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A virada de Ano Novo é comumente marcada pelos fogos de artifício – um espetáculo que, de modo geral, é amado ou odiado pelas pessoas.

No estado de São Paulo, algumas prefeituras – como a de São Paulo e a de Bragança – já sancionaram leis que proíbem a soltura de fogos que emitem barulhos. No entanto, mesmo silenciosos, os artefatos que colorem o céu geram outra preocupação: as queimaduras.

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Na capital paulista, o Hospital Municipal Doutor Cármino Caricchio, no bairro de Tatuapé, conta com uma equipe especializada nesse tipo de atendimento. De janeiro até novembro, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) atendeu 98 pacientes vítimas de queimaduras por fogos de artifício. Nos primeiros 11 meses do ano passado, foram contabilizados 103 atendimentos e, durante todo o ano de 2022, 115 pacientes foram atendidos.

A equipe do CTQ é composta por cirurgiões plásticos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social e nutricionista. O coordenador do centro, o médico André Toshiaki Nishimura, explica que quanto menos doloroso mais grave o ferimento, ao contrário do que se poderia supor.

"Quando se tem queimadura, você não tem em uma profundidade só. O centro da ferida é mais acometido e você tem um halo em outra região e também uma mais periférica. O nível de dor é inversamente proporcional à queimadura. Quanto mais superficial, mais dói. Quando a queimadura é mais profunda, atinge a terminação nervosa e geralmente se sente menos dor, o que é um mau sinal. Quando é mais funda, fica mais esbranquiçada, como se fosse uma carapaça e, quando é mais superficial, mais rosa. Queimadura de segundo grau faz bolha", detalha o coordenador.

Nishimura ressalta que, frequentemente, as partes do corpo mais atingidas por quem solta fogos de artifício são o rosto e as mãos. Por isso, o que se orienta é que a vítima busque lavar a região, com água corrente, e a envolva com um pano limpo ou um filme plástico. Toalha, por exemplo, não é uma boa alternativa. "A primeira coisa é esfriar a região, porque o resquício de pólvora pode continuar queimando", esclarece ele.

O coordenador do CTQ explica que a pessoa queimada deve procurar atendimento médico imediato, até porque os ferimentos podem atingir regiões sensíveis, como os olhos, o que exige encaminhamento a especialistas.

Nishimura diz ainda que o tratamento de lesões provocadas por fogos de artifício é caro: "o paciente fica internado, geralmente, por uns três meses e é operado de quatro a seis vezes. Isso, na rede privada, bate a casa do R$ 1 milhão."

Além disso, os materiais cirúrgicos também têm custo elevado. "A prefeitura investe em curativos especiais que convênios de ponta muitas vezes não têm."

Recomendações

As queimaduras por fogos de artifício podem ser graves e até mesmo fatais. Para evitar acidentes, é importante tomar alguns cuidados, como:

- não manipular fogos de artifício sem supervisão de um adulto responsável;

- seguir as instruções de uso e armazenamento descritas na embalagem;

- não soltar fogos de artifício na direção de outras pessoas e de animais;

- manter distância das pessoas que estejam soltando fogos de artifício;

- não deixar crianças sozinhas perto de fogos de artifício.

Primeiros socorros para queimaduras

- limpar a área afetada com água corrente até retirar o resíduo do material que causou a queimadura;

- após a limpeza, aplicar uma compressa fria no local e procurar atendimento médico;

- a plataforma Busca Saúde informa qual a unidade de saúde mais próxima para atendimento.

Embora sejam elementos tradicionalmente usados nas comemorações de fim de ano, no Natal e no Réveillon, os fogos de artifício oferecem perigo potencial se não forem manuseados com a devida atenção. O alerta é da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM).

Dados do Ministério da Saúde revelam que de 2019 a 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1.548 internações por ferimentos causados por fogos de artifício, à média de um caso por dia. Neste ano de 2023, informações preliminares do ministério mostram um total de 266 internações com esse mesmo perfil, efetuadas entre janeiro e setembro.

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O diretor de Comunicação da sociedade, Sérgio Augusto Machado da Gama, disse nesta quarta-feira (6) à Agência Brasil que nesta época do ano, os fogos constituem grande preocupação da entidade, por causa dos acidentes que provocam. As mãos, principalmente, são as partes do corpo mais expostas, além do punho, rosto e olhos, inclusive. “São os lugares onde a gente vê mais acidentes com fogos de artifício.”

Cuidados

O cirurgião defende que os fogos de artifício sejam admirados de longe e não em lugares privados por pessoas não preparadas para isso. Ele indicou, porém, que cuidados podem ser tomados para mitigar efeitos danosos, como queimaduras graves, lesões e até amputações. Uma das dicas é que, para soltar rojão, devem ser usados prolongadores que mantenham distância entre a mão e o artefato.

Os fogos de artifício devem ser comprados somente em lojas especializadas e não de fabricação caseira e não devem ser reutilizados quando não acendem. Evitar beber antes de acender fogos de artifício é outra recomendação dada pelo médico, porque isso aumenta a chance de acidentes.

Em relação às crianças, os cuidados se redobram. “Crianças não devem soltar nada e devem ficar longe, a uma distância segura de qualquer foguete ou fogo de artifício”, afirmou. “Infelizmente, não são só queimaduras que resultam de fogos de artifício. às vezes são amputações de dedos. Eu já peguei até amputação de mão inteira por explosão de rojões.”

Queimaduras

Queimaduras graves necessitam de atendimento urgente. Para queimaduras mais leves, sem ferimento, a indicação é lavar com água corrente, proteger com um pano úmido e limpo e procurar um serviço médico. “São medidas que se faz de imediato”, explicou o diretor da SBCM. Por outro lado, alertou que não se deve passar no local queimado pasta de dente, clara de ovo, manteiga, porque esses produtos podem trazer infecção no local. “Algumas vezes se formam bolhas, mas somente o médico pode estourar”, advertiu.

No caso de ferimentos em que hajam fraturas e amputações, o procedimento é lavar, proteger o local e, se estiver sangrando, fazer uma compressão com um pano limpo e seguir para o pronto-socorro. “Porque o grau de gravidade de uma queimadura, após uma explosão, é muito variado. Vai desde o primeiro grau até amputações terríveis”. Sem falar nas pessoas que ficam cegas, com lesão de retina ou de tímpano. “É bom comemorar, mas com precaução”.

Sérgio Augusto Machado da Gama comentou, ainda, que já existem cidades no mundo, como Praga, capital da República Tcheca, que proibiram a prática de queima pública de fogos, por conta da poluição, de risco de acidentes e de aglomerações. Além disso, os fogos, em especial os rojões, provocam estresse em criaturas com sensibilidade auditiva, como bebês, crianças, idosos, autistas e animais.

Especialistas

Fundada em 1959, a SBCM congrega médicos especialistas em cirurgia da mão e reconstrutiva do membro superior. A instituição promove a formação de profissionais, além de fornecer condições para atualização permanente, sob a forma de ensino, pesquisa, educação continuada, desenvolvimento cultural e defesa profissional. 

As festas juninas, que ocorrem neste mês em todo o país, acendem o alerta para o perigo das queimaduras. O Ministério da Saúde destaca que embora sejam lembradas especialmente nesta época, as queimaduras ocorrem durante todo o ano.

Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) indicam que, no Brasil, é registrado anualmente cerca de 1 milhão de pessoas com queimaduras, das quais 100 mil procuram atendimento médico. As crianças e idosos são a parcela da população mais vulnerável. A maioria dos acidentes (70%) ocorre dentro de casa.

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Em razão do Dia Nacional de Luta contra Queimaduras, lembrado nesta terça-feira (6) - e instituído pela Lei 12.026/2009 -, a SBQ promove anualmente a campanha Junho Laranja. O objetivo é alertar a população e as autoridades sobre os riscos de acidentes com queimaduras e os traumas que podem causar. Este ano, as queimaduras elétricas são o tema central da campanha. A iniciativa tem o poio da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).

O tema foi escolhido após a divulgação dos dados do Boletim Epidemiológico n° 47, do Ministério da Saúde, de dezembro de 2022, que indicou à SBQ a necessidade de medidas incisivas para a redução das taxas de acidentes elétricos. No período de 2015 a 2020, ocorreram no Brasil 19.772 óbitos por queimaduras, sendo que a eletricidade respondeu por 9.117 (46,1% do total). A campanha da SBQ alerta que a eletricidade tem potencial de causar morte imediata no momento do trauma, correspondendo a 70% desses óbitos, e pode levar a sequelas importantes, incluindo grandes amputações.

Homens

Em entrevista à Agência Brasil, a médica Kelly Danielle de Araújo, vice-presidente da SBQ, informou que boa parte das vítimas de queimaduras elétricas é formada por homens em idade produtiva, de 19 a 59 anos e, em maior número, na construção civil informal. Acrescentou que, no Brasil, onde as pessoas têm o hábito de fazer suas próprias construções, puxadinhos, reparos em casa, isso pode ter gravidade e levar ao óbito imediatamente. “E se você tem uma casa em que a fiação elétrica está inadequada, o risco é para todo mundo”. Isso inclui crianças, idosos, donas de casas e animais. “Porque pode acontecer um curto-circuito, eles podem encostar em alguma fiação inadequada e se queimar. Pode haver um incêndio na casa”. Com aparelhos eletrodomésticos que não estejam em boas condições, isso também pode ocorrer, lembrou.

Apesar de ter como tema central a prevenção de queimaduras elétricas, a campanha do Junho Laranja vai abordar também outros tipos de acidentes com queimaduras e será realizada no formato híbrido, envolvendo ainda ações presenciais, como iluminação de monumentos na cor laranja, atividades de orientação à comunidade e palestras e capacitações nos centros de Tratamento de Queimados para profissionais da saúde e pacientes. A campanha da SBQ será lançada nesta terça-feira (6), às 19h, durante a live “Os riscos de queimadura de origem elétrica - SBQ x Abracopel”, que pode ser acessada no youtube.

Festas juninas

A vice-presidente da SBQ confirmou que ocorre grande incidência de queimaduras nesta época do ano. Destacou a importância da campanha porque, depois de queimada, a pessoa vai ter que lidar com trauma psicológico, sequelas, além do risco de amputação de membros e óbito. “O ideal, realmente, é a prevenção. Então, o melhor é não queimar”. Nos países desenvolvidos, não é comum o registro de queimaduras. Segundo Kelly, 95% das queimaduras registradas no mundo ocorrem em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. “Só 5% acontecem em países desenvolvidos”. Ela reforçou que onde existe o hábito de investir em prevenção e orientar a população, há menos queimaduras.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) chama a atenção para o fato de que, no mês em que ocorrem as festas juninas, a incidência de acidentes com queimaduras tem destaque em função do uso de fogos de artifício. O diretor da entidade, Sérgio Augusto Machado da Gama, disse que as queimaduras são muito frequentes em adultos jovens e crianças, e que as mãos são os membros mais afetados diretamente pelos fogos de artifício.

“Elas (as mãos) estão muito expostas, não só a queimaduras, mas a traumas. Por isso, a gente tem sempre uma preocupação muito grande com as mãos e em queimaduras nas mãos, porque há vários graus com diferentes extensões”. Ele destacou que as queimaduras de primeiro grau nas mãos apresentam vermelhidão, ardor, e são mais superficiais. “O problema maior para os cirurgiões de mão é o das queimaduras mais profundas, de terceiro grau, em que, às vezes, a pessoa tem comprometimento de tendão, de nervo, de osso. São nessas queimaduras mais profundas que você acaba precisando de um cirurgião de mão. São as lesões que a gente chama de terceiro grau”.

Essas queimaduras podem resultar em sequelas importantes. Muitas vezes, as lesões evoluem com a morte de tecidos que precisam ser retirados, em função de necroses. “Muitas vezes, essas lesões precisam de cobertura. Um cirurgião de mão está preparado para colocar enxertos de pele ou retalhos de pele nesses pacientes”. Também essas lesões podem levar à contratura de dedos, perda do movimento de dedos e punho.

Gama lembrou que não se trata somente das queimaduras térmicas. Da mesma maneira, não se pode esquecer das queimaduras elétricas, que “são extremamente graves”, e das queimaduras químicas. “A gente tem que estar sempre muito atento a isso”. Recomendou que as pessoas não devem colocar sobre lesões provocadas por queimaduras materiais como pasta de dentes, manteiga, óleo, clara de ovo. “É importante esse esclarecimento”. Já uma queimadura mais superficial pode ser resfriada, lavada em água corrente por alguns minutos. Outra dica, quando a queimadura evolui para um edema, é retirar todos os adornos, como relógio, anéis, aliança, pulseiras. A principal recomendação é trabalhar na prevenção e na conscientização de todos, orientou o diretor da SBCM.

Em casa

As queimaduras em ambiente doméstico também são muito comuns, principalmente envolvendo crianças. Por isso, não se deve deixar panelas expostas ou ao alcance de crianças no fogão. Os cabos devem estar sempre virados para dentro. As mães ou responsáveis não devem segurar panelas ou objetos quentes quando vão abordar os menores. As crianças devem ser mantidas longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições. Cuidados devem ser tomados da mesma forma com relação à tampa do forno e a churrasqueiras. “Na festa junina, mais ainda. A gente vê muita queimadura exposta”.

O diretor da SBCM destacou a gravidade das queimaduras elétricas que podem resultar, inclusive, na amputação de dedos e, até, da mão. Sugeriu que ao colocar bandeirolas para enfeitar as festas juninas, se evite colocá-las próximo a redes elétricas. “A gente vê muito também queimaduras por álcool, ao acender fogueiras de São João, que podem resultar em explosões”.

Vários graus

A queimadura tem vários graus. A de primeiro grau, também chamada superficial, é aquela que envolve apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele. Os sintomas são intensa dor e vermelhidão local, mas com palidez na pele quando se toca. A lesão desse tipo de é seca, não produz bolhas e, em geral, melhora no intervalo de 3 a 6 dias, podendo descamar. Não deixa sequelas.

As queimaduras de segundo grau são divididas em superficial e profunda. A superficial envolve a epiderme e a porção mais superficial da derme. Inclui o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada, podendo levar até três semanas. Ela não costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ser mais claro. Já as de segundo grau profundas são aquelas que acometem toda a derme, sendo semelhantes às de terceiro grau. Como há risco de destruição das terminações nervosas da pele, esse tipo de queimadura, que é bem mais grave, pode até ser menos doloroso que as mais superficiais. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também podem ser destruídos, fazendo com que a pele fique seca e perca seus pelos. A cicatrização demora mais que três semanas e costuma deixas marcas.

Já as queimaduras de terceiro grau são profundas e acometem toda a derme, atingindo tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos, podendo, inclusive, atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões esbranquiçadas, acinzentadas, secas, indolores e deformantes, que não curam sem o apoio cirúrgico, necessitando de enxertos.

Um menino de um ano e seis meses deu entrada na UPA de Jardim Paulista, em Paulista, com sinais de maus-tratos e morreu nesse domingo (26). A criança apresentava marcas de queimadura de cigarro no rosto e no corpo e indícios de violência sexual. A mãe, de 23 anos, foi detida no local. 

Os policiais do 17º Batalhão foram enviados à UPA para verificar a denúncia de tentativa de homicídio. A Polícia Civil informou que a criança foi encontrada em uma residência no bairro Vila Torres Galvão e socorrida ainda com vida. Os médicos teriam tentado reanimar o menino, mas ele não resistiu e teve a morte confirmada na unidade. 

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A mãe de 23 anos teria tentado fugir, mas foi detida e encaminhada à delegacia. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. A ocorrência foi registrada como “Morte a Esclarecer e Maus Tratos” e houve instauração de inquérito. Não há informações sobre o pai da criança.

Na última semana, um grupo de mulheres sofreu queimaduras graves após a passagem por um espaço de bronzeamento em Olinda, no Grande Recife. As clientes já eram familiarizadas com o procedimento da "marquinha de fita", mas uma possível reação dos produtos, associados à longa exposição ao sol, acabou provocando lesões de segundo grau por todo o corpo, em especial na região torácica.

A causa das lesões ainda está sendo investigada, mas traz à tona os vários riscos que a população — geralmente as mulheres — aceita enfrentar para estar dentro das tendências estéticas. No caso da pele bronzeada, o traço cultural fala mais alto. A cultura do bronze que, no Brasil, é antiga e teve uma expansão nos anos 90, voltou a ser tendência entre as gerações mais jovens, com o frequente exemplo de modelos, influenciadores e artistas, espalhados nas redes sociais.

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O hábito se dividia em duas formas de conseguir a cor dourada: exposição ao sol durante horas, uso de parafinas e óleos na praia; ou a conquista da cor através da máquinas de bronzeamento artificial, proibidas no Brasil desde 2009. À época, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela proibição, pautava o câncer de pele junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), que alertou para chances crescentes em 75%, devido ao bronze em máquinas.

Após a medida, o bronzeamento natural passou a ser a opção mais popular e também mais acessível. O nome "natural" indica que é feito com cuidados à pele enquanto há exposição ao sol, mas está longe de significar que é um processo sem riscos e que não agride a derme. 

“Não existe forma segura de longa exposição solar. Sempre poderão ocorrer danos a longo e curto prazo, seja na agressão aguda pela radiação solar - como o caso de Olinda, onde provavelmente usaram substâncias para "acelerar" o bronze, chamadas furocumarinas, presentes em perfumes, frutas cítricas e cosméticos; ou na agressão crônica, causando envelhecimento cutâneo e câncer de pele pelo dano contínuo ao DNA celular”, explica a dermatologista Clara Florêncio, entrevistada pelo LeiaJá

 A resistência ao protetor solar também é um outro fator. Além do bronze ser associado à boa saúde, pelo aspecto corado da pele, o Brasil tem uma população de maior parte preta ou parda, o que muitas vezes vai implicar na negligência com os cuidados à pele.

Com uma incidência alta de radiação solar durante todo o ano, os cuidados cotidianos também passam despercebidos. Assim, o câncer da pele não melanoma é um dos mais incidentes na população e a cada ano quase 200 mil brasileiros são diagnosticados com a doença. Confira mais informações sobre o assunto com uma especialista.

— Clara Florêncio, médica dermatologista do SESI Saúde

LeiaJá: De que forma a “cultura do bronze” pode ser prejudicial à nossa sociedade, a longo prazo? 

CF: A longo prazo, a cultura do bronze na sociedade aumenta muito os danos cutâneas, levando ao aumento do número de casos de câncer de pele e envelhecimento cutâneo precoce da população. 

LeiaJá: Exposição desde cedo pode piorar os danos à saúde? 

CF: Sempre houve a cultura do bronzeamento no Brasil. Há algumas décadas, era sinônimo de "saúde" e era feita em câmaras artificiais, felizmente proibidas, apesar de contínuas solicitações pela liberação desses equipamentos. Sabe-se que o bronzeamento em câmaras artificiais, feito até os 35 anos, aumenta em 75% a chance de uma pessoa desenvolver melanoma. Com o bronzeamento em fita, apesar de não haver estudos específicos, com certeza aumenta e muito os danos à pele. 

Isso não só pela agressão aguda através do uso das substâncias usadas no método, que pode ter uso oral e tópico; mas também por causa das dermatites de contato e queimaduras com bolhas, até os danos à longo prazo, que são o envelhecimento precoce da pele e câncer cutâneo. 

LeiaJá: Quais as alternativas ao bronzeamento com exposição ao sol? 

CF: Não existe alternativa segura ao bronzeamento com exposição solar. A única forma de bronzeamento seguro é o bronzeamento cosmético, onde produtos são aplicados na pele sem exposição solar, em uma maquiagem corporal duradoura com efeito de bronzeamento. 

LeiaJá: Pessoas pretas/pardas precisam de menos proteção? A quantidade de melanina tem a ver com a rotina de cuidados? 

CF: Pessoas com fototipo 1 e 2 (mais claras) nunca se bronzeiam, só ficam avermelhadas, mostrando dano cutâneo mais intenso, por isso precisam de proteção solar mais intensa diariamente. Pessoas de pele 3 e 4 (mais escuras) já conseguem produzir uma quantidade maior de melanina mediante ao estímulo solar como forma de proteção ao corpo, mas também devem desenvolver o hábito diário de proteção solar. 

LeiaJá: Como se proteger no verão? 

CF: Os cuidados com pele devem ser intensificados no verão, mas como vivemos em um país ensolarado o ano todo, os cuidados devem persistir mesmo passado o verão. Cuidados que seriam uso de roupas com proteção solar, chapéus, evitando o sol das 10h às 16h, e claro, bons filtros solares, além de hidratação oral intensiva. O uso de produtos pós sol também ajuda muito na hidratação da pele. 

 

Cinco mulheres sofreram queimaduras de segundo grau por todo o corpo e foram parar no hospital depois de realizarem sessões de bronzeamento artificial com fita em uma clínica de estética no bairro de Peixinhos, em Olinda. Os procedimentos foram realizados no domingo (15), e as vítimas foram levadas ao Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife. 

Uma das mulheres segue internada em estado de saúde estável, segundo o hospital. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.  

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A estudante Andressa Silva foi uma das vítimas e relatou já ter feito o procedimento outras vezes, e uma delas foi na mesma clínica. Ao g1, ela disse ter estranhado o produto usado na última sessão, que sentiu ardência e vermelhidão no corpo.  

“Cheguei no atendimento, tomei banho e fiz a esfoliação. Ela montou o biquíni, passou o produto e me botou para o sol: 40 minutos de frente e 40 minutos de costa, e cabine [de bronzeamento artificial]. O resultado foi perfeito na hora. À noite, começou a arder, queimar e ficar mais vermelho que o normal”, afirmou.  

Andressa entrou em contato com a responsável pelo bronzeamento no dia seguinte, na segunda-feira (16), e foi orientada a misturar três produtos e passar nas queimaduras. “Eu passei, começou a arder e queimar mais que o normal também. Na terça-feira, comecei a ver as bolhas e corri para a emergência”, informou.  

Os médicos do Hospital da Restauração recomendaram a internação de Andressa, que não ficou por não ter com quem deixar os filhos, e está toda enfaixada em casa. A estudante registrou um boletim de ocorrência pela lesão corporal, e disse que não consegue mais fazer as tarefas domésticas e tem que pagar outra pessoa para fazer.  

A dona do estabelecimento se pronunciou no perfil do Instagram, que atualmente está fechado, e confirmou a veracidade do ocorrido, mas defendeu-se que o produto foi sabotado. “Foram cinco meninas queimadas que usaram o mesmo produto. Fizeram o mesmo bronze da promoção. Venho dizer que o produto foi sabotado. Eu já fui para a delegacia, o produto foi fazer perícia numa farmácia de manipulação”, informou.  

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Com a retomada das festas juninas em Pernambuco, o setor de queimados do Hospital da Restauração voltou a registrar um crescimento no número de internados no período de São João. Do dia 23 até o dia 28 de junho foram 29 pessoas que precisaram de atendimento na unidade de referência e 14 ficaram internadas. 

Nos últimos dois anos de Pandemia da Covid-19, quando não foram permitidas grandes festas juninas no estado, foram registradas uma média de 25 pessoas atendidas no período, com apenas cinco internações. 

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Neste ano, do número total de atendimentos do dia 23 ao dia 28 deste mês, 11 foram por queimaduras provocadas por tradições juninas, como fogos (5) e fogueiras (6). Cristine Dalla Nora, cirurgiã plástica do setor de queimados do HR, detalha que a época de São João pode ter contribuído para outros atendimentos de casos de queimaduras, que não foram provocados diretamente pelos fogos e fogueiras. "Talvez, sem o São João, dos 29 que a gente atendeu, seriam 11 a menos", relata. 

Nesta terça-feira (28), o setor, que conta com 40 leitos, divididos para homens (13), mulheres (13) e crianças (14), já encontra-se lotado, apenas com sete vagas para a pediatria. Inclusive, o registro de crianças queimadas nesta época foi menor: quatro atendimentos e apenas duas precisaram ficar internadas. 

Mas esse número pode aumentar. "O São João ainda não acabou e muita gente que se queimou fica em casa e só vem depois de dias para cá, então já chega infectado e com queimaduras mais profundas. Por isso a gente ainda pega, nos próximos 10 a 15 dias, a rebarba do São João", salienta a doutora Cristine. 

Segundo a cirurgiã, felizmente, nenhum dos casos atendidos até o momento foram de grandes queimados, mas ela alerta para a necessidade da manutenção dos cuidados. "Criança não tem que está mexendo em comida quente, sem a supervisão dos adultos, manusear palitos de fósforo sozinha porque se queima e nem estar sozinha dentro de casa", reforça. 

Dalla Nora também pede para que os adultos tenham cuidado na hora de acender fogueira, instalar o gás, manusear panelas porque a maioria dos casos que acabam chegando no Hospital da Restauração, durante todo o ano, são principalmente por conta da falta de atenção e cuidado dos adultos. 

"Tem muita gente fazendo uso de álcool, gasolina para cozinhar porque não tem dinheiro para comprar o gás de cozinha. O número de queimaduras por acendimento de fogo tem crescido nos últimos anos, principalmente por conta da pandemia e do aumento do preço do gás", pontua Cristine Dalla Nora.

O Ministério da Saúde divulgou alerta com recomendações e cuidados para evitar acidentes que possam causar queimaduras durante as tradicionais festas juninas, muito populares em todo o país. A atenção deve ser especial em ambientes em que podem ser frequentes as queimaduras por líquidos quentes, chamas de fogueira e fogos de artifício.

Entre janeiro e abril deste ano, já foram registrados 3.540 procedimentos hospitalares e 32.631 atendimentos ambulatoriais por causa de queimaduras no Brasil.

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Segundo o ministério, em junho, é comum aumentarem os casos, e a prevalência é de queimaduras de segundo grau, com destaque para as lesões dos membros superiores (mãos e braços), tronco e cabeça.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 180 mil pessoas morrem por ano em consequência de queimaduras, que são a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância. As queimaduras não fatais podem causar hospitalização prolongada, desfiguração e incapacidade, muitas vezes resultando em cicatrizes e rejeição.

Ao todo, 48 estabelecimentos são habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como centros de referência na assistência a queimados, além da oferta de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses, materiais especiais e exames necessários para atender às vítimas.

Primeiros socorros

De acordo com o Ministério da Saúde, em casos de queimadura, o paciente deve colocar, de imediato, a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por aproximadamente dez minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas.

Se houver poeira ou insetos no local, mantenha a queimadura coberta com pano limpo e úmido. No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo por substâncias químicas ou eletricidade, a pessoa necessita de cuidados médicos imediatos.

É importante nunca tocar a queimadura com as mãos; nem furar bolhas; tentar descolar tecidos grudados na pele queimada, ou retirar corpos estranhos ou graxa do local queimado. Não se pode colocar manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura. O Ministério da Saúde lembra que somente o profissional de saúde sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.

Prevenção

Nas festas, é preciso também ter atenção ao manipular bebidas e alimentos com altas temperaturas e evitar brincadeiras perto de fogueiras para prevenir queimaduras por chamas e problemas nas vias aéreas, pela inalação de fumaça.

É importante ainda ter cuidado ao usar produtos inflamáveis, como o álcool 70% (na forma líquida ou em gel), e não manipular o produto perto do fogo, mantendo-o longe do alcance das crianças.

Outras recomendações são evitar fumar dentro de casa, principalmente se estiver deitado, ao acender fósforos, manter o palito longe do rosto, para não atingir cabelo ou sobrancelha, e, ao acender velas, observar se estão longe de produtos inflamáveis, botijões de gás, solventes ou tecidos.

No caso de queimaduras elétricas, é preciso retirar o fio da tomada ou desligar a energia geral. Recomenda-se ainda o uso de protetor nas tomadas elétricas da casa. Possíveis vazamentos de gás devem ser investigados com frequência, e as crianças precisam ficar longe da cozinha durante o preparo dos alimentos. O cabo e as alças das panelas, que devem estar em bom estado, têm de ficar sempre virados para a área do fogão.

Na hora do banho, é bom testar a temperatura da água com o dorso da mão antes de molhar a criança, que deve ficar sempre longe de produtos de limpeza. Recomenda-se ainda o uso de protetor nas tomadas elétricas da casa.

Quase seis meses após receber um raro transplante de rosto e mãos, Joe DiMeo está aprendendo a sorrir de novo, bem como a pestanejar e a pegar objetos.

O jovem de 22 anos, residente do estado americano de Nova Jersey, foi operado em agosto do ano passado, cerca de dois anos após sofrer queimaduras graves em acidente rodoviário.

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"Sabia que seriam pequenos passos a todo o tempo", contou DiMeo à agência AP. "Você tem que ter muita motivação, [e] muita paciência. E deve permanecer forte em todos os momentos", assegurou.

Segundo os especialistas, aparentemente, a cirurgia realizada no hospital NYU Langone Health foi um êxito, mas advertem que levará algum tempo para confirmação.

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Cirurgiões americanos completaram, até hoje, pelo menos, 18 transplantes faciais e 35 transplantes de mãos, conforme a Rede Unida para Partilha de Órgãos (UNOS, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos que supervisiona o sistema de transplantes norte-americano.

Transplantes simultâneos de rosto e mãos são bastante raros, tendo apenas sido tentados duas vezes. O primeiro aconteceu em 2009, no qual um paciente parisiense acabou morrendo um mês após o procedimento por complicações ligadas à cirurgia. Dois anos mais tarde, médicos de Boston tentaram o procedimento em uma mulher que teria sido atacada por um chimpanzé, mas, poucos dias mais tarde, suas novas mãos tiveram de ser amputadas.

"O fato de terem conseguido é fantástico", declarou Bohdan Pomahac, cirurgião do Hospital de Brigham and Women's de Boston, que liderou a segunda tentativa dessa operação. "Sei por experiência que é extremamente complicado. É um tremendo sucesso", citado pela mídia.

DiMeo tomará medicamentos para o resto de sua vida, de modo a evitar que seu corpo rejeite os transplantes, passando também por uma reabilitação contínua para aumentar a sensibilidade em seus novos rosto e mãos.

Da Sputnik Brasil

Ousado está de volta ao Pantanal. A onça-pintada resgatada em setembro com queimaduras de segundo grau nas quatro patas foi devolvida à natureza na manhã desta terça-feira (20) após 39 dias longe da região para tratamento. A soltura ocorreu na mesma margem do Rio Corixo Negro, em Poconé, em Mato Grosso, uma das áreas atingidas pelo fogo, onde a reportagem do Estadão encontrou o felino, debilitado.

O animal de cerca de dois anos passou uma temporada no NEX, uma ONG especializada no tratamento de onças, em Corumbá de Goiás, a 80 km de Brasília. A viagem de 1,2 mil quilômetros de volta ao Pantanal foi toda feita numa van climatizada de vidros escuros. Durou 21 horas. Diferentemente do resgate, dessa vez não houve apoio de helicóptero da Marinha.

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Ousado, nome dado por ribeirinhos ao exemplar da espécie, um macho, foi encontrado às margens de um rio do Mato Grosso, em 11 de setembro. Todo o processo de resgate, desde antes da chegada de veterinários e voluntários, foi documentado.

A operação para levar Ousado de Goiás foi discreta. Uma equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), chegou na cidade goiana nas primeiras horas da manhã de segunda-feira com recomendações expressas para que não houvesse publicidade das ações nas próximas horas.

Apesar de o NEX dar ampla transparência ao passo a passo do tratamento da onça nas redes sociais, o Cenap não permitiu nenhuma informação sobre a reinserção do felino à natureza. A justificativa do órgão era a de que a soltura deveria mobilizar uma quantidade mínima de pessoas para que Ousado não ficasse estressado e para que os riscos do procedimento fossem reduzidos. Na semana passada, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ensaiaram uma agenda oficial para que ambos participassem da soltura da onça. O compromisso, porém, acabou cancelado.

Ao final da longa viagem pelas estradas, a onça chegou à localidade de Porto Jofre, em Poconé, na extremidade final da Rodovia Transpantaneira, a cerca de 250 km de Cuiabá. Dentro de uma caixa metálica, a onça foi transferida para um barco que subiu os rios até a exata localização do resgate, nas proximidades do Parque Estadual Encontro das Águas, uma das áreas de maior incidência de onças, quase todo devastado pelo fogo que atingiu o Pantanal.

A estrutura metálica com o felino foi depositada na terra e um sistema de roldana foi montado em uma árvore para que os técnicos pudessem abrir a porta da caixa puxando um cabo de aço, sem ficarem expostos ao animal.

Ousado colocou apenas a pata direita na terra firme e permaneceu imóvel por exatos 15 segundos, observando o entorno. Constatado o reencontro com seu habitat, correu e, com um impulso, venceu o barranco para se reencontrar com a vegetação pantaneira. O animal ganhou um colar, que servirá para monitorá-lo por GPS. Técnicos do Cenap dizem que um estudo atestou as condições das imediações do parque para que o animal fosse reintroduzido com segurança. A readaptação de Ousado à natureza alimenta a esperança de pantaneiros na resiliência do Pantanal.

O regresso da onça ao Pantanal tem forte carga simbólica. Incêndios destroem o bioma há meses e sobram críticas à falta de providências adotadas pelas autoridades, especialmente federais.

A diversidade da fauna local e a preservação do bioma são fundamentais à atividade econômica da região, que atrai turistas de todo o mundo interessados na observação de animais livres.

Até aqui, a saga de Ousado é feliz. Amanaci, outra onça resgatada do Pantanal com queimaduras, ainda em tratamento em Corumbá de Goiás, não fará o mesmo caminho de volta. A fêmea teve queimaduras de terceiro grau nas patas e, apesar do moderno tratamento com células-tronco, ficou com o movimento das garras comprometido. Ela não tem mais condições de viver livre, segundo veterinários que a acompanham.

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Uma das onças-pintadas resgatadas com ferimentos provocados pelo fogo no Pantanal está apta a regressar à natureza após cerca de um mês submetida a modernos tratamentos veterinários custeados por ONGs e voluntários, em Goiás. Quanto menos tempo o animal selvagem ficar enjaulado, melhor para a readaptação.

Contudo, órgãos do governo federal ainda não apresentaram um plano nem uma data para a devolução do felino ao seu hábitat. Por outro lado, está nos planos das equipes do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, uma visita ao Pantanal na próxima semana para acompanhar a soltura da onça. A viagem está sendo planejada, mas ainda não está confirmada.

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Ousado, nome dado por ribeirinhos ao exemplar da espécie, um macho, foi encontrado às margens de um rio de Mato Grosso, em 11 de setembro, quando a reportagem do Estadão cobria as queimadas no Pantanal. Todo o processo de resgate, desde antes da chegada de veterinários e voluntários, foi documentado.

A possibilidade de retorno da onça tem uma carga simbólica para o bioma. Ela conseguiu escapar das chamas alcançando uma margem ainda preservada do Rio Corixo Negro. Quando foi descoberta, queimaduras de segundo grau nas quatro patas tinham minado sua habilidade para se alimentar.

Tratamentos modernos com ozônio e laser foram aplicados em dias intercalados. Agora, Ousado está forte, bem alimentado e pronto para voltar à vida selvagem. "A alta médica significa que ele não está sendo mais anestesiado. As feridas estão totalmente cicatrizadas. Agora, está na mão dos órgãos competentes decidir quando e para que região ele vai voltar", afirmou o veterinário Thiago Luczinski.

Especialista em animais silvestres, Luczinski é o responsável técnico da ONG Nex No Extinction, de Corumbá de Goiás. O local é um santuário de onças-pintadas. Ousado ficou sob cuidados da ONG, referência no País na atenção a felinos de grande porte.

Para onde

A área da devolução de Ousado é uma incógnita até o momento. O Estadão procurou a Marinha, o Ministério da Defesa, o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio em busca de informações sobre essa operação de regresso. A Marinha informou que "não recebeu solicitação de apoio". Os demais órgãos oficiais não se manifestaram.

Uma onça-pintada adulta foi resgatada com ferimentos e queimaduras, na região de Porto Jofre, no Pantanal mato-grossense, nessa sexta-feira (11). O animal foi encontrado por bombeiros e veterinários que trabalham na região, que vem sendo devastada por queimadas.

O transporte do animal para o hospital veterinário, localizado em Cuiabá, precisou ser feito em um helicóptero da Marinha. A onça foi conduzida pelo Batalhão de Emergências Ambientais para o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Mato Grosso, onde ela está sendo tratada. 

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De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas já atingiram 2,3 milhões de hectares do Pantanal. O número corresponde a 15% da extensão do bioma.

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) aponta que o número de acidentes provocados por álcool 70º aumentou em 19 estados do país durante a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).

Dados atualizados na última quarta-feira (5) mostram 478 internações entre os meses de março e agosto de 2020. O estudo coloca São Paulo e Goiás como líderes de casos, com 136 e 104, respectivamente. Só na região de Campinas (SP), as internações em decorrência deste tipo de incidente tiveram elevação de 82,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Segundo o médico cirurgião plástico e presidente da SBQ, José Adorno, a utilização de itens como o álcool líquido e em gel para a higienização das mãos e superfícies domésticas, é um dos principais causadores da elevação dos casos de queimaduras.

Para ele, o Brasil adquiriu um costume de aplicar o produto de modo desmedido. “O aumento dos casos vem pelo uso indiscriminado do álcool e por causa de uma cultura que nós temos no Brasil de utilizar o produto de maneira inadequada, não sabendo que é inflamável e perigoso”, comenta.

De acordo com Adorno, a assepsia para eliminar o risco do contágio pela Covid-19 com componentes que podem gerar combustão pode ser substituída pelo uso de medidas mais seguras, como o uso de água e sabão.

“Com a pandemia, as pessoas utilizam o líquido ou gel nas mãos e outras partes do corpo, fazem o uso até dentro de casa. Reserve o álcool para quando tiver contato com superfícies ou naquela situação em que é preciso higienizar as mãos e não tem água e sabão”, aponta.

Idosos e crianças

Outro estudo, realizado pelo Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) de São Paulo, mostra que os idosos passaram a ser maioria entre as vítimas de queimaduras no período pandêmico.

Antes da crise sanitária causada pela Covid-19, o maior número de acidentes com substâncias inflamáveis pertencia ao grupo com faixa etária entre 20 e 50 anos. Para Adorno, o público acima de 60 anos deve redobrar a atenção quando for fazer o uso de produtos que podem representar risco.

“Os idosos têm que estar atentos para vigiar as habilidades e as atividades que podem oferecer risco. Há situações em que não é aconselhado, a depender do tipo de habilidade ou de dificuldade que a pessoa tem, deixar que ela lide com fogão, por exemplo”, cita.

O médico também ressalta a necessidade de observação para as comorbidades e doenças associadas, pois os mais velhos podem ser mais suscetíveis a sofrer desmaios enquanto manuseiam elementos que podem oferecer perigo de combustão.

Entre os mais vulneráveis para acidentes com queimaduras, estão também as crianças. De acordo com o especialista, os pequenos devem ser vigiados de maneira atenta, pois a curiosidade da infância pode gerar grandes transtornos.

“Elas são bastante suscetíveis, vivem no ambiente doméstico e são curiosas, portanto precisam ser vigiadas sempre. As crianças podem entrar em contato com as chamas, com o cabo da panela no fogão, puxar a toalha que tem líquido quente em cima e assim acontecem os acidentes. Ademais, devemos tirar o álcool de perto das crianças, esse produto não pode ficar alcançável a elas”, orienta Adorno.

Sofri uma queimadura. O que fazer?

De acordo com o cirurgião plástico, a única recomendação segura e correta para o tratamento de uma queimadura, assim que ela acontece, é lavar com água corrente para resfriar o local afetado. Segundo ele, alguns recursos caseiros usados no passado não são eficientes e podem prejudicar a evolução do tratamento.

“Não se deve usar pasta de dente, borra de café ou manteiga, nada que não seja água corrente na área do acidente, pois isso pode provocar infecção, dificultar a limpeza do ferimento e agravar o quadro”, fala.

Para Adorno, o líquido pode ajudar a aliviar a dor e também impede que a queimadura seja aprofundada no ponto atingido pelo fogo. “Se deixar o calor, ele vai matando mais tecido. Depois de lavar, o ideal é enrolar um pano limpo no local e procurar a unidade de saúde para o tratamento correto. Se for utilizar um creme para queimadura, use a sulfadiazina de prata, mas é sempre bom procurar um médico para o diagnóstico correto da extensão da lesão e determinar o melhor acompanhamento”, detalha.

O médico também ressalta a importância de estar em dia com a vacinação antitetânica, tida como fundamental para a evolução dos casos de acidentes com substâncias inflamáveis.

Recomendações básicas

- Evite utilizar álcool em casa ou tê-lo em grande quantidade. Para uso em casa, é possível usar outro higienizador como água sanitária diluída. Para a assepsia das mãos no ambiente doméstico, use água e sabão;

- Quando usar o álcool para higienizar as mãos, espere pelo menos 20 minutos para entrar em contato com qualquer chama;

- Evite a utilização do produto para acender churrasqueira, lareira, fogareiro, ou qualquer coisa para fazer o fogo, pois o álcool 70% é altamente inflamável. Nunca aproxime o frasco do local do fogo e fique atento ao uso da substância em gel. A chama desse produto é invisível e não amarela como o líquido;

- Observe os frascos dispostos nas prateleiras dos supermercados, fique atento a embalagens e formas de apresentação. Como o produto foi liberado de maneira bem ampla pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as formulações podem não chamar atenção sobre o perigo que representam.

- Atente para o uso de versões em álcool hidratante ou spray. O modelo composto por produtos hidratantes pode demorar mais tempo para ser eliminado do corpo, mesmo que seja para higienizar as mãos em pequena quantidade. Já as embalagens aerossóis de álcool 70% podem explodir em contato com o fogo e causar um acidente muito grave.

Por volta das 1h30 desta segunda-feira (3), um incêndio doméstico deixou dois moradores feridos em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram ao local e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) prestou atendimento às vítimas.

As chamas ocorreram na cozinha e atingiram, móveis, janela e geladiera da residência localizada na Rua Onze, bairro de Maranguape II. Duas pessoas estavam no imóvel e sofreram graves queimaduras.

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As vítimas foram um homem, de 36 anos, que teve 25% do corpo queimado, e uma mulher, com idade não revelada, que sofreu queimaduras em 10% do corpo e apresentou dificuldade para respirar devido a fumaça inalada.

Ambos foram atendidos pelas equipes de resgate. Os bombeiros finalizaram a ocorrência, mas não informaram as causas do incêndio.

Na prevenção contra o coronavírus, o álcool em gel virou grande aliado para a higienização das mãos e incorporou-se à rotina de grande parte das pessoas. No entanto, o produto pode causar queimaduras, como aconteceu com um jornalista de Santos, no litoral de São Paulo, na última semana.

Ao chegar em casa, o profissional de 46 anos lavou as mãos, passando o álcool em gel na sequência e foi esquentar comida. No momento não percebeu que sua mão estava queimando, só depois sentiu ardência e reparou a vermelhidão no local. Ao procurar um médico, o especialista confirmou que a queimadura foi causada pelo uso do álcool e aproximação do fogo em seguida.

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O exemplo mostra que depois de passar o produto nas mãos é preciso ter cuidado ao acender o fogão da cozinha ou até um cigarro.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), João Baptista Gomes dos Santos, explica que a mão representa 3% da superfície corporal total, mas seu envolvimento em traumas graves, como queimaduras, pode levar a sequelas funcionais graves. “A mão é mais suscetível ao traumatismo por queimadura, porque geralmente está mais próxima do agente causador ou porque é utilizada pelas vítimas na tentativa de se proteger no momento do acidente", relata.

Estudos epidemiológicos já mostraram que a maioria das queimaduras grandes (mais de 25% da superfície corporal queimada) tem uma ou ambas as mãos afetadas, atingindo 90% dos casos. "A queimadura é um trauma grave, com impactos sociais e econômicos”, completa o especialista.

Cuidados com o álcool

O médico salienta que o reforço na higiene deve continuar, mas em casa, o melhor é higienizar as mãos lavando-as bem, com água e sabão, por, pelo menos, 20 segundos.  “O álcool em gel deve ser utilizado em lugares onde não é possível lavar as mãos, quando se está fora de casa”, acrescenta.

A avaliação médica da profundidade das queimaduras, principalmente se houver lesões profundas de espessura parcial e total, deve ser realizada o mais cedo possível.

Tipos de queimaduras

As queimaduras de primeiro grau envolvem danos apenas à epiderme, não mostram feridas abertas ou bolhas, curam sem cicatrizes e não requerem tratamento cirúrgico.

As queimaduras de segundo grau, em grau superficial, geralmente se recuperam com o cuidado local em 10 a 14 dias. Lesões desse tipo apresentam bolhas e são dolorosas devido à exposição das terminações nervosas na derme. Em grau profundo, as lesões apresentam uma fase inflamatória de cicatrização prolongada, podendo resultar em comprometimento funcional.

As queimaduras de terceiro grau envolvem toda a espessura da epiderme, derme e tecido subcutâneo, e as feridas não podem ser restauradas devido à perda total de anexos epidérmicos e derme.

Por fim, as queimaduras de quarto grau envolvem estruturas como músculos, tendões e ossos, sendo lesões graves que requerem reconstruções elaboradas e, ocasionalmente, amputações.

Morreu na manhã desta segunda-feira, dia 6, o morador de rua queimado enquanto dormia na Mooca, na zona leste de São Paulo. Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, foi atacado na Rua Celso de Azevedo de Marques na madrugada de domingo (5), e estava internado no Hospital Municipal Doutor Cármino Caricchio, conhecido como Hospital do Tatuapé.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou a morte e informou, em nota, que o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

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Imagens de câmeras de segurança da região registraram o momento em que uma pessoa se aproxima de Silva e joga o que parece ser combustível sobre a vítima. Uma explosão acontece e o agressor foge.

A Polícia Civil procura o autor do crime. Os investigadores apreenderam um recipiente encontrado no local e encaminharam para a perícia. O caso é investigado pelo 18º Distrito Policial (Alto da Mooca).

Um homem de cerca de 20 anos sofreu graves queimaduras ao ser atingido por um líquido ainda não identificado, nesta sexta-feira (15), em uma estação do metrô de Paris, informaram fontes policiais.

De acordo com informações preliminares, o líquido utilizado, que ainda precisa ser analisado por peritos, poderia ser algum tipo de ácido. Segundo testemunhas, o incidente ocorreu às 6h30 (3h30 de Brasília) em uma plataforma da estação Bastille, no leste da capital francesa. Depois de uma breve discussão, um homem lançou um líquido no jovem e fugiu.

Uma equipe do corpo de bombeiros foi chamada para atender a vítima, que já apresentava sinais de graves queimaduras no rosto e em um antebraço. Ainda consciente, o jovem foi levado ao hospital.

Na quarta-feira à noite, em outra linha do metrô parisiense, um homem e uma mulher sofreram queimaduras por ácido sulfúrico que estava numa garrafa sobre um assento do vagão, segundo informou a polícia. Nesse caso, não se privilegiou a pista criminal.

A Samsung investiga um incidente envolvendo um smartphone modelo Galaxy A5. Segundo relatos do roteirista Carlos Henrique Lopes Crespo, 49 anos, o aparelho pegou fogo enquanto estava no bolso de sua calça. O homem sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus na perna esquerda e nos dedos das mãos. O caso ocorreu no último sábado (8), no Rio de Janeiro. As informações são do jornal Extra.

O acidente ocorreu quando ele estava no banco carona de seu carro enquanto a sua mulher dirigia o veículo. Foi quando escutou um barulho. Ao olhar para a perna, viu que uma fumaça preta estava saindo do bolso de sua calça jeans, onde o aparelho estava guardado. O celular até então não havia apresentado nenhum problema.

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"Eu não estava usando nem carregando o aparelho. De repente, senti minha perna queimar e, no desespero, peguei o celular e acabei queimando as mãos. Joguei o telefone pela janela e, quando tirei a calça, ela estava com brasas, ou seja, estava claramente pegando fogo", afirmou Crespo ao jornal Extra.

Ele foi precisou ser levado pela esposa até um hospital para ser socorrido. A Samsung afirmou estar em contato com consumidor para verificar o que aconteceu, de acordo com comunicado enviado ao jornal Extra. "Seguimos os mais rigorosos padrões de segurança e controle de qualidade para garantir a melhor experiência com nossos produtos e serviços", informou a empresa na mesma nota.

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Um motorista de ônibus teve 60% do corpo queimado durante um incêndio provocado por criminosos no coletivo que conduzia por volta das 23 horas de domingo (22) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O Estado tem sido alvo de série de incêndios a ônibus desde o mês passado. Ordem teria partido do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo informações da Polícia Militar, o motorista está internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII e seu estado de saúde é estável.

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O ônibus fazia a linha 7150, que liga o bairro Novo Riacho, em Contagem, a Belo Horizonte, e se aproximava, sem passageiros, do ponto final na cidade vizinha à capital quando foi obrigado a parar. A PM não tem o número exato de homens que abordaram o motorista.

Os criminosos não deram tempo para que quem estivesse dentro do veículo descesse do ônibus. Um veículo Palio de cor escura foi usado na fuga. A polícia iniciou buscas, mas ninguém havia sido preso até a manhã deste segunda-feira (23).

Presídios

Na sexta-feira (20), outro ônibus já havia sido queimado no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, por três homens armados, que entraram no veículo na altura do Viaduto São Francisco e anunciaram que o coletivo seria queimado por causa de maus tratos a detentos de presídios do Estado.

Motorista e passageiros desceram e os homens atearam fogo ao ônibus. No incêndio deste domingo, não houve anúncio pelos criminosos do suposto motivo para queima do veículo.

PCC

Em junho, cerca de 300 viagens foram suspensas durante a madrugada em Belo Horizonte após a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal receberem ameaças de ataques a ônibus.

Conforme revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a série de ataques iniciada no começo de junho foi ordenada pelo PCC.

Após a interrupção das linhas, o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PHS), e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), se reuniram para discutir estratégias contra os atos de vandalismo. À época, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra) sinalizou que pediria a suspensão das viagens em casos de novos incêndios.

Bebês infectados pela chikungunya no Ceará têm manifestado sintoma diferente dos normalmente relatados entre as vítimas, como febre, dores nas articulações e pequenas bolhas na pele. A Sociedade Cearense de Pediatria (Socep) alerta que as crianças estão sendo internadas em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com lesões graves na pele, semelhante a queimaduras causadas pelo sol.

A descrição do novo sintoma foi feita pelo médico infectologista Robério Dias Leite, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Socep, que observou o problema em seus pacientes e elaborou um documento, emitido pela entidade, com orientações para o reconhecimento das lesões.

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O objetivo, explica o médico, é adotar medidas de proteção específicas para os bebês, especialmente os que têm até 6 meses de idade. De acordo com ele, o surgimento dessas bolhas em crianças pequenas torna necessário o tratamento em centros especializados, dotados de UTIs. Ainda segundo Leite, há relatos semelhantes feitos na Ásia e no Caribe.

O infectologista afirma que o motivo da relação ainda é desconhecido. "Mas, como estamos enfrentando um quadro de epidemia no Ceará, é preciso fazer o alerta para evitar a morte desses bebês", explica Leite.

As lesões também podem manifestar-se em crianças maiores e em adultos. A preocupação com os bebês pequenos, no entanto, é maior porque a queimadura pode ocorrer de forma ainda mais agressiva. "O que mais preocupa, sobretudo nos bebês menores de 6 meses, é a disseminação dessas bolhas."

Como medida de proteção à doença, Leite recomenda aos pais que usem mosquiteiros (véus de proteção no berço ou na cama), já que o uso de repelentes está contraindicado para menores de seis meses. Para crianças acima dessa faixa etária, além dos mosquiteiros, é necessário o repelente.

Queda de registros

Dados divulgados no início do mês pelo Ministério da Saúde indicam queda de registros no País de dengue, zika e chikungunya - transmitidas pelo Aedes aegypty. Até 15 de abril, o número de casos suspeitos de dengue caiu 90% em relação ao mesmo período de 2016, de chikungunya, 68%, e de zika, 45%.

Neste ano, o Ceará já apontou 1.867 casos de chikungunya - mais da metade em Fortaleza - e cinco mortes, entre elas a de um bebê com dez dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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