Na tentativa de criar um movimento suprapartidário para conquistar a instalação do hub, novo centro de voos nacionais e internacionais do Grupo Latam (formado pela brasileira TAM e a chilena LAN), no Recife, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reuniu, nesta quinta-feira (11), ex-governadores, parlamentares e empresários. Durante a reunião, que aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, o socialista destacou a importância do empreendimento para o desenvolvimento da economia local e afirmou que o Estado pretende oferecer a TAM todos os requisitos necessários para atrair o equipamento.
“Pernambuco ficou conhecido, nos últimos anos, como o estado que faz as coisas acontecerem”, frisou Câmara ao iniciar o evento para a criação da frente suprapartidária. “Esta é uma operação comercial e técnica. A decisão vai caber a partir de dois enfoques: o primeiro é a infraestrutura que Pernambuco pode oferecer a médio e longo prazo e o segundo o que isso representa para o estado”, acrescentou o governador.
##RECOMENDA##O hub é um aeroporto que concentra voos de conexão e preparado para operar em horário de pico. O equipamento que será instalado no Nordeste pretende melhorar as conexões entre a América e a Europa, com voos que não passem de 10 horas. A expectativa é que o novo centro de voos crie aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos, com um investimento total de cerca de R$ 4 bilhões.
Na próxima semana, Paulo Câmara vai encontrar mais uma vez com a presidente da TAM Linhas Aéreas, Cláudia Sender, para uma conversa sobre os passos que Pernambuco está dando para se adequar a proposta de instalação do equipamento.
“Estou muito consciente que o dever de casa tem que ser feito, mas estamos caminhando forte e bem para que tenhamos um resultado favorável”, argumentou Câmara. De acordo com o governador, Pernambuco além de detalhes técnicos outros pontos favoráveis, como a preferência da Infraero e dos governadores dos estados do Sergipe, da Paraíba e da Bahia.
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Fazendo uma explanação sobre o equipamento, as exigências do Grupo Latam e o que Pernambuco tem a oferecer para a empresa, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, explicou que em Pernambuco a instalação do hub vai proporcionar aumento de mais de 30 aeronaves, mais de 30 destinos e 1,7 milhão de passageiros por ano.
“Pernambuco já é a capital da logística e da economia do Nordeste. (...) No ponto de vista geográfico estamos aptos, vamos oferecer os serviços necessários para operar o hub da melhor forma possível. E cada um dos que defendem o Estado tem que fazer o lobby positivo para que sejamos escolhidos”, convocou Norões.
O Recife disputa a implantação do hub com Fortaleza (CE) e Natal (RN). Os ex-governadores Roberto Magalhães, Joaquim Francisco (PSB) e Gustavo Krause (DEM) participaram do encontro. Além deles, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e os líderes da bancada do governo e da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputados Waldemar Borges (PSB) e Silvio Costa Filho (PTB), respectivamente, estiveram presentes na reunião.
Um novo encontro para angariar outros apoios e concretizar a frente suprapartidária acontece na próxima segunda-feira (15). Desta vez, o governador vai reunir a bancada federal de Pernambuco – deputados e senadores. A expectativa é de que o ministro do Comércio, Indústria e Desenvolvimento, Armando Monteiro (PTB) também esteja presente.
Ex-governadores unidos na luta pelo hub da TAM em PE
Os ex-governadores Roberto Magalhães, Joaquim Francisco (PSB) e Gustavo Krause (DEM) se colocaram à disposição para contribuírem com Paulo Câmara quanto a atração do equipamento para Pernambuco. Sobre a convocação feita pelo socialista para a frente suprapartidária, Gustavo Krause elogiou a maneira com que o governador tem feito "história com h maiúsculo e política com p maiúsculo".
Corroborando Krause, Roberto Magalhães afirmou acreditar na capacidade do governador de atrair o hub. "Se perdemos Eduardo Campos, temos um governador que está fazendo o seu caminho. Está trazendo a sociedade para ajudar o seu governo”, observou. "A aliança do setor privado com o setor público tem que ocorrer de forma aberta como está que está sendo firmada pelo governador Paulo Câmara", acrescentou Joaquim Francisco.