Tópicos | Oscar 2017

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entregou, na madrugada desse domingo (26) para segunda (27) o Oscar 2017 nas 24 categorias da premiação. O prêmio de melhor filme ficou com "Moonlight: sob a luz do luar", que também levou outras duas estatuetas.

O grande vencedor da noite foi "La La Land: Cantando Estações", que levou seis estatuetas. Damien Chazelle ficou com a melhor direção e Emma Stone com o prêmio de melhor atriz. City of Stars recebeu a estatueta de canção original. O musical ainda levou as premiações de trilha sonora, fotografia e direção de arte.

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Já a estatueta de melhor ator ficou com Casey Affleck, "Manchester à beira-mar". O prêmio de ator coadjuvante foi entregue a Mahershala Ali, de "Moonlight: sob a luz do luar". Já Viola Davis, "Um limite entre nós", levou o prêmio de atriz coadjuvante.

O fato inusitado da noite foi a confusão no anúncio de melhor filme. Warren Beaty, o apresentador do prêmio, anunciou que o vencedor era "La La Land: Cantando Estações". Mas logo em seguida a informação foi corrigida. O verdadeiro campeão de melhor filme foi "Moonlight: sob a luz do luar".

Beaty justificou o erro. Segundo ele, dentro do envelope estava escrito "Emma Stone, 'La la land'". Coube a Jordon Horowitz, produtor de 'La la land', corrigir a informação do vencedor de melhor filme, ao mostrar o cartão com os nomes dos produtores de "Moonlight: sob a luz do luar".

Confira a lista completa de premiados:
Filme - "La la land: cantando estações"
Direção - "La la land: cantando estações", Damien Chazelle   
Ator -  Casey Affleck, "Manchester à beira-mar"
Atriz - Emma Stone, "La la land: cantando estações"
Atriz coadjuvante - Viola Davis, "Um limite entre nós"
Ator coadjuvante - Mahershala Ali, "Moonlight: sob a luz do luar"
Longa documentário - "O.J.: made in America", Ezra Edelman
Mixagem de som - "Até o último homem"
Maquiagem - "Esquadrão suicida"
Figurino - "Animais fantásticos e onde habitam"
Filme estrangeiro - "O apartamento" (Irã)
Efeitos visuais - "Mogli: o menino lobo"
Fotografia  - “La la land: cantando estações"
Direção de arte - "La la land: cantando estações"
Longa de animação - Zootopia"
Curta animado - "Piper"
Canção original - "City of stars", de "La la land: cantando estações"
Trilha sonora- “La la land: cantando estações"
Edição de som - "A chegada"
Edição - "Até o último homem "
Curta documentário - "Os capacetes brancos"
Curta-metragem - "Sing', Kristof Deak e Anna Udvardy
Roteiro original - "Manchester à beira-mar"
Roteiro adaptado - "Moonlight: sob a luz do luar"

O vestido que Meryl Streep deverá usar no Oscar, que acontece nesse domingo, dia 26, tem causado polêmica. Tudo porque, ao que parece, a estrela do filme Florence Foster Jenkins havia se recusado a usar um vestido da grife Chanel para a premiação. No entanto, na última sexta-feira, dia 24, Micaela Erlanger, a stylist da atriz, deu uma entrevista ao portal The Business of Fashion esclarecendo o mal entendido.

A stylist contou que, durante as preparações para grandes eventos, é comum que diferentes estilistas mostrem diversas opções e modelos de looks. Ela contou que, quando a Chanel apresentou seus croquis, já sabiam que a atriz e sua estilista também estavam mantendo contato com outras marcas. "Embora fosse um vestido luxuoso da coleção existente, decidimos ir em uma direção diferente, procurar outro designer", conclui Micaela.

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Além do mais, ela afirmou que a decisão em nenhum momento envolveu o recebimento de dinheiro por usar determinada marca. "Esta não é a forma como eu trabalho e é uma atitude que contraria a ética pessoal da Sra. Streep", disse.

Uma das maiores e mais aguardadas premiações do cinema será realizado neste domingo (26) e, para matar um pouco da curiosidade dos cinéfilos de plantão, o EstreiaJá desta semana apresenta, além dos filmes que vão estrear, algumas curiosidades sobre o evento. 

Nesta edição, Rodrigo Rigaud comenta sobre os filmes “A Grande Muralha”, que conta com o ator Matt Damon no elenco. Outro longa que chama atenção pela quantidade de estrelas no casting é “A Lei da Noite”, um filme policial dirigido por Ben Affleck (que também atua), Zoe Saldana e Elle Fanning. E tem ainda o drama “Moonlight - Sob a Luz do Luar”, que está concorrendo ao Oscar em oito categorias.

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O EstreiaJá é produzido semanalmente pelo LeiaJá e apresentado pelo jornalista Rodrigo Rigaud.

Confira na íntegra:

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Após muitas especulações, o Oscar 2017 já tem data marcada e indicados a concorrer à estatueta, de acordo com as respectivas categorias indicativas. Em sua 89ª edição, o evento irá acontecer no dia 26 de fevereiro, em Dolby Theatre, Los Angeles.

Composta de surpresas e nomes que já concorreram em anos anteriores - a exemplo da atriz Meryl Streep, que foi indicada pela 20ª vez- , a lista contempla as categorias de melhor filme, direção, atriz, ator, atriz e ator coadjuvante, fotografia, longa documentário, curta documentário, filme estrangeiro, mixagem de som, efeitos visuais e outros mais.

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Confira a lista completa dos indicados:

Melhor filme

"A chegada"

"Um limite entre nós"

"Até o último homem"

"A qualquer custo"

"Estrelas além do tempo"

"La La Land: cantando estações"

"Lion: uma jornada para casa"

"Manchester à beira-mar"

"Moonlight: sob a luz do luar"

Direção

"A chegada", Denis Villeneuve

"Até o último homem", Mel Gibson

"La la land: cantando estações", Damien Chazelle

"Manchester à beira-mar", Kenneth Lonergan

"Moonlight: sob a luz do luar", Barry Jenkins

Atriz

Isabelle Huppert, "Elle"

Ruth Negga, "Loving"

Natalie Portman, Jackie

Emma Stone, "La la land: cantando estações"

Meryl Streep, "Florence: quem é essa mulher?"

Ator

Casey Affleck, "Manchester à beira-mar"

Andrew Garfield, "Até o último homem"

Ryan Gosling, "La la land: cantando estações"

Viggo Mortensen, "Capitão Fantástico"

Denzel Washington, "Um limite entre nós"

Atriz coadjuvante

Viola Davis, "Um limite entre nós"

Naomie Harris, "Moonlight: sob a luz do luar"

Nicole Kidman, "Lion: Uma jornada para casa"

Octavia Spencer, "Estrelas além do tempo"

Michelle Williams, "Manchester à beira-mar"

Ator coadjuvante

Mahershala Ali, "Moonlight: sob a luz do luar"

Jeff Bridges, "A qualquer custo"

Lucas Hedges, "Manchester à beira-mar"

Dev Patel, "Lion: Uma jornada para casa"

Michael Shannon, "Animais noturnos"

Fotografia

"A chegada"

"La la land: cantando estações"

"Lion: uma jornada para casa"

"Moonlight: sob a luz do luar"

"Silêncio"

Longa documentário

"Fogo no mar", Gianfranco Rosi

"I am not your negro", Raoul Peck

"Life, animated", Roger Ross Williams

"O.J.: made in America", Ezra Edelman

"A 13ª Emenda", Ava DuVernay

Curta documentário

"Extremis"

"4.1 miles"

"Joe's violin"

"Watani: my homeland"

"The white helmets"

Filme estrangeiro

"Terra de minas" (Dinamarca)

"Um homem chamado Ove" (Suécia)

"O apartamento" (Irã)

"Tanna" (Austrália)

"Toni Erdmann" (Alemanha)

Mixagem de som

"A chegada"

"Até o último homem"

"La la land: cantando estações"

"Rogue One: uma história Star Wars"

"13 horas: os soldados secretos de Benghazi"

Efeitos visuais

"Horizonte profundo: desastre no Golfo"

"Doutor Estranho"

"Mogli: o menino lobo"

"Kubo e as cordas mágicas"

"Rogue One: uma história Star Wars"

Maquiagem

"Um homem chamado Ove"

"Star Trek: sem fronteiras"

"Esquadrão suicida"

Figurino

"Aliados" 

"Animais fantásticos e onde habitam"

"Florence: quem é essa mulher?"

"Jackie"

"La la land: cantando estações"

Edição de som

"A chegada"

"Horizonte profundo: desastre no Golfo"

"Até o último homem"

"La la land: cantando estações"

"Sully: o heroi do Rio Hudson"

Direção de arte

"A chegada"

"Animais fantásticos e onde habitam"

"Ave, César"

"La la land: cantando estações"

"Passageiros"

Trilha sonora

"Jackie"

"La la land: cantando estações"

"Lion: uma jornada para casa"

"Moonlight: sob a luz do luar"

"Passageiros"

Canção original

"Audition (The fools who dream)", de "La la land: cantando estações"

"Can't stop the feeling", de "Trolls"

"City of stars", de "La la land: cantando estações"

"The empty chair", de "Jim: The James Foley Story"

"How far I go", de "Moana: um mar de aventuras"

Roteiro original

"A qualquer custo"

"La la land: cantando estações"

"O lagosta"

"Manchester à beira-mar"

"20th Century women"

Roteiro adaptado

"A chegada"

"Um limite entre nós"

"Estrelas além do tempo"

"Lion: uma jornada para casa"

"Moonlight: sob a luz do luar"

Longa de animação

"Kubo e as cordas mágicas"

"Moana: um mar de aventuras"

"Minha vida de abobrinha"

"A tartaruga vermelha"

"Zootopia"

Curta animado

"Blind Vaysha"

"Borrowed Time"

"Pear Cider and cigarettes"

"Pearl"

"Piper"

Edição

"A chegada"

"Até o último homem "

"A qualquer custo"

"La la land: cantando estações"

"Moonlight: sob a luz do luar"

Curta-metragem

"Ennemis intérieurs", Slim Azzazi

"La femme et le TGV", Timo von Gunten e Giacun Caduff

"Silent nights", Aske Bang e Kim Magnusson

"Sing', Kristof Deak e Anna Udvardy

"Timecode", Juanjo Gimenez

Depois de ter se tornado tema de memes na internet, por não saber comentar os filmes finalistas, na cerimônia do Oscar, em Los Angeles, a atriz Glória Pires será substituída como comentarista, na edição deste ano, pelo ator e apresentador Miguel Falabella. A escala foi definida pela Rede Globo, e com isso, Falabella se junta a Artur Xexéo e Maria Beltrão, apresentadores fixos da programação. De acordo com a emissora, o formato de exibição ainda não está definido, pois o evento coincide com o desfile das escolas de samba do dia Rio de Janeiro neste mês, na segunda-feira (27).

Com a nova mudança, internautas lamentaram a saída da artista, ainda em tom de ironia. "Tá de brincadeira né Glória...a primeira vez em que alguém é sincero no Oscar, tu não quer mais ir”, escreveu uma seguidora.

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No último ano, Glória chegou a ‘quebrar’ a internet com duas frases que se tornaram bordão devido a seus comentários vagos, como “Não sou capaz de opinar” e “Não assisti”. A atriz chegou a se pronunciar sobre a repercussão alegando que não era comentarista.

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Bravura, perseverança, história e sagacidade. O longa-metragem 'Estrelas além do tempo' conta a história das primeiras cientistas mulheres negras compondo a história da National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) e como elas enfrentaram o preconceito. A trama é baseada no livro "Hidden Figures: The Story of the African-American Women Who Helped Win The Space Race", que retrata a verdadeira história das matemáticas afro-americanas da NASA na vanguarda do movimento de direitos feministas e civis, nos Estados Unidos.

Os cálculos ajudaram a criar algumas das maiores conquistas dos Estadios Unidos no espaço, e desenvolveu argumentos e estudos sobre os conceitos como a discriminação naquela época. Antes que John Glenn orbitasse a Terra ou Neil Armstrong andasse na Lua, a história revela as verdadeiras célebres dos bastidores, que eram conhecidas como "computadores humanos". Com o lápis, e as regras de deslizamento, inércia, regras de Newton, e máquinas de calcular, elas eram responsáveis pela logística e o lançamento dos foguetes e astronautas no espaço.

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O filme é dirigido por Theodore Melfi, cineasta e roteirista estadunidense, e a a trilha sonora do filme é composta pelos cantores Pharrell Williams, Hans Zimmer e Benjamin Wallfisch.

Indicado neste ano ao Prêmio da Academia - conhecido mundialmente como Oscar -, o filme 'Estrelas além do tempo' disputa três indicações, entre elas melhor atriz coadjuvante para Spencer, melhor roteiro adaptado e entra na lista dos concorrentes a melhor filme. O Oscar é o prestigioso prêmio do cinema mundial, entregue anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Confira, o trailer do filme "Estrelas além do tempo", com sessões disponíveis no UCI Kinoplex Shopping Recife:

Serviço

Filme "Estrelas além do tempo"

UCI Kinoplex Shopping Recife

Rua Padre Carapuceiro, 777 - 174 - Boa Viagem

Confira os horários no site do UCI

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood agregou cor à edição deste ano do Oscar, com um recorde de atores negros indicados à premiação, que será realizada em 26 de fevereiro. Mas chamou a atenção a ausência de latinos nas principais categorias.

Sete dos 20 indicados são negros, incluindo Mahershala Ali, Naomie Harris e o diretor Barry Jenkins com "Moonlight - Sob a luz do luar", que aparece em oito categorias no total; o duas vezes ganhador do Oscar Denzel Washington e Viola Davis por "Fences" (Cercas); Octavia Spencer por "Estrelas além do tempo"; e Ruth Negga, por "Loving - O amor é tudo".

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É a primeira vez que ao menos um ator negro é indicado nas quatro categorias de atuação. A isto se soma que quatro dos cinco documentários indicados são de cineastas negros. "O que uma 'hashtag' pode fazer", escreveu Sasha Stone, editora da Awards Daily.

Ela se referiu ao protesto #OscarsSoWhite (Oscars muito brancos), que invadiu as redes sociais depois de dois anos com exclusividade de atores brancos entre os indicados. "Um ano refletindo a experiência negra não compensa 80 anos de subrepresentação de TODOS os grupos", observou April Reign, criadora da polêmica 'hashtag'.

E agora, além dos atores brancos e negros, aparece entre os indicados Dev Patel ("Lion - Uma Jornada para Casa"), britânico filho de pais indianos.

De fato, este ano não foi indicado nenhum intérprete latino. Benicio del Toro foi o último a levar um Oscar para casa há 16 anos por "Traffic". E o último indicado foi Demián Bichir, em 2011, por "Uma vida melhor".

Nesta edição, o mexicano Rodrigo Prieto compete em fotografia por "Silencio"; o aclamado Lin-Manuel Miranda, de origem porto-riquenha, disputará o prêmio com a canção "How Far I'll Go", de "Moana - Um Mar de aventuras" e o espanhol Juanjo Giménez, com o curta "Timecode".

- Talento -

Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia mostrou que 5,3% dos personagens que apareceram nos cem filmes mais populares nos Estados Unidos em 2015 eram latinos - contra 73,7% de brancos e 12,2% de negros - em um país com quase 57 milhões de hispânicos, a principal minoria do país.

Sem contar que os latinos são responsáveis por um quarto da bilheteria doméstica. "Infelizmente estamos subrepresentados em cada filme, em cada estúdio, em cada departamento de marketing", denunciou em um artigo Santiago Pozo, fundador da companhia hispânica Arenas Entertainment e membro da Academia desde 1993.

Para A.J. González, cineasta e ex-professor de cinema da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), o problema começa com o financiamento dos filmes. "Não há um nome latino com peso suficiente para atrair investimentos", explicou à AFP.

Foi assim, por exemplo, que a galesa Catherine Zeta-Jones interpretou Elena Montero em "Zorro", fazendo par romântico com Antonio Banderas; e os americanos Ben Affleck deram vida ao mexicano-americano Tony Mendez em "Argo", Madonna a Eva Perón e Al Pacino ao gângster cubano Tony Montana em "Scarface".

O próprio Mahershala Ali interpreta Juan, um cubano que emigrou para Miami, embora não tenha sotaque e que disse sobre a polêmica racial: "Espero não ter sido indicado por ser negro. Isso não tem relevância".

As indicações "não são uma mensagem", afirmou a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, consultada sobre a polêmica racial. "A verdade é que tem a ver com talento", prosseguiu.

- Evolução -

Nestes dois anos de "Oscar muito branco", o mexicano Alejandro González Iñárritu ganhou como melhor diretor e em 2014 foi Alfonso Cuarón, enquanto o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki conquistou três estatuetas seguidas.

No entanto, todos os prêmios foram atribuídos a filmes sem enfoque ou com protagonistas latinos: "O Regresso", "Birdman" e "Gravidade". "Muitos escritores, produtores, diretores não querem estar relacionados a nenhum conteúdo latino, querem fazer parte do 'mainstream'", sem etnicidade, explicou à AFP Tom Nunan, produtor de filmes como "Crash - no limite" e palestrante na UCLA.

São também nomes de peso, mas em número insignificante em relação ao tamanho da população.

Especialistas acreditam de qualquer forma que os atores hispânicos ganharão mais espaço na telona, mas o processo é lento. Diego Luna, Oscar Isaac, Michael Peña, Edgar Ramírez e Rodrigo Santoro aparecem cada vez mais nos créditos de Hollywood. "Sentimos que tem havido um avanço que reflete o talento e o poder que nossa comunidade tem quando nos dão oportunidade", ressaltou a Associação Nacional de Produtores Independentes Latinos.

A Academia comprometeu-se no ano passado a aumentar significativamente até 2020 o número de membros mulheres e de minorias. Atualmente, de seus 6.687 membros, 27% são mulheres e 11%, não brancos.

Pensando no ano que vem, uma campanha nas redes sociais por #OscarsMaisLatinos pode dar uma forcinha.

Após a escolha do filme brasileiro ‘Pequeno Segredo’ para concorrer ao Oscar 2017, conforme informação divulgada nesta segunda-feira (12), pelo Ministério da Cultura (MinC), o diretor pernambucano do filme Aquarius, Kleber Mendonça Filho, revelou, por meio de sua página oficial no Facebook, que a não indicação de seu filme já era esperada. Em companhia da atriz Sonia Braga, no Canadá, Kleber ressaltou que o filme mostra a realidade do Brasil, na maneira mais honesta possível, fator que possibilita mais de 200 mil espectadores nos cinemas brasileiros a assistirem seu filme. Confira o texto na íntegra:

“Soube aqui no Festival de Toronto da decisão via Ministério da Cultura de não indicar AQUARIUS como candidato brasileiro ao Oscar. Estou numa tarde de entrevistas e já vendo o tipo de reação que tem surgido na imprensa e redes sociais. É bem possível que a decisão da comissão esteja em total sintonia com a realidade política do Brasil, ou seja, é coerente e já esperada. Para além de decisões institucionais via Governo Brasileiro, AQUARIUS tem conquistado internacionalmente um tipo raro de prestígio, e isso inclui distribuição comercial em mais de 60 países enquanto já se aproxima dos 200 mil espectadores nos cinemas brasileiros, com um tipo de impacto popular também raro. Mais ainda, é um filme que já faz parte da cultura e desse tempo, num ano difícil no nosso país. No final das contas, AQUARIUS é um filme sobre o Brasil, que está no filme da maneira mais honesta possível. Talvez seja exatamente esta honestidade que tenha feito de AQUARIUS um filme forte como agente cultural, social e produto da nossa indústria do entretenimento. Sonia está aqui do lado, poderosa como Clara. Ela manda beijos! (Toronto, 12 Setembro 2016)”.

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A escolha foi realizada em meio a polêmicas entre a equipe de Aquarius e o atual governo brasileiro, iniciada após um protesto no Festival de Cannes, em que o elenco definiu, por meio de cartazes, o processo de Impeachment do Brasil como um golpe de estado. O protesto chegou a ocasionar a retirada de outros filmes à disputa, em solidariedade ao diretor pernambucano, bem como a classificação indicativa de Aquarius, que após muita reclamação, foi reduzida de 18 para 16 anos.

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O Ministério da Cultura (MinC), divulgou nesta segunda-feira (12), em evento da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a lista dos filmes que irão concorrer ao Oscar 2017. Ao todo, estavam inscritos 16 filmes, entre eles 'Aquarius', do diretor pernambucano Kléber Mendonça Filho, mas quem levou a indicação brasileira foi 'Pequeno Segredo', de David Schurmann. O filme é uma ficção baseada em fatos reais, que narra a história da família Schurmann, conhecida por cruzar o mundo navegando, com ênfase na menina Kat, filha adotiva de Heloisa e Vilfredo Schurmann. O elenco é composto por tem Julia Lemmertz, Maria Flor, Fionnula Flanagan, Marcello Antony, Erroll Shand e Mariana Goulart.

A escolha se dá em meio a uma polêmica entre a equipe de Aquarius e o atual governo brasileiro. A contenda já incluiu a classificação indicativa do filme, que após muita reclamação foi reduzida de 18 para 16 anos; o protesto da equipe no Festival de Cannes, em que acusou o processo de impeachment como um golpe de Estado; e a retirada de outros filmes da disputa em solidariedade a Kléber Mendonça Filho. 

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O longa-metragem escolhido passará pelo processo seletivo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação norte-americana, que selecionará os cinco filmes indicados ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A cerimônia de premiação será em 26 de fevereiro de 2017, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Confira a lista completa dos filmes brasielrios inscritos a representar o Oscar em 2017:

"A bruta flor do querer", de Andradina Azevedo e Dida Andrade
"A despedida", de Marcelo Galvão
"Aquarius", de Kléber Mendonça Filho
"Até que a casa caia", de Mauro Giuntini
"Campo Grande", de Sandra Kogut
"Chatô – O Rei do Brasil", de Guilherme Fontes
"Mais forte que o mundo – A história de José Aldo", de Afonso Poyart
"Menino 23: Infâncias perdidas no Brasil", de Belisario França
"Nise – O coração da loucura", de Roberto Berliner
"O começo da vida", de Estela Renner
"O outro lado do paraíso", de André Ristum
"O roubo da taça", de Caito Ortiz
"Pequeno segredo", de David Schurmann
"Tudo que aprendemos juntos", de Sérgio Machado
"Uma loucura de mulher", de Marcus Ligocki Júnior
"Vidas partidas", de Marcos Schetchman 

O longa foi elegido pela comissão formada por Adriana Scorzelli Rattes, Bruno Barreto, Carla Camurati, George Torquato Firmeza, Luiz Alberto Rodrigues, Marcos Petrucelli, Paulo de Tarso Basto Menelau, Silvia Maria Sachs Rabello e Sylvia Regina Bahiense Naves. O último filme brasileiro indicado ao Oscar, na categoria de melhor filme de língua estrangeira, foi “Central do Brasil”, em 1999. Anterior a data, concorreram "O pagador de promessas" (1963), "O quatrilho" (1996) e "O que é isso, companheiro?" (1998).

Nas últimas edições outros filmes brasileiros também concorreram, entre eles "Que horas ela volta?", de Anna Muylaert, em 2016; "Hoje eu quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro, em 2015; "O som ao redor", de Kleber Mendonça Filho, em 2014; "O palhaço", de Selton Mello, em 2013; "Tropa de elite 2: O inimigo agora é outro", de José Padilha, em 2012; "Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto, em 2011; e "Salve geral", de Sérgio Rezende, em 2010.

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A equipe do filme “Boi Neon” emitiu na tarde desta quarta-feira (24  uma nota, por meio da página oficial no Facebook, alegando a decisão de não submeter o filme à comissão brasileira que indica o representante ao Oscar 2017. Entre as justificativas, o elenco ressaltou que o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Audiovisual, tem agido de maneira injusta sobre as declarações, sem apresentação de provas, contra a equipe do filme Aquarius, depois do protesto no tapete vermelho, no Festival de Cannes. Confira a nota oficial na íntegra:

"Decidimos tornar pública a nossa decisão de não submeter o filme BOI NEON à comissão brasileira que indica o representante nacional ao OSCAR 2017. É lamentável que o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, endosse na comissão de seleção um membro que se comportou de forma irresponsável e pouco profissional ao fazer declarações, sem apresentação de provas, contra a equipe do filme Aquarius, após o seu protesto no tapete vermelho de Cannes. Aquarius foi o único filme latino-americano na competição oficial de Cannes,tendo sido aclamado pela crítica internacional. Diante da gravidade da situação e contrários à criação de precedentes desta ordem, registramos nosso desconforto em participar de um processo seletivo de imparcialidade questionável."

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Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o diretor do longa, Gabriel Mascaro, salientou ter desconforto em participar de um processo seletivo de interesse público que demonstra imparcialidade questionável, referindo-se à indicação antecipada de Marcos Petrucelli como júri. O que ocorre é que Petrucelli já integrou o júri em outros festivais de cinema, e mostrou-se notoriamente crítico aos trabalhos do diretor de Aquarius, Kleber Mendonça Filho, chegando a se referir a ele como “Aquele diretor”. Mascaro ressaltou que espera que sua atitude, como diretor, encoraje outros filmes brasileiros a pensar na legitimidade do processo. 

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