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Um funcionário da Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência que integra a Organização das Nações Unidas (ONU), morreu nesta sexta-feira, 21, durante confronto que completará uma semana no Sudão. A informação foi confirmada pelo diretor geral da instituição em um comunicado.

"Com grande pesar confirmo a morte de um membro da OIM no Sudão esta manhã, depois que veículo no qual trabalhava com sua família no sul de El Obeid ficou em meio a um fogo cruzado entre as partes enfrentadas", declarou Antonio Vitorino, diretor da Organização. "A OIM lamenta esta tragédia, reitera o apelo pelo fim da violência e exige a proteção dos civis", escreveu.

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Na última semana, outros três funcionários da ONU morreram no confronto, logo depois de o chefe da missão especial da organização, Volker Perthes, ter feito um comunicado pedindo "cessação imediata" do confronto. "Apelo a ambas as partes para que parem imediatamente os combates e restabeleçam a calma em todo o Sudão. A segurança do povo sudanês é uma prioridade", escreveu.

Pedido de trégua

Apesar do pedido de trégua de 72 horas, o exército e os paramilitares continuam lutando no Sudão, com explosões e confrontos pelas ruas de Cartum. No dia anterior, a ONU e os Estados Unidos solicitaram uma trégua de "pelo menos" três dias para permitir que civis celebrassem o Eid al Fitr, que marca o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã.

No entanto, o chefe do exército Abdel Fatah al-Burhan descartou, na quinta-feira, 20, negociar com seu ex-número dois, Mohamed Hamdan Daglo, chefe das Forças de Apoio Rápido (FAR) paramilitares.

As FAR anunciaram às 4h GMT (1h em Brasília) de sexta-feira "seu acordo de trégua de 72 horas" para dar uma pausa aos sudaneses presos neste fogo cruzado. Ao mesmo tempo, o general Burhan apareceu na televisão estatal pela primeira vez desde o início dos confrontos para um discurso por ocasião do Eid, no qual não mencionou nenhuma trégua.

"No Eid deste ano, nosso país sangra: a destruição, a desolação e o barulho das balas prevalecem sobre a alegria", disse. "Esperamos sair desta prova mais unidos (...), um só exército, um só povo", destacou, vestindo uniforme militar, entre duas bandeiras sudanesas.

No último sábado, 15, o grupo paramilitar tomou o palácio presidencial do Sudão e outros pontos-chave do país, dando início ao conflito que já dura quase uma semana. Na manhã desta sexta, segundo a OMS, o conflito já soma 400 mortes e 3.500 feridos, incluindo membros das forças de segurança. A milícia Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) acusou o Exército do país de atacar suas forças em uma de suas bases no sul de Cartum, e revidou a provocação.

O exército sudanês, por sua vez, havia dito que os combates começaram depois que as tropas do RSF tentaram atacar suas forças na parte sul da capital, acusando o grupo de tentar assumir o controle de locais estratégicos em Cartum, incluindo o palácio. Os militares classificaram as declarações da RSF como "mentiras".

Como resultado dos ataques, um avião comercial pegou fogo em aeroporto do Sudão e já ocorrem desabastecimento e cortes de energia no país.

Os confrontos envolvem tropas de dois generais, que eram aliados: Abdel Fatah al-Burhan, comandante das Forças Armadas, e o general Mohammed Hamdan Dagalo, chefe do grupo Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

Ambos orquestraram em conjunto um golpe militar que ocorreu em outubro de 2021 e agora disputam a hegemonia do poder. Nos últimos meses, organismos internacionais intermediaram um acordo entre os comandantes e partidos políticos para restabelecer a democracia sem sucesso.

'Não há espaço para negociações políticas'

"Gostaríamos que os combates parassem devido ao Eid, mas sabemos que isso não acontecerá", disse Abdallah, morador da capital, à AFP na quinta-feira. Em entrevista por telefone à Al Jazeera, Al-Burhan disse na quinta-feira que não havia espaço "para negociações políticas" com seu rival.

Se o general Daglo, apelidado de "Hemedti", não desistir de sua tentativa de "querer controlar o país", será "esmagado militarmente", alertou. Durante o dia, Al-Burhan recebeu ligações do secretário-geral da ONU, dos presidentes do Sudão do Sul e da Turquia, do primeiro-ministro etíope e dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Catar.

Washington anunciou o envio de militares para a região caso tenha que evacuar sua embaixada. O aeroporto de Cartum está fechado desde sábado passado e as embaixadas pedem aos cidadãos que fiquem seguros.

Na capital, muitas famílias estão sem seus últimos suprimentos e não têm eletricidade ou água encanada. As linhas telefônicas funcionam apenas de forma intermitente. Muitos tentam fugir entre postos de controle de ambos os lados e corpos espalhados pelas ruas.

Muitos civis também fugiram para o exterior para escapar da violência, concentrada principalmente em Cartum e na região oeste de Darfur. Entre 10.000 e 20.000 pessoas, a maioria mulheres e crianças, cruzaram a fronteira para o Chade, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

Ambos os lados continuam anunciando vitórias e fazendo acusações mútuas que são impossíveis de verificar no terreno. (Com agências internacionais).

Rebeldes maoistas emboscaram soldados paramilitares em um ataque diurno ao seu acampamento na região central da Índia nesta terça-feira (11), matando 20 soldados, segundo a polícia.

Os soldados estavam em um grupo de 44 pessoas para garantir a segurança de funcionários de obras de rodovias no sul do Estado de Chhattisgarh, quando cerca de 200 rebeldes circundaram o campo e abriram fogo, explicou o inspetor-geral de polícia, Mukesh Gupta. Dezoito homens morreram na hora. As tropas responderam, e a troca de tiros durou cerca de três horas. Outros dois soldados não resistiram aos ferimentos e morreram em seguida.

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Os insurgentes fugiram. A polícia fez buscas na selva dentro do distrito de Sukma, mas não localizou suspeitos. Soldados paramilitares estão alocados na área densamente florestada há meses para proteger trabalhadores que estão construindo estradas. Os maoistas se opõem aos esforços do governo para abrir o acesso à área, que interessa às companhias mineradoras. Eles afirmam que o aumento das atividades mineradoras irá degradar florestas. A maioria dos povos tribais que vive no local depende das florestas para comida, combustível e material para construir cabanas.

Este foi o maior ataque rebelde desde maio de 2013, quando 27 pessoas morreram no vale de Jiram Ghati, incluindo vários políticos do governista Partido do Congresso. Outro ataque na mesma área em 2010 matou 76 policiais.

Com os rebeldes ameaçando atrapalhar as eleições do próximo mês, ameaça repetida a cada vez que a Índia promove uma votação, autoridades estão intensificando a segurança em um esforço para prevenir a violência. Fonte: Associated Press.

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