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O Rio Piracicaba, um dos principais do interior de São Paulo, registrou nesta segunda-feira (18), a vazão mais baixa do ano, com 66,5 metros cúbicos por segundo, no ponto de medição localizado na área urbana de Piracicaba. Há uma semana, o rio estava com 74,4 m3/s, ainda assim muito longe do nível atingido em janeiro deste ano, no pico do período chuvoso, quando registrou vazão de 779,4 m3/s e alagou as áreas ribeirinhas.

A trégua nas chuvas causou a baixa no volume de água. Turistas que foram à cachoeira, no domingo, 17, na região do Beira-Rio, ficaram decepcionados com a pouca água em meio às pedras.

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Com a entrada da estiagem este mês, a previsão é de que as chuvas se tornem ainda mais escassas. O período mais crítico para os rios se estende ao menos até o fim de agosto. No ano passado, nesse mês, o Piracicaba chegou à vazão de 11 metros cúbicos por segundo e praticamente secou.

Outros rios que abastecem cidades das regiões de Campinas, Jundiaí e Piracicaba também tiveram queda nos níveis. O Rio Atibaia estava com 13,1 m3/s - três metros cúbicos a menos que na semana passada. O Jaguari tinha 7,0 m3/s - quase a metade da vazão de uma semana atrás -, e o Camanducaia, 7,7 m3/s - 2,1 metros cúbicos a menos.

Com o volume de 12 mil litros de água por segundo, o Rio Piracicaba registrou na manhã desta segunda-feira (10) a menor vazão deste ano. De acordo com a medição da Rede Telemétrica do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), na área central de Piracicaba passavam o equivalente a apenas 22% da média para o período, que é de mais de 54 mil litros.

O nível de água estava em apenas 85 centímetros, altura que fez pedras reaparecerem em vários pontos do leito do rio. Para o mês de agosto o Piracicaba deveria estar com mais de 1,40 metro de profundidade. A situação preocupa porque a época considerada de seca está apenas começando.

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A meteorologia também não está otimista com o futuro e a previsão de chuvas para a região não é boa. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a chance chover na região até o início da próxima semana é de apenas 5%.

Importância

O Rio Piracicaba é considerado de grande importância para o Estado e está ligado ao Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento da Grande São Paulo.

No final da tarde, a vazão melhorou um pouco, chegando a 13,2 mil litros de água por segundo no trecho urbano de Piracicaba, com o nível do rio indo a 88 centímetros de profundidade.

O Rio Piracicaba estava com água até a borda na tarde desta quinta-feira (19), na área urbana de Piracicaba, e havia risco de transbordamento. A cidade entrou em alerta. A Defesa Civil mobilizou uma equipe com 20 funcionários para visitar as casas da região do Beira Rio e avisar os moradores sobre o risco de enchente. Com o alerta, as famílias protegem móveis e se preparam para a possível saída de casa. De acordo com o secretário da Defesa Civil, Carlos Alberto Razano, a vazão do Piracicaba oscila conforme as chuvas. Até a tarde, não havia registro de enchentes na cidade.

Depois de ter chegado ao pico de 483,67 metros cúbicos por segundo, na tarde de quarta-feira, a vazão recuou para 308,39 m3/s no início da tarde desta quinta, mas voltava a subir - era de 313,03 na medição das 15h40, conforme a rede telemétrica do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A vazão média prevista para fevereiro é de 195 m3/s. A maior vazão anterior este ano ocorreu no dia 11, com 230 m3/s.

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De acordo com Razano, as equipes estão de plantão inclusive durante a noite para socorrer as famílias em caso de inundação. O bairro Bongue, na região da Avenida Beira-Rio, é o primeiro a ser atingido. Em seguida, as águas invadem a Rua do Porto. A equipe da Defesa Civil conta com seis caminhões e duas viaturas para atender os moradores sobretudo na retirada de móveis. No Distrito de Artemis, que fica na zona rural, a vazão era de 508 m3/s e as várzeas e pastagens estavam alagadas.

Na área urbana, o nível do rio chegava a 4,35 metros e faltavam 20 centímetros para ocorrer o transbordamento. O nível médio em fevereiro é de 2,56 metros. No auge da crise hídrica, em novembro, o Rio Piracicaba estava praticamente seco, com 30 cm de água e vazão de 7 metros por segundo. O salto de Piracicaba, principal atração da cidade, virou um monte de pedras. O volume de chuvas no município este mês já atingiu 226 mm, acima do esperado para o mês todo, de 169 mm.

Abastecidos pelas chuvas, os rios das bacias do PCJ mantinham vazões elevadas nesta quinta-feira. O Atibaia, que recebe vazão do Sistema Cantareira, tinha 46,40 m3/s em Itatiba, 49,28 no ponto de captação de Campinas e 60,04 em Paulínia. A vazão medida no Rio Camanducaia, em Jaguariúna, era de 49,28. O Rio Jaguari tinha 52,26 m3/s em Morungaba, mas chegava à foz no Rio Piracicaba, em Limeira, com 115,78 metros por segundo.

Depois de quase secar por causa da longa estiagem, o Rio Piracicaba atingiu nesta quarta-feira (24) vazão de 356,8 metros cúbicos por segundo, a maior do ano. As águas cobriram totalmente as pedras que estavam à mostra na passagem pela área urbana e despencavam com estrondo no salto de Piracicaba, a principal atração da cidade, voltando a formar o famoso "véu da noiva" com as gotículas em suspensão. "Ter o rio de volta é o melhor presente de Natal que nossa cidade poderia querer", disse Olásio Cardoso Filho, funcionário do aquário municipal.

Turistas e moradores locais se aglomeravam no mirante e na margem do rio, na Rua do Porto, para apreciar o espetáculo. Muitos usavam a ponte estaiada para tirar fotos da cachoeira. "Os turistas voltaram, mas agora para ver um rio bonito, não mais aquela tragédia do rio seco e de peixes mortos", observou Cardoso Filho. A vazão recorde foi registrada às 12 horas pela rede de telemetria do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Antes, o maior volume de água nesse trecho do rio havia sido registrado no último dia 20, de 214 m3/s, após a volta das chuvas. No dia 11, ainda sob os efeitos da estiagem, a vazão era de 11,6 m3/s.

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Um dos mais conhecidos rios do interior, o Piracicaba amargou perdas no volume de água desde janeiro deste ano por causa da estiagem histórica no Estado de São Paulo. Em fevereiro, a baixa vazão combinada com o excesso de poluição causou a morte de 20 toneladas de peixes. De junho a novembro, o rio praticamente secou e o salto de Piracicaba virou uma montanha de pedras. Em outubro, a vazão chegou a 7,6 m3/s - a mais baixa em 50 anos - e o nível da água nos canais mais profundos não passava de 0,60 m. Nesta terça, o nível chegou a 3,64 metros e o rio estava próximo do transbordamento.

 

 

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