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Após o grande sucesso de ‘Round 6’, a Netflix quer usar a fórmula da série para continuar prendendo o público. Porém, dessa vez em uma atração inédita, um reality show inspirado na trama coreana. O reality show Squid Game: The Challenge promete desafios semelhantes ao da ficção e um prêmio milionário. Podem participar pessoas de qualquer parte do mundo e as inscrições já estão abertas.

Segundo a Variety, o reality vai contar com 456 competidores na disputa por um prêmio de 4,56 milhões de dólares, o equivalente a 23 milhões de Reais. Para participar, é preciso ser maior de 21 anos, falar inglês fluentemente e ter disponibilidade para viagens. Pessoas de qualquer parte do mundo podem se inscrever.

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Os interessados já podem fazer sua inscrição através do site oficial do reality. ”Os verdadeiros jogadores ficarão imersos no emblemático universo de 'Squid Game', sem saber o que os espera", indica a nota de recrutamento, que promete "uma série de provas que te deixarão sem fôlego". Com um adendo importante: sem mortes.  


 

A Netflix anunciou oficialmente a segunda temporada de Round 6 neste domingo (12). Além disso, também divulgou um teaser rápido para agradar os fãs da série mais assistida da plataforma, mas ainda não há muitos detalhes sobre a continuação. A confirmação não é exatamente uma novidade, pois o criador da série, Hwang Dong-hyuk, já havia adiantado que a segunda temporada já estava sendo escrita. No entanto, as datas são uma realidade distante, pois Hwang afirmou que a produção irá demorar. 

"Então, houve tanta pressão, tanta demanda e tanto amor por uma segunda temporada. Quase sinto que vocês não nos deixaram escolha! Mas vou dizer que realmente haverá uma segunda temporada", disse ele à Associated Predd coreana em novembro do ano passado. 

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Na trama de Round 6, uma distopia futurística, milhares de cidadãos sulcoreanos endividados são escolhidos para participar de um doentio jogo de sobrevivência onde competem por um prêmio em dinheiro. O elenco ainda conta com Jung Hoyeon e Gong Yoo, entre outros. A primeira temporada está disponível na Netflix. Confira o novo trailer: 

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Trama afiada, alegoria social e cenas de violência contundente são os ingredientes do sucesso de "Squid Game", a distópica série da Netflix que se tornou o mais recente fenômeno global a surgir da Coreia do Sul.

Assim como em "Parasitas", que em 2020 se tornou a primeira produção não inglesa a ganhar o Oscar de melhor filme, seus protagonistas são das camadas mais marginalizadas da sociedade.

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Pessoas se afundando em dívidas, um precário trabalhador imigrante, ou uma desertora da Coreia do Norte competem em jogos infantis para ganhar 45,6 bilhões de won (US$ 38 milhões). Se perderem, pagam com a vida.

O roteiro é um sucesso no mundo todo.

Poucos dias depois de sua estreia no mês passado, o presidente-executivo da Netflix afirmou que "é muito provável que se torne seu maior produto até hoje".

Escrita e dirigida por Hwang Dong-hyuk, a série confirma a crescente influência da cultura popular sul-coreana, com fenômenos mundiais como o grupo K-pop BTS, ou o próprio "Parasitas", do cineasta Bong Joon-ho.

Para os críticos, além da origem da produção, a explicação para seu sucesso está nos temas abordados e em sua crítica aos males do capitalismo, universais, especialmente com uma pandemia que aumentou a desigualdade.

"A tendência crescente de priorizar os benefícios sobre o bem-estar do indivíduo" é "um fenômeno que vemos nas sociedades capitalistas de todo mundo", disse à AFP Sharon Yoon, professor de Estudos Coreanos na Universidade Notre-Dame, nos Estados Unidos.

Guerra e pobreza 

Em fevereiro, a Netflix anunciou planos de investir US$ 500 milhões somente neste ano em séries e filmes produzidos na Coreia do Sul.

"Nos últimos dois anos, vimos o mundo se apaixonar pelo incrível conteúdo coreano, feito na Coreia", disse o codiretor-executivo da plataforma Ted Sarandos.

"Nosso compromisso com a Coreia é forte. Continuaremos investindo e colaborando com narradores coreanos em um ampla gama de gêneros e de formatos", acrescentou.

A história do país está repleta de guerras, pobreza e governos autoritários, temas e fenômenos diante dos quais seus seus artistas responderam explorando o poder, a violência e as questões sociais. Isso criou uma cena cultural vibrante que, em diferentes formatos, atingiu um amplo público internacional.

No início, os dramas coreanos eram muito populares nas televisões asiáticas. Depois, seu cinema foi premiado em vários festivais europeus, e grupos de K-pop ganharam fãs no mundo inteiro.

A coroação veio com o Oscar de "Parasitas", uma ácida crítica sobre a desigualdade entre ricos e pobres que explora o lado sombrio da 12ª economia mundial.

"Sangrenta, estranha e difícil"

O diretor de "Squid Game", Hwang Dong-hyuk, terminou seu roteiro há uma década, mas as produtoras se recusaram a apostar em uma história que consideravam "muito sangrenta, estranha e difícil".

Seus trabalhos anteriores trataram de questões como abuso sexual, adoção internacional, ou deficiência - todos eles inspirados livremente em fatos.

Sua primeira produção para a televisão inclui referências a experiências coletivas traumáticas que ficaram gravadas na memória do país, como a crise financeira asiática de 1997, ou as demissões de 2009 da montadora Ssangyong Motor.

"A Coreia do Sul se tornou uma sociedade muito desigual de forma relativamente rápida e recente, nas últimas duas décadas", disse à AFP Vladimir Tijonov, professor de Estudos Coreanos na Universidade de Oslo, na Noruega.

A mobilidade social se tornou "muito menos possível" agora do que era em 1997, e "o trauma da crescente desigualdade (...) transborda para as telas", diz ele.

A Netflix oferece a série em versão dublada e legendada em vários idiomas, expandindo seu público potencial.

Brian Hu, professor de cinema da Universidade de San Diego (EUA), comenta que o fato de ser um sucesso em quase 100 países mostra que não foi feita apenas para um público ocidental.

"O público ocidental associou, em grande medida, produções estrangeiras com descrições da pobreza, e isso se tornou uma forma de menosprezar o resto do mundo", disse ele à AFP.

"O que é único em 'Parasitas' e 'Squid Game' é que, embora mostrem pobreza e desigualdade de classes, fazem isso de uma forma que realça a modernidade técnica e cinematográfica da Coreia", completou.

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