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A Mesa do Congresso Nacional divulgou nesta sexta a lista dos parlamentares que assinaram o requerimento de criação da CPI mista do Cachoeira. Foram 72 dos 81 senadores e 396 dos 513 deputados. Em uma investigação com tanto apoio, chama mais atenção quem não rubricou o requerimento. Nesse grupo que não respaldou o pedido de investigação estão alguns personagens de outros escândalos.

Dois réus no processo do mensalão em andamento no Supremo Tribunal Federal não assinaram o pedido: Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). O deputado paranaense Zeca Dirceu (PT-PR), filho de outro réu, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, foi outro que não assinou. O ex-ministro José Dirceu prestou consultoria à empresa Delta, uma das envolvidas no escândalo que levou à prisão do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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Recentemente salva pelos colegas, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), foi outra a não apoiar a investigação. Ela foi absolvida em plenário mesmo depois da divulgação de um vídeo no qual aparecia recebendo um pacote de dinheiro de Durval Barbosa, o operador do chamado "mensalão do DEM".

Um parlamentar envolvido em outro escândalo, o mensalão mineiro, não rubricou o requerimento. O tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) não deu sua assinatura. Réu em algumas ações no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador Paulo Maluf (PP-SP) também não apoiou a investigação.

Entre os que ficaram de fora da lista está ainda o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS). Ele ganhou fama ao dizer que "se lixa" para a opinião pública quando era relator do processo contra o ex-colega Edmar Moreira, o deputado do castelo que gastava recursos da Câmara com uma empresa de sua propriedade.

Parentes de ministros também não rubricaram: o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), pai do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho; e o senador Lobão Filho(PMDB-MA) e a deputada Nice Lobão (PSD-MA), filho e esposa do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também não aderiram.

Na Câmara, o presidente Marco Maia (PT-RS) e o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já tinham avisado que não assinariam o requerimento devido aos cargos que exercem. O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSD-BA), e o presidente da CCJ do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foram outros a não assinar.

Dos parlamentares citados no escândalo que levou à prisão de Carlinhos Cachoeira, apenas o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) não rubricou o requerimento. Os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Jovair Arantes (PTB-GO), Rubens Otoni (PT-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ) apoiaram a abertura da investigação.

Na "bancada dos famosos", apenas o deputado Acelino Popó (PRB-BA) ficou de fora. Romário (PSB-RJ) e Tiririca (PR-SP) deram apoio à investigação.

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