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Um surto de pneumonia decorrente de infecção pela bactéria Mycoplasma pneumoniae tem acontecido no norte da China e, agora, se espalha por países da Europa, como Holanda e Dinamarca, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e dados de órgãos de saúde destes países, reunidos e publicados pelo Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas (CIDRAP) da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Crianças são as principais afetadas.

A Mycoplasma pneumoniae é uma bactéria comum e presente em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Ela leva a quadros gripais e sintomas similares aos de uma infecção causada por vírus, como influenza, coronavírus e vírus sincicial respiratório (VSR). Diferente de outras bactérias, que geralmente se espalham por contato com água, secreção, alimentos e objetos infectados, a Mycoplasma pneumoniae se propaga no ar. Por isso é tão contagiosa quanto os outros patógenos gripais.

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De acordo Julio Croda, médico infectologista da Friocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), esse agente pode causar uma pneumonia bacteriana, diferente das que os médicos estão mais acostumados a tratar. "Essa bactéria normalmente provoca surto a cada um ou três anos, com aumento no número de casos, só que não na magnitude que a gente tem visto agora", diz. "É mais comum em crianças de 5 a 12 anos, enquanto o VSR atinge principalmente as de 0 a 5."

A OMS atribui o aumento dos casos de infecção pela bactéria à reabertura integral das escolas e à diminuição das medidas de isolamento social após o período de pandemia da covid-19. A maior ocorrência de quadros graves, representados pela pneumonia, se dá pela menor resistência criada pelas crianças nos últimos anos. Algumas não conviveram tanto com outras pessoas e crianças, além das de suas famílias, desde que nasceram e, consequentemente, tiveram pouco contato com vírus e bactérias.

A queda nas taxas de vacinação das crianças também colabora para que elas se tornem mais suscetíveis à bactéria e aos outros patógenos. Com isso, os surtos de doenças respiratórias, mais comuns em crianças, foram intensificados e tiveram seu período de ocorrência alterado. "Parte do crescimento ocorre mais cedo do que sazonalmente registrado, mas não é inesperado, dada a suspensão das restrições da covid-19, seguindo o que outros países passaram", informou a OMS.

E no Brasil?

Para Julio Croda, as chances de um surto de Mycoplasma pneumoniae chegar ao Brasil são grandes. "Também tivemos a retomada das escolas, com crianças mais suscetíveis, o que nos levou a surtos do vírus sincicial respiratório, por exemplo. Então, tudo indica que podemos ver um aumento de casos do Mycoplasma pneumoniae também."

Para Julio Croda, as chances de um surto de Mycoplasma pneumoniae chegar ao Brasil são grandes. "Também tivemos a retomada das escolas, com crianças mais suscetíveis, o que nos levou a surtos do vírus sincicial respiratório, por exemplo. Então, tudo indica que podemos ver um aumento de casos do Mycoplasma pneumoniae também."

De acordo com o especialista, um grande desafio no Brasil, é que não há testagem em massa para identificação desse agente, o que dificulta o tratamento correto em casos graves e o monitoramento de um possível aumento no número de infecções. "Seria interessante, no momento em que há aumento de casos em outros países, a gente testar nos quadros de internação, para monitorar a doença no Brasil e tratar os pacientes mais efetivamente", diz.

Mesmo assim, o especialista diz que não há motivo para desespero. A Mycoplasma pneumoniae costuma provocar sintomas gripais leves e, quando chega ao estágio da pneumonia, pode ser tratada com antibióticos. O Brasil tem todo o tratamento disponível e também o teste que detecta a bactéria. Por isso, a recomendação é que os especialistas de saúde do País estejam atentos à possibilidade de surto, pedindo o teste, diagnosticando e tratando corretamente os pacientes internados.

Quais são os sintomas da infecção por Mycoplasma pneumoniae e como tratar?

Os sintomas da infecção por Mycoplasma pneumoniae são os mesmos de uma gripe: coriza, dor de cabeça e na garganta e febre. Mas há uma característica bastante comum nesses quadros: a presença de tosse seca. De qualquer forma, o diagnóstico só pode ser feito por meio de teste, pois não é possível fazer uma diferenciação precisa em relação a outros tipos de patógenos gripais somente pelos sintomas apresentados.

O tratamento também é o mesmo indicado para outros agentes gripais. Deve-se usar medicamentos que combatam os sintomas, como antitérmicos e analgésicos, além de cuidar da hidratação e da alimentação. Se o quadro evoluir com gravidade e demandar hospitalização, é necessário internar e, depois de testar, fazer tratamento com antibiótico.

Uma escola e uma creche de Itanhaém, no litoral paulista, tiveram as aulas suspensas na manhã de terça-feira (17), após ser registrado surto de Covid-19 entre alunos e funcionários. A decisão foi tomada um dia após o retorno das aulas em outra unidade de ensino do município que havia sido fechada pela mesma razão.

A Secretaria Municipal de Educação disse que a suspensão está mantida até sexta-feira (20) na escola Lions Clube e na creche vinculada Joana Maria do Nascimento, localizadas no bairro Ivoty.

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O retorno dos estudantes ocorre na próxima segunda-feira (23). Neste período, as unidades de ensino passarão por um processo de higienização.

Ao todo, foram 16 casos confirmados, sendo 11 alunos e cinco funcionários. Os casos são monitorados pela equipe da Vigilância Epidemiológica e não há registro de casos graves, conforme a prefeitura.

As duas unidades somam 337 alunos matriculados. "A administração municipal, por meio da Secretaria de Educação, segue tomando todas as medidas de orientação aos pais, alunos e funcionários, bem como o incentivo à vacinação contra a Covid-19", disse.

Na última semana, a escola Shirley Mariano Estriga também suspendeu as aulas para desinfecção da unidade, onde foram confirmados nove casos positivos para Covid-19. As aulas retornaram na segunda-feira (16).

A prefeitura reforça que a vacinação contra a Covid-19 em Itanhaém está à disposição em todas as Unidades de Saúde da Família, que atendem de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

As autoridades de uma região do sul da Índia levantaram o alerta na quarta-feira (13) depois de confirmar o reaparecimento do vírus Nipah, que causou neste novo surto pelo menos duas mortes. Medidas estão sendo adotadas pelas autoridades para evitar a propagação da doença.

As autoridades fecharam algumas escolas em pelo menos sete aldeias no distrito de Kozhikode, no Estado de Kerala, que foram declaradas zonas de contenção, indicou a ministro da saúde do Estado, Veena George. Especialistas se espalharam para coletar amostras de fluidos de morcegos e árvores frutíferas na região onde o vírus Nipah é considerado bastante letal. Este é o quarto surto enfrentado pela região, desde 2018.

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"Estamos testando seres humanos e, ao mesmo tempo, especialistas estão coletando amostras de fluidos de áreas florestais que poderiam ser o foco da propagação", disse Veena.

Amostras de urina de morcego, excrementos de animais e frutas meio comidas foram coletadas em Maruthonkara, a aldeia onde viveu a primeira vítima, situada ao lado de uma floresta de 121 hectares que abriga várias espécies de morcegos.

Depois de convocar uma reunião de emergência na noite de quarta para analisar a situação, Veena garantiu que as autoridades estão aumentando a capacidade de resposta em Kozhikode, onde estão sendo instaladas unidades móveis para fortalecer a capacidade dos centros médicos e a realização dos estudos epidemiológicos.

Conforme o ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, o vírus foi detectado no distrito de Kozhikode. Nas últimas 48 horas, quase 800 pessoas foram testadas na área, com dois adultos e uma criança internados para observação após resultados positivos.

Os Estados vizinhos de Karnataka e Tamil Nadu encomendaram testes para visitantes de Kerala, com planos de isolar qualquer um com sintomas gripais.

Como é a transmissão

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Nipah é vírus zoonótico. Os morcegos frugívoros, também conhecidos como 'raposas voadoras', são o hospedeiro natural do vírus, de acordo com a OMS. O vírus pode ser transmitido de animais para humanos - principalmente de morcegos ou porcos - ou por meio do contato entre humanos. Também pode ser transmitido pelo consumo de alimentos contaminados.

Os morcegos frugívoros, que se alimentam de frutas, da família Pteropodidae, costumam viver em tamareiras perto de mercados, e o vírus se espalhou de morcegos para humanos por meio de alimentos - como frutas e suco de tamareira - que foram contaminados por morcegos infectados.

Quando foi identificado

O vírus Nipah foi descoberto durante um surto entre criadores de porcos na Malásia em 1999. Acredita-se que os trabalhadores contraíram o vírus através de rebanhos infectados e suas secreções. Mais de 100 pessoas morreram e quase 300 foram infectadas.

Segundo dados da OMS, mais de 600 casos de infecções humanas pelo vírus Nipah foram relatados de 1998 a 2015.

Em 2018, a Índia enfrentou um surto que matou mais de 20 pessoas que contraíram o vírus Nipah. Em 2019, foram duas mortes. A ação rápida e o rastreamento generalizado de contatos impediram uma maior disseminação. Em 2021, fora registradas mais duas mortes pela doença.

Desde que foi detectado pela primeira vez, surtos também foram registrados em muitos países do sudeste asiático, incluindo Cingapura, Bangladesh e Índia. Em algumas partes da Ásia, novos casos do vírus Nipah foram registrados quase anualmente, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Quais são os sintomas e tratamento

Não existe cura certa para o vírus Nipah e não existe uma vacina que possa ajudar a prevenir a infecção. De acordo com a OMS, o principal tratamento disponível são os cuidados de suporte - ou seja, controlar os sintomas e garantir que os infectados tenham o máximo de repouso e hidratação possível.

Os infectados apresentam inicialmente os seguintes sintomas:

Febre

Dificuldade respiratória

Dores de cabeça

Vômitos

Ainda segundo a OMS, em casos mais graves, podem ocorrer encefalite (inflamação no cérebro) e problemas respiratórios. Outros efeitos colaterais relatados incluem convulsões, que podem levar o paciente ao coma e alterações de personalidade.

Assim como acontece com o coronavírus, alguns que contraem o vírus permanecem assintomáticos.

O vírus Nipah é mais mortal do que o coronavírus?

A OMS estima que a taxa de mortalidade do vírus Nipah é alta - entre 40 e 75% - o que o torna muito mais mortal do que o da covid-19, que tem uma taxa de mortalidade entre 0,1% e 19%, dependendo do país.

No entanto, embora as chances de morrer do vírus Nipah uma vez infectado sejam altas, o Nipah é muito menos transmissível do que o coronavírus.

Cuidados preventivos

O contato físico próximo e desprotegido com pessoas infectadas pelo vírus Nipah deve ser evitado. As pessoas devem lavar as mãos regularmente após cuidar ou visitar pessoas doentes.

Entre as maneiras de prevenir infecções de animais para humanos estão: evitar alimentos contaminados por morcegos frugívoros, lavando e descascando as frutas que podem ser afetadas e evitar o contato desprotegido com morcegos ou porcos infectados.

Além disso, as pessoas que vivem em áreas onde ocorreram surtos devem lavar regularmente as mãos com água e sabão e evitar o contato com fluidos corporais ou sangue das pessoas infectadas.

O agente infeccioso está na lista da OMS de doenças e patógenos priorizados para pesquisa e desenvolvimento em contextos de emergência.

Um homem de 40 anos matou a própria mãe, de 65, na casa onde moravam, em Belo Horizonte (MG), na madrugada deste domingo (9). Segundo informações, ele tem problema psicológicos e é usuário de entorpecentes, e teria tido um surto psicótico quando houve o ataque. 

Eni de Oliveira, a mãe do suspeito, sofreu vários golpes de enxada na cabeça. O marido da vítima, pai do homem, afirmou à polícia que ele vinha apresentando um comportamento estranho nos últimos dias, agindo de forma agressiva. A hipótese é de que ele teria consumido diferentes substâncias. 

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Após o crime, ele chegou a fugir de casa, mas foi capturado por equipes do 41º Batalhão da Polícia Militar. O caso foi encaminhado para a Polícia Civil, que vai investigar as causas do crime. O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.

Já são dez os casos suspeitos de febre maculosa entre pessoas que estiveram em eventos na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, interior de São Paulo. Quatro casos recentes suspeitos da doença estão sendo investigados em Santa Isabel, na Região Metropolitana de São Paulo. Duas pessoas estão internadas. Os quatro moradores trabalharam no evento Feijoada do Rosa, realizado na fazenda, no dia 27 de maio. Outros dois casos suspeitos foram informados nesta sexta-feira, 16, pela prefeitura de Itupeva. As duas pessoas estiveram no show do cantor Seu Jorge, realizado no dia 3 de junho, na mesma propriedade.

Com isso, sobem para dez os pacientes com sintomas de febre maculosa, após terem participado das duas festas na Santa Margarida. Outros dois casos suspeitos são investigados em Campinas e mais dois em Jundiaí. Quatro pessoas que também foram ao evento morreram em decorrência da infecção pela bactéria causadora da febre maculosa.

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A Secretaria da Saúde de Santa Isabel informou que, no total, oito pessoas da cidade trabalharam no evento Feijoada do Rosa, na noite de 27 de maio, na fazenda, em Campinas. Dessas, quatro apresentaram sintomas. Duas estão internadas e outras duas são acompanhadas pelos serviços de saúde. O município aguarda o resultado dos exames que são feitos no Instituto Adolfo Lutz e acompanha a evolução dos pacientes. A população foi alertada para reportar imediatamente sinais de picadas do carrapato e sintomas da doença.

Além dos dois casos de pessoas que estiveram em eventos na Fazenda Santa Margarida, o município de Itupeva investiga outros três casos suspeitos de pessoas que podem ter se infectado em outros locais. A Vigilância Epidemiológica de Jundiaí também investiga outros cinco casos suspeitos, em que as pessoas relataram terem frequentado recentemente áreas verdes do próprio município e de outras cidades. São esperados os resultados dos exames.

Quatro mortes

Uma das quatro vítimas da febre maculosa, o empresário e piloto de automobilismo Douglas Costa, de 42 anos, morava em Jundiaí. Ele e sua namorada, moradora de São Paulo, morreram no dia 8 de junho, 12 dias depois de participarem do evento Feijoada do Rosa, na Santa Margarida. Uma mulher de 28 anos, moradora de Hortolândia, e uma adolescente de 16, que morava em Campinas, também morreram após terem participado da mesma festa.

Os dois casos investigados em Campinas são de uma modelo de 40 anos, moradora de Hortolândia, que esteve na feijoada, no dia 27 de maio, e de uma mulher de 38 anos, moradora da própria cidade, que participou do show do cantor Seu Jorge, no dia 3 de junho. As duas ainda estão internadas. A prefeitura de Campinas apura ainda o caso de uma garçonete que participou de evento anterior à Feijoada do Rosa na fazenda e apresentou sintomas da doença. Segundo a Vigilância Sanitária do município, se esse caso for confirmado, ele será considerado anterior ao surto atual.

Epicentro do surto

A Fazenda Santa Margarida, que fica no distrito de Joaquim Egídio, considerado o epicentro da febre maculosa na região, está fechada para eventos por um período de ao menos 30 dias. A fazenda informou em nota que está adotando as medidas do plano de contingenciamento feito em conjunto com órgão de vigilância em saúde municipal para garantir mais segurança entre os frequentadores.

O evento "Winter Farm", no dia 21 de julho, que terá apresentação de Gusttavo Lima, foi transferido para o Expo Dom Pedro, que fica no Shopping Parque Dom Pedro, em Campinas. Também será redimensionado o espaço usado como estacionamento pelos frequentadores, que atualmente fica próximo de um rio onde vivem capivaras. Para estacionar os carros, os frequentadores têm contato com a grama que pode abrigar os carrapatos.

A prefeitura de Campinas informou que investe na melhoria da estrutura de advertência sobre possíveis focos de carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa em outros pontos da cidade. Serão instalados 40 totens nas entradas e interior dos parques e 350 placas de sinalização em matas, trilhas e fazendas. Cerca de 500 cartazes serão colocados em serviços de saúde. A Região Metropolitana de Campinas terá um comitê técnico de enfrentamento à febre maculosa integrado pelas 20 cidades da região e por representantes do governo estadual.

A Fazenda Santa Margarida, de Campinas, interior do Estado, definiu nesta quinta-feira (15) que o show do cantor sertanejo Gusttavo Lima, que estava previsto para acontecer no local, no dia 21 de julho, será transferido para o Shopping Parque Dom Pedro, na mesma cidade.

A mudança de endereço foi motivada porque a fazenda, localizada no distrito de Joaquim Egídio (região leste de Campinas), foi interditada depois que quatro pessoas morreram por febre maculosa recentemente após frequentar uma festa no local no dia 27 de maio.

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Segundo o comunicado da Fazenda Santa Margarida, a apresentação musical vai ser mantida para 21 de julho, data original do evento, às 20h. A nota ressalta que a venda de ingressos continuará "nas mesmas condições" anteriores à interdição, e que todas as entradas já vendidas estão validas para o novo espaço.

Na terça-feira (13), a prefeitura de Campinas proibiu o espaço de sediar outros eventos sob a suspeita de o local ser o foco de um surto de febre maculosa que já vitimou quatro pessoas, entre elas uma adolescente de 16 anos. Todas as vítimas estiveram no mesmo evento, a Feijoada do Rosa, no dia 27 de maio.

Uma semana depois, a casa de eventos sediou o show do cantor Seu Jorge, no dia 3 de junho. Após a identificação do surto, a recomendação é que todos os que estiveram no local nas duas datas procurem um médico se começarem a sentir sintomas da doença.

No momento, duas mulheres que estiveram na Fazenda Santa Margarida, uma de 40 anos e que frequentou a festa do dia 27 de maio, e outra de 38, que foi ao show do Seu Jorge no dia 3 de junho, estão internadas. As causas do adoecimento das suas pacientes ainda estão sendo investigadas.

A fazenda diz que atende às determinações da prefeitura de Campinas em relação às medidas adotadas para identificar eventuais novos casos entre os frequentadores e prevenir futuras ocorrências.

No comunicado, a casa de eventos diz ainda que a documentação do espaço está em "conformidade com todos os requisitos legais", e que a equipe continua em contato com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Prefeitura de Campinas para adotar medidas de prevenção contra a febre maculosa.

Casos

- Mulher de 36 anos, de São Paulo. Morreu dia 8 de junho - caso confirmado;

- Homem de 42, de Jundiaí. Morreu dia 8 de junho - confirmado;

- Mulher de 28 anos, de Hortolândia. Morreu dia 8 de junho - confirmado;

- Adolescente de 16 anos, de Campinas. Morreu dia 13 de junho - confirmado;

- Mulher de 40 anos, de Hortolândia. Segue internada – em investigação;

Estas cinco pessoas acima frequentaram a Fazenda Santa Margarida no dia 27 de maio.

- Mulher de 38 anos, de Campinas. Segue internada – em investigação. Frequentou evento na mesma fazenda em 3 junho.

A Secretaria de Saúde de Campinas, no interior de São Paulo, foi notificada nesta quarta-feira (14) de mais um caso suspeito de febre maculosa contraída no município. Agora, são seis casos na cidade - quatro confirmados e dois suspeitos - e quatro óbitos, sendo três com a causa confirmada. O novo caso é de uma mulher de 40 anos, moradora de Hortolândia, que esteve no evento Feijoada do Rosa, na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, no dia 27 de maio.

Conforme a pasta municipal, a mulher apresentou sintomas no dia 10 de junho e está internada em um hospital privado de Campinas. O resultado do exame laboratorial ainda não saiu. Na manhã desta quarta-feira, a secretaria havia informado um quinto caso suspeito, de uma mulher que esteve no show do cantor Seu Jorge, na mesma fazenda. Ela foi internada no dia 13 de junho, em Campinas, e ainda aguarda o resultado de exames para confirmação da doença.

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Das quatro pessoas que morreram, três - a dentista de 36 anos, moradora da capital, seu namorado, o empresário e piloto de 42 anos, morador de Jundiaí, e uma professora de 28 anos, moradora de Hortolândia - foram vítimas da febre maculosa. O quarto óbito, de uma adolescente de 16 anos, apresentou sintomas da doença, mas ainda tem a causa investigada. Os dois casos de pacientes internados também estão sob investigação. Todos frequentaram a fazenda, que teve os novos eventos suspensos e está fechada por um período de 30 dias.

As ocorrências já caracterizam um surto de febre maculosa e o distrito de Joaquim Egídio é considerado área de risco para a doença. O município de Campinas registrou outros dois óbitos confirmados por febre maculosa este ano, que não estão relacionados com a Santa Margarida. A região de Campinas já tem o maior registro de casos da doença no País.

As autoridades sanitárias da Tanzânia confirmaram nesta terça-feira (21) um surto da doença do vírus de Marburg, um dos mais letais do mundo. No total, são pelo menos oito casos confirmados em cidades do noroeste e cinco mortes do país africano até o momento.

"Até agora, cinco dias depois de ter sido noticiado (o aparecimento de uma rara febre hemorrágica no nordeste da Tanzânia), oito pessoas foram infectadas, das quais cinco morreram e três ainda estão em tratamento", disse a ministra da Saúde da Tanzânia, Ummy Mwalimu.

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"Conseguimos controlar esta doença, que não continuou se alastrando a partir da zona afetada", acrescentou Ummy, que pediu calma à população. Os casos confirmados em laboratório foram detectados nas cidades de Bulinda e Butayaibega, ambas localizadas no distrito noroeste de Bukoba, fronteira com Uganda e perto das fronteiras de Ruanda e Burundi.

Tumaini Nagu, especialista em Medicina do governo da Tanzânia, disse à imprensa local que os pacientes com Marburg apresentaram febre, vômito, sangramento em várias partes do corpo e insuficiência renal. Também pediu aos tanzanianos que evitem tocar em possíveis pacientes e seus fluidos, bem como relatar às autoridades sanitárias sobre quaisquer casos prováveis.

Marburg é uma febre hemorrágica viral altamente infecciosa da mesma família da doença mais conhecida do vírus do ebola. Atualmente, há outro surto ativo na Guiné Equatorial, onde há pelo menos nove casos, incluindo um diagnóstico confirmado, quatro casos prováveis e quatro suspeitos, segundo dados recolhidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Anteriormente, a doença já foi detectada em Gana (três infecções confirmadas em 2022), Guiné (2021), Uganda (2017, 2014, 2012 e 2007), Angola (2004-2005), República Democrática do Congo (RDC) (1998 e 2000), Quênia (1990, 1987 e 1980) e África do Sul (1975).

Assim como o ebola, Marburg provoca hemorragias repentinas e pode causar a morte em poucos dias, com período de incubação de 2 a 21 dias e taxa de mortalidade de até 88%.

A doença, para a qual não existe vacina nem tratamento específico, foi detectada em 1967 na cidade alemã de Marburg - origem de seu nome - por técnicos de laboratório que foram infectados enquanto investigavam macacos trazidos de Uganda.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) obrigou a Guiné Equatorial, localizada da África Central, a declarar alerta sanitário após confirmar o surto do vírus Marbug. Da mesma família do Ebola, a média de mortalidade da doença é de 50% dos contaminados. A depender da variante, o índice pode disparar para 88% dos casos. 

O ministro da Saúde do país, Ondo'o Ayekaba, classificou o surto como uma "situação epidemiológica atípica", confirmada em amostras enviadas para laboratórios no Senegal. Ele também informou que nove mortes foram contabilizadas entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, a princípio nos distritos Nsok Nsomo. Outros 16 casos estão sob suspeita e 21 pessoas foram isoladas após contato com os mortos. Segundo a DW, 4.325 pessoas estão em quarentena domiciliar. 

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"O vírus de Marburg é altamente contagioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode chegar rapidamente para salvar vidas e parar o vírus o mais rapidamente possível", avaliou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti. 

Entres os sintomas estão: febre, fraqueza, vômitos e diarreia com sangue. O vírus é transmitido entre morcegos e primatas e, em seguida, para humanos. O contágio entre humanos no contato de fluídos corporais ou com superfícies e materiais usados por pessoas infectadas. Ainda não há vacinas e medicamentos para o Marburg. Assim como foi com a Covid-19, o tratamento inicial consiste em aliviar os sintomas. 

Origem europeia

Apesar da relação com a África, o vírus foi descoberto na Alemanha, em 1967, na cidade que deu seu nome. Ele causou surtos em laboratórios de Marbug e Belgrado, na atual Sérvia.  

 Na época, sete pessoas morreram durante as pesquisas. Em 2004, a doença resultou na morte de 90% dos 252 infectados em Angola. No ano passado, ela foi responsável por dois óbitos em Gana. Outros países do continente como Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda também tiveram histórico com a Marbug. 

Um dos principais destinos turísticos brasileiros, a cidade de Florianópolis enfrenta, nesta temporada de verão, um surto de diarreia de origem ainda desconhecida. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, nos últimos dias, 738 pessoas foram atendidas na rede pública com o desarranjo intestinal.

Na maioria dos casos, os pacientes apresentaram sintomas leves, sem maior gravidade, como vômitos, dores abdominais e diarreia – caracterizada pelo aumento do número de evacuações e pela eliminação de fezes amolecidas ou líquidas.

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A região Norte da capital catarinense concentra o maior número (558) de casos, mas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sul da ilha, localizada no Campeche, também atendeu a 180 pessoas com as mesmas queixas.

De acordo com a secretaria municipal, o agente causador do surto repentino ainda é desconhecido e os casos registrados estão sendo analisados em busca de um possível elo que aponte a origem do mal-estar.

Segundo o Ministério da Saúde, episódios de desarranjo intestinal costumam ser causados por micro-organismos prejudiciais à saúde (bactérias, vírus, fungos e protozoários) presentes na água ou em alimentos contaminados ingeridos pelas pessoas.

Ainda que, na maioria das vezes, não represente uma grande ameaça, a diarreia pode causar desidratação, levando à morte em casos mais severos. Daí a importância de quem apresente os sintomas ingerir líquidos (água, soro, sopas e sucos) a fim de se manter hidratado e procurar se alimentar adequadamente.

A Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis também orienta os moradores e visitantes da ilha a tomarem muito cuidado com a alimentação, sempre verificando a procedência dos alimentos e bebidas que ingerir, bem como as condições de armazenamento/acondicionamento dos mesmos e evitar a exposição excessiva ao sol e calor e a águas poluídas.

A China vive um enorme surto de Covid-19, depois de encerrar as rígidas restrições sanitárias aplicadas durante anos.

Nesse contexto, cada vez mais países se preocupam com a falta de informação e de transparência sobre a situação real. A seguir, as razões para a preocupação global:

- Dados pouco confiáveis -

Pequim admitiu que a escala do surto é "impossível" de rastrear depois que os testes obrigatórios terminaram em dezembro.

A Comissão Nacional de Saúde parou de publicar diariamente o balanço nacional de infecções e mortes pelo vírus.

Essa responsabilidade foi transferida para o Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCPE), que fornece números uma vez por mês, depois que a China modificou seu protocolo em 8 de janeiro.

Oficialmente, a China registrou apenas 15 mortes por Covid-19 desde que começou a suspender as restrições, em 7 de dezembro, e que alterou os critérios para determinar se uma morte foi causada pelo coronavírus.

Isso levantou preocupações de que a onda pandêmica não esteja refletida adequadamente nas estatísticas oficiais.

Na semana passada, as autoridades admitiram que a quantidade de informação recolhida é "muito menor" do que quando os testes de PCR eram obrigatórios.

Yin Wenwu, do CCPE, disse que as autoridades coletam dados de hospitais e governos locais, bem como chamadas de emergência e vendas de remédios para febre.

Hospitais e crematórios enfrentam um aumento no número de pacientes e cadáveres, especialmente nas áreas rurais.

Vários países, como Estados Unidos, Austrália e Canadá, anunciaram a obrigatoriedade de teste para os visitantes que chegam da China, dada a falta de transparência.

- Cálculos incompletos -

Algumas autoridades locais e regionais começaram a compartilhar números diários de infecções em dezembro, mas a escala do surto ainda não está clara.

As autoridades de saúde da província costeira de Zhejiang indicaram que um milhão de pessoas eram infectadas por semana.

As cidades de Quzhou e Zhoushan disseram que pelo menos 30% da população contraiu o vírus.

A cidade de Qingdao, no leste, também estimou em cerca de 500.000 as infecções por dia, e o centro industrial de Dongguan, no sul, projeta até 300.000 por dia.

Mas Wu Zunyou assegurou na última quinta-feira (29) que o pico de infecções já passou nas cidades de Pequim, Chengdu e Tianjin, enquanto a província de Guangdong, a mais populosa do país, declarou o mesmo no domingo.

O principal especialista em doenças infecciosas de Xangai, Zhang Wenhong, declarou à imprensa estatal que a cidade teria entrado em seu período de pico em 22 de dezembro, com cerca de 10 milhões de pessoas infectadas.

Anotações vazadas de uma reunião de autoridades sanitárias em dezembro revelaram que elas acreditam que 250 milhões de pessoas foram infectadas na China nos primeiros 20 dias de dezembro.

Modelos independentes de infecções traçam um quadro preocupante.

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong calcularam que até um milhão de chineses poderia morrer neste inverno (verão no Brasil).

A empresa de análise de riscos sanitários Airfinity projetou 11.000 mortes e 1,8 milhão de infecções por dia, com um total de 1,7 milhão de óbitos até o final de abril.

- Novas variantes? -

Muitos países citaram preocupações sobre possíveis novas variantes como motivo para testar os que chegam da China. Mas ainda não há evidências de novas cepas que tenham surgido da atual onda de infecções.

Xu Wenbo, do CCPE, disse em dezembro que a China está criando um banco de dados genético com amostras obtidas de hospitais que permitiriam rastrear mutações.

Especialistas chineses apontaram as subvariantes BA.5.2 e BF.7 da ômicron como as mais comuns em Pequim, em meio a temores públicos de que a variante delta, mais letal, ainda esteja em circulação.

Em muitos países ocidentais, essas variantes foram superadas pelas subvariantes XBB e BQ, mais transmissíveis, que ainda não são dominantes na China.

Pequim enviou 384 amostras de ômicrons ao banco de dados global GISAID, de acordo com seu site. Mas o total de entradas chinesas nesse banco de dados, 1.308, é menor do que o de outros países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Camboja e Senegal.

As amostras chinesas recentes "se assemelham a variantes conhecidas que circulam globalmente", informou o GISAID na sexta-feira (30).

O virologista Jin Dong-yan, da Universidade de Hong Kong, comentou em um podcast recente que as pessoas não precisam temer variantes mais mortais na China.

"Muitos lugares ao redor do mundo experimentaram (infecções em larga escala), mas nenhuma variante mais mortal, ou patogênica, surgiu", disse Jin.

"Não estou dizendo que o surgimento de uma variante (mais mortal) é impossível, mas sim que a possibilidade é muito baixa", acrescentou.

O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), mais conhecido como Maternidade da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, está com um surto de Covid-19. Ao menos sete bebês e uma mãe estão diagnosticados com Covid-19 no local, segundo a direção da unidade nesta terça-feira (8), que não dispõe de isolamento ideal por estar com superlotação. 

A maternidade é referência no atendimento de gestantes de alto risco em Pernambuco. A diretora-executiva do Centro, Benita Spinelli, contou que as visitas estão suspensas desde o domingo (6), por conta do surto da doença, para evitar a transmissão. “A gente tem pedido um apoio incondicional [da regulação de leitos] para dar uma folga para o Cisam, para que a gente possa atender a essa demanda que chegou de uma forma tão inesperada. Conseguimos o mínimo de estruturação interna para isolar, mas ainda não é o ideal”, lamentou. 

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Já a gerente da unidade neonatal, Manuela Nóbrega, informou que os setores não são adequados para isolar pacientes e que há pessoas com e sem Covid compartilhando o mesmo espaço devido à falta de estrutura. “É um cenário que preocupa muito a gente porque todos os setores de alto risco do hospital estão com pacientes com Covid. A gente tenta deixar os positivos em um local isolado, porém, não tem banheiro que não seja compartilhado. Tem local superlotado, e a gente não consegue deixar o paciente a dois metros de distância do outro”, afirmou. 

O hospital informou ter solicitado que o governo do estado restringisse o plantão, ou seja, para que mais pacientes não fossem enviados ao local, na tentativa de fazer o isolamento e diminuir a superlotação da maternidade. Em alguns ambientes do hospital que deveriam ter 15 leitos, há mais de 20, segundo os profissionais de saúde. “A gente fica um pouco de mãos atadas para controlar o surto porque, a todo instante, estão nascendo mais bebês”, desabafou Manuela. 

De acordo com a direção do Centro Universitário, através de nota, a enfermaria Canguru está servindo de isolamento para os sete bebês que positivaram para a doença, e reconheceu não dispor de isolamento ideal por conta da superlotação e falta de estrutura da unidade. “As medidas preventivas para amenizar a situação estão sendo tomadas como a restrição da entrada de acompanhantes,  só quem tem acesso são as mães de bebês internados depois de serem testadas, o uso obrigatório de máscara para todos, campanhas educativas para que as pessoas (pacientes e funcionários) evitem circular por dentro do hospital, testes rápidos para a detecção do vírus”. Também foi informado que a equipe está em contato com a SES-PE para “garantir a segurança e bem-estar dos pacientes”.

A décima morte por meningite confirmada na terça-feira, na capital, e o aumento de casos em cidades do interior paulista acenderam o sinal de alerta. Especialistas avaliam que a queda na cobertura vacinal durante a pandemia de Covid-19 deixou o Estado mais vulnerável à transmissão da meningite. Eles acreditam que o cenário pode se agravar e recomendam rigor no bloqueio dos casos para evitar o risco de uma epidemia.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença, que pode ser causada por vírus e bactérias, é grave e tem transmissão respiratória.

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Entre os sintomas mais comuns estão dores de cabeça e na nuca, febre, vômito, confusão mental e manchas na pele. Durante a pandemia, as medidas de prevenção contra a covid-19 derrubaram os casos, mas agora, com a maior circulação das pessoas, a doença está de volta.

Na capital, o óbito desta semana foi de um rapaz de 22 anos que residia na zona norte, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Uma jovem de 20 anos moradora da zona sul também adoeceu - os dois casos foram de doença meningocócica. Conforme a pasta, só após o resultado da análise laboratorial, que deve sair em até cinco dias, será possível saber o tipo de bactéria e se os dois casos são do mesmo sorogrupo. Ainda segundo a SMS, os casos são isolados e não caracterizam novos surtos, não tendo relação com o surto localizado, no momento, nos distritos da Vila Formosa e de Aricanduva, onde foram registrados cinco casos de meningocócica do tipo C, no período de 16 de julho a 15 de setembro, com um óbito. A pasta considera surto quando há ocorrência de três ou mais casos do mesmo tipo em um período de 90 dias na mesma localidade.

Com os novos casos, a capital soma 58 registros confirmados de meningite meningocócica desde o início deste ano. De janeiro a setembro de 2019, período anterior à pandemia, foram 158 casos, ou seja, houve uma redução de 68% no âmbito geral. O número de óbitos também é inferior, segundo a pasta: foram 10 neste ano, ante 28 entre janeiro e setembro de 2019.

A secretaria prevê a vacinação de adultos apenas em situações excepcionais, como a do surto que acontece nas regiões de Vila Formosa e Aricanduva. A exceção são os profissionais de saúde que podem ser vacinados mediante comprovante de vínculo empregatício em serviço de saúde do Município de São Paulo ou comprovante da profissão, como certificado e diploma.

OUTRAS CIDADES

No interior de São Paulo, já são dezenas de cidades com casos. Em Marília, no centro-oeste, aconteceram quatro mortes pela doença este ano. O último óbito aconteceu em julho.

Ontem, um bebê estava internado no Hospital Unimed, em Sorocaba, com diagnóstico de meningite bacteriana. A família usou as redes sociais para pedir orações. Conforme a prefeitura, a cidade já teve 39 casos e 5 mortes este ano. Houve três ações isoladas de bloqueio de contato.

Em Jundiaí, as visitas aos presos do Pavilhão VII do Centro de Detenção Provisória (CDP) estão suspensas neste próximo fim de semana por um caso de meningite bacteriana que acometeu um detento. Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o paciente está em tratamento médico e todas as medidas de monitoramento e desinfecção foram tomadas.

Na região norte, ao menos seis cidades já registraram casos de meningite este ano. Araraquara (6 casos), Leme (6), Pirassununga (5), Porto Ferreira (3) e Nova Europa (1) tiveram casos bacterianos. Em Araras, os seis casos confirmados são do tipo viral.

OUTROS ESTADOS

Outros Estados também convivem com aumento nos casos de meningite. Na Bahia, já foram registrados 105 casos e 43 mortes pela doença. O número de óbitos é 50% maior que as 21 mortes do ano passado.

No Espírito Santo, foram confirmados 158 casos e 41 mortes por meningite de várias tipologias. No ano passado haviam sido apenas 83 casos e 19 óbitos. A pasta estadual de Saúde atribui o crescimento à queda na taxa de vacinação.

No Rio de Janeiro, foram registrados 28 casos até o fim de agosto e sete pessoas morreram com meningite meningocócica. Há risco de se agravar o cenário, pois apenas 60% dos bebês estão vacinados.

Em Minas, o número de casos e mortes este ano já supera o de todo o ano passado. Em 2021, foram 459 casos e 51 óbitos no ano inteiro, enquanto este ano, de janeiro a setembro, são 468 casos e 71 mortes.

Em Pernambuco, já são oito casos confirmados de doença meningocócica este ano, mas sem mortes. Até agora, apenas 52% das crianças com até 1 ano foram imunizadas.

O Ministério da Saúde informou que, em 2022, até 30 de setembro, foram registrados 5.821 casos e 702 óbitos por meningites de diversas etiologias. "A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção da meningite bacteriana, sendo as vacinas específicas para determinados agentes etiológicos", disse. Segundo a pasta, é mantida a vacinação dos grupos prioritários, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Em São Paulo, por exemplo, continua em vigor na capital e no interior de São Paulo o calendário vacinal de rotina, com aplicação do imunizante contra a meningite meningocócica C em bebês de 3, 5 e 12 meses. Já o de meningite ACWY é aplicado na faixa etária de 11 a 14 anos, de forma excepcional, até junho de 2023, conforme definição do PNI.

Especialistas falam em cenário de risco e sugerem ações de bloqueio

A situação é de risco, segundo a infectologista Rosana Ritchmann, referência em doenças infecciosas. "É uma doença causada por uma bactéria com transmissão por gotículas respiratórias, atingindo uma população não vacinada e indiretamente não protegida, porque se, de fato, tivéssemos vacinado as crianças e os adolescentes, como está previsto no Programa Nacional de Imunizações, a circulação da bactéria seria muito menor e mesmo as pessoas não vacinadas estariam mais protegidas."

Para ela, os casos que estão surgindo em São Paulo ainda são reflexo indireto e tardio da covid-19. "A pandemia fez com que a população ficasse hesitante em tomar a vacina e, na hora em que a gente volta para as atividades normais, sem uso de máscara, infelizmente se tem o risco de maior circulação da bactéria pela falta de vacinação da população-alvo da campanha. Tem risco, sim, de se tornar mais grave e devemos fazer bloqueios de todos os casos notificados, que é a quimioprofilaxia dos contatos e vacinação de bloqueio, independente da idade."

Já o infectologista Carlos Magno Fortaleza, docente da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, não vê risco de uma grande epidemia de meningite, nos moldes da que aconteceu na década de 1970. "O que a gente tem de fazer é intensificar a vacinação nesses grupos que estão na campanha nacional, inclusive os portadores de HIV e imunodeprimidos, e fazer um bom bloqueio dos casos. Cada morte evitada é uma vitória", disse. "Aquele grupo que se imunizou quando a vacina foi introduzida no calendário para crianças vai crescendo protegido, mas temos grupos mais velhos que nunca tomaram a vacina." Ele acha que, embora não possa ser o único motivo, a baixa cobertura pode estar contribuindo para mais transmissão.

AÇÕES

Tanto ele quanto Rosana Rithcmann concordam que ainda não é necessário ampliar a vacinação para outros grupos. "Não existe uma contraindicação de a gente fazer uma vacinação da população em geral, mas a medida racional em termos de uso dos nossos recursos é a vacinação de bloqueio e o uso da quimioprofilaxia dos contatos."

Marco Aurélio Safadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBI) acha importante aumentar a cobertura vacinal dos adolescentes. "São os principais vetores de transmissão na comunidade. Se conseguirmos vacinar ao menos 80%, estamos protegendo também os adultos", disse. "É importante estar atento aos surtos, fazer a aplicação de antibióticos para os contactantes e a vacinação de bloqueio dos grupos etários que foram acometidos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministério da Saúde da Síria registrou 39 mortos vítimas de cólera e cerca de 600 casos em um surto neste país devastado pela guerra e que, segundo as Nações Unidas, evolui de forma "preocupante".

Um total de 594 casos foram registrados em 11 das 14 províncias desde o mês passado, indicou nesta terça-feira (5) à noite o ministério da Saúde.

"A situação está evoluindo de forma preocupante nas áreas afetadas e espalhando-se para novas áreas", alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A maioria das mortes aconteceu na província de Aleppo, ao norte. É o maior surto de cólera na Síria em uma década.

Esta doença é contraída geralmente pela água ou por alimentos contaminados e causa diarreia e vômito.

A cólera voltou a este país pela primeira vez desde 2009. Desde então, quase dois terços das estações de tratamento de água, metade das estações de bombeamento e um terço das torres de armazenamento foram danificadas por mais de 11 anos de guerra, de acordo com as Nações Unidas.

A região das Américas se tornou o epicentro do surto de varíola dos macacos, com o maior número de casos no mundo, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nessa quarta-feira (7).

Até 6 de setembro, mais de 30 mil casos da doença foram relatados nas Américas, especialmente nos Estados Unidos, Brasil, Peru e Canadá, informou a diretora da Opas, Carissa Etienne, em uma coletiva de imprensa virtual.

A maioria deles são de homens que fazem sexo com homens, mas também há registros de pelo menos 145 casos em mulheres e 54 entre menores de 18 anos, especificou.

Até agora, foram notificadas quatro mortes relacionadas à varíola dos macacos, no Brasil, Cuba e Equador.

Como as vacinas contra essa varíola são limitadas, a Opas recomenda que seja dada prioridade aos grupos de alto risco e à comunicação, evitando o estigma e a discriminação da comunidade LGBTQ+.

"O estigma não tem cabimento na saúde pública" e impede que pessoas em risco sejam testadas quando apresentam sintomas, disse Etienne. "Se não formos proativos em superar essas barreiras, a varíola dos macacos se espalhará silenciosamente", alertou.

A Opas fez um acordo com o laboratório Bavarian Nordic para fornecer 100 mil doses dessas vacinas aos países da América Latina e do Caribe por meio do fundo rotativo, que começará a distribuí-las em setembro aos 12 que já solicitaram.

Mas Etienne insistiu que as vacinas "só complementam" outras medidas como vigilância, testes e o rastreamento de contatos e, embora possam ser administradas preventivamente, por exemplo, a profissionais de saúde, a vacinação em massa não é recomendada.

Vírus como o da varíola dos macacos, que são compostos por material genético de DNA, apresentam "um processo de evolução e acúmulo de mutações" normalmente mais lentos que o da Covid-19, mas em alguns países já se observa uma "microevolução" que pode gerar sublinhagens, explicou Jairo Andrés Méndez Rico, assessor para doenças virais emergentes da Opas.

Ainda assim, "até o momento nenhuma mudança foi associada a uma maior capacidade de transmissão", especificou na coletiva.

Nessas circunstâncias e em uma região onde muitos países dependem do turismo, Ciro Ugarte, diretor de emergências sanitárias da Opas, aconselhou dar prioridade à informação para que turistas e nacionais que retornam saibam aonde ir em caso de sintomas. "Não deve haver nenhuma restrição às viagens", reiterou.

Além da varíola dos macacos, a Opas continua preocupada com a Covid-19.

Os casos, hospitalizações e mortes por covid diminuíram nos Estados Unidos, embora 4.954 mortes tenham sido registradas na semana passada, segundo a agência.

Em comparação com outras doenças, a Covid-19 “segue sendo uma ameaça relevante” porque o vírus continua a circular e podem surgir novas variantes.

É por isso que a organização pede aos países que alcancem cidadãos que não receberam nenhuma dose da vacina.

Dez países e territórios da região "ainda não vacinaram totalmente 40% de suas populações", disse Etienne, enfatizando que os não vacinados "serão os mais afetados quando a próxima onda de casos chegar".

Na manhã desta sexta-feira (2), policiais militares do 12º BPM e do BOPE realizaram a contenção de um homem em surto psicótico, na Rua Acadêmico Héio Ramos, na Várzea, Zona Oeste do Recife. Antes de ser imobilizado, ele utilizava uma faca para manter três reféns. 

Após a ação policial, as pessoas sob ameaça saíram ilesas. A equipe do 12º BPM foi a primeira a chegar ao local, isolando a área. Seus agentes, então, acionaram isolou a o BOPE, que iniciou o gerenciamento da crise e aguardou o melhor momento para realizar a intervenção tática.

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O homem chegou a se mutilar durante a negociação. Ele foi conduzido para o Hospital Getúlio Vargas, para atendimento médico e, posteriormente, ao receber alta, ser encaminhado à Polícia Civil para a tomada dos procedimentos legais cabíveis.

Milhões de pessoas foram confinadas nesta sexta-feira (2) na cidade chinesa de Chengdu devido a alguns casos de Covid-19, que levaram à paralisação desta megalópole.

As prateleiras dos supermercados foram esvaziadas esta semana pelos moradores da cidade - um importante centro econômico no sudoeste da China com uma população de 21 milhões de habitantes - que temem uma repetição do longo confinamento enfrentado este ano por Xangai.

Esta manhã, os moradores de Chengdu esperavam muito tempo para passar por testes obrigatórios, enquanto vídeos verificados pela AFP confirmaram a falta de produtos nos supermercados.

Um morador, que pediu anonimato, disse à AFP que "todos estão estocando produtos desesperadamente", dada a experiência em Xangai, onde houve escassez de mercadorias durante o confinamento obrigatório.

De acordo com as diretrizes em Chengdu, uma pessoa de cada família poderá sair uma vez por dia para fazer compras e obter bens essenciais.

Essa pessoa terá que apresentar um teste negativo para covid de 24 horas, segundo fontes oficiais.

Essas fontes acrescentam que todos os moradores deverão ser testados e são instados a não sair da cidade, exceto em caso de “absoluta necessidade”.

A China é a última grande economia a aplicar a política de "covid zero", combatendo o vírus por meio de bloqueios e testes em massa, além de longas quarentenas.

Um possível surto do fungo Candida auris em Pernambuco voltou a preocupar a Secretaria Estadual de Saúde (SES). A pasta já investiga a incidência em hospitais do estado e apresentou um plano de resposta para coordenar o enfrentamento à doença, considerada um 'superfungo'. 

A SES conta com o apoio de equipes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para acompanhar o cenário. "Todas as medidas preconizadas estão sendo adotadas para enfrentamento do fungo", garantiu. 

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A Candida auris se apresenta com o quadro sintomático que consiste em febre alta, tontura, vômito e aceleração cardíaca. Ela costuma acometer com maior frequência pessoas com sistema imunológico prejudicado e que passam muito tempo internadas em hospitais. 

A infecção pode ocorrer no contato com objetos contaminados. A SES reforçou que ela é considerada um ‘superfungo’ pela resistência aos tratamentos. 

"Resistência aos antifúngicos e aos produtos de controle ambiental impuseram desafios aos mais bem preparados serviços de controle de infecção hospitalar em todos os continentes. Sua eliminação depende de uma sistemática rotina de detecção das colônias nas pessoas, ambientes e equipamentos seguida de ações contínuas e repetidas de eliminação da C. auris", reforçou em nota. 

Mais de 80.000 turistas estão bloqueados na ilha de Hainan, sul da China, depois que as autoridades cancelaram todos os voos e trens por um surto de Covid-19.

Quase 500 casos de Covid-19 foram registrados neste domingo no balneário de Sanya, que tem mais de um milhão de habitantes, na ilha de Hainan, conhecida como "Havaí chinês".

Todos os voos a partir de Sanya, um lugar muito popular entre os surfistas, foram cancelados no fim de semana. As vendas de passagens de trens foram suspensas.

Para sair da ilha, os turistas terão que apresentar cinco testes de covid-19 realizadas em um período de sete dias, informaram as autoridades.

Os hotéis da cidade devem oferecer aos clientes uma redução de 50% dos preços até o fim das restrições.

Ao mesmo tempo, o governo da China reduziu neste domingo o período de suspensão dos voos internacionais que transportam passageiros com covid-19, o que indica que Pequim pode flexibilizar em breve os rígidos controles de fronteira.

Os voos de chegada com cinco casos positivos de covid-19 a bordo, ou 4% do total de passageiros, enfrentarão a partir de agora uma suspensão reduzida de uma semana, informou a Administração da Aviação Civil (CAAC) em um comunicado.

Antes, se um avião transportava cinco passageiros infectados, todos os voos operados pela companhia aérea responsável na mesma rota eram suspensos por duas semanas.

Os voos com taxa de positividade de 8% serão proibidos durante duas semanas, informou a CAAC.

A China é a única das principais economias do mundo que mantém a estratégia "covid zero", que inclui confinamentos rígidos e quarentenas prolongadas.

As fronteiras do país também permaneceram fechadas em grande parte desde o início de 2020.

As autoridades chinesas ordenaram o confinamento de 1,7 milhão de pessoas na província de Anhui (leste), onde foram registrados 300 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira.

A China é a última grande economia que mantém uma estratégia rígida contra o coronavírus, baseada em quarentenas e testes obrigatórios.

O surto de Anhui, onde as autoridades detectaram centenas de casos na semana passada, acontece no momento em que a economia chinesa começa a se recuperar de um confinamento de meses em Xangai e de restrições severas na capital, Pequim.

Dois condados da província - Sixian e Lingbi - anunciaram o confinamento de mais de 1,7 milhão de pessoas, que só podem sair de casa para passar por exames.

Imagens do canal estatal CCTV mostraram as ruas vazias em Sixian no fim de semana e pessoas em filas para a sexta operação de testes em larga escala nos últimos dias.

A província registrou 287 novas infecções na segunda-feira, incluindo 258 pessoas assintomáticas, segundo a Comissão Nacional de Saúde da China, o que eleva o total de casos detectados a pouco mais de 1.000.

A província vizinha de Jiangsu registrou 56 novos casos em quatro cidades nesta segunda-feira.

Embora os casos permaneçam reduzidos em relação à enorme população da China, as autoridades insistem que a política de "covid zero" é necessária para evitar uma calamidade nos serviços de saúde.

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