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O avião KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou nesta quarta-feira (9) à Varsóvia, na Polônia. A aeronave levou doações para a Ucrânia e vai repatriar brasileiros que fogem do conflito. O voo deve chegar de volta para Brasília na quinta-feira (10).

O KC-390 saiu de Brasília na última segunda-feira (7) e fez 3 escalas técnicas: uma em Recife, outra na Ilha do Sal (Cabo Verde) e a última em Lisboa (Portugal).

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Além de repatriar 40 brasileiros que moram na Ucrânia, o governo vai resgatar 23 ucranianos e um polonês, que já conseguiram visto humanitário para desembarcar em solo brasileiro. Também serão trazidos seis cachorros, pertencentes às famílias - os donos foram dispensados pelo governo brasileiro de apresentarem o Certificado Veterinário Internacional.

No voo de ida foram transportadas 11,6 toneladas de doação para a Ucrânia, que incluem cerca de 9 toneladas de alimentos desidratados de alto teor nutritivo, o equivalente a cerca de 360 mil refeições; 50 purificadores de água, com capacidade por volta de 300 mil litros de água por dia; e meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos.

Segundo o Ministério da Saúde, entre os materiais enviados, estão medicamentos para assistência farmacêutica básica para pessoas com doenças como hipertensão e diabetes, antibióticos, antitérmicos, antialérgicos, sais de reidratação e insumos para situações de emergência, máscaras de proteção e testes para detecção da Covid-19. No total, são cerca de 20 mil itens médicos para assistência às vítimas.

A missão conta, ainda, com um médico especialista para execução de protocolo sanitário, no contexto da Covid-19, e assistência a qualquer viajante em caso de intercorrências durante a missão.

O KC-390 é o maior avião militar desenvolvido e fabricado no hemisfério sul e um dos projetos estratégicos da Defesa. A aeronave já foi empregada em outras missões especiais de ajuda humanitária, como no Líbano (2020) e no Haiti (2021).

A Operação Repatriação é uma ação interministerial, entre as pastas da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Defesa (MD), das Relações Exteriores (MRE) e da Saúde (MS).

Visto

Uma portaria dos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública, publicada no último dia 3, dispõe sobre a concessão do visto temporário (6 meses) e da autorização de residência para fins de acolhida humanitária (2 anos) para os nacionais ucranianos e aos apátridas que tenham sido afetados ou deslocados pela situação de conflito armado na Ucrânia.

A Justiça suíça informou que planeja repatriar US$ 70 milhões aos cofres públicos brasileiros dentro da nova estratégia de criar um grupo de trabalho conjunto com o Brasil para acelerar os processos e a identificação de contas relacionadas à Operação Lava Jato. "Diante da complexidade das investigações, uma força-tarefa foi criada com vários especialistas do Ministério Público, com apoio da Polícia Federal, na condução dos processos", explicou Andre Marty, porta-voz do MP suíço.

Duas investigações instauradas pela Procuradoria foram assumidas pelas autoridades brasileiras e já resultaram em acusações no Brasil. O órgão planeja que o Brasil assuma outras investigações que foram abertas na Suíça.

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Desde março de 2014, o país europeu já bloqueou US$ 800 milhões (R$ 2,9 bilhões) em ativos de mais de mil contas secretas relativas à corrupção envolvendo suspeitos investigados pela Lava Jato. No ano passado, o Ministério Público da Justiça da Suíça autorizou que fossem repatriados para o Brasil US$ 120 milhões.

As mais de mil contas em 40 bancos diferentes - entre eles HSBC, Royal Bank of Canada, Banque Cramer, Lombard Odier, Pictet, Julius Baer, UBS e o banco PKB - estão sendo examinadas pelos suíços, que não dão detalhes sobre os donos dos ativos. Segundo o MP local, os correntistas são "executivos da Petrobras, donos de empresas fornecedoras, intermediários financeiros e políticos brasileiros". Em sua grande parte, as contas estão em nome de empresas criadas na Suíça.

A devolução do dinheiro foi tratada nesta quinta-feira, 17, entre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o procurador suíço, Michael Lauber, em Berna.

Desde março do ano passado, os suíços ampliaram as investigações para abarcar também a Odebrecht, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o marqueteiro João Santana e dezenas de outros suspeitos. A Odebrecht contratou advogados na Europa para tentar frear a transmissão de dados para o Brasil.

Os suíços ainda abriram investigações contra três bancos locais por não terem implementado medidas suficientes de controle ao abrir contas envolvendo suspeitos. Esses bancos podem ser acusados por colaborar com lavagem de dinheiro.

História

O congelamento de contas no âmbito da Lava Jato é um dos maiores da história da Suíça, superado apenas por casos como o do ex-ditador da Nigéria Sani Abacha ou do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak. Parte da preocupação da Suíça com essa operação tem a ver com a própria imagem do país, diante da constatação de que foi amplamente usado para lavagem de dinheiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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