, o apresentador usou "linguajar popular" para criticar a deputada, "na condição de um cidadão comum" e "sem qualquer pretensão" de destratar, ameaçar ou prejudicar a parlamentar.

O PL apresentado por Natália sugere mudar o Código Civil para substituir o termo "marido e mulher", previsto dessa forma no artigo 1.535, para "declaro firmado o casamento". A alteração valeria somente para a celebração matrimonial em cartório. Falando ao Estadão em dezembro, a deputada argumentou se tratar de uma "alteração simples" com o objetivo de "incluir termos que valham para todos os casais, todas as famílias".

Após o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, incitar a 'eliminação' da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) com uma metralhadora, nesta quinta-feira (16), a correligionária Marília Arraes (PT-PE) prestou solidariedade à colega e afirmou em seu Twitter que "ratos assim precisam voltar pro esgoto de onde vieram".

Contrário ao Projeto de Lei (PL) de Bonavides sobre a retirada do 'vos declaro marido e mulher' ao fim dos casamentos para evitar constrangimento à comunidade LGBTQIA+, em seu programa de rádio nessa quarta (15), Ratinho afirmou que a deputada deveria ir lavar as cuecas do marido e que "tinha que eliminar esses loucos", antes de perguntar se podia pegar uma metralhadora.

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Em um movimento de repúdio ao comunicador, Marília Arraes criticou a violência, a misoginia e a falta de civilidade empregada em sua fala e garantiu que a Câmara vai reagir às declarações que ameaçam a segurança de Bonavides. 

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Mulheres se unem contra o apresentador

Representantes do Congresso e da esfera Executiva prestaram apoio à deputada. A parlamentar Sâmia Bomfim (PSOL-SP) chamou Ratinho de "asqueroso" e lembrou que o "discurso criminoso" foi reproduzido em um aparelho de concessão pública. "Não toleraresmo a violência política de gênero", publicou. Seguiremos ocupando espaços na política para desespero daqueles que se acham no direito de dizer o lugar onde devemos estar. Iludidos!

Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que um feminicídio ocorre no Brasil a cada 6h30 e que o apresentador precisa ser responsabilizado por ameaça e incitação ao ódio e ao homicídio.

A única governadora do país, Fátima Bezerra (PT-RN), definiu a fala de Ratinho como "inconcebível" e que sequer deve existir. "Seguiremos ocupando espaços na política para desespero daqueles que se acham no direito de dizer o lugar onde devemos estar. Iludidos", apontou.

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O apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, proferiu ofensas à deputada federal do Partido dos Trabalhadores (PT), Natália Bonavides, durante transmissão de um programa de rádio, na última quarta (15). Durante o ‘Turma do Ratinho’, na Massa FM – rede de rádios brasileira sediada em Curitiba (PR), o comunicador criticou um projeto de lei (PL) atribuído à parlamentar e afirmou que ela era “louca” e deveria ser “eliminada”.

Ratinho falou sobre Natália após o programa trazer à pauta o PL 4.004/2021, no qual a petista reivindica que as declarações de casamento não façam referência ao gênero dos casais, para evitar constrangimentos às pessoas da comunidade LGBTQIA+ e assegurar o tratamento igualitário. O comunicador esbraveja sobre a proposta enquanto o programa exibe uma foto da deputada. “Natália, você não tem o que fazer, não? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa, a caixa do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade querer mudar esse tipo de coisa. Tinha que eliminar esses loucos. Não dá para pegar uma metralhadora, não?”, disse.

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Após a exibição do programa no rádio e pelas plataformas digitais, Bonavides reagiu através de suas redes sociais e disse que tomaria medidas cabíveis contra o apresentador. “Essas ameaças e ataques covardes não ficarão impunes. O apresentador utilizou uma concessão pública para cometer crime. Vamos acioná-lo judicialmente, inclusive criminalmente”, postou a deputada. 

 

Na próxima segunda-feira (9), será realizada na Câmara dos Deputados uma audiência pública que deve tratar dos cortes promovidos pelo Governo Federal no orçamento de todo o conjunto de instituições federais de ensino superior da região Nordeste (Universidades Federais, Federais Rurais e Institutos Federais de Ensino Superior). Tendo início às 9h, a sessão ocorrerá de forma remota pelos canais oficiais da Casa legislativa. O objetivo é debater, analisar e denunciar os impactos econômicos e sociais do sucateamento da educação na vida dos nordestinos.

A audiência foi convocada pelas deputadas federais Marília Arraes (PT-PE) e Natália Bonavides (PT-RN). Desde 2020, instituições federais da educação de todo o Brasil sofreram cortes de verba e vêm denunciando incapacidade de finalizar os semestres vigentes até o fim deste ano. Foram afetados a produção de pesquisas, o pagamento de bolsas, o calendário de aulas, além da infraestrutura geral das instituições. . A Lei Orçamentária Anual de 2021, por exemplo, trouxe um corte de R$ 1 bilhão que atingiu as 69 universidades federais espalhadas pelo país.

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"O acesso ao ensino superior é crucial para o desenvolvimento regional e social da população. A educação pública, de qualidade, é a responsável por abrir as portas e as possibilidades de formação, emprego e renda para uma grande parcela da população brasileira", afirma Marília Arraes.

Em Pernambuco, a Universidade Federal de Pernambuco tem sofrido duramente os efeitos da diminuição de recursos promovida pelo Governo Federal. A IES sofreu um corte de R$ 30 milhões no orçamento de 2021. O valor caiu 19% em relação ao ano passado. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o orçamento previsto para 2021 foi de R$ 115 milhões, menor do que quatro anos atrás. Já a Universidade Federal da Bahia vive um cenário onde o orçamento foi o menor dos últimos 11 anos.

"A falta de investimentos gera um atraso preocupante. Não há recursos para pagamentos de bolsas e da promoção das políticas de assistência estudantil, o que, consequentemente, aumenta a evasão escolar de alunos de baixa renda. Os cortes orçamentários promovidos pelo Governo Federal, juntamente com os bloqueios, comprometem não só as pesquisas, as aulas e toda rotina acadêmica, como também o dia a dia das instituições, inclusive a imensa gama de serviços que são prestados à população, como nos hospitais-escola, nas clínicas e uma infinidade de outros projetos e serviços", ressalta Marília

Foram convidados para a audiência pública os reitores da UFPE, UFRN, UFBA, IFPE, IFRN e representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).

O Projeto de Lei 5044/20 publicado pela Câmara dos Deputados permite que universidades federais adotem o chamado argumento de inclusão regional nos processos seletivos para ingresso em cursos de graduação sediados em campus do interior. O projeto foi idealizado pela deputada Natália Bonavides (PT-RN).

“Precisamos de políticas que promovam o acesso de estudantes das cidades pequenas e médias do interior às instituições de ensino superior”, afirma a deputada, segundo informações da assessoria. A lei permite a inclusão de alunos que cursaram o ensino médio, parcial ou totalmente, em escolas regulares presenciais situadas nas localidades definidas por cada instituição. A ideia é estimular o acesso desses estudantes à universidade.

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Pela proposta, isso poderá ser feito por meio de acréscimo de percentual na pontuação geral obtida pelo candidato, por reserva de vagas ou  outra modalidade definida pela instituição, na regulamentação da norma. De acordo com a deputada, entre 2003 e 2014 houve  política de interiorização das universidades, mas isso não bastou para promover a democratização do acesso. “Na prática, só a instalação de unidades de ensino nessas regiões ainda não é suficiente, sendo necessário que essas pessoas tenham efetivamente a oportunidade de acessar a universidade”, disse.

Ela ainda destaca que várias universidades do Brasil já têm adotado o argumento de inclusão regional. “Na maioria das universidades funciona por meio do acréscimo de um percentual à nota final obtida em processo seletivo pelo estudante. Já na Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), especificamente, ocorre por meio da reserva de vagas”, cita.

A comissão parlamentar mista de inquérito que investiga notícias falsas e assédio nas redes sociais (CPMI das Fake News) vai ouvir na terça-feira (10), a partir das 14h30, o empresário Paulo Marinho, primeiro-suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Ele foi um dos principais articuladores eleitorais do presidente Jair Bolsonaro, pai de Flávio, e sua casa no Rio de Janeiro (RJ) funcionou como centro de atividades da campanha.

Marinho foi convocado a depôr pela deputada Natália Bonavides (PT-RN). Ela quer esclarecimentos do empresário sobre uma entrevista, concedida no mês de julho, na qual ele afirmou que operações de disparos de mensagens de WhatsApp durante a campanha eleitoral funcionaram na sua casa. Após a posse como suplente, Paulo Marinho se afastou do governo e trocou o PSL pelo PSDB.

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Em outra audiência, na quarta-feira (11), a partir das 13h, a CPI mista vai ouvir professores universitários dos ramos do direito e da comunicação, para embasar os parlamentares nas análises e investigações. Os convidados do dia serão Diogo Moreira, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Rafael Evangelista, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade de Campinas (Labjor-Unicamp); e Leonel Aguiar, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

*Da Agência Senado

 

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