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Por volta das 18h do último domingo (18), quatro pistoleiros invadiram a Ocupação Nelson Mandela, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em um conjunto habitacional localizado às margens da BR-101, no bairro do Jordão, na Zona Sul do Recife. De acordo com a organização, eles ameaçaram as famílias, fizeram um refém e atiraram contra as pessoas. Um militante foi atingido na cabeça e conduzido para a UPA do Jordão.

Segundo testemunhas, ao chegar à unidade de saúde, a vítima teve seu atendimento médico tumultuado por um homem fardado como policial militar, sem identificação. O agente teria dito ainda que o militante era um "vagabundo" e mentia sobre a invasão da ocupação. Outros ocupantes do conjunto informaram que os pistoleiros se apresentaram com policiais militares.

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“Eram ameaças para que o povo desocupasse o espaço, acho que há outros interesses por detrás delas, tem toda uma especulação imobiliária na região. Nós vamos continuar no local e estamos em diálogo com o Governo do Estado, inclusive com a CEHAB [Companhia Estadual de Habitação e Obras], que ofereceu um terreno próximo para as famílias saírem de lá”, explica Paulo Mansan, dirigente estadual do MST.

O conjunto de 16 prédios foi ocupado por cerca de 370 famílias há quatro meses. A estrutura, que teve suas obras paralisadas há 12 anos, conta com 278 apartamentos. Dentre os atuais ocupantes do local, a maioria é composta por pessoas que já estavam cadastradas para receber um dos imóveis do local e por vítimas de alagamentos causados pelas chuvas neste ano no município de Jaboatão dos Guararapes.

O militante atingido na cabeça se encontra internado no Hospital da Restauração (HR) e não corre risco de morte. O MST informou que registrará Boletim de Ocorrência na próxima terça (20), já que a população não realizou o registro por temer o envolvimento de milícias na ação.

Dois suspeitos de envolvimento com os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, presos na manhã desta terça-feira (24), serão investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital por atuarem como pistoleiros de uma milícia que atua na zona oeste do Rio de Janeiro. 

Os dois homens presos são o ex-bombeiro Luiz Claudio Ferreira e o policial militar reformado Alan Nogueira. Segundo a polícia, há evidencias de que eles estariam ligados à morte de um policial militar chamado José Ricardo da Silva e do ex-PM Rodrigo Severo. Ambos seriam integrantes de uma milícia chefiada por Orlando Oliveira de Araújo, o “Orlando Curicica”, de acordo com o delegado Willians Batista.

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De acordo com o jornal “O Globo”, Nogueira estaria em um dos veículos usados na “emboscada” que matou a vereadora e o motorista, conforme relato do delator. Como não havia provas suficientes para prender os dois pela morte de Marielle, os mandados de prisão temporária tanto de Nogueira como de Claudio Ferreira foram baseados em uma investigação das mortes do PM e do ex-PM. 

No entanto, o advogado de Nogueira, Leonardo Lopes, nega o envolvimento dele com a milícia que cobrava taxas de “proteção” na zona oeste carioca e comercializava de forma ilegal serviços de TV a cabo e gás em áreas de favela. 

Marielle foi assassinada com quatro tiros na cabeça, em março deste ano, quando ia para casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, retornando de um evento ligado ao movimento negro, na Lapa. A parlamentar viajava no banco de trás do carro, quando os criminosos emparelharam com o carro da vítima e atiraram nove vezes. A morte da parlamentar teve repercussão mundial. 

Na última quarta-feira (18), o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), em operação de combate ao trabalho escravo, após uma denúncia de agressão e maus-tratos contra trabalhadores de uma fazenda, foi atacado por criminosos no município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará.A equipe composta pelo procurador do trabalho Raphael Fábio Cavalcanti dos Anjos, por auditores fiscais do trabalho e por policiais rodoviários federais foi atacada por sete homens armados.

Em nota pública, a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), que é a entidade de classe que congrega os membros do Ministério Público do Trabalho de todo o Brasil, manifestou, em nome de seus associados, repúdio e indignação ao ataque sofrido pelos fiscais do trabalho.

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De acordo com a ANPT, o ataque praticado contra os agentes do Estado é um fato grave que deve ser punido e que se trata de um atentado contra o Estado brasileiro. Segundo a nota da ANPT, durante operação realizada pelo Grupo Móvel, o procurador do trabalho Raphael Cavalcanti e os demais integrantes depararam, durante o deslocamento, no município de São Félix do Xingu, com um veículo com seis trabalhadores que informaram que tinham acabado de ser agredidos, ameaçados e expulsos da fazenda em que trabalhavam por sete homens encapuzados e armados.

Ainda segundo a nota, o Grupo adotou medidas de segurança com relação aos trabalhadores e interceptou a caminhonete em que estavam os agressores dos trabalhadores, que iniciaram tiroteio tentando atingir o carro em que estavam os agentes federais. Logo após, os agressores fugiram, abandonaram o veículo com armas, documentos e dinheiro. Tudo foi apreendido pela autoridade policial. A Polícia Federal está investigando o caso.

 

Pelo menos 15 soldados da guarda de fronteira do Egito foram mortos em um ataque de pistoleiros no oeste do país. Segundo oficiais do Exército e do Ministério do Interior, os pistoleiros usaram foguetes para atacar um posto de fronteira na Estrada do Oásis de Farafra, 500 km a oeste do Cairo e perto da fronteira com a Líbia. Farafra, situado na região administrativa de Wadi el-Gedid, é o oásis mais próximo da fronteira.

Os oficiais, que pediram anonimato, porque não têm permissão para falar com jornalistas, disseram que três pistoleiros foram mortos. Um oficial médico informou que cinco soldados ficaram feridos.

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De acordo com a agência estatal de notícias Mena, este foi o segundo ataque à mesma unidade de guarda da fronteira nos últimos meses. A fronteira entre o Egito e a Líbia é muito usada por contrabandistas de armas e o tráfico na região cresceu depois da guerra civil na Líbia, em 2011, quando o regime do coronel Muamar Kadafi foi derrubado por milícias islâmicas com apoio dos EUA e de seus aliados europeus.Fonte: Associated Press.

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