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O senador Romero Jucá (PMDB-RR) relativizou a fala do vice-presidente Michel Temer de que, com a baixa popularidade, o governo Dilma Rousseff não conseguirá chegar a 2018, mas reconheceu que a situação atual é "grave". "Ele (Temer) não entregou os pontos, ele fez uma constatação, um diagnóstico que todo mundo faz. A situação é grave, o governo tem baixíssima popularidade, mais do que isso, o governo hoje não tem uma base política sólida, por erros do próprio governo", disse. "Ele fez uma constatação verdadeira e disse que precisamos agir para mudar essa realidade, porque nenhum governo consegue ficar nessa situação, sangrando três anos e meio. E é verdade", concordou.

Na opinião de Jucá, o governo precisa mudar a condução da sua política econômica para que as expectativas dos agentes econômicos possam ser revertidas e, com isso, o País possa gradualmente retomar o crescimento. "Ou o governo dá um cavalo de pau, muda radicalmente, e consegue passar outro tipo de expectativa para sociedade ou vai ter muita dificuldade", afirmou.

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O senador afirmou ainda que a fala do vice-presidente não significa racha ou mal-estar entre o governo e o PMDB. "O presidente Michel não falou contra o governo, falou a favor, falou alertando, constatando e dizendo que tem que se mudar esse quadro, que a conjuntura tem que ser outra no futuro", disse. "Se não mudar, vai ter muita dificuldade, foi isso que o presidente Michel disse", reforçou.

Jucá disse ainda que o PMDB quer marcar sua posição e ajudar o País, mas que não vai desconhecer que realidade política e econômica está fazendo mal ao povo brasileiro. "Queremos ajudar a mudar essa realidade."

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Romero Jucá (PMDB-RR) se reuniram nesta quinta-feira (25) com a presidente Dilma Rousseff para discutir a tramitação da reforma política, aprovada pela Câmara dos Deputados este mês. O Senado instalou uma comissão para conduzir as discussões sobre a reforma e quer votar algumas mudanças antes do recesso parlamentar.

Nessa quarta (24), os senadores estiveram com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandovski, e ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tratar do mesmo tema. Segundo Renan, a mobilização entre os Poderes é fundamental para que a reforma política seja levada adiante.

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“Trocamos pontos de vista, falamos um pouco do andamento da discussão e pedimos apoio da presidenta, que consideramos importante e fundamental para que a gente possa avançar nesse calendário”, disse. Segundo ele, o grupo também vai ouvir contribuições dos ex-presidentes da República e de entidades da sociedade como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A primeira reunião da comissão do Senado está marcada para a próxima terça-feira (30) e a previsão é votar algumas propostas antes do recesso parlamentar, que começa no dia 17 de julho. Jucá, relator da comissão, disse que a ideia é que algumas mudanças já entrem em vigor nas eleições municipais de 2016.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que a presidente recebeu as propostas dos senadores “com muito entusiasmo”, e que o Executivo dará o apoio e subsídios que forem solicitados pela comissão no debate da reforma política no Senado.

“A presidenta Dilma acolheu com muito entusiasmo o que ouviu dos senadores, não só pelo diálogo interpoderes e interinstitucional que eles estão promovendo, mas também por estarem construindo uma proposta suprapartidária, e buscando centrar em aspectos fundamentais que possam baratear o custo das campanhas eleitorais, melhorar a transparência, melhorar a eficiência do sistema eleitoral. São agendas indispensáveis para o aprimoramento da democracia brasileira”, disse o ministro.

O senador e vice-presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), afirmou nesta quarta-feira (15), após deixar reunião de parlamentares e ministros da legenda com o vice-presidente Michel Temer, que o avanço das investigações da Operação Lava Jato tem o apoio do partido. "O PMDB aguarda e apoia as investigações, que devem ser rápidas", disse.

O comentário foi feito após Jucá ser questionado sobre a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, realizada nesta manhã pela Polícia Federal, durante a 12ª fase da Lava Jato. "Nós queremos que quem efetivamente tenha responsabilidade arque e responda pela sua responsabilidade", afirmou.

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O senador chamou de "legítimo" o papel do Ministério Público Federal, cuja atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi questionada pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os chefes do Legislativo foram incluídos na investigação formal autorizada por Janot. "Não há ninguém acima de qualquer investigação. Estamos numa democracia e qualquer cidadão pode se investigado, seja o cidadão do mais alto cargo ou do menor cargo se houver suspeita", disse.

Desde essa terça-feira, quando Michel Temer foi alçado ao novo posto de articulador pela presidente Dilma Rousseff, tiveram início conversas reservadas no PMDB para definir um nome para assumir o comando nacional da legenda. Um dos nomes "sondados" para a função foi o do senador Romero Jucá (PMDB-RR). O parlamentar é o terceiro vice-presidente do PMDB. Na linha sucessória da legenda estão na frente o primeiro vice, senador Valdir Raupp (RO), e a segunda vice, deputada Iris Araújo (GO).

Nas últimas eleições, Jucá declarou apoio ao senador tucano Aécio Neves (MG). Com trânsito entre setores da base aliada e de oposição, o peemedebista foi líder do governo tanto na gestão do ex-presidente Fernando Hernique Cardoso (PSDB) como na do ex-presidente Lula (PT). Ele só deixou o posto no segundo ano do primeiro mandato de Dilma, quando foi substituído pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), atual ministro de Minas e Energia, em 13 de março de 2012.

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Reeleito para a presidência do PMDB em março de 2013, Temer se licenciou do posto até julho do ano passado e voltou à cadeira durante o período pré-eleitoral.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), segundo vice-presidente do Senado, está na lista de investigados que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal, na última terça-feira, relativa a apurações da Operação Lava Jato.

No Congresso, o parlamentar já foi líder dos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT). O senador é uma das principais lideranças do PMDB e a inclusão de seu nome na relação de investigados aumenta ainda mais a crise de relacionamento entre o maior partido da base aliada e o governo.

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O nome do senador apareceu em depoimentos de delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal desde março do ano passado. Jucá foi citado em uma relação de outros 27 políticos que, segundo o ex-diretor, seriam beneficiários do esquema de desvios envolvendo contratos da Petrobras.

Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara dos Deputados, também foram mencionados.

O procurador-geral encaminhou 28 pedidos de abertura de inquérito contra 54 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Além deles, foram apresentados sete pedidos de arquivamento - entre eles o de Aécio e da presidente Dilma Rousseff. Os nomes não foram revelados oficialmente porque o caso está sob segredo de Justiça. Entre os 54 suspeitos estão políticos com e sem mandato e podem envolver parlamentares do PT, PMDB, PP, PSDB e PSB.

O ministro do Supremo Teori Zavascki, relator do caso, deve aceitar os pedidos do procurador e tirar o sigilo da lista de acusados até esta sexta-feira, 6.

Aliado do candidato à reeleição para presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) criticou na tarde desta quarta-feira, 28, a intenção do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) de lançar uma candidatura avulsa do partido, mesmo se for derrotado na disputa dentro da bancada para a indicação do partido.

Romero Jucá cobra respeito à indicação oficial da bancada do PMDB para presidir o Senado pelos próximos dois anos. Até o sábado, dia 31, véspera da votação secreta para o cargo, o partido vai se reunir para escolher o indicado. Embora venha atuando nos bastidores como candidato, Renan ainda não oficializou seu nome.

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"Espero que o senador Luiz Henrique, que já foi presidente do PMDB, possa agir no sentido de unir a bancada do PMDB. Se você se dispõe a disputar dentro da bancada uma indicação e se você perder você não respeita, então a indicação da bancada só vale se ele ganhar? A indicação do outro não vale? Eu levo a bola e acabo o jogo? Não deve ser assim, pela história dele, espero que ele seja um fato agregador e não de divisão", afirmou o aliado de Renan.

Luiz Henrique tem justificado sua intenção de se lançar avulso com o argumento que sua candidatura é suprapartidária e não apenas dos peemedebistas. Pela tradição, que é o caso do PMDB, cabe à maior bancada indicar o candidato a presidente do Senado.

Para Jucá, não é ruim o fato de ter mais de um candidato na bancada. Ele disse que, quanto mais, melhor, mas reforçou que é preciso ter uma "regra clara" de respeitar o resultado da disputa interna dentro da bancada.

O aliado de Renan disse que a escolha do nome do partido será uma "bela disputa", mas deve ser interna, sem forças "heterodoxas e exógenas ao PMDB". "Vamos montar uma chapa respeitando a proporcionalidade aqui do Senado", destacou.

O projeto que altera o cálculo do superávit primário do Governo Federal para este ano pode ser votado nesta quarta-feira (19) no Congresso Nacional. A proposta foi aprovada nesta terça (18), após uma sessão tumultuada da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

O texto, enviado ao Congresso na semana passada, permite ao Executivo descontar do resultado primário todo o valor gasto no ano com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com as desonerações tributárias. Isso significa um valor que pode chegar próximo a R$ 140 bilhões. Na prática, mesmo que chegue ao final do ano com deficit primário, ainda assim o governo não terá descumprido a meta fiscal de 2014. A meta é definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO, Lei 12.919/14).

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O texto do relator, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), fez apenas um ajuste de redação da proposta. Jucá trocou a expressão “meta de superavit”, do projeto, por “meta de resultado”, uma vez que não se sabe se o governo fechará o ano com deficit ou superavit primário. Jucá rejeitou as 80 emendas apresentadas por deputados e senadores.

Mandado de segurança

A aprovação se deu em menos de cinco minutos ao final de mais de duas horas de intensa discussão política entre governo e oposição. A disputa, porém, pode não ter acabado. Deputados e senadores do PSDB, do DEM e do PPS vão questionar o resultado desta noite.

Segundo os parlamentares, houve irregularidade na votação, que teria ocorrido sem as fases de discussão, apresentação de destaques e votação, e sem que tivesse havido requerimento aprovado para supressão dessas fases. Os partidos chegaram preparados para uma disputa regimental que levaria a reunião madrugada adentro, mas foram surpreendidos com uma rápida votação e aprovação.

Um dos instrumentos que podem ser utilizados é um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), para anular a votação. A oposição também quer ter acesso a vídeo e áudio da reunião para atestar o possível descumprimento de normas regimentais de votação. Os oposicionistas acreditam que o presidente da comissão, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), corroborou a manobra que levou à aprovação do projeto.

“Foi uma sessão bolivariana”, disse o líder do DEM, deputado Mendonça Filho. O parlamentar protagonizou discussões acaloradas com governistas, a quem acusou de ter dado início à reunião sem quórum. Em um determinado momento, Mendonça Filho arrancou das mãos do senador Jucá a ata de sessão anterior que ele estava lendo, por discordar da forma como a reunião estava sendo conduzida.

Em várias ocasiões, o presidente do colegiado teve que pedir calma aos parlamentares governistas e oposicionistas. Os parlamentares foram unânimes em dizer que o resultado de hoje pode inviabilizar o relacionamento político dentro da Comissão de Orçamento neste ano, que ainda precisa votar os projetos da nova LDO e do orçamento de 2015. “O que vimos aqui foi vergonhoso e desrespeitoso”, disse o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).

O governo tentará agora emplacar o projeto no Plenário do Congresso Nacional, que tem sessão marcada para a manhã desta quarta-feira, quando deve ocorrer novamente uma batalha entre aliados e oposicionistas.

Debates

Durante a reunião, a oposição criticou a mudança na LDO. Para eles, a proposta do governo significaria passar um “cheque em branco” para o Executivo fazer déficit neste ano. “É uma anistia encomendada para a presidente Dilma e para o ministro [da Fazenda, Guido] Mantega”, disse o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).

Desde o início, parlamentares do PSDB e do DEM tentaram impedir a reunião com manobras regimentais, como a leitura da ata de reuniões anteriores do colegiado, pedidos seguidos de questão de ordem e votação nominal do requerimento que pretendeu encerrar com a discussão das atas.

Defesa do governo

A defesa do Palácio do Planalto coube ao senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso; ao deputado Henrique Fontana (PT-RS), líder do partido na Câmara dos Deputados; ao deputado Givaldo Carimbão (AL), líder do Pros; e ao senador Romero Jucá, entre outros. Jucá disse que o projeto é “um ato de responsabilidade fiscal e econômica do governo para com o País”.

O deputado Ronaldo Zulke (PT-RS) acusou a oposição de estar atrás de um “terceiro turno” de votação, uma referência às eleições de outubro, nas quais a presidente Dilma Rousseff foi reeleita.

Já o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) defendeu a política econômica do governo. "Não posso ficar contra um governo que fez a menor taxa de desemprego da história do País", afirmou.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) protocolou na tarde desta terça-feira (18) na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o seu relatório sobre o projeto de lei que desobriga o governo federal de fazer superávit primário nas contas públicas deste ano. Ele rejeitou todas as 80 emendas apresentadas por parlamentares e alterou a redação do texto enviado pelo governo para permitir que haja um déficit primário em 2014.

O projeto altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor para retirar o limite de abatimento da meta com gastos com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com desonerações tributárias.

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Segundo o texto apresentado pelo relator, "a meta de resultado" poderá ser reduzida até o montante das desonerações e do PAC. O projeto encaminhado pelo governo falava em "meta de superávit". "Ninguém sabe se vamos ter superávit ou déficit. Então para ser tecnicamente mais preciso fiz esse ajuste. O relatório está apresentado e pode ser discutido e votado a qualquer momento", explicou Jucá.

O relator disse que a votação poderia ocorrer a partir de amanhã, mas admitiu que isso só deve ocorrer na próxima semana. "A oposição tem todo o direito de fazer o debate político, cobrar posições, cobrar coerência do governo. Eu acho que debate político é fundamental. Agora ao final, temos que ter responsabilidade com o País e sinalizar economicamente para o futuro da forma mais equilibrada e também sinalizando estabilidade política dentro das regras democráticas", disse Jucá.

O governo precisa aprovar o novo texto até 22 de dezembro para não ser acusado de descumprir a meta de superávit e a Lei de Responsabilidade Fiscal. "É uma matéria importante para o Brasil, quer para sinalização econômica interna, quer para sinalização externa", argumentou Jucá.

Reunião

Alegando questões regimentais, a oposição conseguiu encerrar a reunião da Comissão Mista do Orçamento na qual seria discutido o projeto de lei que muda a LDO deste ano. Os parlamentares da oposição alegaram que a sessão não tinha validade porque o presidente da Comissão, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), a iniciou um minuto após o prazo regimental. O presidente argumentou que tinha se distraído e pediu a colaboração dos parlamentares. A oposição, no entanto, não cedeu.

"Estamos aqui numa luta política, às claras, porque temos o entendimento que o Executivo quer passar por cima da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). O governo desmoraliza a política econômica. Se o prazo está superado, vamos arguir a suspensão da sessão", afirmou o deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

O deputado Domingos Sávio (PSDB/MG) também reclamou da decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, que encurtou os prazos para emendas depois que aceitou o pedido de urgência enviado pelo governo um dia depois de o projeto de lei ter chegado ao Congresso. Com isso, o prazo de emendas foi reduzido de 24 para 17 de novembro. "Isso é absurdamente autoritário e desrespeitoso. Deveria prevalecer o cronograma de tramitação original", afirmou Sávio.

Com a insistência da oposição, o presidente da Comissão encerrou a sessão e convocou uma nova reunião para as 18h. A proposta de mudança na LDO, no entanto, não deve ser votada. A expectativa é que a oposição apresente pedido de vista ao relatório do senador Romero Jucá para atrasar a votação do projeto de lei.

O relator do projeto de alteração da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2014, senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu a mudança apresentada nesta terça-feira (11) pelo governo para excluir do cálculo de superávit primário os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com desonerações tributárias. "Ou ajusta a LDO ou paralisa o País", sentenciou Jucá. Segundo ele, não há intenção de nenhum partido de prejudicar a atividade econômica e a geração de empregos no Brasil.

Em audiência na Comissão Mista de Orçamento, onde está a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, Jucá disse que pretende apresentar seu relatório amanhã para um debate "maduro e duro, mas consistente com o País". Para o senador, o governo preferiu "encarar" as desonerações ao retirar limites para que elas ocorram. Segundo o senador, a limitação das desonerações poderia prejudicar alguns setores da economia. "Ao buscar excluir todo o PAC e toda a desoneração tributária, o governo mostra que está investindo e busca a responsabilidade fiscal", disse.

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Ele destacou, no entanto, que é preciso encontrar uma fórmula para enfrentar as dificuldades na concretização de despesas que levam a Restos a Pagar todo ano. "Precisamos fórmulas criativas para buscar uma equalização para essa dificuldade e de forma a agilizar os investimentos públicos", disse.

Jucá afirmou que o País não pode ficar à mercê das agências internacionais de classificação de rating. "Temos que ter essa responsabilidade e responder prontamente para esse desafio que não é do governo, mas de todos no País", afirmou o senador.

Ele disse que o ajuste fiscal não foi feito só pelo governo do PT, mas também por todos os governos estaduais e municipais de todos os partidos.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), relator de um dos capítulos do orçamento de 2015, disse que o governo fez a opção de enfrentar a crise crescendo e investindo. Segundo ele, a peça orçamentária aponta nesse sentido e dialoga com resultado das eleições que decidiu por um País que continue crescendo e distribuindo renda.

Pimenta disse que está sendo feito um esforço junto com Jucá para identificar setores que podem ter receitas acima das expectativas do governo e criar condições para que a peça orçamentária possa ser executada. Segundo ele, a proposta para ampliar as receitas será apresentada até semana que vem. O deputado disse que fará uma aposta positiva em relação ao futuro da economia e irá projetar uma receita maior que a apresentada na proposta de orçamento do governo.

Ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) criticou a gestão de Dilma Rousseff e declarou que vai votar no candidato tucano Aécio Neves. As afirmações foram feitas em palestra a economistas em Roraima na última quarta-feira (13), poucas horas após a morte de Eduardo Campos.

Para o senador, que é do partido de Michel Temer, candidato a vice na chapa pela reeleição de Dilma, o Brasil não suporta mais quatro anos da forma que está sendo gerenciado pelo PT. "Você tem um governo ideológico na forma de comandar a economia", disse, antes de afirmar que o modelo econômico atual daria certo em países como Albânia e Casaquistão. "A gente tinha duas opções de voto. Era o Aécio e o Eduardo. Hoje, perdemos um. Eu vou votar no Aécio", declarou. Nas palavras de Jucá, o candidato do PSDB é o que mais tem condições de "mudar essa linha de pensamento que não combina com o Brasil".

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Entre críticas a setores específicos, como a vulnerabilidade no setor elétrico e enfraquecimento da indústria sucroalcooleira, o senador disse que "o PT quer aumentar direitos sociais, que tiram a competitividade da indústria". "O produto chinês não tem INSS, não tem licenciamento ambiental, não tem nenhum tipo de custo indireto", disse. "E nós estamos aqui discutindo se a gente vai baixar de 44 horas para 40 horas semanais a capacidade de trabalho do trabalhador brasileiro. Ou seja, nós estamos querendo importar um modelo que não deu certo", completou.

O senador Romero Jucá (PMDB) afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) pode desistir de implantar por decreto a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e encaminhe ao Congresso Nacional um projeto de lei com esse objetivo. A declaração do peemedebista foi feita nesta quarta-feira (11). 

Com o Decreto 8.243/2014, editado no final do mês de maio, que consolida a participação social como método de governo e fortalece instâncias como os conselhos e as conferências, o governo está sendo acusado por vários parlamentares de violar prerrogativas do Congresso Nacional. Há inclusive um projeto de decreto legislativo que suspende os efeitos do decreto presidencial (PDS 117/2014).

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De acordo com Romero Jucá, um confronto entre Legislativo e Executivo será difícil de acontecer. Ele lembrou que os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), conversaram com Dilma, que teria entendido a importância da participação do Congresso na questão.

O tema do fim da reeleição para chefes do Poder Executivo poderá reaparecer em outro debate da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), sobre a unificação das eleições brasileiras. O estabelecimento de um calendário eleitoral único é proposto na PEC 32/2011, de senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), e na PEC 71/2012, de Romero Jucá (PMDB-RR).

Valadares defendeu sua proposta na última quarta-feira (26), quando a CCJ aprovou a PEC 48/2012, da senadora Ana Amélia (PP-RS), que impõe o afastamento prévio do cargo ao presidente da República, governador e prefeito que decidir concorrer à reeleição. As três propostas de emenda à Constituição têm como relator o senador Luiz Henrique (PMDB-SC).

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A principal diferença entre as propostas de Valadares e Jucá é que a primeira prevê a unificação das eleições em 2018 e a segunda em 2022. Atualmente, as eleições municipais para prefeito e vereador são separadas das demais.

Nenhuma das duas PECs, porém, prevê o fim da reeleição. As propostas acabaram envolvidas pelo tema durante a discussão da PEC de Ana Amélia na CCJ.

“A intenção de Ana Amélia é boa, moralizadora e iguala todos os candidatos. Vou votar a favor (da PEC 48/2012) na esperança de que a PEC 32/2011 seja votada aqui para reduzir gastos (eleitorais)”, declarou Valadares, na reunião da última quarta-feira (26).

Embora não tenha preparado relatório sobre a proposta de Valadares, depois de examinar a PEC de Jucá, Luiz Henrique decidiu apresentar um substitutivo que inclui o fim da reeleição. O senador mantém a ideia de unificar as eleições, mas acrescenta a mudança do tempo de mandato, dos atuais quatro anos na maioria dos cargos para seis anos. Segundo ele, a experiência brasileira com a reeleição tem apresentado vários casos de abuso do poder político por parte de governantes que buscam um novo mandato.

No debate da última quarta-feira, outros senadores criticaram a reeleição, entre os quais Pedro Taques (PDT-MT), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Eduardo Braga (PMDB-AM), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), José Agripino (DEM-RN), Eduardo Lopes (PRB-RJ), Roberto Requião (PMDB-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS).

O governo concorda com a criação do Simples das Domésticas, proposta apresentada na semana passada no Congresso Nacional para simplificar e unificar as contribuições a serem pagas pelo empregador. A afirmação é do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que se reuniu nesta terça-feira com técnicos dos ministérios da Fazenda, do Trabalho e Emprego, da Receita Federal e da Caixa.

Na reunião, eles discutiram a regulamentação da Emenda Constitucional 72, a Emenda das Domésticas, e formas de auxiliar os patrões a arcar com os gastos extras decorrentes da aprovação da lei. Embora o governo concorde com um regime tributário especial para o empregador doméstico, Jucá destacou, porém, que há questões complexas, como a redução nos 40% de multa do FGTS para demissão sem justa causa e o Refis das Domésticas, que permitiria aos patrões quitar as dívidas com a Previdência Social. Sobre as duas questões, ainda não há consenso.

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Um ponto de acordo foi pela unificação em um boleto único dos pagamentos do INSS, do seguro obrigatório por acidente de trabalho e do FGTS, que, com a nova legislação, passa a ser obrigatório. "Será uma página na internet que a dona de casa vai acessar, colocar o valor e o sistema calcula automaticamente. É só imprimir o boleto e pagar em qualquer banco", explicou Jucá.

O senador é relator da Comissão Mista de Consolidação das Leis, instalada no Congresso Nacional na semana passada e que vai priorizar as discussões em torno da Emenda das Domésticas. A proposta de Jucá é reduzir o porcentual de 12% do INSS que hoje cabe ao empregador para 8%. Contudo, sobre isso ainda não há anuência do governo. Inicialmente, falou-se inclusive na aplicação de uma tabela única, com porcentuais lineares. Isso ainda está em fase de discussão com os técnicos do governo.

O Refis das Domésticas prevê que os patrões parcelem dívidas previdenciárias atrasadas. Os empregadores poderão, caso a proposta de Jucá vá adiante, renegociar essa dívida. Segundo ele, a ideia é abater 100% das multas, reduzir pelo menos 60% dos juros e estender os prazos de pagamento. Os representantes da Receita e da Caixa ficaram de avaliar a proposta e retornar com um parecer.

O mesmo vale para os representantes do Ministério do Trabalho presentes na reunião. Em dez dias, eles devem retornar ao Senado com a revisão do conflito de legislações. Isso porque algumas questões da relação específica de empregado e empregador doméstico contrastam não apenas com a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), como também com acordos internacionais firmados com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

É o caso da proposta de diminuir a multa de 40% do FGTS em caso de demissão sem justa causa. "Isso tem de ser igual para todos os trabalhadores, segundo a legislação vigente, mas pesa no bolso do empregador, que não é uma empresa", ressaltou o senador. Outro ponto que também será avaliado é a questão dos empregados que dormem no emprego. "Precisa ver se estão de sobreaviso, de prontidão enquanto descansam, se têm de pagar."

Mais propostas

Antes da reunião, Jucá recebeu o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) que apresentou um projeto de lei que prevê deduções ao empregador doméstico. A proposta prevê que o empregador possa deduzir do seu Imposto de Renda 30% do valor total pago ao empregado doméstico, incluindo não apenas o salário, mas também horas extras, contribuições para o INSS, gratificações de férias e pagamentos de 13º, FGTS demais encargos previstos na nova legislação aprovada. O projeto já foi apresentado na Câmara semana passada.

A Emenda Constitucional 72, aprovada em 27 de março, garante 17 novos direitos aos empregados domésticos, sete deles ainda precisam de regulamentação, como o pagamento de FGTS, adicional noturno, demissão sem justa causa e assistência gratuita a filhos e dependentes até cinco anos em creches e pré-escolas.

O segundo-vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou nesta quarta-feira a criação de uma comissão do Congresso para consolidar a legislação brasileira. Jucá disse que o colegiado, que terá ele como relator e o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) como presidente, tem por objetivo fazer um pente-fino nos mais de 180 mil dispositivos legais a fim de verificar se eles estão em harmonia com a Constituição Federal. O colegiado terá prazo de dois anos para realizar o trabalho.

"Vamos consolidar esses dispositivos, propor leis para complementar a Constituição brasileira, regulamentá-la", afirmou Jucá, na saída de uma reunião no gabinete da presidência do Senado. Segundo ele, há mais de 120 leis normas para "complementar" a Constituição. "Nós vamos levantar (quais são as normas legais) e tornar sem efeito as legislações que são inócuas, que perderam a validade", destacou. Entre os exemplos de matérias que deverão ser objeto de análise da comissão, estão a regulamentação do direito de greve no serviço público e a racionalização de leis relativas a crimes financeiros.

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Numa manobra regimental para apressar a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga da Desvinculação das Receitas da União (DRU) aprovada parcialmente na Câmara, integrantes da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovaram hoje uma proposição idêntica, de iniciativa do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). O texto prorroga a DRU por cinco anos até 31 de dezembro de 2015.

O mecanismo permite ao governo utilizar 20% das receitas da União da forma que quiser, sem o engessamento previsto na Constituição com receitas orçamentárias de finalidade específica. O relator Renan Calheiros (PMDB-AL) lembra no seu parecer que a DRU não reduz a base de cálculo das principais transferências aos Estados e municípios.

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É a terceira vez que a DRU é prorrogada, desde o ano 2000, quando foi criada. A intenção da base governista é fazer com que essa PEC do Senado seja apensada à proposta da Câmara na CCJ, de onde serão encaminhadas ao plenário, sem a necessidade de reiniciar a tramitação naquela comissão.

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