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O ex-prefeito da cidade paulista de Platina Benedito Carlos Clausen, de 72 anos, e o filho dele Gilberto Jean Lopes Clausen, de 47 anos, foram baleados e mortos durante perseguição pela Polícia Militar, na tarde desta quarta-feira, 19, em Assis, interior de São Paulo.

Durante o cerco, o ex-prefeito teria acelerado seu carro e atingido uma viatura da PM, que capotou. Três policiais ficaram feridos. Os policiais alegam que os dois ocupantes do veículo atiraram contra eles. Os PM apresentaram à Polícia Civil duas armas apreendidas com os suspeitos. A Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar vão apurar a ação policial.

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De acordo com a Polícia Civil, o carro em que o ex-prefeito estava com o filho foi abordado durante um bloqueio na rodovia municipal Manoel Fernandes, entre Assis e Lutécia, mas o motorista acelerou e teve início uma perseguição. Quando os policiais alcançaram o automóvel em fuga, o condutor jogou o carro contra a viatura, que acabou capotando, segundo a corporação.

Um policial foi atingido pelo carro ao sair da viatura e teve fratura no braço. O veículo dos suspeitos caiu em uma valeta e eles fugiram para um canavial. Conforme os policiais militares, os homens atiraram e, no revide, foram baleados. Pai e filho morreram no local. Nenhum policial foi atingido pelos disparos.

A equipe da PM apresentou à Polícia Civil de Assis uma pistola 765 e uma espingarda calibre 12 que estavam em poder dos suspeitos. Além do policial atropelado, outros dois PMs tiveram ferimentos na cabeça durante o acidente com a viatura. Eles foram atendidos em hospitais de Assis e liberados. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a ação. A PM informou que o caso também é alvo de apuração pela sua corregedoria.

Refino de drogas

Benedito Clausen, também conhecido como "Dito Quati", governou a cidade de Platina, no oeste paulista, de 1989 a 1992, mas depois teria enveredado para o crime. Em 1995, ele foi preso em Londrina, no Paraná, acusado de manter um laboratório para refino de drogas.

Em outubro de 2002, ele voltou a ser preso, junto com o filho Gilberto, acusados de integrarem uma quadrilha de ladrões de veículos importados. No mesmo ano, os dois foram resgatados de um minipresídio da 9ª Subdivisão Policial de Maringá. Recentemente, pai e filho teriam participado de um roubo em Bauru (SP) e, segundo a polícia, estavam escondidos em uma chácara da região.

A polícia da África do Sul usou bombas de efeito moral e balas de borracha nesta terça-feira (4) para dispersar cerca de 3 mil "violentos" mineradores grevistas que se aglomeravam no acesso à mina de Khuseleka, da Anglo American Platinum. O incidente marca o primeiro caso de grande agitação na greve do setor, que entra em sua segunda semana.

Segundo a polícia, os grevistas portavam pedaços de pau e bloqueavam o acesso às minas, ameaçando retirar do local os trabalhadores que não aderiram à greve. "A polícia foi obrigada a usar bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a multidão", informaram as autoridades, acrescentando que dois manifestantes foram presos sob acusação de violência pública.

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Desde 23 de janeiro cerca de 80 mil mineradores estão em greve reivindicando um salário mínimo mensal de 12.500 rands (US$ 1.100), quase o dobro do piso atual. Na última quinta-feira, os grevistas rejeitaram um acordo de três anos com as empresas Anglo American Platinum, Impala Platinum Holdings e Lonmin que previa reajustes anuais de 7% nos salários. As negociações entre grevistas e empresas foram retomadas nesta terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

As greves na África do Sul se espalharam da indústria da mineração de platina para as minas de ouro, inspiradas pelo violento movimento que ocorreu na mina de Marikana, onde os trabalhadores grevistas conseguiram nesta semana um acordo com a empresa controladora da jazida, a Lonmin. Os trabalhadores da mina Kopanang, da AngloGold, começaram uma greve na noite da quinta-feira. A mina emprega cinco mil trabalhadores. Nesta sexta-feira, foi emitida uma ordem de prisão contra Julius Malema, político dissidente do partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) que incitou à greve. Malema é acusado de fraude e corrupção.

A greve continua nesta sexta-feira na mina Kopanang. Alan Fine, porta-voz da AngloGold, informou que a empresa ainda não recebeu reivindicações dos grevistas. O porta-voz do Sindicato dos Mineiros da África do Sul, Lesiba Seshoka, disse que se reuniu com os trabalhadores de Kopanang nesta sexta-feira e que eles pedem um aumento salarial. Seshoka pediu aos mineiros que voltem ao trabalho.

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Nas últimas semanas, Julius Malema fez vários discursos incitando os milhares de trabalhadores das minas à greve. Nesta sexta-feira, a advogada do político dissidente confirmou que a Justiça emitiu uma ordem de prisão contra ele. "Sim, eu me encontrei com meu cliente e nós estamos ocupados com isso. Não tenho uma cópia da ordem de prisão e não conheço as acusações", disse a advogada Nicqui Glaktiou.

Nesta sexta-feira, mineiros de outra jazida de ouro, a de Carletonville, entraram no 12º dia de greve. A mina é da Gold Fields. Os 15 mil mineiros locais querem aumento salarial para 12,5 mil rands mensais (US$ 1,5 mil). O salário é o mesmo que os trabalhadores de Marikana reivindicaram e conseguiram da Lonmin. O Sindicato Nacional dos Mineiros faz o papel de intermediador entre a empresa e os trabalhadores. Os trabalhadores também querem que outros delegados sindicais sejam nomeados. Sven Lunsche, porta-voz da Gold Fields, disse que o pedido salarial está além das possibilidades de pagamento da empresa.

A greve na mineração da África do Sul, que teve início no começo de agosto, já deixou 47 mortos. Pelo menos 34 mineiros em greve foram mortos pela polícia a tiros em Marikana em 16 de agosto.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Mineiros empregados pela Lonmin Plc que foram detidos há duas semanas, após a polícia abrir fogo e matar 34 trabalhadores grevistas, foram acusados de assassinarem seus colegas, disse nesta quinta-feira a promotoria de Johannesburgo. "O tribunal hoje acusou todos os trabalhadores de assassinato, sob a lei comum" disse o porta-voz da promotoria, Frank Lesenyego, à agência France Presse (AFP).

A greve na mina de platina de Marikana, na África do Sul, começou após 3 mil cavadores de rochas iniciarem um protesto por melhores salários. A greve foi considerada ilegal. Após vários dias de lutas entre trabalhadores e entre trabalhadores e guardas, que deixaram 10 mortos, incluídos dois policiais, a polícia abriu fogo contra uma multidão, durante um impasse em uma marcha que os mineiros tentavam fazer até uma cidade vizinha. Os disparos da polícia mataram 34 trabalhadores.

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As informações são da Dow Jones.

Reivindicações por melhores salários espalharam-se para ao menos duas outras minas de platina na África do Sul, aumentando os temores de que a instabilidade possa se agravar no país, que fornece 75% do suprimento do metal para o mundo.

O porta-voz da Royal Bafokeng confirmou que cerca de 400 pessoas estão protestando nesta quarta-feira do lado de fora da mina de platina Rasimone. Uma greve de 12 dias em uma escavação da Lonmin PLC resultou em 44 mortes, 34 delas em único dia, quando a polícia abriu fogo contra os trabalhadores.

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As reclamações feitas pelos funcionários de Rasimone e também da mina Thembelani, da Anglo American Platinum, parecem estar ligadas à rivalidade entre um sindicato recém-criado e a veterana União Nacional dos Mineiros. As informações são da Associated Press.

Pelo menos 25 pessoas foram mortas em um confronto entre grevistas e a polícia na mina de platina Lonmin, em Marikana, noroeste da África do Sul, informou hoje o Ministério da Saúde local.

"O número de mortos é de cerca de 25" após os confrontos desta quinta-feira, disse o porta-voz do ministério, Tebogo Lekgethwane, citado pela agência de notícias "Sapa". Outras dez pessoas morreram nos dias anteriores, na luta entre sindicatos rivais na mina, onde várias centenas de trabalhadores entraram em greve exigindo aumentos salariais. As informações são da Dow Jones.

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