Após dar à luz em Fortaleza, Ceará, Amanda Cristina Alves, de 23 anos, ficou em coma por 23 dias, sem emitir respostas a nenhum tipo de estímulo sensorial ou auditivo. No entanto, após iniciativa do hospital em colocar mãe e filho em contato físico e a mulher sentir o cheiro do bebê e o toque de sua pele, ela chorou e começou a reagir. Em menos de um mês o recém-nascido parece ter operado um milagre: sua mãe recebeu alta e pôde ir para casa com o filho - o pequeno Victor Hugo.
Segundo a revista Veja, Amanda sofre de epilepsia crônica desde os 7 anos de idade e tomava dois remédios controlados para manter a doença estável desde a infância. No entanto, nesta terceira gravidez foi orientada pelo médico para interromper o uso de uma das medicações que poderia causar má formação do feto, passando a ter muitas crises convulsivas desde então.
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No dia em que deu à luz, Amanda foi socorrida desacordada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de mais um ataque epilético. Diante da gravidade de seu caso precisou ser encaminhada para a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, especializado em casos de alto risco.
A revista aponta que ao dar entrada na unidade de saúde, a equipe médica precisou estabilizar a convulsão da paciente e, por Amanda estar com 36 para 37 semanas de gravidez, os médicos decidiram fazer uma cesárea de emergência para evitar mais riscos para o bebê. Sendo assim, a parturiente recebeu anestesia geral e trouxe ao mundo Victor Hugo.
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Por conta dos excessivos medicamentos que Amanda tomava, o bebê nasceu imunodeprimido e com condições respiratórias ruins, por isso foi para a UTI. Dias depois, Victor foi transferido para uma unidade semi-intensiva. No entanto, Amanda permaneceu em coma e sem contato com o seu filho por 23 dias seguidos, sem sinal de resposta.
Segundo relatado pelo médico obstetra Alencar Junior à Veja, a mãe abria os olhos, tinha atividade cerebral, mas não respondia aos estímulos de dor, não mexia nenhum membro do corpo e não respondia à voz dos familiares.
Após excessivas tentativas de estímulos, Amanda seria mandada para assistência domiciliar. No entanto, após sugestão da enfermeira Fabíola Sá e descarte de possíveis infecções, o recém-nascido foi colocado em contato com a mãe. Os batimentos cardíacos aceleraram, leite brotou espontaneamente do bico do seio de Amanda sem ser estimulado (23 dias após parto) e a jovem chorou.
Sem resposta científica para o que aconteceu, no dia seguinte a mãe começou a apresentar melhoras e ela passou a responder positivamente às ações. Vinte dias depois a Amanda recebeu alta hospitalar com o seu pequeno Victor Hugo, ambos sem sequelas.