Os eixos para a administração do Governo de Pernambuco nos próximos anos foram apresentados nesta sexta-feira (19). Baseado no molde da gestão do ex-governador Eduardo Campos, o Mapa Estratégico 2015-2018 tem como uma das novidades a parceria do governo com os municípios pernambucanos. A estratégia, tratada como premissa pelos socialistas, pretende, de acordo com o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Danilo Cabral (PSB), “ampliar os resultados dos investimentos estaduais”.
“Nós estamos fazendo a nossa parte, enquanto ente da federação, mas para que a gente consolide os avanços precisamos trazer os municípios para perto de nós. Para que a gente avance na qualidade do ensino do estado, por exemplo, precisamos que os municípios deem atenção ao ensino básico”, argumentou o secretário. Além da ação integrada com os municípios, o Mapa elenca ainda 12 objetivos estratégicos traçados, segundo Cabral, a partir do Pernambuco 2035; do programa de governo apresentado pelo governador Paulo Câmara (PSB) durante a campanha em 2014; do Todos por Pernambuco e dos itens não cumpridos pelo Mapa Estratégico de 2010-1014.
##RECOMENDA##“O Mapa é constituído de uma visão de futuro, de como queremos chegar lá na frente; dos focos prioritários, para quem o governo não vai deixar de olhar; as perspectivas; os objetivos e o monitoramento”, explicou o titular da Seplag. “Viemos hoje reafirmar os compromissos a partir de um documento que foi construído em debate com a sociedade. Em 2018 queremos olhar para trás e dizer que estamos com um estado mais justo. Viemos para renovar sonhos e embalar com responsabilidade a esperança do povo de Pernambuco que tem a marca das lutas libertárias de (Miguel) Arraes, Pelópidas (Silveira), (Frei) Caneca, Eduardo Campos”, acrescentou.
Ao destrinchar os 12 objetivos estratégicos da gestão Paulo Câmara, o Mapa Estratégico enumera quatro segmentos. Na diretriz qualidade de vida, o governo aponta três pactos pela vida, a educação e a saúde. Além da incorporação da mobilidade e urbanismo – com foco no transporte público – e o setor de recursos hídricos e do saneamento. O eixo Desenvolvimento Social e Direitos Humanos é composto pelos pontos da cidadania ativa e dos direitos humanos. No quesito Desenvolvimento Sustentável, os itens infraestrutura e competitividade; inovação e produtividade; desenvolvimento rural e sustentabilidade são o foco. E, por fim, no item Gestão Participativa e Transformadora eles pontuam o modelo participativo da gestão, dando ênfase ao monitoramento constante.
Segundo Cabral, agora que o plano foi apresentado às secretarias estaduais vão iniciar os ciclos de monitoramento. A primeira rodada vai acontecer entre os dias 25 de junho e 3 de julho. O documento apresentado nesta sexta também servirá de base para a organização do Plano Plurianual 2016-2019 que será votado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) até o fim deste ano.
O secretário também aproveitou a apresentação do Mapa Estratégico para enaltecer a gestão de Eduardo Campos. “O que fez a gente chegar aqui foi um governo que teve zelo para com a sociedade. A liderança saudosa do nosso querido amigo ex-governador Eduardo Campos, que a gente tem que sempre reverenciar, foi fundamental neste processo. A partir do seu exemplo, capacidade de escutar, dialogar e construir consensos Pernambuco deixou as velhas e miúdas arengas, futricas, fofocas, que serviam mais dividir do que juntar Pernambuco. Eduardo juntou a todos em nome do desenvolvimento do estado”, frisou.
Balanço - Durante a apresentação do Mapa, o secretário também fez um balanço dos resultados da administração do PSB de 2007 a 2014. “Pernambuco conquistou um aumento real de 278% na capacidade de investimento. Desde 2008 Pernambuco passou a crescer mais que o Brasil. Este ano de 2014, por exemplo, o Brasil não cresceu nada e o estado conseguiu crescer 2% na sua economia”, detalhou. “É bom sempre relembrar o que nós conseguimos para andar até aqui. Na educação saímos da 21ª nota para o 4º melhor resultado. Temos hoje a escola mais atrativa do Brasil, com a menor taxa de evasão do país. Em 2007 de cada 100 pernambucanos que entravam nas escolas 25 saíam, hoje a cada 100 apenas três deixam os estudos”, exemplificou.