Tópicos | Olimpíada de 2016

Um dia após a explosão de duas bombas ter matado pelo menos três pessoas nos Estados Unidos, depois de a mesmas terem explodido a poucos metros da linha de chegada da Maratona de Boston, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta terça-feira que o Brasil está tomando as providências necessárias para garantir a segurança na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

"A presidenta (Dilma Rousseff) ontem (segunda) manifestou seu repúdio a um ato que, sem dúvida, é um ato hediondo e que não pode deixar de nos sensibilizar também na medida em que vitimiza desportistas e pessoas que estavam acompanhando uma maratona. Nos solidarizamos nesse momento com o governo e o povo americano", afirmou Patriota a jornalistas, antes de participar de seminário no Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

"Estamos em contato com o consulado em Boston e a informação que temos é de que não há brasileiros entre vítimas e feridos graves. Uma brasileira teve ferimentos leves, é a informação que tenho até agora", disse.

De acordo com o ministro, o Brasil está "tomando providências necessárias" e "temos confiança de que serão providências que garantirão a segurança dos eventos (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos)". "Também acho muito importante acompanhar agora a apuração para sabermos exatamente qual foi a natureza e a motivação por trás desse ato hediondo. Nós estamos vendo que várias outras cidades americanas estão reforçando sua segurança e é óbvio que um ato como esse não pode deixar de despertar preocupação das autoridades que zelam pela segurança do país", afirmou o ministro.

Na noite de segunda-feira, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota em que a presidente Dilma Rousseff manifesta "seu repúdio a esse ato insano de violência e sua solidariedade, em nome de todos os brasileiros, às vítimas e suas famílias".

O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou nesta quarta-feira que segue "totalmente confiante" na preparação do Rio para a Olimpíada de 2016, apesar de o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, ter sido interditado na última terça por tempo indeterminado. O local está programado para receber as competições de atletismo dos Jogos que serão realizados daqui a pouco mais de três anos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu entrevista coletiva nesta terça, quando contou ter sido procurado pelo consórcio responsável pela construção do Engenhão, formado por Odebrecht e OAS, que informou sobre "problemas estruturais de projeto" na cobertura do estádio. E, como eles ofereceriam riscos aos torcedores, Paes optou pela interdição do local.

##RECOMENDA##

Mark Adams, porta-voz do COI, disse que a entidade está em "contato regular" com os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio e lembrou que há tempo suficiente para que o Engenhão fique pronto para abrigar eventos da importante competição. "Estamos ainda a mais de três anos para os Jogos e estamos totalmente confiantes de que (os organizadores) irão entregar (o estádio)", afirmou.

Já a Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) informou que está monitorando a situação do Engenhão. "Temos observado isso e vamos ficar com os olhos muito próximos nos desenvolvimentos", disse Nick Davies, porta-voz da entidade.

A organização dos Jogos Olímpicos de 2016, por sua vez, se manifestou dizendo ter "total confiança de que a cidade do Rio de Janeiro tomará as medidas necessárias para garantir que os Estádio Olímpico esteja pronto" para a Olimpíada e eventos-teste da competição.

Sem poder contar com o Engenhão, os clubes do Rio perderam a opção de realizar jogos no local que vinha sendo o principal estádio da capital carioca desde que o Maracanã foi fechado para reforma em 2010, visando a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.

Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007 ao custo de R$ 380 milhões, o Engenhão começou a ser erguido pela construtora Delta, que depois abandonou a obra, assumida posteriormente pelo consórcio formado por Odebrecht e OAS. E Eduardo Paes já avisou que o estádio só será reaberto "quando for apresentada uma solução definitiva" para os seus problemas estruturais, sendo que o prefeito do Rio enfatizou que "até agora nenhuma foi apresentada". "Não é admissível que um estádio com tão pouco tempo de vida apresente esse tipo de problema", reclamou, na última terça-feira.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, cancelou uma viajem que faria ao Rio e não marcará presença em uma importante reunião que tratará dos preparativos da capital carioca para a Olimpíada de 2016. Mark Adams, porta-voz do COI, informou que médicos do dirigente o aconselharam a não realizar viagens longas depois de ter sido submetido recentemente a uma cirurgia no quadril.

Adams disse também que Rogge deseja permanecer na Suíça para supervisionar a limpeza da sede da entidade, em Lausanne, logo depois de uma inundação atingir o edifício do COI, que teve o fornecimento de energia elétrica cortado após um problema no encanamento do local.

##RECOMENDA##

Rogge tinha planejado passar este final de semana no Rio para acompanhar a visita que a comitiva da Associação Olímpica Britânica (BOA, na sigla em inglês) fará à capital carioca. Essa visita prevê uma série de encontros entre representantes do Comitê Olímpico Brasileiro e da entidade estrangeira, que irá compartilhar com os dirigentes do Brasil experiências vividas na organização da Olimpíada de Londres, realizada neste ano.

O porta-voz do COI disse que os médicos de Rogge lhe disseram que "descartaram viagens de trajetos longos depois da operação de quadril para uma pronta recuperação".

O certo é que a reunião entre representantes britânicos e brasileiro acontecerá menos de dois meses depois de o COB ter confirmado a demissão de nove funcionários, mandados embora por copiarem de forma ilegal arquivos do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres (Locog, na sigla em inglês) durante o período de disputa do evento. Elas faziam parte de um grupo de 24 pessoas, de um total de 200, que trabalhavam em Londres pela organização dos Jogos de 2016.

Depois de ver a seleção feminina ser eliminada ainda na primeira fase da Olimpíada de Londres, a Confederação Brasileira de Brasileira (CBB) já começou a traçar o seu planejamento visando os Jogos de 2016, no Rio. E neste processo de preparação a longo prazo uma das principais preocupações da entidade é dar bagagem e maior experiência internacional para as jogadoras.

Ciente de que o desempenho da equipe comandada pelo técnico Luís Claudio Tarallo foi fraco, a ex-jogadora Hortência Marcari, hoje diretora de seleções femininas da CBB, retornou ao Brasil antes do fim da Olimpíada. Segundo informou a entidade neste sábado por meio de seu site oficial, ela já firmou um pré-acordo com a Federação Francesa de Basquete para a equipe nacional utilizar um Centro de Treinamento na França e ainda disputar amistosos de preparação naquele país visando campeonatos oficiais.

##RECOMENDA##

"Retornei mais cedo porque tenho planos de buscar recursos e começar já o nosso planejamento para 2016. Precisamos aumentar o número de jogos internacionais. O Canadá se preparou com 24 partidas para ir a Londres e vamos equiparar esse número para as próximas olimpíadas. Na equipe que levamos a Londres havia seis jogadoras muito jovens, sem experiência internacional, e vamos dar bagagem a elas", ressaltou Hortência.

Vice-campeã olímpica como jogadora em Atlanta/1996 e campeã mundial em 1994, na Austrália, a dirigente da CBB acredita que o Brasil encarou um grupo muito complicado na primeira fase da Olimpíada de Londres, mas admitiu que a competição servirá como aprendizado para os Jogos do Rio.

"Tivemos a infelicidade de pegar uma chave muito forte, com Austrália, Rússia e França. Essas três seleções disputaram as semifinais e estavam na nossa chave. Conseguimos o que era o nosso limite. Enfrentamos importantes situações que levaremos para 2016", completou Hortência.

O técnico Luís Cláudio Tarallo, por sua vez, também vê a necessidade de o Brasil começar a se preparar desde já para a Olimpíada de 2016 e admite que a inexperiência de algumas jogadoras em partidas mais importantes teve um peso importante para a eliminação da equipe nacional já na primeira fase dos Jogos de Londres.

"Infelizmente não iremos contar com algumas jogadoras experientes que estiveram em Londres. Levamos um grupo metade experiente e metade ainda buscando essa experiência que é fundamental para uma competição internacional. Precisamos jogar muito para dar bagagem internacional para esse grupo de jovens talentos que tem nosso basquete", analisou o comandante, para depois admitir que a equipe feminina do Brasil hoje está em um patamar inferior de preparação ao das principais seleções do mundo.

"O nível técnico está muito alto, e as seleções estão se preparando muito para as competições internacionais. Precisamos entrar nesse ritmo também para nos igualarmos a elas. Dar condições iguais para nossas jogadoras será de fundamental importância para que elas também possam render o máximo delas", completou.

Depois de conquistar ao lado de Alison a medalha de prata do vôlei de praia masculino da Olimpíada de Londres, Emanuel desembarcou junto com o seu parceiro na noite da última sexta-feira, no Rio, satisfeito por ter subido ao pódio pela terceira edição seguida em jogos olímpicos - ele havia sido ouro em Atenas/2004 e bronze em Pequim/2008. Essa foi a quinta Olimpíada do atleta de 39 anos, que em sua chegada no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim admitiu que dificilmente disputará os Jogos de 2016, na capital carioca.

Ao falar sobre a sua participação na Olimpíada de Londres, Emanuel admitiu que anteriormente sequer esperava estar disputando a competição, depois de ter mudado de parceiro após o fim da dupla formada com Ricardo, com o qual foi campeão em Atenas e terceiro colocado em Pequim.

##RECOMENDA##

"Ter participado da Olimpíada de Londres superou as minhas expectativas. Quando encerrei a dupla com o Ricardo, não pensava em chegar até aqui. O trabalho que desenvolvemos, o apoio e a confiança de todo o grupo me fizeram viver esse sonho mais uma vez. Hoje, jogar em 2016 não faz parte do meus planos, mas vamos ver como as coisas acontecem nos próximos anos. Sou muito exigente comigo mesmo e, quando não estiver mais em nível competitivo, serei o primeiro a perceber que chegou a hora de parar. Vou seguir, pelo menos, até o fim de 2013", avisou Emanuel, considerado uma lenda do vôlei de praia, em declaração reproduzida pelo site oficial da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Embora tenha vivido a decepção de perder uma final olímpica na qual era apontado como favorito ao lado de Alison, Emanuel disse que trouxe de Londres boas lembranças e exibiu satisfação por seguir ajudando a alavancar a sua modalidade, que foi sucesso de público durante todo o seu período de disputa nos Jogos de Londres.

"Esta foi a Olimpíada mais organizada de que participei. O transporte funcionou perfeitamente, a arena esteve sempre lotada e o clima foi maravilhoso. Foram dias muitos felizes. O vôlei de praia é um esporte novo e, em cerca de 20 anos, alcançou o estágio de um super esporte. Tenho grande orgulho de ter vivido todas essas transformações", enfatizou Emanuel, que na última sexta-feira evitou descartar a sua possível participação na Olimpíada de 2016.

Alison, por sua vez, festejou o seu desempenho naquela que foi a sua estreia em uma Olimpíada. "Tentamos de tudo para ficar com o ouro e voltamos ao Brasil de cabeça erguida, pois fizemos o nosso melhor. Meu sonho de conquistar uma medalha olímpica nasceu vendo o Emanuel vencer em Atenas, em 2004. Alcançar este objetivo ao lado dele foi muito especial. Formamos uma verdadeira família junto com a nossa comissão técnica nestes últimos anos e o nosso trabalho foi recompensado com a medalha", disse.

A arena de basquete que será utilizada na Olimpíada de Londres-2012, que é desmontável, poderá ser utilizada nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. A possibilidade foi confirmada pela secretária de Esportes do governo do Rio de Janeiro, Márcia Lins, e pelo vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Nick Clegg, que visitou nesta quinta-feira as obras de adequação do Maracanã para a Copa de 2014.

"As discussões vão envolver as empresas envolvidas, e não o governo diretamente. Mas ontem [quarta] conversei com o vice-presidente Michel Temer a respeito da cooperação entre os Jogos de Londres e os do Rio, em 2016", disse Clegg.

##RECOMENDA##

Márcia Lins disse que a instalação provisória poderá ser utilizada no Rio se houver acordo entre as empresas responsáveis pela sua construção, a Prefeitura do Rio e o Comitê dos Jogos de 2016. "Conhecemos a arena desde sua construção. Ela tem 15 mil lugares. Podemos, sim, utilizá-la, não necessariamente para basquete".

A visita do vice-primeiro-ministro britânico ao Maracanã teve como objetivo reforçar a parceria entre o Reino Unido e o Brasil no setor de segurança de grandes eventos e gestão de estádios. "Nós já estamos trabalhando juntos. Assim que finalizarmos nossa Olimpíada em Londres vamos poder dividir nossa experiência para que a sua (Rio-2016) também seja um sucesso".

Clegg foi recebido no Museu do Futebol por Márcia Lins e pelo capitão da seleção tricampeã mundial na Copa de 1970, Carlos Alberto Torres. "É um grande prazer encontrar uma lenda como Carlos Alberto. Ele me disse que nós (Inglaterra) vamos ganhar da Itália (pelas quartas de final da Eurocopa, no domingo). Então, é oficial: Vamos ganhar!", vibrou o ministro, sorrindo.

"Muita gente lamentou as obras de modernização do Maracanã, mas o Brasil não pode ficar atrás dos países da Europa e tem de ser capaz de oferecer conforto aos torcedores", disse o tricampeão, acrescentando que prometeu dar de presente ao ministro uma camisa da seleção brasileira da Copa de 70.

Clegg anunciou a ampliação do programa de escolinhas de futebol financiadas pelo Conselho Britânico (British Council) para as comunidades pacificadas Fallet-Fogueteiro e São Carlos, na região central do Rio de Janeiro. Desde dezembro, o programa Premier Skills Esporte Seguro atende 300 crianças do Morro dos Prazeres, no turístico bairro de Santa Teresa. Agora, a expectativa é que mil crianças participem da iniciativa, que é uma parceria com a Liga Inglesa de Futebol (Premier League) e o projeto Rio 2016, do governo do Estado do Rio.

A Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos de 2016 começou nesta segunda-feira uma reunião, no Rio, para acompanhamento dos preparativos e obras para a Olimpíada que será realizada no País. A visita oficial, que dura até quarta-feira, é a terceira desde que a capital carioca foi anunciada como sede do importante evento.

"Eu diria que esta é a visita mais importante de todas, a partir do momento em que temos um mês e pouco para o início dos Jogos de Londres. Vamos virar a próxima cidade olímpica em 12 de agosto, quando eu recebo a bandeira (olímpica) em Londres", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

##RECOMENDA##

"Seremos muito cobrados pelo mundo inteiro e acho que, ao contrário de outros eventos por aí, está tudo caminhando muito bem", completou o prefeito, assegurando que os preparativos para os Jogos de 2016 estão transcorrendo dentro do programado pelos organizadores e em sintonia com as exigências do COI.

A Comissão de Coordenação do COI é presidida pela marroquina Nawal El Moutawakel, primeira africana a ganhar uma medalha de ouro olímpica, nos Jogos de Los Angeles, em 1984, nos 400 metros com barreiras. Nesta segunda, o grupo se reúne a portas fechadas com autoridades brasileiras em um hotel, na zona sul do Rio. Já para esta terça-feira, estão previstas visitas às obras do Parque Olímpico, da Transoeste e da linha 4 do metrô, que vai ligar a zona sul à Barra da Tijuca, na zona oeste.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando