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Líderes e representantes políticos e da cultura lamentaram a morte, nesta quinta-feira (23), da atriz e diretora teatral pernambucana Geninha da Rosa Borges, aos 100 anos. Geninha morreu em casa, na Zona Norte do Recife.

O governador Paulo Câmara (PSB) chamou a atriz de “nossa dama dos palcos”. Ele expressou solidariedade aos “amigos, parentes e fãs que acompanharam a trajetória de sucesso e a história de mais de 80 anos de carreira de Maria Eugênia Franco de Sá da Rosa Borges. Sua presença estará sempre marcada nos palcos do nosso Estado”. 

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O prefeito João Campos (PSB) decretou luto de três dias na capital pernambucana, e salientou que a diretora “deixou sua marca indelével na história de nossa cidade, no fortalecimento da cena cultural e consolidação do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP)”.

“Tanto nos palcos da vida quanto na gestão pública, Geninha expressou toda a sua genialidade e deu sua contribuição ao dirigir por três ocasiões o Teatro de Santa Isabel. Lá, também pode encenar algumas das mais de 60 peças protagonizadas ao longo de oito décadas de devoção e entregas às artes cênicas. Com profundo pesar, decreto luto oficial no Recife pelos próximos três dias e externo minha solidariedade aos familiares e amigos”, informou João Campos. 

Ao lamentarem a perda para a cultura, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife lembraram da sua trajetória. “Atriz de teatro, rádio, TV e cinema, Geninha viveu muitas vidas em uma, encenando mais de 60 personagens ao longo da longínqua e profícua carreira, que abraçou ainda muito jovem, enfrentando o preconceito da sociedade de então e abrindo alas para tantas gerações de grandes mulheres que o teatro pernambucano produziu e segue produzindo”, diz a nota. 

“Incansável, dedicou-se também, com o mesmo talento e afinco, aos bastidores culturais. Foi gestora, por três vezes, do Teatro de Santa Isabel, casa cuja gloriosa história não pode ser contada sem que seu nome seja citado muitas vezes, sempre com comovida deferência. Geninha foi, é e para sempre será uma das maiores estrelas que já brilharam no teatro pernambucano”, completou.

O ex-prefeito de Jaboatão e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), expressou seus sentimentos. "Geninha da Rosa Borges, a eterna dama do teatro pernambucano, deixa um legado para a cultura de valor inestimável, uma história de grande contribuição para a arte e o saber. Aos familiares, aos amigos, e ao público que sempre se fez presente para prestigiar sua obra, nossos sentimentos".

A agora ex-secretária especial da cultura, Regina Duarte, publicou em sua rede social um longo vídeo de despedida da pasta. Recém-exonerada pelo presidente Jair Bolsonaro, Regina se despediu lembrando os três meses em que trabalhou na secretaria e, emocionada, afirmou ter deixado uma “base sólida” para seu sucessor.

Com direito a fundo musical e colagens de imagens, Regina abriu o coração em um depoimento longo no qual falou desde suas intenções ao aceitar o cargo até o motivo para sua saída dele. “Quando aceitei o convite minha principal motivação foi contribuir com a pacificação do setor, ganhar confiança do governo e com isso reduzir o clima de polaridade reinante na classe artística”,disse. Segundo a atriz, parte do setor tornou-se um “ambiente raivoso” e sua vontade, à frente da secretaria, era desfazer essa atmosfera. 

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Regina ainda disse que o presidente a viu “saudosa” de seus netos e que por esse motivo ela acabou sendo desligada da pasta. Ela também garantiu ter trabalhado muito durante os últimos três meses, com expedientes de mais de “12 horas diárias”, “na busca de soluções para todas as demandas”. A ex-secretária enumerou alguns projetos deixados por ela como editais para o cinema e literatura que deverão ser divulgados em breve. 

Por fim, com lágrimas nos olhos, Regina se disse muito orgulhosa de sua passagem pela Secretaria Especial da Cultura. Agradeceu aos apoiadores e à equipe que trabalhou junto a ela “com espírito de sacrifício”, como fez questão de frisar e finalizou: “Saio da secretaria com o coração regado”. 

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Após a demissão de Regina Duarte, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convidou o ator Mario Frias para assumir a Secretaria da Cultura. Aliado ferrenho de Bolsonaro nas redes sociais, o apresentador já havia se mostrado disposto à nomeação e recentemente compartilhou um vídeo em defesa do uso da cloroquina para tratar pacientes com Covid-19.

Na manhã desta quarta-feira (20), Regina foi convocada para um encontro com o presidente no Palácio da Alvorada. Segundo um vídeo compartilhado na conta de Bolsonaro, ela alegou saudade da família para abandonar a secretaria. Como consolação, foi-lhe designado o comando da Cinemateca em São Paulo, que ainda será analisado.

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Trajetória da antiga secretariaSem diálogo com o Governo Federal, a atriz largou o contrato que mantinha com a Globo e liderou a Cultura no Brasil por cerca de dois meses. Além de ser bastante criticada pela classe artística, Regina foi chamada de comunista por demitir antigos servidores e nomear sua própria equipe.

Com um discurso cheio de analogias incoerentes, ela passou a ser alvo de piadas, geralmente pondo em xeque sua capacidade técnica ou até mesmo sanidade para reger a secretaria. Após uma série de desgastes e sem o apoio da maioria da ala bolsonarista, a ex-global chegou a minimizar as atrocidades do nazismo e da ditadura militar em uma entrevista ao vivo à CNN e já dava indícios de sua saída.

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A indicação da ex-prefeita de Piranhas (AL) Melina Freitas (PMDB) para o cargo de secretária da Cultura de Alagoas, pelo governador eleito Renan Filho (PMDB), que toma posse hoje, provocou pesada reação da comunidade artística. Melina traz em seu currículo acusação de desvios de recursos públicos e fraudes de licitações que somariam R$ 15,93 milhões no período em que administrou Piranhas (2009/2012), município localizado às margens do Rio São Francisco.

Centenas de artistas alagoanos estão engajados no manifesto que pede que Melina não assuma a Secretaria. Eles integram o Movimento Cultural Alagoano (MOVA).

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Em abril de 2013, os promotores do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), braço do Ministério Público Estadual de Alagoas, denunciaram Melina e outros 12 investigados, todos ex-funcionários de Piranhas durante a administração da peemedebista (2009/2012), sob a acusação de ilícitos penais, inclusive peculato e quadrilha.

Chefe de quadrilha. Os promotores atribuem a ela o posto de "chefe de quadrilha, de organização criminosa integrada por agentes públicos que praticou uma profusão de ilícitos penais no âmbito da administração pública de Piranhas para lesar o erário".

Segundo o Ministério Público de Alagoas, as investigações tiveram início em dezembro de 2012, após o cumprimento de busca e apreensão em diversos órgãos municipais, com análise de 1.431 documentos recolhidos, e nove depoimentos.

A Promotoria pede a condenação da futura secretária 385 vezes pelo crime de peculato, 23 vezes por falsificação de documento particular, 23 vezes por falsidade ideológica, 28 vezes por uso de documentos falsos, 23 vezes por fraude em licitação e ainda pelo ilícito de quadrilha.

A Promotoria de Alagoas pediu a prisão de Melina, na época. Mas, segundo o Ministério Público, ela tem, em seu favor, um salvo-conduto que impede sua detenção.

Confiança - Por meio de sua assessoria de imprensa, o governador eleito Renan Filho informou que já esperava a repercussão em torno da indicação de Melina. Segundo a assessoria, o peemedebista mantém "plena confiança na capacidade de Melina" e desconsidera qualquer tipo de alusão à gestão dela em Piranhas.

Renan Filho, afirma a assessoria, exalta a competência de Melina em "aglutinar movimentos culturais, por isso a indicou para a Pasta".

Sobre a reação contra a nomeação da ex-prefeita de Piranhas, a assessoria observa que Renan Filho "respeita a iniciativa dos grupos culturais porque é um democrata". O governador estaria disposto a receber os representantes dos grupos culturais. A ex-prefeita não atendeu e não retornou as ligações da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foi lançada a convocatória do 7º Festival de Cinema de Triunfo. Cineastas brasileiros poderão se inscrever nas categorias longa-metragem nacional, curta-metragem nacional, curta-metragem pernambucano, curta-metragem infanto-juvenil e curta-metragem dos sertões. O festival, que vai acontecer entre os dias 4 e 9 de agosto, é promovido pela Secretaria de Cultura e Fundarpe.

Na edição de 2014, o evento vai contar com o Troféu Fernando Spencer, em homenagem ao cineasta que faleceu na última terça-feira (17), para premiar o melhor curta-metragem filmado em Pernambuco. No total, serão R$ 50 mil destinados à premiação das diversas categorias.

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A convocatória já pode ser acessada no site da Fundarpe, mas as inscrições só começam no dia 2 de maio.

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