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Um documento descoberto recentemente sugere que o papa Pio XII tinha informações sobre os campos de concentração nazistas e o extermínio em massa de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A carta foi publicada pelo caderno "La Lettura", do jornal italiano Corriere della Sera neste fim de semana.

Datado de 14 de dezembro de 1942, o documento foi descoberto pelo arquivista e pesquisador do Vaticano, Giovanni Coco, que afirmou ao jornal italiano que a carta era uma correspondência detalhada sobre o extermínio nazista dos judeus, inclusive em fornos. A correspondência era de uma fonte da igreja na Alemanha que fazia parte da resistência católica contra Hitler e que conseguiu obter informações secretas.

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A documentação contradiz o argumento da Igreja Católica de que não podia verificar relatórios diplomáticos sobre crimes nazistas para denunciá-los e acende os debates sobre o legado de Pio XII, que será discutido em uma grande conferência numa universidade em Roma no próximo mês.

Historiadores se dividem sobre a atuação do papa no período da guerra, com apoiadores argumentando que ele usou a diplomacia discreta para salvar vidas judias e que o papa não pôde falar com veemência contra os nazistas por medo medo de represálias, enquanto críticos afirmam que ele permaneceu em silêncio enquanto o Holocausto acontecia.

A carta do padre, o reverendo Lothar Koenig, para o secretário de Pio, um outro jesuíta alemão chamado reverendo Robert Leiber, foi escrita em alemão e relata que os nazistas estavam matando até 6 mil judeus e poloneses diariamente em Rava Ruska, uma então cidade polonesa, que hoje está incorporada à Ucrânia. Os judeus também estavam sendo transportados para o campo de extermínio de Belzec.

A data da carta de Koenig sugere que a correspondência chegou ao escritório de Pio dias após o massacre em Rava Ruska, sendo apenas mais um documento diplomático, além das visitas de diversos enviados de governos estrangeiros a partir de agosto de 1942, com relatos de que até 1 milhão de judeus haviam sido mortos na Polônia, até então.

Embora não seja possível afirmar que Pio tenha visto a carta, Leiber era o principal assistente do papa e trabalhou com a autoridade quando ele era embaixador do Vaticano na Alemanha durante os anos 1920, sugerindo uma relação próxima, especialmente em questões relacionadas à Alemanha.

De acordo com livro "O Papa na Guerra", do antropólogo vencedor do Prêmio Pulitzer David Kertzer, um oficial de alto escalão do secretariado de estado, Monsenhor Domenico Tardini, disse ao enviado britânico no Vaticano em meados de dezembro de 1942 que o papa não podia falar sobre crimes nazistas porque não havia certeza das informações.

Em uma entrevista, Kertzer disse que o documento marca a primeira vez que uma referência a judeus sendo mortos em fornos foi revelada em uma carta que, segundo ele, certamente teria chegado ao conhecimento de Pio.

Kertzer disse que os historiadores estavam aguardando ansiosamente por revelações do período, porque, como arquivista do Vaticano, Giovanni Coco teve acesso a arquivos pessoais de Pio que ainda não haviam sido indexados e disponibilizados para estudiosos. O Vaticano autorizou a abertura dos arquivos secretos do pontificado de Pio em março de 2020.

"A novidade e a importância desse documento vêm deste fato: sobre o Holocausto, agora há a certeza de que Pio XII estava recebendo da Igreja Católica alemã notícias exatas e detalhadas sobre os crimes contra judeus", disse Coco em entrevista ao Corriere della Sera.

No entanto, o pesquisador observou que o autor da correspondência pediu à Santa Sé para não tornar público o que estava sendo revelado porque temia por sua própria vida e pela vida das fontes.

(Com AP)

Uma forte tempestade que fez o dia escurecer mais cedo, a noite sem lua e um horizonte que sumiu da vista do piloto Chester Hugh Skidmore provocaram um acidente que entrou para a história da Segunda Guerra Mundial em 13 de junho de 1942. Sete dos 10 passageiros a bordo do Avião Modelo Catalina 7252 do Esquadrão de Patrulha PV-083 da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) morreram quando o hidroavião se chocou contra as águas do Oceano Atlântico que banham o litoral do Rio Grande do Norte nas proximidades de uma área conhecida como Pedra Gorda, entre as praias de Barra de Maxaranguape e Caraúbas.

A aeronave estava distante aproximadamente 40 quilômetros do destino, o antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, na Grande Natal. Esse sítio aeroviário serviu como umas das mais importantes bases militares norte-americanas fora do território estadunidenses durante o conflito bélico mundial.

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Após anos de pesquisas, cruzamento de informações e uma pitada de sorte, os destroços do avião foram encontrados no dia 6 de junho, às vésperas do aniversário de 80 anos do acidente, a menos de um quilômetro da costa de Barra de Maxaranguape e a uma profundidade de 10 metros.

O que restou do avião, um bimotor utilizado como avião de patrulha que carregava bombas e outros armamentos utilizados pelas tropas americanas à época, foi encontrado durante um mergulho de treinamento pelo mergulhador profissional e instrutor Paul Bouffis, com mais de 30 anos de experiência.

Ele mergulhava ao lado de alguns alunos quando se deparou com a estrutura que lembra treliças de ferro utilizadas na construção civil, que na verdade eram as estruturas das asas do bimotor.

No momento, ele não conseguiu identificar, de imediato, que se tratava do Catalina do Esquadrão PV-083, uma aeronave alta e comprida, que fazia o transporte de armamentos e insumos dos Estados Unidos para as bases militares americanas no Brasil, África e Europa. Junto com o amigo historiador Fred Nicolau, ele procurava outro avião, um modelo B-25, utilizado como bombardeiro pelos americanos e que também caiu no litoral brasileiro nos anos 1950.

"Os pescadores da região, os pescadores artesanais, jamais nos informaram a localização dos destroços. Eles sabiam, mas não nos informavam. Nós cruzamos muitas informações, a partir de relatos em fóruns na internet que eu comecei a participar em 2003, conversas com combatentes da Segunda Guerra Mundial e leitura de relatórios de acidentes aéreos norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial que eu comprei na internet", relata Fred Nicolau.

A paixão pela aviação e os assuntos ligados ao conflito da década de 1940 surgiu como um hobby na infância e foi amadurecendo ao longo da vida adulta. Hoje, Fred é curador do Centro Cultural Trampolim da Vitória, instalado no antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, na região metropolitana de Natal. Fred afirma que, pelo menos, 10 aeronaves militares americanas caíram no litoral brasileiro ao longo da Segunda Guerra Mundial.

O levantamento tem como base Relatórios Confidenciais da época que detalhavam as ocorrências às autoridades americanas e que hoje fazem parte de um acervo disponibilizado pelo governo dos Estados Unidos. No documento que relata o caso envolvendo o Catalina do Esquadrão PV-083, os mortos são identificados pela letra A.Os três militares sobreviventes são identificados pelas letras B e C, conforme o nível de ferimentos identificados.

Conforme relatos, eles ficaram à deriva por 18 horas até serem resgatados por pescadores da vila de Barra de Maxaranguape e, posteriormente, pelas tropas militares.

Comandados pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, que chegou a visitar Natal e Parnamirim ao lado do presidente brasileiro Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial, os americanos montaram bases militares em cidades consideradas estratégicas no Brasil. Belém, capital do Pará, era a porta de entrada das tropas oriundas dos Estados Unidos, Caribe, Guiana Francesa.

Em Natal, os combatentes abasteciam as aeronaves modelos A-20, B-17, B-24, B-25, B-26, B-29, C-47 e C-54 de armamentos e suprimentos encaminhados para tropas localizadas em países da África e Europa.

Os americanos criaram uma cidade militar conhecida como 'Parnamirim Field' no entorno da área do antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, considerado um dos melhores do mundo à época para pousos e decolagens de aviões de combate. Conforme o pesquisador Fred Nicolau, as aeronaves identificadas pela letra A eram as de ataque; as que tinham a letra B, eram os bombardeiros e as com a letra C, as de transporte de cargas.

"Todas elas subiam e desciam no Augusto Severo, cuja movimentação de tropas ocorria sem parar, 24 horas por dia. Em Natal, no estuário do Rio Potengi, na região conhecida como Rampa, subiam e desciam as Catalinas, por exemplo", explica o pesquisador.

Para Fred Nicolau e Paul Bouffis, a descoberta dos destroços fecha um importante ciclo, mas também levanta uma discussão em torno da preservação do patrimônio histórico no Brasil.

"Os pescadores identificaram os destroços antes dos pesquisadores e iniciaram um processo de desmonte. Eles queriam as peças mais pesadas para vender como sucata. O Catalina se tornou uma jazida. Encontramos somente pedaços. Ao longo dos anos, as pessoas foram "minerando" o que sobrou do avião após o acidente. Nós não temos interesse em içar os destroços. Nosso interesse era na localização, em saber onde ele tinha caído, contar a história, registrar. O mais interessante de tudo é que foi um pescador bêbado, após uma longa conversa, que me confirmou o local quase exato da queda", afirma Fred Nicolau.

Após o susto, quando confirmou que a estrutura hoje encoberta pela vegetação marinha se tratava de um avião de combate de um dos períodos mais emblemáticos da história mundial, o mergulhador Paul Bouffis comemora a descoberta.

"Eu não sabia a história do Catalina. Eu só pensava que era uma estrutura de construção civil, como uma grua, que tinha sido abandonada no mar. Mas não fazia sentido. Quando o Fred me contou, depois que mostrei as fotos para ele, eu fiquei muito emocionado. É um ciclo que se fecha. As famílias dos sete militares que morreram naquele dia hoje sabem onde eles estão. O mais emocionante é fazer o fechamento da história, o 'closure'. Os familiares hoje sabem onde eles morreram e podem fazer um enterro simbólico, uma homenagem como nós já fizemos. Precisamos transformar aquele ponto em um santuário, em uma 'War Grave' (túmulo de guerra) como forma de homenagem", declara Bouffis.

O relógio da marca Rolex Oyster que pertenceu a um piloto da Força Aérea Britânica e serviu para organizar a "Grande Fuga" de prisioneiros do campo nazista de Stalug Luft III, imortalizada no cinema, foi vendido nesta quinta-feira por 189 mil dólares a um comprador anônimo, em um leilão em Nova Iorque .

O preço pago pela peça, de história única, é inferior à estimativa da casa de leilões Christie's, que esperava vendê-la por entre 200.000 e 400.000 euros.

Adquirido pelo piloto Gerald Imeson quando era prisioneiro de guerra nazista em 1943, o relógio ref. 3525, fabricado no começo da década de 1940, é de aço inoxidável com tela azulada e um dos primeiros resistentes à água.

Imeson encomendou o relógio à casa Rolex na Suíça, que o enviou por meio da Cruz Vermelha ao campo de prisioneiros de segurança máxima localizado perto da atual cidade polonesa de Sagan, então território alemão.

O relógio de Imeson foi crucial para calcular o tempo durante a preparação e planejamento da "Grande Fuga" de prisioneiros de guerra, imortalizada pelo filme que levou Steve McQueen à fama na década de 1960, explicou à AFP o especialista em relógios da Christie's Adam Victor.

Dos 200 prisioneiros que participaram dos preparativos, 76 conseguiram fugir do campo de segurança máxima nazista em 24 de março de 1944. Imeson não estava entre eles. A maioria foi capturada e 50 foram executados.

O relógio permaneceu no pulso do piloto até o fim da guerra - ele foi libertado em 1945 - e ele o guardou até a sua morte. Sua família o leiloou em 2013 no Reino Unido.

Mesmo após quase 80 anos do final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ideologia nazista - forma de fascismo que entre outras crenças  despreza a democracia e incorporta o racismo sob diversas formas - encontra eco ainda nos dias de hoje em pensamentos e falas intolerantes, como no caso do jornalista demitido da Rádio Jovem Pan e do youtuber, desligado do FlowPodcast. Felizmente, por meio de produções audiovisuais disponíveis nas plataformas de streaming, é possível entender melhor o que foi e quais as consequências desse período. O Leia Já selecionou cinco destas obras, confira:

Série Hunters – Amazon Prime Video. É uma série que acompanha um grupo de caçadores nazistas que busca justiça em uma Nova York no fim dos anos 70. Seu principal objetivo é perseguir e matar centenas de veteranos do antigo regime, que escaparam da punição e começaram uma vida nova nos Estados Unidos.

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Bastardos Inglórios - Amazon Prime Video / STAR+ / Paramount+ / Globo Play. Dirigido por Quentin Tarantino, o filme conta a história de um grupo de judeusamericanos conhecidos como Bastardos, que caça nazistas durante a Segunda Guerra. Apesar do filme ser uma ficção, conta amplamente com características reais da Segunda Guerra. O longa foi indicado a três Oscars.  

Podcast História em Meia HoraSpotify. Produzidos pelo professor de história, Vítor Soares, o programa aborda temas atuais e clássicos da história de maneira informal. Duração de 30 minutos. Dois episódios conhecidos sobre o tema são: Holocausto e Nazismo.  

Documentário Grandes Momentos da Segunda Guerra em cores – Netflix. Documentário com temática militar, a série de 1 temporada busca explicar, do ataque a Pearl Harbour ao Dia D, os acontecimentos mais marcantes da Segunda Guerra. Com imagens coloridas que ganham vida nesta série documental, é possível ver maiores detalhes nas imagens que foram resgatadas de arquivos tantos dos exércitos do Eixo, quanto dos Aliados. 

Filme O Pianista – Amazon Prime Video / Telecine. Um pianista judeu polonês vê a Varsóvia mudar gradualmente à medida que a Segunda Guerra Mundial começa. Szpilman é forçado a ir para o Gueto de Varsóvia, mas depois é separado de sua família durante a Operação Reinhard. A partir deste momento até que os prisioneiros dos campos de concentração sejam liberados, Szpilman se esconde em vários locais entre as ruínas de Varsóvia. Direção de Roman Polanski, ganhou o prêmio Oscar de Melhor Ator e Roteiro Adaptado. 

E uma dica bônus: o filme O destino de uma nação - Telecine / Youtube / Apple Tv. Winston Churchill está prestes a encarar um de seus maiores desafios: tomar posse do cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Enquanto isso, ele costura um tratado de paz com a Alemanha nazista que pode significar o fim de anos de conflito. Direção de Joe Wright e roteiro de Anthony McCarten. Foi indicado e ganhou o Oscar de Melhor Ator, com Gary Oldman no papel principal.

Por Camily Maciel

 

Uma expedição encontrou os restos de um navio da Marinha dos Estados Unidos, naufragado durante a Segunda Guerra Mundial, a 6.500 metros de profundidade na costa das Filipinas, informou um membro da equipe no domingo (4).

“Acabamos de dar o mergulho mais profundo da história para encontrar os restos do contratorpedeiro USS Johnston”, tuitou Victor Vescovo, fundador da empresa americana Caladan Oceanic, que dirigiu o submarino que localizou o navio.

Durante dois mergulhos de oito horas no final de março, a equipe conseguiu filmar, fotografar e estudar os destroços do navio, em frente à ilha de Samar, informou a Caladan Oceanic, uma empresa especializada em tecnologias subaquáticas.

O contratorpedeiro de 115 metros de comprimento afundou em 25 de outubro de 1944, durante a Batalha do Golfo de Leyte, uma das maiores batalhas navais da história e que marcou o início do fim para o Japão.

Outros exploradores o localizaram no mar das Filipinas em 2019, mas a maior parte do navio não estava ao alcance de nenhum dispositivo.

“Localizamos 2/3 da parte dianteira do navio, de pé e intactos, a uma profundidade de 6.456m. Três de nós, em dois mergulhos, examinamos o navio e prestamos homenagem à sua valente tripulação”, disse Vescovo.

Apenas 141 dos 327 tripulantes do navio sobreviveram, de acordo com os arquivos da Marinha dos EUA.

A expedição encontrou a proa, a ponte e a seção central intactas. O número "557" ainda estava claramente visível.

Duas torres, pontos de reserva de torpedos e numerosos suportes de canhão também foram visíveis, de acordo com a expedição.

Parks Stephenson, navegador e historiador da expedição, destacou que nos destroços do navio era possível ver os estragos que ele sofreu durante aquela intensa batalha, há mais de 75 anos.

"Ele recebeu disparos do maior navio de guerra já construído, o navio de guerra da Marinha Imperial Japonesa Yamato, e disparou de volta com violência", disse Stephenson.

O "capitão Tom", um veterano britânico da Segunda Guerra Mundial que morreu no início de fevereiro aos 100 anos, famoso por ter arrecadado uma quantia recorde para o serviço de saúde pública durante a pandemia, recebeu honras militares em seu funeral neste sábado na Inglaterra.

O caixão de Tom Moore, envolvido na bandeira britânica, foi carregado por seis soldados de infantaria até o crematório de Bedford (centro).

Antes do início da cerimônia, que foi exibida ao vivo pela televisão, um avião da Segunda Guerra Mundial sobrevoou o local e 14 soldados dispararam três salvas de honra.

Mas devido ao confinamento no Reino Unido desde o início de janeiro para lutar contra o coronavírus apenas oito parentes compareceram à cerimônia privada: suas duas filhas, os dois genros e quatro netos.

"Minha irmã e eu organizamos o funeral que meu pai queria", afirmou a filha Lucy Teixeira, 52 anos, em um comunicado divulgado antes do funeral.

A família pediu ao público que ficasse em casa, de acordo com as instruções oficiais. Milhares de pessoas escreveram mensagens em um livro de condolências publicado na internet.

Moore, que tinha 99 anos durante o primeiro confinamento - no segundo trimestre de 2020-, havia estabelecido inicialmente o objetivo modesto de arrecadar 1.000 libras (1.400 dólares) para ajudar o Serviço Nacional de Saúde, que estava saturado pelo grande número de pacientes do coronavírus.

Para alcançar a meta, ele se comprometeu a percorrer 100 vezes os 25 metros do jardim de sua residência antes de completar 100 anos.

A imagem do veterano inclinado sobre seu andador e caminhando com dificuldade comoveu a população britânica, por seu sentimento de gratidão aos profissionais de saúde.

As doações dispararam e Moore arrecadou quase 33 milhões de libras esterlinas (42 milhões de dólares no câmbio da época), a maior quantia já obtida por apenas uma pessoa em uma causa benéfica.

Suas proezas o transformaram em uma celebridade.

O capitão Tom faleceu no hospital em 2 de fevereiro, depois de contrair pneumonia em consequência do coronavírus.

Um assento de vaso sanitário usado pelo líder nazista Adolf Hitler foi leiloado por cerca de R$ 102 mil. Confeccionado em madeira branca, o dispositivo foi saqueado por um soldado norte-americano do banheiro particular do ditador em Berghof, um esconderijo nos Alpes da região da Baviera, no fim da Segunda Guerra Mundial.

Fluente em alemão e francês, na época ainda o jovem militar Ragnvald Borch foi um dos primeiros enviados ao local para garantir a comunicação com a 2ª Divisão Blindada francesa. Berghof já havia sido destruída por bombardeios, mas ele ouviu dos superiores que poderia pegar o que quisesse.

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Um colega de farda que havia saqueado um lustre, espantou-se com a escolha bizarra de Borch em pegar o assento sanitário como recordação. A peça ficou guardada por décadas em seu porão, no estado da Nova Jersey, até o filho mostrar interesse e negociar com a casa de leilões Alexander Auctions.

No site da casa especializada no arremate em itens militares históricos, o assento é descrito como "o mais próximo de um trono que Hitler já teve". O item negociado na segunda (8) fez parte de um lote com artigos do ditador alemão, o qual era composto por quatro fios de cabelo, uma caneca para se barbear, uma escova de cabelo e um conjunto de calcinha de renda e camisola usados pela esposa, Eva Braun.

Uma bomba da Segunda Guerra Mundial foi desativada nesta terça-feira (21) no centro de Colônia, depois de ter provocado a evacuação da Ópera, de estúdios de televisão e interromper o tráfego ferroviário e fluvial.

O artefato de meia tonelada, de origem americana e descoberto na segunda-feira (20) à noite na margem direita do Reno, perto da estação ferroviária central, foi desativado pouco antes do meio-dia, anunciou a prefeitura em um comunicado à imprensa.

"Os 10.000 funcionários das empresas envolvidas e os 15 habitantes podem retornar para os prédios da área", acrescentou a prefeitura.

A Ópera, vários escritórios e estúdios do canal privado de televisão alemão RTL foram evacuados pela manhã. Uma apresentadora pegou um avião para Berlim para apresentar da capital o jornal do meio-dia, relatou o grupo em seu site.

A bomba foi descoberta perto da movimentada ponte ferroviária Hohenzollern, que leva à catedral e à estação central.

Fechada durante a desativação, foi reaberta ao tráfego de trens, anunciou a operadora Deutsche Bahn no Twitter.

A estação de Messe/Deutz e o espaço aéreo também foram reabertos. Parado no momento de desativação da bomba, o tráfego fluvial foi retomado nesta importante artéria europeia.

A descoberta de bombas da Segunda Guerra Mundial é comum na Alemanha. A anterior data de 12 de janeiro, realizada em Dortmund, no oeste do país. Cerca de 14.000 pessoas tiveram de deixar suas casas.

Em 2017, 65.000 pessoas foram evacuadas, na maior operação desse tipo desde 1945, quando uma enorme bomba britânica de 1,4 tonelada foi descoberta em Frankfurt.

Em setembro, um artefato explosivo de 250 quilos foi desativado em Hannover, o que exigiu a evacuação de 15.000 pessoas.

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, criticou neste domingo (29) o presidente russo, Vladimir Putin, por ter acusado a Polônia de conluio com Hitler, e disse que Moscou "mente de forma deliberada" para dissimular recentes fracassos em nível diplomático.

O chanceler polonês já tinha convocado na sexta-feira (27) o embaixador russo para protestar contra o que chamou de "insinuações históricas". Putin acusou duas vezes nos últimos dias a Polônia de conluio com Hitler e o antissemitismo às vésperas da Segunda Guerra Mundial.

"Putin mentiu sobre a Polônia em várias ocasiões e sempre o faz de forma deliberada", disse Morawiecki em um comunicado. "Isto costuma acontecer quando as autoridades russas sentem a pressão internacional sobre suas atividades. Nas últimas semanas, a Rússia sofreu vários tropeços", acrescentou.

Morawiecki deu como exemplo a decisão da União Europeia de manter as sanções econômicas adotadas contra a Rússia após a anexação da Crimeia em 2014, a sanção pelo doping de atletas russos ou "seu fracasso em assumir o controle total de Belarus".

Em discurso no ministério russo da Defesa, Putin assegurou na terça-feira ter sido informado de documentos históricos que mostravam que os poloneses "concluíram praticamente uma aliança com Hitler".

Na véspera da invasão alemã à Polônia, em 1º de setembro de 1939, a URSS de Stalin e a Alemanha nazista entraram em acordo para dividir a Europa do Leste em um protocolo secreto do pacto Ribbentrop-Molotov assinado em 23 de agosto daquele ano.

A URSS atacou a Polônia em 17 de setembro de 1939, enquanto o Exército polonês travava um combate sem esperança contra as forças nazistas. Os soviéticos ocuparam boa parte do território polonês e a Alemanha atacou a URSS em 22 de julho de 1941.

Uma bomba americana de 100 quilos da Segunda Guerra Mundial foi desativada na madrugada deste sábado (15), após sua descoberta no centro de Berlim, perto da icônica praça Alexanderplatz, informou a polícia.

"O detonador foi destruído com sucesso. Estamos retirando aos poucos os bloqueios. Em breve, vocês poderão retornar a suas casas", indicou a polícia em um tuíte.

Após a evacuação de 3.000 pessoas da área na sexta-feira, a polícia disse que encontrou alguns problemas técnicos para desarmar a bomba, mas que foram resolvidos rapidamente.

Um perímetro de segurança de 300 metros havia sido estabelecido.

Descoberta perto de um imponente centro comercial, a bomba teria sido largada por um bombardeiro americano, e seu detonador permaneceu intacto.

O tráfego de várias linhas de trens na zona foi suspenso para a operação.

A Alemanha tem grande experiência neste tipo de evento, uma vez que a descoberta de bombas da Segunda Guerra Mundial é relativamente frequente. As bombas lançadas pelos Aliados e que não explodiram ainda provoca grandes operações.

A maior evacuação do tipo desde 1945 foi em setembro de 2017, em Frankfurt, onde foi encontrada uma enorme bomba britânica com uma carga explosiva de 1,4 tonelada. Cerca de 65.000 habitantes tiveram que deixar suas casas.

Na maioria das vezes, as bombas podem ser desativadas. Em casos raros, uma explosão "controlada" se faz necessária.

Berlim sofreu durante a guerra pesadas campanhas de bombardeios, em particular na primavera de 1945, com um terço das casas da cidade destruídas e dezenas de milhares de mortes.

Milhares de bombas não detonadas já foram descobertas e cerca de 3.000 outras permanecem no subsolo de Berlim, segundo especialistas.

Em abril de 2018, as forças de segurança de Berlim desativaram uma bomba britânica de 500 kg. Cerca de 10.000 pessoas foram evacuadas.

Complexo nazista foi encontrado próximo à praia de Haia, na Holanda. A descoberta faz parte de um projeto da Fundação Scheveningen Atlantic Wall que tem como objetivo preservar a história do país. O governo holandês decidiu abrir os bunkers para que as novas gerações aprendam mais sobre a Segunda Guerra e sobre o histórico do próprio país.

De acordo com pesquisadores, o complexo foi construído em 1942, dois anos após os nazistas invadirem a Holanda. Com a construção do bunker, cerca de 135 mil moradores da região foram expulsos de suas casas. “A área se tornou restrita, e muitos dos holandeses que moravam ali foram forçados a ajudar na construção do esconderijo nazista”, afirmou a fundação em nota oficial.

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Além disso, estima-se que mais de três mil soldados tenham vivido na estrutura subterrânea. As paredes dos corredores do bunker possuem marcações realizadas durante a guerra.

Uma granada fabricada durante a Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, foi arremessada de um carro na madrugada desta quinta-feira (24) em uma avenida de Regente Feijó, oeste do Estado de São Paulo. Um homem de 31 anos viu quando o artefato foi jogado de um veículo escuro e acionou a polícia.

Segundo a Polícia Civil, a granada foi lançada por criminosos assim que eles observaram uma viatura da PM. Ao ver o que era, Deividi Francisco de Lima, morador da região, fez um sinal para que a viatura parasse.

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Os policiais isolaram a área e, para evitar explosão, um oficial travou o pino da granada com fita isolante. Por volta das 3 horas, eles levaram o objeto para a delegacia, que ficou guardado num cofre.

A polícia ainda não tem pistas do carro e dos ocupantes. "Eles podem ser ladrões ou traficantes", disse Claudinei Alves, de 47 anos, delegado titular de Regente Feijó.

Uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi chamada para explodir a granada numa área isolada. "Como ela veio parar aqui ainda é um mistério", afirmou o policial.

A carcaça de um avião da Segunda Guerra Mundial e os restos do francês que o pilotava quando o aparelho se acidentou, em 1945, foram desenterrados neste sábado (8) no sudoeste da Alemanha, informou a agência de notícias DPA.

O avião de combate americano, um Thunderbolt P47, caiu em 14 de fevereiro de 1945, em Ottersweier en Bade-Wurtemberg, fronteira com a França. O piloto, Antoine Allard, 25, procedia de Paris, segundo a DPA.

O "buscador de restos" Uwe Benkel localizou o aparelho quatro metros abaixo da terra. No local, havia um monumento comemorativo pelo qual Werner Doll, um vizinho de 77 anos, passava com frequência.

Testemunha, aos 7 anos, do acidente, causado pela colisão com outro avião, Doll "sempre dizia algo" ao piloto sepultado, contou à agência alemã.

Soldados alemães depositaram hoje uma bandeira francesa e uma coroa de flores no local da escavação, diante de dezenas de pessoas. Os restos do piloto serão levados para um cemitério.

Cerca de 20 mil pessoas tiveram que deixar suas casas nesta quarta-feira, em Colônia (oeste da Alemanha), por causa de uma bomba da Segunda Guerra Mundial, indicou a prefeitura.

"Tudo correu bem, a bomba da ponte Mülheimer (...) foi desativada com sucesso na tarde desta quarta-feira", informou a administração municipal em um comunicado, indicando que se trata da evacuação mais importante na cidade desde 1945.

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A desativação do explosivo ocorreu pouco antes das 16h00 (locais, 11H00 de Brasília) e os moradores puderam voltar às suas casas no fim da tarde. As operações de evacuação começaram às 09H00 (03H00 de Brasília) em dois bairros nos arredores da cidade.

O artefato, enterrado a cinco metros de profundidade, foi descoberto na sexta-feira, durante obras de construção de uma canalização de calefação na margem esquerda do Reno, perto da ponte de Mülheimer.

O perímetro de evacuação, de um quilômetro, afetou 8.000 residências dos bairros de Riehl e Mülheim (norte), inclusive um asilo de idosos.

Acredita-se que ainda haja 250.000 bombas intactas no subsolo da Alemanha, onde são frequentes as operações de retirada de minas que obrigam as evacuações.

Autoridades da Alemanha ordenaram uma das maiores retiradas de pessoas do pós-guerra nesta quarta-feira (27), após a descoberta de uma bomba dos Estados Unidos não detonada da época da Segunda Guerra. O artefato estava enterrado no solo da cidade de Colônia, no oeste do país.

Autoridades retiraram cerca de 20 mil pessoas da área no entorno da ponte Mülheim, onde a bomba de mil quilos foi encontrada na semana passada, a quase cinco metros de profundidade, durante os preparativos para uma obra, informou a prefeitura. Cerca de 800 pessoas dos bombeiros, de organizações humanitárias e da polícia se envolveram na retirada das pessoas, que começou na manhã desta quarta-feira.

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Bombas não detonadas da Segunda Guerra ainda são regularmente encontradas na Alemanha, 70 anos após o fim da guerra. A mais recente, porém, é uma das maiores já descobertas na cidade e estava em uma das áreas mais densamente povoadas de Colônia.

A maioria das grandes e médias cidades alemãs sofreram campanhas de bombardeios na fase final da guerra, com as mortes por isso estimadas em entre 305 mil e 600 mil, segundo vários registros históricos.

Os aliados bombardearam Colônia 262 vezes durante a Segunda Guerra, segundo uma porta-voz da cidade. O trabalho para desarmar e remover a bomba começou às 15h30 (hora local) e foi concluído em 23 minutos, disse a funcionária. Foram retiradas pessoas no raio de 1 quilômetro da bomba. Entre os espaços afetados estava um asilo, que teve seus 1.100 moradores levados para abrigos temporários ou hospitais. Jardins de infância, quatro escolas e o zoológico da cidade também estiveram fechados, na prática ampliando o feriado escolar no Pentecostes em mais um dia. Fonte: Dow Jones Newswires.

A presidente Dilma Rousseff afirmou, durante solenidade em comemoração aos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, que a participação de pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi uma demonstração de que "a cobra fumou" com a ajuda do País no combate à "intolerância" representada pelo do Eixo - grupo de países liderado por Alemanha e Itália que lutou contra os Aliados, capitaneados por EUA e a Inglaterra.

"Na época não se acreditava que seríamos capazes de enviar uma força expedicionária para combater na Itália, que era muito difícil fazer uma cobra fumar e, finalmente, com os pracinhas, a cobra fumou. E isso nos lembra o lema da Força Expedicionária", disse.

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O lema teria surgido, segundo relatos da época, porque pracinhas reunidos no centro de São Paulo antes de embarcar para a Itália se distraíam com um homem que literalmente fazia uma cobra fumar na Praça da Sé, onde se apresentava com o animal.

Boatos da época também dão conta de que Adolf Hitler teria afirmado que seria mais fácil uma cobrar fumar do que o Brasil entrar na guerra contra a Alemanha, tendo em vista que o ex-presidente Getúlio Vargas flertou com o fascismo e com parcerias econômicas com nazistas.

Trabalhadores de uma loja de sucatas na capital da Tailândia, Bangcoc, detonaram acidentalmente nesta quarta-feira (2) uma grande bomba da época da Segunda Guerra Mundial, matando sete pessoas e ferindo outras 19, afirmou a polícia do país.

O chefe do esquadrão antibombas da polícia tailandesa, Kamthorn Auicharoen, disse que operários de construção encontraram a bomba enterrada em uma construção e venderam para a loja de sucatas, que fica no bairro de La Plakao, no norte de Bangcoc. Segundo ele, trabalhadores da loja estavam usando um cortador térmico a gás para desmontar a bomba quando ela explodiu.

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A explosão destruiu a loja e danificou casas vizinhas. "Provavelmente esta é uma bomba derrubada de um avião durante a Segunda Guerra Mundial", disse Kamthorn. No último sábado, operários encontraram uma bomba similar em uma área diferente de Bangcoc, mas o artefato foi entregue aos especialistas em explosivos da polícia.

Bangcoc foi bombardeada por aviões norte-americanos e britânicos durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi invadida por forças japonesas e serviu como um hub para a campanha do Japão no Sudeste Asiático. Bombas enterradas dessa época são encontradas de tempo em tempo em outras cidades asiáticas, como Hong Kong e Cingapura. Fonte: Associated Press.

Pelo menos sete pessoas morreram e 19 ficaram feridas nesta quarta-feira (2) em Bangcoc na explosão de uma bomba da Segunda Guerra Mundial, em um incidente provocado por homens que trabalham com sucata e que tentavam recolher metal.

A bomba de 225 quilos foi encontrada em um terreno em construção e depois vendida a uma oficina de sucata na periferia da capital da Tailândia. "Os homens acreditavam que a bomba não poderia explodir e começaram a cortá-la em duas, o que provocou a explosão", disse o comandante de polícia Virasak Foythong.

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Sete pessoas morreram e 19 ficaram feridas, segundo o centro de emergências da cidade. A polícia confirmou o balanço e informou que a explosão provocou uma grande cratera e danos materiais em um raio de 500 metros.

Kamthorn Ouicharoen, da unidade de retirada de minas da polícia, informou à AFP que a bomba tinha 225 quilos e havia sido utilizada na Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito, os Aliados bombardearam Bangcoc em represália pela aliança da Tailândia com o Japão.

Morreu nesta sexta-feira (14) Glenn McDuffie, o homem que se tornou conhecido por afirmar que era o marinheiro da célebre foto do beijo de um casal na Times Square no fim da Segunda Guerra Mundial. A imagem, que mostra o oficial beijando uma enfermeira na rua, foi tirada pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, da revista Life, em 14 de agosto de 1945.

A artista forense do Departamento de Polícia de Houston Lois Gibson, que identificou McDuffie como o homem da imagem, disse na sexta-feira que ele morreu no dia 9 de março. McDuffie tinha 86 anos.

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Lois relatou ter tirado cerca de 100 fotos de McDuffie com um travesseiro, posando da mesma forma que na famosa foto. Ao sobrepor essas imagens à original, explicou Lois, ela conseguiu comparar os músculos, orelhas e outros traços do homem, que na época das fotos tinha 80 anos, com o jovem que se inclina sobre a mulher apoiada em seu braço para beijá-la. Fonte: Associated Press.

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