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Kyleen Waltman segue internada em estado crítico. (Reprodução/Facebook)

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Uma mulher de 38 anos teve que amputar os dois braços após ter sido atacada por três pitbulls. De acordo com o jornal NY Post, Kyleen Waltman, moradora do estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, também perdeu parte de seu cólon e pode ter que remover uma parte do esôfago.

O ataque aconteceu enquanto Kyleen caminhava por uma calçada na região de Columbia. De acordo com autoridades locais, um homem presenciou o caso e conseguiu espantar os animais com um disparo de arma de fogo para o ar.

“Na ocasião, ninguém conseguiu identificar minha irmã. Se não fosse por um transeunte, minha irmã não estaria aqui,” lamentou Amy Waltman, irmã da vítima.

Gravemente ferida, a mulher precisou ser conduzida para o hospital de helicóptero, onde permanece em estado crítico. Justin Minor, o dono dos cães, foi autuado pelo ataque e liberado mediante fiança de US$ 15.000, o equivalente a R$ 71.376.

A família da vítima quer ele seja responsabilizado pelo ataque. Os cachorros foram apreendidos pelo Controle Animal do Condado de Abbeville e uma investigação policial está em andamento.

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Pernambuco (SINPOLPEN-PE) denuncia a falta de policiais penais na Penitenciária de Itaquitinga (PIT), localizada na Mata Norte de Pernambuco. Segundo aponta a entidade, atualmente são oito policiais penais por plantão para dar conta de cinco pavilhões da unidade.

Por conta da vacância, alguns pavilhões ficam apenas com um policial responsável. O presidente do SINPOLPEN-PE, João Carvalho, aponta que em cada posto da PIT seriam necessários 10 policiais penais por cada posto do pavilhão - o que totalizaria 50 agentes. O sindicato também detalha a situação da população carcerária de Itaquitinga, que tem atualmente um total de 795 detentos divididos da seguinte forma: 

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Pavilhão A - 252 

Pavilhão B - 243

Pavilhão C - 238

Pavilhão D - 30

Pavilhão E - 23

Enfermaria - 9

“O Estado vem diluindo o efetivo de unidades existentes e removendo para locais como o presídio de Itaquitinga, no lugar de colocar novos grupos por concurso. Então, unidades como o presídio de Igarassu, COTEL e Complexo do Curado tem alto déficit de policiais penais e mesmo assim são retirados para este tipo de unidade”, aponta Carvalho.

Atualmente, Pernambuco tem uma vacância de 169 policiais penais. Conforme esclarece o presidente João Carvalho, o Estado poderia diminuir as dificuldades vividas pelos poucos policiais penais em atividade, já que a Lei Complementar federal nº 173/2020, no artigo 8, inciso V, permite a realização de concursos públicos se existirem vacâncias. 

A SINPOLPEN-PE assevera que a segurança nas unidades prisionais está fragilizada e precisa de uma ação do Governo de Pernambuco no sentido de tentar amenizar os problemas, principalmente na Penitenciária de Itaquitinga, que foi inaugurada há pouco mais de dois anos como uma unidade de segurança máxima, mas apresenta problemas desde o início de seu funcionamento.

 “Um dos problemas é que não está se conseguindo evitar a entrada de ilícitos por cima do muro onde não tem efetivo suficiente para rondas. O Estado não dá nenhuma condição de trabalho”, pontua João Carvalho.

O LeiaJá pediu posicionamento da Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES), mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta. O espaço continua aberto para manifestação da pasta.

A Penitenciária de Itaquitinga (PIT), na Zona da Mata de Pernambuco, mais uma vez vive clima de tensão. Presos compartilharam um vídeo em que exibem facas e ameaçam cometer homicídios por estarem sofrendo espancamento e torturas. Em áudios enviados por parentes de presos da PIT à reportagem, um suposto detento diz que no próximo final de semana “provavelmente vai ter um derramamento de sangue” na unidade. 

A crise na penitenciária teria começado na noite da última segunda-feira (10), após uma tentativa de fuga de três presos do Pavilhão C. “Eles foram pegos dentro de Itaquitinga ainda, atrás da escola penitenciária”, afirma um irmão de preso que não quis se identificar.

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Segundo ele, após o ocorrido, a direção da unidade decidiu colocar presos do Pavilhão A para ordenar o Pavilhão C. "O pessoal do Pavilhão A é considerado como 'gato', que trabalha para ajudar a unidade. Eles [demais presos] consideram que os gatos estão trabalhando para a polícia e o pessoal do [pavilhão] B e do C não aceitam os gatos, diz que os gatos entregam as coisas à polícia", diz o irmão, que na manhã desta quarta-feira (12) tenta se reunir com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos para solicitar que os ‘gatos’ sejam retirados do pavilhão C.

A situação também foi confirmada pela assistente social Wilma Melo, coordenadora do Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (Sempri). “O Pavilhão A de Itaquitinga é composto de presos com dificuldade no convívio carcerário, porque eles já contribuíram para o sistema penitenciário de alguma maneira, foram chaveiros, auxiliares, informantes. Foram colocados alguns desses dentro do pavilhão C, onde não se aceita preso que tenha colaborado com o sistema”, resume Melo.

No vídeo compartilhado com o LeiaJá, quatro presos estão com o rosto coberto e dois deles exibem facas. O narrador do vídeo diz que os presidiários colocados no pavilhão C “estão espancando os presos e torturando”. Ele continua: “Não estamos aguentando mais tanta opressão. Será que terão que acontecer outros homicídios para poder o senhor [secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico] tomar uma providência ou temos que abrir o Mar Vermelho?” - nesse momento da gravação um preso diz “sangue, é sangue, p****”. “Cadê os direitos humanos que não estão vendo isso, essa opressão?”, volta a perguntar o narrador.

Em áudio atribuído a um presidiário e enviado à reportagem por familiares, ele diz que a direção da unidade “colocou presos armados com facas que estão nos oprimindo toda hora. Passamos o dia hoje apanhando de presos conhecidos como chaveiros. Vamos revidar a altura.”

De acordo com Wilma Melo, a Penitenciária de Itaquitinga está repleta de irregularidades e representa a violência estrutural do sistema. "Tem venda de droga, venda de cela. As famílias são cobradas para pagar a droga utilizada pelo familiar que é dependente químico. A culpa não é do dependente químico, a culpa é do Estado que não tem quantitativo de segurança suficiente para fazer a segurança interna da prisão.” A assistente social destaca que não existe superlotação na unidade.  “As mazelas prisionais se replicam independente da superlotação. Os órgãos das execuções penais têm que tomar uma atitude severa nessa situação”, ela acrescenta. 

Wilma destaca que os presos ficam encarcerados 22 horas por dia e têm apenas duas horas de banho de sol, rotina que seria prejudicial para a ressocialização. “Há dificuldades de atendimento de saúde, só tem defensor público de 15 em 15 dias, é um local de difícil acesso, onde a família compra o material de limpeza. É uma unidade igual a tantas outras com o agravante do embrutecimento do encarceramento”, diz. A coordenadora do Sempri acredita que as ameaças feitas no vídeo não devem se concretizar porque o governo já está ciente do caso.

Representantes dos beneficiários das medidas provisórias determinadas pela corte da Organização dos Estados Americanos (OEA) deverão enviar na próxima semana um novo relatório à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). No texto, será informado que os presos do Complexo do Curado, no Recife, que foram transferidos para Itaquitinga, estão expostos ao risco de morte pela fragilidade de segurança no local. Após visita, a OEA determinou em 2014 que o Brasil adotasse medidas provisórias para proteger a integridade dos presos do Complexo do Curado.

Em nota, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) confirmou a tentativa de fuga de três detentos na segunda-feira (10). Conforme a pasta, o trio foi submetido ao Conselho Disciplinar da unidade para as medidas cabíveis. Serão investigadas as circunstâncias da tentativa. A Seres também informou que está analisando a veracidade do vídeo. "A PIT funciona no regime fechado com estrutura concebida para a segurança máxima e a rigidez do regime pode causar insatisfação nos detentos", diz o texto enviado.

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O Presídio de Itaquitinga (PIT), na Mata Norte de Pernambuco, receberá seu primeiro mutirão jurídico desde a inauguração da unidade em 2018. A ação, realizada pela Secretaria Executiva de Ressocialização e Defensoria Pública de Pernambuco (DPP), ocorrerá de terça (20) a sexta-feira (23).

A equipe é composta por cinco assessores jurídicos da Seres, dois defensores públicos, quatro servidores do Setor Jurídico e de Registro e Movimentação Carcerária da unidade prisional, além de quatro agentes penitenciários. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) destaca que esta é uma ferramenta no combate à superlotação dos presídios.

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Serão avaliados possíveis casos de processos que estão excedendo o prazo e já poderiam ter sido julgados. Durante a análise, vão ser tomadas providências como progressão de regime, livramento condicional, remição de pena, prisão domiciliar, extinção de pena, habeas corpus e relaxamento de prisão.

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