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O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu nesta terça-feira (5), em debate no Senado, que o governo pode discutir a Política Nacional de Participação Social (PNPS) por meio de um projeto de lei. No início de julho, o ministro disse que o governo não mudaria o decreto, publicado em maio, que instituiu a política.

“Podemos pensar em ampliar o debate em torno de um futuro projeto de lei para discutir o caráter dos conselhos, novas formas de atuação, que permitam aumentar a participação popular. A sociedade não se contenta mais com as formas até hoje criadas. Para aumentar a legitimidade do Executivo, Legislativo e Judiciário é preciso aumentar a participação popular", disse Carvalho.

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O ministro, no entanto, defendeu o decreto e ressaltou que a Política Nacional de Participação Social “não invade a competência” do Legislativo nem cria uma instância nova. Carvalho frisou que a política veio para “arrumar a casa” e que “não saiu de uma gaveta”, mas foi construída a partir do diálogo com várias instâncias da sociedade e para compensar a insuficiente "participação social nas diversas esferas de governo”.

“[O decreto] não cria nenhuma nova instância, nenhum conselho novo, não invade competência de ninguém, não obriga nada a ninguém. Ele cria recomendações. Essa é a razão pela qual entendemos que não havia a necessidade de um projeto de lei para ajustar uma realidade”, disse o ministro.

O texto da PNPS foi criado no fim de maio pelo governo, instituindo conselhos populares para assessorar a formulação de políticas públicas com integrantes indicados pelo Planalto. A oposição na Câmara reagiu rapidamente e apresentou outro projeto (PDC 1.491/14) para anular a política e conseguiu obstruir a pauta de votações em plenário.

O DEM, um dos principais críticos da medida, considera a política “arbitrária e ditatorial”. A posição do partido, autor da proposta para anular o decreto, é a de que o texto do governo invade a competência do Legislativo.

Gilberto Carvalho lembrou o histórico brasileiro de sete décadas de conselhos e considerou positiva a “bendita polêmica” acerca do tema.  “Quando foi editado o decreto, nem de longe suspeitávamos que o tema, que para nós era simples, trivial, fosse ganhar essa polêmica e essa visibilidade, seja por incompreensão, por posturas ideológicas ou políticas. O decreto encontrou uma oposição tão grande que sugeriram decretos que tentam anular o decreto da presidenta Dilma”, lembrou Carvalho.

Ao defender a PNPS, o ministro disse que muitos programas criados nos governos petistas surgiram do diálogo social. “Boa parte das principais políticas sociais que introduzimos nos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma não estavam inscritas nos programas de governo. Foram resultado da relação tensa, difícil, contraditória, mas essencial dos conselhos e movimentos sociais com o governo”.

O governo decidiu que não mudará a forma de criação da Política Nacional de Participação Social (PNPS) – instituída por decreto presidencial, em maio. A decisão foi informada nesta terça-feira (1º) pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que, desde junho, tenta solucionar o impasse criado pela medida entre governo e oposição.

“[Gilberto Carvalho] veio se colocar à disposição para discutir a questão dos conselhos. Eu esperava compreensão [do governo] em relação à retirada [do decreto] e envio sobre a forma de projeto de lei, mas não foi possível”, disse Alves.

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O presidente da Casa deve tomar uma posição sobre o assunto antes da reunião de líderes, marcada para as 14h30, quando será definida a pauta de projetos prontos para ser votados ainda esta semana.

O texto da PNPS foi criado no fim de maio pelo governo, instituindo conselhos populares para assessorar a formulação de políticas públicas com integrantes indicados pelo Planalto. A oposição na Câmara reagiu rapidamente e apresentou outro projeto (PDC 1.491/14) para anular a política e conseguiu obstruir a pauta de votações em plenário.

O DEM, um dos principais críticos da medida, considera a política “arbitrária e ditatorial”. A posição do partido, autor da proposta para anular o decreto, é a de que o texto governo invade a competência do Legislativo. Alves tinha antecipado que se o governo não atendesse à proposta ele iria incluir o projeto que susta o decreto na pauta da Câmara, mas só deve se pronunciar depois da conversa com as lideranças dos partidos.

Antes de deixar o Congresso, Gilberto Carvalho descartou a possibilidade de deixar o governo antes do final do ano para participar da campanha pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff. “Fico até dezembro. Preciso trabalhar muito”, garantiu.

O senador Romero Jucá (PMDB) afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) pode desistir de implantar por decreto a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e encaminhe ao Congresso Nacional um projeto de lei com esse objetivo. A declaração do peemedebista foi feita nesta quarta-feira (11). 

Com o Decreto 8.243/2014, editado no final do mês de maio, que consolida a participação social como método de governo e fortalece instâncias como os conselhos e as conferências, o governo está sendo acusado por vários parlamentares de violar prerrogativas do Congresso Nacional. Há inclusive um projeto de decreto legislativo que suspende os efeitos do decreto presidencial (PDS 117/2014).

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De acordo com Romero Jucá, um confronto entre Legislativo e Executivo será difícil de acontecer. Ele lembrou que os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), conversaram com Dilma, que teria entendido a importância da participação do Congresso na questão.

A oposição já conseguiu angariar o apoio de nove partidos na Câmara dos Deputados para apressar a votação do projeto de decreto legislativo que visa barrar os conselhos populares criados via decreto pela presidente Dilma Rousseff. Embora não haja perspectiva de votação da urgência em plenário, PPS, PSDB, PR, PRB, Solidariedade, PV, PSB, PSD e PROS concordaram em votar o requerimento de urgência da proposta do líder do DEM, Mendonça Filho.

Na semana passada, Dilma editou um decreto que cria nove instâncias de negociação e comunicação com a sociedade civil. Embora já estivesse programada pelo Planalto desde 2010, a norma teve sua redação acelerada a partir das manifestações de junho do ano passado. O texto, que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), oficializa a relação do governo com os setores organizados. Os integrantes não serão remunerados e as propostas apresentadas não precisam necessariamente ser levadas adiante pelo governo.

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"O presidente da Câmara afirmou que até amanhã (4) dará posição sobre a inclusão da urgência da minha proposta na pauta. Essa medida de Dilma Rousseff é inconstitucional, antidemocrática e uma afronta ao Congresso Nacional", declarou Mendonça mais cedo. O líder do DEM disse que manterá a pressão para que seu projeto entre na pauta da Casa. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), não deve colocar o assunto em discussão nos próximos dias por temer a reação do PT em plena semana de esforço concentrado. "Isso vai obstruir a pauta e contaminar o esforço", avaliou um peemedebista.

Apesar do PMDB também ser contra os conselhos populares, o partido não quer encampar abertamente o projeto de Mendonça. A avaliação é que, ao colocar em pauta um projeto que derruba um decreto presidencial editado há poucos dias, a Câmara cria uma situação desconfortável com o Palácio do Planalto, principalmente num momento em que a presidente tenta se reaproximar dos peemedebistas. "A gente não quer colocar o assunto (em pauta). É uma situação delicada", disse um dos líderes do PMDB.

O primeiro passo para a construção do programa de governo, a ser defendido pela aliança Rede Sustentabilidade/PSB, vai ser dado pelos partidos na próxima segunda-feira (28). O objetivo da aliança é definir um documento de referência para embasar a construção das propostas que serão apresentadas para os brasileiros nas eleições em 2014.

O 1º encontro programático vai acontecer em São Paulo, das 9h às 17h, e será transmitido ao vivo pela Fundação João Mangabeira, Portal PSB40 e no site da Rede Sustentabilidade. No site do Rede já estão sendo colhidas opiniões de internautas, com o questionamento "o que você quer para o Brasil?". Na plataforma dezenas de pessoas já deixaram propostas, que estão interligadas em três itens centrais: Avançar as conquistas econômicas e sociais, Democratizar a democracia e Defender o desenvolvimento sustentável. 

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Após o encontro Eduardo Campos e Marina Silva concedem uma entrevista coletiva à imprensa às 17h.

Um movimento para reascender a efervescência acadêmica na Universidade Federal de Pernambuco esta sendo organizado por estudantes e professores da instituição, o OCUPE UFPE. O primeiro encontro do movimento está marcado para o dia 15 de agosto, a partir das 14 horas, ao lado da Biblioteca Central. 

Segundo os organizadores, o sentido é literalmente ocupar a Universidade para discutir diversos temas, entre eles gênero, raça e diversidade; reforma política e estado laico; democracia e comunicação; educação, ciência, tecnologia, inovação; estatuinte da UFPE e outros.  

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Ainda de acordo com a organização, os debates vão servir para envolver a classe acadêmica nas pautas políticas, trabalhando a conscientização dos estudantes e professores para que se tornem “cada vez mais atores do desenvolvimento social”.

“Devemos readquirir o protagonismo da universidade, e agora com a efervescência política e cultural debater e discutir o papel dela na sociedade. A universidade não é apenas para o benefício acadêmico, mas também para colaborar de forma mais ativa para a construção social”, afirmou a professora de direito da UFPE e uma das organizadoras do evento, Liana Cirne.

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