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O Ministério da Educação (MEC) divulga no Diário Oficial da União (DOU) o valor do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica a ser pago no exercício de 2024, que será de R$ 4.580,57. O novo piso representa um reajuste de 3,62% em relação ao valor do ano passado, fixado em R$ R$ 4.420,55.

A portaria do MEC, publicada em edição extra do Diário Oficial desta quarta-feira, 31, já está em vigor e tem com efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2024.

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O piso nacional da categoria, que é reajustado anualmente, sempre em janeiro, é o valor mínimo que deve ser pago aos professores do magistério público da educação básica, em início de carreira, para a jornada de, no máximo, 40 horas semanais. Previsto na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB), o piso foi regulamentado pela Lei 11.738/2008.

Na manhã desta sexta (22), sindicatos que compõem a enfermagem em Pernambuco vão realizar um protesto em frente ao Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife, para cobrar o piso salarial proposto pelo governo federal. Os trabalhadores apontam o fim do prazo para os repasses retroativos e acusam a governadora Raquel Lyra (PSDB) de não dar previsão para o pagamento.

Os profissionais se concentram em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desde às 8h. A presidenta do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (SEEPE), Ludmilla Outtes, criticou a postura da governadora e disse que ela não mantém diálogo com a categoria mesmo após o fim do prazo firmado pelo Ministério da Saúde.

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"A gente veio para cobrar da governadora o repasse do piso salarial da enfermagem. Esse repasse foi feito pelo governo federal desde o dia 21 de agosto e era para ter sido pago até o dia 20 desse mês. A governadora não pagou nem dialoga com as categorias para dar previsão de pagamento", reclamou a Ludmilla.

O presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, as atividades podem ser suspensas caso o piso referente aos meses de maio, junho, julho e agosto não seja pago.

Com informações de Jorge Cosme

A votação do projeto de lei (PL) 712/2023, marcada para esta segunda-feira (19) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) não foi realizada. No total, 21 deputados de diferentes bancadas da Casa, pediram pela obstrução dos pareceres 763 e 829 de 2023, contrários ao PL. Dessa forma, não foi formado quórum suficiente para que a votação de revisão do projeto fosse realizada. 

Essa é a segunda vez que o projeto é levado à votação na Casa. Na última quarta-feira (14) uma votação foi realizada pela Comissão de Educação e Cultura e pela de Finanças, havendo como resultado a rejeição nas duas frentes.

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O PL do piso, de autoria do governo estadual, estabelece congelamento do piso salarial dos professores da rede pública do estado, além de não considerar os vencimentos dos profissionais aposentados.

Estiveram presentes na sessão professores, manifestantes e membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).

A partir das 16h, desta terça-feira (16), professores da rede estadual de ensino de Pernambuco, organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), realizam ato pelo reajuste do Piso Salarial do Magistério de 14,95% em toda a categoria, na Praça do Derby, área central do Recife. 

Na última mesa de negociação, a categoria rejeitou a proposta da governadora RaqueL Lyra (PSDB). A oferta do Governo de Pernambuco foi que a atualização dos valores fosse apenas destinada aos professores que se encontram abaixo do valor estipulado para 2023, que é de R$ 4.420,50.

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De acordo com o Sintepe, a propota contemplaria apenas 6,2 mil docentes, deixando de fora do reajuste mais de 52 mil professores efetivos, aposentados, administrativos e analistas. Além disso, a organização sindical aponta que o que foi lançado pela gestão estadual divide os profissionais da Educação.

 

Na manhã desta terça-feira (25), os professores da rede municipal de ensino do Recife aceitaram a proposta de reajuste salarial da prefeitura. Distante dos 14,95%, previsto por lei federal, a categoria, organizada pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere), decidiu em assembleia concordar com o aumento de 8,5% linear.

"Infelizmente, a gente não conseguiu os 14,95% do piso na carreira, mas a nossa categoria vai seguir lutando. Porque que a gente conseguiu avançar foi com a nossa luta", disse Anna Cristina Davi, coordenadora geral do Simpere. 

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As negociações entre Prefeitura do Recife e os professores da rede estadual estavam suspensas desde o dia 4 de abril como forma da categoria cessar as paralisações. Na última mesa de negociação entre a gestão municipal e o Simpere, no dia 29 de março, foi ofertado um reajuste, aplicado à carreira, de apenas 7,5%, que foi rejeitada pelos profissionais.

Está suspensa a greve de professores da Rede municipal de ensino do Recife. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (10), após assembleia realizada pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere), no Teatro Boa Vista, área central da capital pernambucana..

A greve foi suspensa após uma decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que determinou a interrupção da greve dos professores, o retorno imediato e a retomada da normalidade de aulas nas escolas creches da rede de ensino do Recife.

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De acordo com o TJPE, caso houvesse descumprimento da determinação, uma multa diária de R$ 100 mil seria aplicada. A decisão foi do desembargador José Ivo de Paula Guimarães.

Segundo o Simpere, a greve pode ser retomada na próxima quinta-feira (13), em uma nova assembleia que será realizada por integrantes do sindicato.

Desde o final de março, os professores da rede municipal de ensino do Recife estão em greve. Organizados pelo Sindicato Municipal Dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), a categoria reivindica o reajuste salário de 14,95%, previsto por lei federal, aplicado à carreira.

Após algumas mesas de negociação, a Prefeitura do Recife, por meio de ofício enviado ao Simpere na última segunda-feira (3), afirmou que não haverá novas propostas até que os docentes encerrem a greve. À reportagem, a coordenadora geral do Simpere, Jaqueline Dornelas, afirmou que a categoria, durante assembleia realizada na manhã desta terça-feira (4), decidiu pela continuidade da paralisação. 

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"A categoria não aceita essa condição do prefeito [João Campos] em atrelar a reabertura da negociação á suspensão da greve. Nós entendemos que isso é um processo democrático, que o Simpere está aberto á negociação e que o governo tem que dar um sinal de que quer resolver o conflito abrindo a mesa, chamando o Simpere para negociar e oferecendo um reajuste que valorize a carreira do professor, da professora que atuam nas escolas e creches públicas do Recife", pontuou Jaqueline Dornelas. 

Na última mesa de negociação entre a Prefeitura do Recife e o Simpere, no dia 29 de março, foi ofertado um reajuste, aplicado à carreira, de apenas 7,5%, que foi rejeitada pelos profissionais. Na ocasião, de acordo com a coordenadora geral do sindicato, a gestão municipal afirmou que tem condições financeiras para oferecer o reajuste [14,95%].

"A prefeitura assume que tem condições financeiras, que o limite prudencial não está no seu limite, está bom. A arrecadação está boa para pagar esse ano, eles mesmo alegam isso. Mas, eles não querem deixar esse 14,95% para o compromisso de pagar em 2024".

O Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere) rebateu a fala do prefeito João Campos (PSB), nesta segunda-feira (27), que foi questinado sobre o pagamento do novo piso salarial do magistério, reajustado, por lei federal, em 14,95%. Na ocasião, o gestor municipal, que dava detalhes sobre o abertura do concurso com 1000 vagas para novos docentes para a rede, alegou que o professores "recebem acima do piso nacional"

Ao LeiaJá, a coordenadora geral do Simpere, Ana Davi, reconhece a importância da abertura do certame, que foi uma promessa durante a campanha de João Campos. No entanto, ela afirma que a prefeitura "descumpre a lei quando não aplica o piso salarial na tabela".

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"Se você pegar o edital do concurso, você vai ver que a prefeitura colocou o mesmo salário inicial para professores de nível médio é de graduação, descumprindo o plano de cargos e carreiras que é Lei municipal. Hoje, Recife quebrou o magistério quando ele iguala o salário de um professor de nível médio, com o salário de um professor graduado", disse.

À reportagem, Ana Davi aponta que o prefeito está "destruindo a carreira do professor de Recife”. "Quando ele paga o reajuste para apenas 1300 professores de nível inicial e deixa mais de 8000 professores sem esse reajuste, ele não está cumprindo a lei, ele está destruindo a carreira do professor de Recife”.

 

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Em coordenação com os atos nacionais, a enfermagem de Pernambuco tomou as ruas do Centro do Recife em uma caminhada, nesta sexta-feira (10), para cobrar do Governo Estadual um posicionamento sobre a implementação do piso salarial da categoria. A reinvindicação tem base na proposta do piso salarial nacional, que foi aprovado no Congresso Nacional em dezembro do ano passado, através de uma emenda, mas barrado na Suprema Corte sob a justificativa de ausência de fundos e possível colapso na saúde. 

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Durante a campanha, a governadora Raquel Lyra (PSDB) tratou uma implementação estadual do piso como promessa para seu mandato. Agora, os profissionais cobram da gestora e de sua vice, Priscila Krause (Cidadania), a criação da medida no estado junto aos deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

O protesto no Recife teve como destino o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo, onde a segurança recebeu os manifestantes com uma barreira, por volta do meio-dia. Pouco tempo depois, uma comissão de oito pessoas, entre representantes do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (Seepe) e Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe). Um dos membros da comissão foi o deputado estadual João Paulo (PT). 

Categoria se diz ‘decepcionada’ 

O ato reuniu centenas de pessoas, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde também prestaram apoio ao movimento. A técnica de enfermagem Carla Elizabeth Ramos, de 41 anos, representante do Satenpe, trabalha na função há 15 anos e reveza esforços entre a rede estadual e municipal. Seu maior tempo de trabalho é na Universidade de Pernambuco (UPE).  

“A gente espera que ela [Raquel] não seja tão política. Tudo dela é esperar destravar 'lá em cima' [Governo Federal]. Todo mundo está esperando destravar lá em cima, mas a gente sabe que o estado tem condições de pagar. Ela prometeu na campanha. Muita gente que está aqui votou em Raquel confiando na promessa dela e depois ela voltou atrás na proposta dela. Isso prejudica a categoria, mas fica feio para ela. É vergonhoso. A gente colocou uma mulher lá em cima porque a gente achou que ela ia pensar em uma categoria que, em sua maioria, é formada por mulher. Mulheres negras, mães de família. Raquel Lyra é uma decepção para a enfermagem”, disse a trabalhadora. 

Ela continuou: “As condições de trabalho são péssimas. As instituições estão sucateadas, falta sabonete para lavar a mão, falta medicação para paciente, faltam recursos humanos. O estado trabalha pagando plantão extra”. 

Uma outra queixa local é o plano de cargos e carreiras da UPE, que teve a última atualização em 2007, há 16 anos. O diretor sindical da universidade, Ivanildo Cândido, é enfermeiro socorrista há 18 anos e viu a última formação de um plano de carreiras quando só tinha dois anos de serviço. “Na UPE a gente tem um plano de cargo e carreira, mas é de 2007, muito defasado. Os servidores de nível médio atualmente recebem quase um salário-mínimo, o que é muito baixo. Muitas vezes o servidor continua trabalhando doente, quando já deveria estar aposentado”, disse Cândido. 

“O governo tem que se posicionar e cumprir o que prometeu em campanha. O governo estadual, junto aos governos municipais, ficam atrelando a aprovação do piso à aprovação da medida provisória pelo presidente da República, mas isso pode acontecer à parte. A medida pode ser aprovada lá depois, mas o governo aqui pode resolver esse impasse e evitar conflito de categorias. A gente entende que cada vez mais a enfermagem está se unindo e pronta para dizer basta. A gente não quer só aplausos, a gente quer valorização em forma de piso nacional”, completou. 

Mobilização nacional 

Entidades representativas de enfermeiros e enfermeiras fizeram, nesta sexta-feira (10), uma greve nacional da categoria. A paralisação ocorre em protesto ao impasse que envolve o piso salarial da enfermagem. De acordo com a Lei nº 14.434, aprovada pelo Congresso Nacional, o valor do piso para enfermeiros é de R$ 4.750. Da quantia, 70% são destinados aos técnicos de enfermagem, e 50%, aos auxiliares de enfermagem e parteiras. 

Apesar de regulamentado por lei, o piso foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O argumento do ministro Roberto Barroso, autor da decisão, foi de que a criação do piso sem uma fonte de recursos garantida levaria a demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saúde. 

 

Profissionais da enfermagem voltarão às ruas em ato a favor do pagamento do piso salarial nacional, às9h desta terça-feira (14), em diferentes cidades de Pernambuco. Em Recife, a passeata vai se concentrar na Praça do Derby, seguindo pela Av. Conde da Boa Vista até o Palácio do Campo das Princesas.

Os atos também ocorrerão no mesmo horário nas cidades de Palmares, Caruaru, Brejo da Madre de Deus, Garanhuns, Arcoverde, Sertânia, Serra Talhada e Petrolina. A enfermagem espera a assinatura do presidente Lula em uma Medida Provisória para regulamentar a fonte de custeio para que estados e municípios possam implementar o pagamento do piso.

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Apesar de aprovado em agosto de 2022, o piso salarial de enfermagem foi suspenso um mês depois pelo Ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Com isso, o  Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (Seepe) espera que a Medida Provisória derrube a liminar que suspende a validade da Lei. Caso contrário, a enfermagem deve anunciar greve por tempo indeterminado a partir do dia 10 de março.

O Senado aprovou nesta terça-feira (20) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 42/2022, que pode viabilizar o pagamento do piso salarial nacional de enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem e parteira. A PEC vai à promulgação.

Antes de chegar ao Senado, a PEC 42/2022 havia sido aprovada na Câmara os Deputados (na semana passada).

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A proposta direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para bancar esse piso salarial nacional no setor público, nas entidades filantrópicas e nos prestadores de serviços com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Agência Senado

Os enfermeiros realizarão uma paralisação de 24 horas em defesa do piso nacional da categoria, nesta quarta-feira (21). A iniciativa é refente a suspensão no Supremo Tribunal Federal (STF), por tempo indeterminado, da Lei nº 14.314/2022, que criou o piso nacional da enfermagem, até que os poderes Executivo e Legislativo apontem fontes pagadoras das novas despesas.

Em Brasília, o ato está programado para ocorrer em frente ao Congresso Nacional, a partir das 8h. "A Enfermagem quer valorização e não vai descansar! Mobilize seus colegas, e vamos juntos lutar pelo nosso direito previsto em lei", diz a convocação do Fórum Nacional de Enfermagem.

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Mesmo com a paralisação, os serviços de emergência mantém o mínimo de profissionais necessários para manutenção do atendimento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou o julgamento que manteve a decisão do ministro Luís Roberto Barroso sobre o piso salarial dos profissionais de enfermagem. O placar final foi 7 votos a 4 contra o pagamento imediato do piso. 

Na quinta-feira (15), o Supremo formou maioria de 7 votos a 3 para manter a decisão, mas faltava o último voto, que foi proferido nesta sexta-feira (16) pela presidente, ministra Rosa Weber, que é oriunda da Justiça do Trabalho. 

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Para Rosa Weber, as argumentações dos impactos financeiros informados pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) já foram avaliadas pelos parlamentares, durante a tramitação da matéria no Congresso Nacional. 

"A avaliação de riscos e impactos negativos produzida unilateralmente pela entidade autora não pode prevalecer, ao menos em juízo delibatório [apreciação judicial], sobre as conclusões formuladas pelo Congresso Nacional com base em estudos e relatórios elaborados em conjunto com os representantes dos setores público e privado, inclusive com órgãos e entidades da sociedade civil organizada", afirmou. 

A ministra também descartou risco de lesão à autonomia dos estados e municípios. "O diploma legislativo impugnado, editado pela União no exercício de sua competência constitucional, apenas institui o parâmetro remuneratório mínimo, cabendo a cada um dos demais entes da federação definir, no âmbito do próprio território, o quantum remuneratório a ser pago a seus respectivos servidores públicos", completou. 

No dia 4 de setembro, Barroso atendeu ao pedido de liminar feito pela CNSaúde, suspendeu o piso e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento. 

Após a decisão, o caso foi levado a referendo dos demais ministros da Corte no plenário virtual, modalidade de votação na qual os votos são inseridos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial.

O julgamento foi iniciado na sexta-feira (9).  Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%. 

Na semana passada, Barroso afirmou que a decisão foi tomada porque é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial. O ministro disse que é a favor do piso salarial da enfermagem, mas aceitou a suspensão diante do risco de descumprimento imediato da lei. 

Segundo o ministro, hospitais particulares estavam realizando demissões por antecipação. Além disso, obras sociais, santas casas e prefeituras relataram que não têm recursos para fazer o pagamento do piso.

Nesta sexta-feira (9), o Sindicato de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias de Pernambuco (SindAces-PE) protestam em frente à sede da Prefeitura do Recife exigindo a implantação imediata do Piso no Plano de Cargos e Carreiras dos agentes.

Segundo o presidente do SindiAces-PE, Graciliano Gama, a mobilização é mais uma tentativa de fazer com que a prefeitura cumpra o que foi determinado pela lei, além de oferecer melhores condições de trabalho. "O recurso para o pagamento do piso chegou em julho deste ano, mas a prefeitura está passando apenas como complemento e não valorizou os agentes de saúde dentro do plano de carreiras. Quem é mais antigo, como é o meu caso, que tenho 20 anos de carreira, tô levando um prejuízo de mais de R$ 500. 

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Graciliano detalha que atualmente o piso nacional inicial é de R$ 2.424 e, com a valorização do plano de carreira, pode ter um salário de até R$ 3 mil.

"A prefeitura está se posicionando para postergar para 2023 e a gente não aceita isso. Por isso estamos reunidos aqui hoje, vamos fechar o trânsito e seguir caminhando até o Centro da cidade", esclarece o presidente.

O LeiaJá solicitou posicionamento da Prefeitura do Recife e aguarda resposta.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu, de forma liminar, a lei que estabeleceu um piso salarial para os profissionais da enfermagem. Ele adiantou que vai solicitar ao presidente da Corte, Luiz Fux, a inclusão do assunto na pauta do plenário para análise de todos os colegas nos próximos dias.

Barroso atendeu a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e, em sua decisão, concordou com o argumento da entidade sobre os riscos de demissão em massa nos hospitais. O ministro mencionou ainda a redução da qualidade de serviços no setor da saúde, com fechamento de leitos.

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"O risco à empregabilidade entre os profissionais que a lei pretende prestigiar, apontado como um efeito colateral da inovação legislativa, levanta consideráveis dúvidas sobre a adequação da medida para realizar os fins almejados", disse o ministro na decisão."

Mais uma das apostas do presidente Jair Bolsonaro neste período eleitoral, o piso nacional de R$ 4.750 para enfermeiros, foi sancionado por ele no início de agosto e começaria a ser pago amanhã. O texto estabelece esse valor para enfermeiros, 70% disso para técnicos de enfermagem e 50%, para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Ao suspender temporariamente a medida, Barroso solicitou que todos os entes envolvidos - Estados e municípios, Ministério da Saúde, entidades ligadas ao setor e Legislativo - se manifestem em 60 dias.

Barroso citou no relatório uma pesquisa realizada pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) sobre as medidas a serem adotadas para o cumprimento dos novos pisos salariais. Das 2.511 instituições entrevistadas, 77% responderam que precisarão reduzir o corpo de enfermagem; 65% terão que reduzir pessoal em outras áreas e 51% disseram que reduzirão o número de leitos.

"A partir das informações coletadas, estima-se que 80 mil profissionais de enfermagem serão demitidos e 20 mil leitos serão fechados em todo País, como decorrência do impacto financeiro dos novos pisos salariais", destaca Barroso.

Ele também falou sobre as dificuldades dos Estados em cumprir a decisão, mencionando as diferenças de patamar salarial entre as unidades da federação para se igualar o piso. "A comparação entre os novos pisos e a média salarial praticada nas unidades da Federação evidencia que, no Estado de São Paulo, o aumento salarial necessário para o atingimento do novo piso dos enfermeiros seria de apenas 10%, enquanto, no Estado da Paraíba, o aumento seria de 131%."

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira (4), em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei (PL) 2564/20, que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. No caso dos primeiros, o piso passará a ser de R$ 4.750. Para técnicos, o valor deve ser correspondente a 70% dessa marca, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%. 

O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado. A instituição do patamar salarial era uma luta histórica da categoria, que representa cerca de 2,6 milhões de trabalhadores. 

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"Hoje é um dia muito importante, não só para a enfermagem brasileira, mas para a saúde pública do Brasil. Não há saúde pública sem a nossa enfermagem", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Segundo ele, por razões de constitucionalidade, o presidente vetou um dos artigos do PL, que determinava um reajuste anual do novo piso com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), um dos indicadores de inflação.

  De acordo com a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Maria Pereira dos Santos, mais de 80% da categoria recebe valores inferiores ao novo piso, que agora é lei. "Existe uma precariedade infinita com relação a salários da enfermagem. Agora, pela lei, vamos ter um piso, é o mínimo", afirmou, após a cerimônia.   

 Para viabilizar a aprovação do piso nacional da enfermagem, o Congresso Nacional promulgou uma emenda constitucional para dar segurança jurídica ao projeto, inserindo o tema na Constituição Federal. Depois disso, o projeto de lei que efetivamente estabelece os novos valores foi aprovado com chancela da ampla maioria de lideranças e bancadas partidárias.

A Prefeitura do Recife anunciou, nesta sexta0feira (22), que vai passar a pagar o piso reajustado aos agentes comunitários de saúde (ACS) e de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) a partir deste mês de julho. O reajuste é reflexo da Emenda Constitucional nº120 publicada no último mês de maio.

O valor do piso sai de R$ 1.573,25 para R$ 2.424,00 estabelecendo que nenhum servidor dessas duas categorias receberá abaixo dos dois salários mínimos conforme fixado pela emenda. 

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Ao todo, 2.766 agentes devem ser beneficiados com o ajuste considerando variação dos vencimentos de acordo com a progressão da carreira estabelecida pelo Plano de Cargos e Carreiras que rege as categorias.

O pagamento da folha de julho contemplará também o complemento dos meses de maio e junho, sendo R$ 1,6 milhão correspondente ao pagamento de julho e R$ 2,4 milhões ao ajuste aplicado nos meses de maio e junho. 

 

A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o texto da Proposta de Emenda à Constituição 11/2022, que dá segurança jurídica ao piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Agora, o texto segue para a comissão especial, que deverá discutir a PEC antes de sua apreciação em plenário.

A votação, ocorrida de maneira simbólica, só não foi unânime porque o partido Novo foi divergente. Já o deputado Bilac Pinto (União Brasil-MG) afirmou que a comissão especial deve definir qual será a fonte de custeio desse piso salarial. “Nós somos a favor, mas não podemos botar essa conta somente para as prefeituras e para os hospitais”, disse.

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A matéria foi proposta após senadores e deputados aprovarem o PL 2.564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que prevê piso mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750. Pela proposta, esta será a remuneração mínima a ser paga nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados. No caso dos demais profissionais, o texto fixa 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

A Câmara dos Deputados aprovou em plenário o projeto de lei 2564/20, que fixa o piso salarial da enfermagem no Brasil, na última quarta-feira (4). A votação aconteceu após uma grande cobrança dos profissionais da área, que lutam pela melhoria de suas condições de trabalho desde o início da pandemia da covid-19, em 2020.

A aprovação teve uma vitória expressiva, com 449 votos a favor e 12 contra o projeto de lei. Esses 12 votos partiram apenas do partido Novo, que destacou o impacto orçamentário ocasionado pela proposta, tendo em vista que o piso salarial foi estabelecido em R$ 4,5 mil para 6 horas de trabalho diário para enfermeiros. “Este projeto vai acabar com a saúde brasileira porque vamos ver as santas casas fechando, leitos de saúde fechando e os profissionais que hoje estão aqui lutando pelo piso desempregados porque os municípios não conseguirão pagar”, disse o líder do partido, Tiago Mitraud.

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Pernambuco

Todos os 25 deputados do estado de Pernambuco votaram a favor do piso salarial. são eles: André Ferreira (PL), André de Paula (PSD), Augusto Coutinho (Republicanos), Carlos Veras (PT), Daniel Coelho (Cidadania), Danilo Cabral (PSB), Eduardo da Fonte (PP), Felipe Carreras (PSB), Fernando Coelho (União), Fernando Monteiro (PP), Fernando Rodolfo (PL),  Gonzaga Patriota (PSB), Luciano Bivar (União), Marília Arraes (PT), Milton Coelho (PSB), Ossesio Silva (Republican), Pastor Eurico (PL), Raul Henry (MDB), Renildo Calheiros (PCdoB), Ricardo Teobaldo (Podemos), Sebastião Oliveira (Avante), Silvio Costa Filho (Republicanos), Tadeu Alencar (PSB), Túlio Gadêlha (Rede) e  Wolney Queiroz (PDT).

Milhares de profissionais da enfermagem lotaram a Praça do Derby, no Centro do Recife, na noite dessa quarta-feira (4), para comemorar o novo piso salarial aprovado pela Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 2564 determinou o pagamento mínimo de R$ 4.750 aos enfermeiros.

Com direito a telão e muita festa, os profissionais da saúde vestiram branco e acompanharam o desfecho da sessão no plenário, que beneficiou enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras.

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Após a sanção, os técnicos passam a ganhar R$ 3.325. Já auxiliares e parteiras terão salários a partir de R$ 2.375. Os valores deverão ser atualizados anualmente com base na inflação.

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Aliados de Bolsonaro votaram contra o PL 2564

O PL de autoria do senador Fabiano Contarato (PT) foi aprovado no Senado há 160 dias e voltou para ser revisado na Câmara sob forte apelo da categoria nas redes sociais e em Brasília. A proposta foi reconhecida por 449 votos contra 12.

--> Câmara contraria governo e aprova piso da enfermagem

A bancada de opositores foi majoritariamente formada pela bancada do partido Novo e contou com aliados do presidente Jair Bolsonaro, incluindo o filho Eduardo (PL) e o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP). O resto dos votos contrários foi dos seguintes parlamentares: 

Adriana Ventura (NOVO-SP)

Alexis Fonteyne (NOVO-SP)

Gilson Marques (NOVO-SC)

Lucas Gonzales (NOVO-MG)

Marcel Van Hattem (NOVO-RS)

Paulo Ganime (NOVO-RJ)

Tiago Mitraud (NOVO-MG)

Vinícius Poit (NOVO-SP)

Kim Kataguiri (União- SP)

José Medeiros (PL-RN)

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