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A Organização das Nações Unidas (ONU) não fez nenhum comentário direto sobre as novas denúncias de que os Estados Unidos invadiram sistemas de comunicação interna da entidade e da União Europeia (UE), mas divulgou nesta segunda-feira uma nota lembrando aos Estados-membros que tratados internacionais vigentes proíbem que seus escritórios e todas as missões diplomáticas sofram interferência ou se tornem alvo de espionagem ou escuta clandestina.

O comunicado discreto divulgado pela ONU vem à tona um dia depois de a revista alemã Der Spiegel ter publicado documentos repassados pelo ex-espião norte-americano Edward Snowden mostrando que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) invadiu e monitorou eletronicamente o sistema interno de videoconferência da entidade no ano passado. Num intervalo de três semanas, segundo o semanário, o número de comunicações da ONU acessadas pela NSA passou de 12 para 458.

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Ainda de acordo com a Spiegel, a NSA instalou escutas telefônicas na representação da UE em Washington e invadiu a rede de computadores do bloco.

Hoje, o porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse que "a inviolabilidade das missões diplomáticas, o que inclui as das Nações Unidas e outras organizações internacionais, cujas funções são protegidas por convenções internacionais relevantes, como as de Viena, é uma lei internacional devidamente estabelecida".

E acrescentou: "Portanto, é de se esperar que os Estados-membros atuem de acordo com a preservação da inviolabilidade das missões diplomáticas". Fonte: Associated Press.

Os ministros das finanças da zona do euro estão avaliando um possível desconto dos bônus da dívida (haircut, em inglês) da Grécia em 2015, na tentativa de reduzir a montanha de dívida do país em recessão, segundo reportagem deste domingo do jornal alemão the Welt am Sonntag.

Outros países da zona do euro e instituições, como o Banco Central Europeu (BCE), estão prontos para discutir abater parte da dívida grega que possuem para colocar a dívida daquele país em um patamar mais sustentável. O tema foi discutido em encontro secreto dos ministros e oficiais dos países do bloco em Paris na última segunda-feira, diz o jornal sem citar fontes.

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Tal desconto pode ser usado como incentivo adicional para Grécia levar adiante as reformas requeridas em seu segundo pacote de ajuda, que termina em 2014.

A Alemanha tem sido firmemente contrária a assumir perdas da dívida grega, não desejando pedir aos contribuintes que paguem a conta para que Atenas continue na zona do euro.

O BCE descartou tal medida, dizendo que seria o mesmo que financiar a Grécia diretamente, o que é estritamente proibido pelo tratado estabelecido na sua fundação.

O jornal Spiegel, no entanto, informou neste domingo que tanto o BCE como o Fundo Monetário Internacional (FMI) agora consideram que um desconto da dívida é inevitável.

Ao abater metade de dívida grega que possuem, os governos da zona do euro e instituições poderiam reduzir a dívida da Grécia de 144% para 70% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

Os ministros da zona do euro se encontram nesta segunda-feira num esforço para fechar um acordo para liberação de 31,2 bilhões de euros (US$ 40,5 bilhões) da parcela de ajuda da Grécia, que beira a falência. Os dois jornais alemães informaram que o assunto do desconto não deve ser decidido na reunião de amanhã. As informações são da Dow Jones.

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