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O deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) solicitou ao ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Pepe Vargas, a construção de novas sedes para o conselho tutelar em cidades pernambucanas. O pleito foi feito durante uma audiência, nessa terça-feira (26). Caso o pleito seja atendido, segundo o petebista, a rede de proteção à infância terá uma estrutura melhor de trabalho aos conselheiros para a prestação de serviços. 

No pedido, Côrte Real sugeriu que a gestão federal construa as unidades nos municípios de Glória do Goitá, Igarassu, Garanhuns, Goiana, João Alfredo, São Caetano e Surubim. As prefeituras já possuem os terrenos para edificação dos equipamentos. Cada um está orçado em R$ 600 mil. 

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De acordo com o parlamentar, a maioria dos espaços nessas cidades está sucateado e insalubre. Em alguns casos, os imóveis que funcionam os conselhos são alugados, o que aumenta as despesas dos cofres municipais.

“O ministro sinalizou que vai averiguar a dotação orçamentária da Secretaria, após o contingenciamento que houve pelo governo federal, na semana passada, e tentar viabilizar a construção dos conselhos nesses municípios. Esses espaços são de fundamental importância para oferecer um atendimento de qualidade para as nossas crianças e adolescentes”, assinalou Jorge Côrte Real. 

O parlamentar foi acompanhado na audiência pelos prefeitos de Garanhuns, Izaías Régis; Goiana, Fred Gadelha; São Caetano, Dr. Neves; e de Igarassu, Mário Ricardo. Todos são do PTB e estão em Brasília para participar da 18ª Marcha dos Prefeitos, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios.

Estão abertas as inscrições para o concurso público da Secretaria de Direitos Humanos que irá selecionar candidatos para 10 vagas de nível superior em caráter temporário. As oportunidades são para os cargos de Engenheiro Civil (6), Engenheiro Eletricista (2) e Arquiteto (2). Serão reservadas duas vagas para pessoas com deficiência, sendo uma para o cargo de Engenheiro Civil e uma para o cargo de Arquiteto. As inscrições seguem até o dia 24 de outubro através do site

O processo seletivo é constituído de prova objetiva e discursiva, avaliação de títulos e experiência profissional, todas de caráter elimininatório e classificatório. As provas serão aplicadas no dia 10 de novembro em Brasília (DF). Os profissionais contratados irão trabalhar num regime de 40 horas semanais com salário de R$ 6.130. Além da graduação, é preciso comprovar experiência profissional superior a três anos. O prazo de validade do concurso é de 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período.

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Mais informações podem ser obtidas no edital

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A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) tornou público esta semana o Relatório Sobre a Violência Homofóbica no Brasil: ano de 2011. O grupo, que trabalhou na metodologia da análise dos dados obtidos, é composto por 12 pessoas além das colaborações de outras 14. Dentre estas estão o representante do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mote, o Profº Drº Leandro Colling e a presidenta do Conselho Nacional LGBT, Keila Simpson, todos militantes pelos direitos homossexuais.

O documento apresenta as violações denunciadas ao Poder Público Federal, estatística da violência estado por estado, uma coleta das violências noticiadas em todo o ano de pesquisa, além das conclusões. Trata-se de um importante e pioneiro documento no combate às homofobias.

Nele, os integrantes do grupo de trabalho afirmam que “entende-se homofobia como preconceito ou discriminação (e demais violências daí decorrentes) contra pessoas em função de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero presumidas” e levam em consideração que existam homofobias institucionais e as chamadas "crimes de ódio".

Provando que a homofobia não é brincadeira
O relatório prova que entre os meses de janeiro e dezembro foram contabilizados 1.713 vítimas e 2.275 suspeitos, num universo de 6.809 denúncias de crimes contra os direitos humanos de cidadãos LGBT’s. Nos gráficos disponibilizados no relatório, a incidência dos crimes foi verificada com maior grau nos meses de dezembro (19,4%) e outubro (14,8%), quanto ao sexo biológico são 67% masculinas e 26,4% femininas, outras 6,1% não informaram.

O Relatório ainda traz informações traçando as vítimas que são moradoras de ruas, deficientes ou não, estado civil, escolaridade, faixa etária e raça/cor auto declarada.

Quem agride também tem cara
Os critérios de verificação dos suspeitos foram os mesmos aplicados às vítimas, incluindo a relação entre vítimas e suspeitos que já se conheciam. No caso, familiares, professores, amigos, e na relação de trabalho. No relatório, alega-se entre os familiares, destacam-se as mães que cometem violações contra seus filhos/as, com 9,5% das ocorrências, seguidas pelos pais, com 4,8%. Sob a categoria “companheiro(a)”, estão contabilizados maridos (0,4%), esposas (0,2%), ex-maridos (0,3%), ex-esposas (0,1%), namorados(as) (1,9%) e  companheiros(as) (6,9%).

Segundo os dados contidos no relatório, em 52,5% o suspeito da agressão é do sexo masculino e trata-se de um desconhecido em 67,3% dos casos. Ao traçar o perfil dos suspeitos de agressão, os demais critérios são respondidos, em sua maioria, como "não informados". Assim, os suspeitos que possuem uma identidade de gênero como masculina, ou seja, parecem com homens, contam 30,4%, enquanto o suspeito “não informado” com 46,9%.

Como é a homofobia no Brasil?
“A partir dos dados apresentados podemos concluir que a homofobia no Brasil é estrutural, operando de forma a desumanizar as expressões de sexualidade divergentes da heterossexual, atingindo a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais em todos os níveis, e podendo ser encontrada nos mais diversos espaços, desde os institucionais até o nível familiar. Os dados denunciam que a sociedade brasileira ainda é extremamente sexista, machista e misógina”, diz um dos trechos conclusivos do Relatório.

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*Por Diogo de Oliveira

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