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O número de casos de bebês nascidos com microcefalia já ultrapassa a marca dos 500. A expansão do número de casos impressionou técnicos do próprio Ministério da Saúde, que nesta segunda (23) deve divulgar os indicadores oficiais. A doença, uma má-formação ganhou níveis epidêmicos nos últimos três meses. Há duas semanas, diante do aumento de casos, foi decretado estado de emergência sanitária nacional. A maior suspeita é a de que os números, até então nunca vistos em nenhum País do mundo, são resultado da infecção da mãe durante a gestação pelo zika vírus.

O pesquisador da Fiocruz Rivaldo Cunha estima que chegaremos até o fim do ano com cerca de 2 mil casos de microcefalia. "Estamos diante de uma tríplice epidemia", afirmou, numa referência à chikungunya e à dengue, doenças que têm em comum com a zika o transmissor: o mosquito Aedes aegypti e que também avançam no País.

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Este ano, os indicadores de dengue bateram recorde, tanto em notificações de infecções quanto de mortes. Números indicam que a chikungunya, que chegou ano passado no Brasil e permaneceu nos primeiros meses concentrada em um pequeno número de cidades também avança pelo Brasil. Em 2014, a infecção foi identificada em 3.657 pessoas, residentes em oito cidades. Agora, o número de casos suspeitos ultrapassada 8 mil e estão espalhados em pelo menos 44 municípios nos Estados do Amazonas, Amapá, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

Somente em Pernambuco, foram notificados 785 casos suspeitos de chikungunya. Embora o risco de morte seja menor, a doença pode atingir as articulações, tornar-se crônica e deixar o paciente por meses impossibilitado de executar tarefas simples, como vestir-se ou se alimentar. Além da forte suspeita de provocar microcefalia nos bebês (má-formação que de acordo com níveis pode levar a ter deficiência mental, motora, problemas de audição e visão), há investigações sobre o risco de a zika provocar em parte de pacientes uma doença autoimune, que provoca paralisia, a Guillaim-Barré. Há registros de casos no Brasil tanto na Bahia quanto em Pernambuco. Os pacientes geralmente desenvolvem o problema semanas depois da fase aguda da infecção por zika. O tratamento exige internação e demanda um longo período, até a completa reabilitação.

Diante dessa situação, o governo reativou um Grupo Especial, que entrou pela primeira vez em ação durante a Pandemia da Gripe A. São 17 ministérios, que devem atuar para de forma coordenada para tentar combater o mosquito Aedes aegypti. Semana passada, secretários estaduais de saúde propuseram a criação de um Fundo Nacional, para que recursos sejam aplicados de forma exclusiva para o combate às arboviroses. Na Bahia, até meados de novembro foram notificados 62.635 casos suspeitos de Zika, 19.231 casos suspeitos de Chikungunya e 49.592 casos prováveis de dengue.

A presidente Dilma Rousseff demonstrou muita preocupação em relação ao surto de microcefalia que atinge o Nordeste. Durante a reunião da coordenação política nesta segunda-feira (23) ela cobrou da equipe interministerial, que vai monitorar a situação, que envie a ela relatórios sobre o caso três vezes por dia.

Pela manhã, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) afirmou que, embora o País passe por um ajuste fiscal, a ordem da presidente era não poupar recursos para impedir que a epidemia se espalhasse para outros Estados do País.

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"Quando se fala em saúde pública, por mais que nós tenhamos em nosso horizonte a questão de equilíbrio fiscal do governo, eu penso que os recursos têm de ser destinados para que a gente enfrente a questão, nem que o governo busque posteriormente fazer a compensação em outras áreas do Orçamento", disse.

O ministro, porém, não detalhou quanto o governo pretende gastar a mais com as ações, mas afirmou que uma das preocupações é intensificar o combate ao mosquito da dengue. Estudos preliminares apontam que a má-formação do crânio pode estar relacionada com o zica vírus, transmitido pelo Aedes aegypti.

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta segunda-feira (23), que o governo não vai poupar recursos e esforços para impedir que a epidemia de microcefalia no Nordeste avance e se espalhe para outros estados do País. "Quando se fala em saúde pública, por mais que nós tenhamos em nosso horizonte a questão de equilíbrio fiscal do governo, eu penso que os recursos têm de ser destinados para que a gente enfrente a questão, nem que o governo busque posteriormente fazer a compensação em outras áreas do Orçamento", disse.

O ministro destacou ainda que, embora a situação preocupe o governo, não há porque haver "alarde". Segundo ele, a ordem da presidente Dilma Rousseff é para "que todas as medidas sejam tomadas para que a população seja protegida e para que o Brasil supere essa situação".

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Entre essas medidas, Edinho destacou a criação de um grupo interministerial para preparar um plano de enfrentamento para prevenção e controle do surto. O comitê de crise vai ser gerenciado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

O ministro, porém, não quis detalhar quanto o governo pretende gastar a mais com as ações, mas afirmou que uma das preocupações é intensificar o combate ao mosquito da dengue, o Aedes aegypti, já que os exames confirmaram a infecção por zika em gestantes cujo feto apresentaram o problema.

Mariana

Edinho também fez questão de afirmar que o governo já tomou "medidas duras" para punir as empresas responsáveis pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco, em Mariana (MG). Segundo ele, a presidente está cuidando "pessoalmente" das ações para minimizar o impacto do desastre ambiental.

Neste domingo, 22, o mar de lama chegou ao oceano, formando uma enorme mancha marrom que se projetava quilômetros mar adentro desde a foz do Rio Doce, em Linhares, no norte do Espírito Santo.

Um dos primeiros médicos a fazer uma conexão entre zika e o aumento de casos de microcefalia, o professor da Universidade Federal de Pernambuco Carlos Brito disse estar "extremamente preocupado" com o resultado positivo para zika dos exames nos dois fetos da Paraíba.

Ele afirma que, comprovada a associação do vírus com a má-formação, é preciso redobrar os esforços para o problema não se espalhar por outros Estados. "Se a microcefalia for causada pelo zika, o problema pode chegar a São Paulo e Rio". Os dois Estados apresentam altos índices de criadouros do Aedes aegypti, mosquito vetor. Além disso, nos dois locais já foi identificada a circulação do vírus.

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Brito observa que doenças transmitidas por mosquitos são de rápida dispersão. Isso é fruto de uma combinação de vários fatores, como trânsito de pessoas e, no caso do Aedes aegypti, o fato de ele estar presente em várias partes do País.

Recomendações

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, voltou a sugerir que mulheres discutam com seus familiares e com profissionais de saúde antes de engravidar e, em alguns casos, adiem os planos. "Nosso papel é oferecer informações para que pessoas tomem suas decisões. Hoje podemos afirmar que há uma relação muito importante do vírus da zika e o aumento de casos de microcefalia. Mas não podemos quantificar o risco de que isso possa acontecer. Esse é um conhecimento novo."

Maierovitch sugeriu, por exemplo, que mulheres procurem se informar, antes de tomar a decisão, sobre o número de casos de zika registrados em sua cidade. As gestantes devem evitar o contato com pessoas que tenham sintomas - como manchas pelo corpo e coceiras -, não tomar medicamentos sem a orientação do médico e evitar ao máximo contato com mosquitos. Entre as medidas listadas estão: usar roupas de manga comprida e repelentes indicados para gestantes. Em casa, usar tela de proteção nos vidros. "Nem todas as medidas são fáceis de serem adotadas. Mas é por um período."

Maierovitch não aconselha mulheres a fazerem o exame do líquido amniótico como rotina para identificação da microcefalia. "O exame pode trazer riscos." O Ministério da Saúde estuda adotar um manual com orientações para gestantes e obstetras com conselhos para uma gravidez segura e informações sobre exames que podem ser feitos. O governo de Pernambuco trabalha na execução de um manual para profissionais do Estado, que concentra o maior número de casos da doença.

Uma das maiores preocupações do autor do protocolo, o vice-presidente da Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia, Olímpio Moraes Filho, é de não provocar ansiedade entre as mulheres gestantes. "O número de bebês com microcefalia é alto em comparação com anos anteriores. Mesmo assim, o risco de uma gestante apresentar um bebê com a microcefalia é muito pequeno", disse.

O vírus que agora é considerado o suspeito número um do surto de microcefalia registrado no Brasil traz no nome uma referência à área onde foi descoberto, em 1947: a floresta de Zika, na África.

Até há pouco tempo, ele despertava pouca atenção de autoridades sanitárias. A pouca preocupação tinha como justificativa suas características. Pacientes com a infecção apresentavam sintomas leves: febre baixa, manchas pelo corpo e coceira. "Até hoje, havia apenas um registro de surto provocado pela zika, em 2007, na Ilha de Yap", conta o professor da Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz.

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Na ilha, com 29 mil pessoas, nunca houve uma relação entre a febre e o aumento de microcefalia. "Mas isso não quer dizer nada. O número de pessoas é pequeno. Talvez possa até ter havido aumento, mas não foi perceptível diante do pequeno impacto para a população."

O vírus é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Uma vez inoculado na pele, ele se multiplica e, passados sete dias, vai para a corrente sanguínea, o período chamado viremia. Há três tipos de zika: o da Ásia, o da África do Leste e África Oeste. Não há um exame de diagnóstico para a zika por meio de anticorpos.

"É difícil de ser trabalhado, porque a viremia é de curta duração e pouco intensa", disse Luz. "Há pouca matéria-prima para se desenvolver o exame." Uma dificuldade que não existe com o vírus da dengue, considerado seu "primo". "Na chikungunya, a viremia é de três dias, mas considerada muito alta." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse hoje (17) em entrevista à imprensa que atualmente existe uma forte relação entre a circulação do zika vírus e a ocorrência de casos de microcefalia em algumas regiões do país. De acordo com ele, resultados de exames feitos em dois fetos com microcefalia mostraram que as gestantes foram infectadas pelo zika.

“São duas gestantes com vírus zika no líquido amniótico cujas crianças têm microcefalia. Isso nos aponta fortemente para a correlação entre as duas coisas. Mas não permite ainda descartar completamente outras possíveis causas. Não vamos afirmar ainda, com certeza absoluta, que a causa é o vírus zika”, afirmou Cláudio Maierovitch.

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Segundo ele, os testes foram feitos por anminiocentese, quando o líquido amniótico é retirado do abdome da mãe. Cláudio Maierovitch informou ainda que esses testes não são feitos rotineiramente por apresentarem riscos. Outras possíveis causas, de acordo com o diretor, seguirão sendo pesquisadas. O zika vírus é transmitido pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti.

O especialista disse também que o vírus tem uma particularidade, que é a de que 80% dos infectados não apresentarem sintomas. Dessa forma, de acordo com Maierovitch, é impossível estimar a magnitude do problema. “Não temos a dimensão de quantas mulheres tiveram zika vírus durante a gestação”, disse.

Foram registrados no primeiro semestre deste ano casos de zoka em 14 estados: Rondônia, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.

Sobre as gestantes e suas famílias, Cláudio Maierovitch reiterou as orientações do Ministério da Sapude para que façam exames pré-natal, evitem álcool e drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e se protejam de mosquitos, usando calça e camisa de manga comprida e repelentes. Além disso, que adotem medidas que evitem a proliferação de mosquitos transmissores de doenças, retirando recipientes que tenham água parada e cobrindo adequadamente locais de armazenamento como cisternas e caixas d'água.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis afirmou que não há tratamentos específicos para os casos detectados de zika. Assim como ocorre com a dengue, são aplicadas medidas de suporte, mas que não encurtam a duração da doença.

Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz conta o que mais o preocupa em relação ao aumento dos casos de microcefalia no Nordeste: a reação das famílias. "Muitas mães chegam aos consultórios com bebês cobertos. Tentam escondê-los, com receio do comportamento de outras pessoas", diz. O constrangimento delas, que aumentou depois que veio à tona o surto registrado nos últimos meses, é confirmado por outros profissionais.

Diante dessa situação, Pernambuco já se prepara para criar um serviço de assistência para os pais dos bebês. "As reações são as mais diversas, mas sempre muito intensas", afirma Carlos Brito, um dos infectologistas que estão à frente das investigações. Não raro, mães sentem vergonha, choram, ficam deprimidas com a situação.

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A doença pode causar deficiência mental, dificuldades de locomoção, visão e audição, além de crises convulsivas. Com a má-formação, os bebês nascem com a circunferência do crânio menor que a média. "O impacto maior, para as mães, ocorre quando a descoberta é logo após o parto. Aquelas que recebem a notícia durante a gestação têm mais tempo para lidar com a questão e, no nascimento, já estão mais preparadas", afirma Brito.

A autônoma Daniele, de 32 anos, disse que entrou em choque quando soube do diagnóstico de David, hoje com 3 meses. "Foi um misto de medo, de revolta", conta. Os primeiros dias foram os difíceis. Como o bebê precisava fazer uma série de exames, ela ficou quase 20 dias no hospital, longe dos outro quatro filhos, com idade entre 3 e 16 anos. "Não sabia ao certo o que ele tinha, o que ia acontecer, porque tudo isso tinha ocorrido", recorda. "Mas aos poucos David foi engordando, ficando melhor. Hoje está um gostoso da mamãe", derrete-se.

Razão

Daniele não tem ideia do que pode ter levado David a ter microcefalia. "Não tive nada. Nenhuma doença, nem mesmo uma febre." A dúvida já não está presente para a dentista Carol, mãe de Marcos (nome fictício). Ela associa o problema do bebê a uma suspeita de infecção, no início da gravidez. "A única coisa que tive foram manchas e coceiras", conta.

O problema aconteceu em maio, quando a gestação entrava no quarto mês. A notícia de que algo poderia estar ocorrendo com seu filho veio da forma mais desastrada possível. Seu pai, médico, havia recebido da equipe do hospital a notícia da suspeita de microcefalia no neto, logo depois do parto. Mas procurou poupar a filha nas primeiras horas. "Ele saiu do quarto justamente no momento em que uma médica foi lá, dizendo que tinha de fazer exames neurológicos no bebê. Foi um choque. Na minha cabeça, ele ia ser um vegetal. Como sou da área de saúde, eu estudei isso. Pensei: meu Deus, é a área que tem a motricidade, a cognição, fala, visão. Pensei que ele ia ficar na cama, sob respiração artificial. Fui no extremo", conta. "Neguei meu filho. Disse para meu pai: não vou ter condições de criá-lo."

Depois de sair do hospital, veio a depressão. Chorava o tempo todo, mal comia. As coisas começaram a melhorar quando ela iniciou uma terapia. "Passei a ver de outra forma a situação. Comecei a ver que toda mãe tem seu filho 100% quando nasce, o que vai decrescendo de acordo com as intercorrências da vida" disse. E emendou: "No meu caso eu vou começar do zero, vou para 10%, 15%, 30%, 40% 50%, e assim eu vou." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais um Estado relata aumento súbito de nascimentos de bebês com microcefalia. A Secretaria de Saúde do Piauí informou na manhã desta sexta-feira, 13, ter registrado nas últimas três semanas 10 casos entre recém-nascidos e dois intrauterinos. Outros quatro seguem em investigação. Com isso, sobe para 243 o número de notificações da má-formação que, até hoje, era considerada um evento raro na pediatria.

Crianças com o problema apresentam uma circunferência cefálica menor do que a média e podem ter deficiência mental, motora, problemas de visão e audição. A maior parte dos casos está concentrada em Pernambuco (141 casos), seguido por Sergipe (49), Rio Grande do Norte (22) e Paraíba (9).

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Em todos esses Estados, o aumento do número de casos de microcefalia está muito acima da média histórica. No Piauí, foram registrados durante todo o ano de 2013 quatro casos. No ano passado, foram seis casos.

O Ministério da Saúde decretou quarta-feira, 11, estado de emergência sanitária nacional. A decisão foi tomada baseando-se apenas nos dados de Pernambuco. Desde então, o número de notificações subiu de 141 para 243. Até agora não são conhecidas as causas do aumento do número de casos.

Investigações preliminares indicam apenas que a maior parte das mães dos bebês com malformação apresentaram, durante os primeiros meses de gestação, febre baixa, coceira e vermelhidão. Os sintomas são semelhantes ao provocados pela infecção por zika vírus, uma doença que chegou neste ano ao Brasil e que afetou sobretudo Estados do Nordeste.

Técnicos do Ministério da Saúde reconhecem que essa é a principal suspeita. Isso porque o período de surto da doença, ocorrido no início do ano, coincide com o provável período de infecção dos bebês. Há outras causas que estão sendo investigadas. Entre elas, infecção durante a gestação por toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis e herpes.

No entanto, exames feitos até agora não indicam que grávidas ou bebês tenham sido contaminados por esses agentes.

A Secretaria de Saúde do Piauí anunciou que vai montar uma comissão para investigação dos casos, preparar um plano de ação e um protocolo para atendimento dos bebês. Em Pernambuco, o primeiro Estado a identificar um aumento súbito de casos, o protocolo para diagnóstico foi lançado nesta semana. Tanto em Pernambuco quanto no Rio Grande do Norte um protocolo de atendimento para bebês e gestantes foi preparado.

"Esses bebês precisam de cuidados específicos. Poucos profissionais têm hoje preparo para prestá-los", afirmou o professor do Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte Kleber Luz. Ele afirma que, em seu Estado, cerca de 80% das mães de bebês com microcefalia apresentaram sintomas semelhantes aos de zika.

No Rio Grande do Norte, o número de casos contabilizados neste ano é 11 vezes maior do que o apresentado em 2012. A maior parte dos nascimentos ocorreu depois de agosto.

O superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju, Luiz Eduardo Prado Correia, afirmou na quinta-feira (12) que já chega a 49 o número de crianças, em todo Estado do Sergipe, que nasceram com microcefalia desde o mês de setembro deste ano. Dessas, 29 somente na maternidade que ele dirige. Há casos nos municípios de Estância, Lagarto, Itabaiana e São Miguel do Aleixo.

O número de casos tem sido bastante alto, assegura Correia, porque a média anterior era de apenas um ou dois casos mensais. Em setembro foram 10 casos, assim como em outubro. Nos primeiros 11 dias de novembro, já foram registrados nove casos somente na maternidade que faz partos de alta complexidade.

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Em São Miguel do Aleixo, a secretária municipal de Saúde, Marília Garcia Lima, confirmou a existência de um caso em um bebê do sexo masculino. "A mãe estava com chikungunya e não teria feito a ultrassonografia morfológica aos cinco meses de gestação", disse Marília.

A mãe e a criança tiveram alta e estão sendo acompanhadas pelos agentes de saúde. "Como a cabeça da criança é muito pequena, a mãe estava com dificuldade na amamentação e lhe foi dada a orientação", explicou. O caso foi comunicado à Secretaria de Estado da Saúde e o município vai tomar providências para que a criança seja acompanhada por um neuropediatra em Aracaju. A Secretaria Municipal de Saúde de São Miguel do Aleixo está acompanhando 32 gestantes.

Além de Pernambuco, o aumento súbito de casos de bebês com microcefalia foi registrado no Rio Grande do Norte. Informações prestadas pela Secretaria de Saúde para o Instituto de Medicina Tropical relatam 22 casos, a maioria a partir do mês de agosto. O indicador é 11 vezes maior que o registrado em 2012.

Os nascimentos aconteceram em Natal, Mossoró, Macaíba e Currais Novos. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte está organizando uma rede de referência para assistência a esses bebês. "Eles necessitam de uma atenção especializada. São pouquíssimos os profissionais com treinamento no momento para cuidar dessas crianças", afirmou o professor do Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte, Kleber Luz.

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De acordo com ele, testes feitos até agora nos bebês e nas mães não identificaram a ocorrência de infecções que geralmente levam a esse tipo de malformação: toxoplasmose, citomegalovírus, herpes e sífilis.

Cerca de 80% das mães relataram ter apresentado, nos primeiros meses de gestação, manchas, febres e coceiras - sintomas associados à doença zika, cujo vírus é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. "Estamos avaliando todas as hipóteses. Vamos repetir exames e continuar buscando respostas", disse.

Luz informou que há quatro anos o Estado teve um surto de toxoplasmose, mas que não foi seguido do aumento de casos de microcefalia.

A má-formação, que pode levar a criança ao retardo mental, convulsões, problemas de audição, visão e motor, é considerada um evento raro na pediatria. No Rio Grande do Norte, foram registrados dois casos em 2012 e dois em 2013. Em 2014, não houve nascimento de crianças com problema.

"Dos 22 registrados até agora, a maioria ocorreu depois de agosto. É um crescimento muito expressivo." O professor relata que até o momento foi registrado uma morte de bebê, ocorrida logo após o nascimento.

O aumento de número de casos de microcefalia no Rio Grande do Norte vem sendo investigado por pesquisadores há pelo menos um mês. Até esta quarta-feira, 11, no entanto, não haviam sido fornecidos números oficiais sobre as ocorrências. A exemplo de Pernambuco, Rio Grande do Norte enfrentou no início do ano uma epidemia de zika.

A doença, confirmada no Brasil este ano, provoca nos adultos reações consideradas leves: coceira, vermelhidão e febre baixa. Por se tratar de uma doença nova, não há um exame de diagnóstico específico. Nesta quarta, diante do aumento do número de casos registrado em Pernambuco, o Ministério da Saúde decretou emergência sanitária nacional.

O diretor-geral de controle de doenças e agravos de Pernambuco, George Dimech, afirmou que a secretaria já foi procurada nesta semana por secretarias dos Estados do Piauí, Paraíba e Maranhão, em busca de informações sobre o protocolo lançado pelo Estado para diagnóstico da microcefalia.

No fim da manhã desta quinta-feira (12) a secretária executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque, disse que o Ministério da Saúde estuda enviar um reforço de a profissionais para o Estado, para auxiliar na investigação. Estão em Pernambuco no momento dois técnicos do ministério.

A Secretaria de Saúde do Maranhão, por meio de assessoria de imprensa, informou que casos suspeitos estão em investigação, mas não há confirmação de que são de fato crianças com microcefalia. Oficialmente, o Estado contabiliza um caso da doença este ano, número abaixo do que o registrado em 2012, quando quatro casos foram confirmados.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, avalia que a maior dificuldade é estabelecer causa e consequência nos casos de microcefalia, sobretudo pela falta de ferramentas de diagnóstico. "A causa da má-formação aconteceu há pelo menos seis meses. Esse período pode fazer com que boa parte dos detalhes seja esquecida", afirma.

Exames existentes, por exemplo, para identificação de infecções provocadas por vírus transmitidos por insetos geralmente são pouco específicos: funcionam no período da contaminação. Quanto mais longe o período, mais difícil identificar o agente.

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Diante dessas dificuldades, o governo aposta em duas alternativas, de onde a solução pode ser encontrada. De um lado, aumentou o ritmo para que um teste específico para o zika seja desenvolvido.

Uma equipe da Fiocruz de Pernambuco trabalha no projeto e a expectativa é de que, até o fim do mês, a forma "artesanal" já poderá ser testada. O Ministério também entrará em contato com CDC, Pasteur e outros institutos de pesquisa em busca de alternativas.

Carlos Brito, da Universidade Federal de Pernambuco, acha difícil que o aumento de casos de microcefalia seja provocado, por exemplo, por dengue. "Temos epidemia de dengue no Brasil desde 1986 e nunca um fato como esse foi registrado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Justin Bieber está dando o que falar com o seu novo single Sorry e por, ultimamente, estar mostrando que se tornou um cara diferente, principalmente por estar abrindo seu coração e falando sobre coisas que nunca havia mencionado antes. Mas uma série de acontecimentos recentes têm deixado a dúvida se tudo isso é real ou não.

Além de não só ter abandonado uma entrevista para uma rádio espanhola, o astro também foi embora no meio de um de seus shows, mas não acaba por aí. A mais recente polêmica de Bieber, que entrou para a sua lista de bad boys, é que ele teria surtado em um restaurante e arremessado cadeiras.

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É claro que a mídia não deixaria essa passar e os rumores de que o comportamento do astro teen teria voltado a piorar e ele estaria surtando novamente começaram a voltar, mas Justin não deixou quieto. Bieber usou sua conta no Twitter para se defender das acusações e até entrou na brincadeira, compartilhando as piadas que seus fãs estavam fazendo em sua página:

- Ninguém está surtando, cara. Meu amigo tinha apenas acabado de contar algumas notícias pessoais ruins. Apenas tirei fotos com um monte de Beliebers. Eu deveria estar bravo com elas [risos]. Não ouçam o que a mídia tem a dizer. Se você quer me conhecer, saber como eu me sinto, sobre o que sou, está tudo aqui. Deixe a música falar, colocando links dos seus vídeos.

O Ministério da Saúde não descarta o risco de o País viver em 2016 uma nova epidemia de dengue. Uma das maiores preocupações das autoridades sanitárias é o comportamento que a doença apresentou no inverno, quando tradicionalmente o número de casos chega a quase zero.

"Não constatamos isso neste ano. Houve um número de casos importante em alguns Estados do Nordeste e em São Paulo", comenta o diretor da Divisão de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

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Essa alteração no padrão da epidemia pode estar relacionada ao clima. "Este ano teve vários períodos de chuva, intercalados com calor, algo que favorece a proliferação do mosquito", disse Maierovitch. Os casos registrados durante o inverno também podem ser atribuídos à dimensão da epidemia em 2015. "Como o número de casos era muito alto, leva-se um tempo até chegar a patamares de transmissão próximos de zero."

Além do comportamento atípico, outra preocupação é com o subtipo de vírus da doença atualmente de maior circulação. Em 2015, a epidemia estava associada sobretudo aos vírus 1 e 4. Se o padrão se repetir, há um risco menor de a epidemia ser nas mesmas proporções da que foi registrada este ano, pois o número de pessoas suscetíveis será menor.

A doença é provocada por quatro subtipos de vírus. A infecção por cada subtipo ocorre somente uma vez. Nos próximos dias, deverá ser divulgado um levantamento de infestação pelo mosquito Aedes aegypti.

Vacina

O Instituto Butantã concluiu a fase 2 da pesquisa contra dengue e aguarda sinal verde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Comissão de Ética em Pesquisa para iniciar a vacinação de 17 mil voluntários para a fase 3 dos estudos. A expectativa do instituto é de que o aval seja dado nos próximos dois meses. A fase 3 avalia a resposta imunológica e eficácia do produto e deve ser iniciada ainda neste ano.

Desaparecido havia seis dias, um estudante de química da Universidade de São Paulo (USP) foi encontrado no sábado, 26, dentro de um bueiro em Ribeirão Preto (SP). Uma mulher que passava pelo local ouviu um barulho e chamou os bombeiros, que tiveram muito trabalho para arrebentar a entrada do duto e retirar Rafael de Mattos, 20, das galerias pluviais.

O estudante morava com amigos em uma república e seu desaparecimento havia sido registrado na polícia. Familiares também chegaram a fazer uma campanha pela internet e divulgaram cartazes durante sua busca. Ainda não se sabe como o rapaz foi parar no bueiro e quanto tempo ficou lá dentro.

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Segundo familiares, Rafinha, como é conhecido, passa bem. O bueiro onde ele estava fica localizado na Avenida Patriarca, no Parque Ribeirão. Além de hipotermia (baixa temperatura do corpo), ele apresentava quadro de desnutrição, mas estava consciente quando foi resgatado.

Sumiço

O estudante havia desaparecido da república onde reside no domingo passado, 20, quando, segundo relatos, teve um surto. Depois disso, foi localizado no campus da USP perambulando seminu, e foi levado a um pronto socorro e medicado. Depois, desapareceu novamente, até ser localizado dentro do bueiro.

Rafaela Costa, jovem de 23 anos que havia desaparecido de casa na última terça-feira (25), no bairro do Derby, área Central do Recife, foi encontrada nesta quarta-feira (26). De acordo com a amiga que dividia casa com Rafaela, Lays Araújo, ela apareceu por volta das 12h em casa e teria sofrido um surto psicológico. O delegado responsável pela investigação ainda não divulgou nenhum detalhe sobre o caso.

Rafaela é natural de Aliança, mas se mudou para o Recife para estudar engenharia civil em uma universidade do Recife, e divide casa com mais seis amigas. Ela deixou uma carta de despedida e desapareceu da residência por volta das 12h30. Os amigos acreditam que conflitos pessoais e profissionais que a levaram a uma depressão.  

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A jovem está passando por uma série de procedimentos, que incluem perícia policial e exame médico, no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). 

A Arábia Saudita informou neste domingo (23) seis novos casos de síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), o mais recente sinal de que a doença viral está se espalhando, antes de uma peregrinação religiosa anual que leva milhares de visitantes ao país. O número crescente de casos, o maior desde o pico do último surto de MERS em 2014, ocorre em um momento em que a Arábia Saudita se prepara para receber no próximo mês mais de dois milhões de peregrinos na cidade de Meca, sagrada para os muçulmanos.

Além disso, a ameaça da doença viral poderia aumentar, uma vez que mais de cinco milhões de estudantes sauditas voltam às aulas no domingo, após as férias de verão. "O Ministério da Saúde está trabalhando em plena capacidade para conter o surto atual do vírus", disse o ministro da Saúde, Khalid al-Falih, no Twitter.

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O MERS é um vírus que pode causar problemas respiratórios, febre, pneumonia e insuficiência renal. Ele pertence à mesma família de vírus que o resfriado comum e a SARS, que se espalhou em Hong Kong e no sul da China em 2002 e 2003.

O reino está considerando uma proibição sobre a prática de sacrificar camelos e partilha da carne com os pobres durante a peregrinação anual do hajj, uma medida que visa impedir a propagação do vírus. Acredita-se que o surto começou a ser transmitido por camelos infectados para os seres humanos.

A Arábia Saudita foi criticada no passado por organizações internacionais de saúde por conta de uma resposta considerada lenta e inadequada. Desde que apareceu pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012, o vírus já infectou 1.147 pessoas, matando 487, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Fonte: Dow Jones Newswires.

Entre 1º de janeiro e 7 de julho deste ano, o estado do Rio de Janeiro notificou 66 surtos de caxumba com o registro de 606 casos, contra 561 em 2014. O consultor científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pediatra Reinaldo Menezes Martins, disse, porém, que não há razão para alarme com o aumento de 45 casos nos primeiros seis meses de 2015. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.

Segundo Martins, o Ministério da Saúde está avaliando a situação com as secretarias. "É sempre indesejável que isso ocorra, mas não vejo motivo para tanta celeuma, até porque o que está acontecendo aqui não é privilégio do Brasil”, afirmou o especialista.

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O médico ressaltou que o que está ocorrendo agora no Brasil já foi verificado na Europa e nos Estados Unidos. “A vacina contra caxumba, dentro da tríplice viral, que cobre sarampo, caxumba e rubéola, é a que mais tem falhas vacinais. Isso é sabido. Não é uma coisa nova. Muitos surtos já foram investigados nos Estados Unidos e na Europa.”

De acordo com Martins, estudos do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos indicam que a eficácia da primeira dose da vacina contra a doença varia de73% a 91%, aumentando para a faixa entre 79% e 95% na segunda dose. Ele disse que, como naquele país a notificação da doença é obrigatória, o que não ocorre no Brasil, os números refletem a realidade.

Depois que se utilizou a vacina de caxumba em larga escala nos Estados Unidos, o número de casos caiu, destacou o médico. “Lá a caxumba é de notificação obrigatória, e fica fácil verificar, aqui entre nós, que os registros são falhos, até porque não existe notificação obrigatória.”

O consultor científico da Bio-Manguinhos acrescentou que os percentuais comprovam que, mesmo com as duas doses, não há proteção completa. No entanto, chama a atenção que, apesar das falhas vacinais e dos surtos que ocorrem, a eficácia da vacina foi comprovada nos Estados Unidos. “Comparando os casos de caxumba antes e depois da introdução da vacina, o número caiu de uma maneira muito acentuada. Não se consegue eliminar a doença. Há falhas vacinais, mas, no cômputo geral, é uma vacina bastante efetiva contra a caxumba.”

Martins explicou que a notificação não é obrigatória no Brasil porque, comparada a outras doenças, a caxumba é uma infecção relativamente benigna, que até pode causar meningite, mas, na maioria dos casos não deixa sequelas. Além disso, há outras doenças que podem provocar inflamação da glândula parótida, que fica embaixo da orelha e, em alguns casos, é um dos sintomas da caxumba: “Nem toda caxumba incha a parótida. Isso é um problema. E também há inflamação da parótida que não é causada pelo vírus da caxumba.”

O pesquisador destaca ainda que a segunda dose da vacina faz falta. Inicialmente, a indicação no Brasil era de aplicação da tríplice viral em crianças com até 12 meses e a segunda dose, entre os 4 e os 4 anos de idade, mas, como se verificou que nesta segunda faixa etária, a cobertura vacinal era muito baixa, o prazo foi alterado para 15 meses na segunda dose. “Aproximamos para melhorar a cobertura da tríplice viral.”

O Bio-Manguinhos é responsável pelo processamento final, com a rotulagem e a distribuição das vacinas para os postos de saúde do país. Segundo o médico, os laboratórios particulares produzem vacinas que foram avaliadas pelo instituto, e o resultado do produto foi semelhante.

Em 2013 o Bio-Manguinhos processou e distribuiu 28,89 milhões de doses da tríplice viral e 1,49 milhão da tetravalente viral, que inclui a catapora. No ano passado, foram 11,6 milhões de doses da tríplice e 3,22 milhões da tetravalente.

A juíza Mônica Lima Chaves, da 1ª Vara da Comarca de Aquiraz, determinou neste domingo (5) a interdição da cadeia pública do município, que fica na Região Metropolitana de Fortaleza. O motivo é o registro de, pelo menos, cinco casos de meningite entre os detentos desde a última sexta-feira (3).

De acordo com o diretor da 1ª Vara, Paulo Pedrosa, o primeiro preso diagnosticado com a doença foi encaminhado para o Hospital São José, em Fortaleza, especializado em doenças infecciosas. A Secretaria da Saúde do estado informa que, a partir desse caso, iniciou a medicação em presos que mantiveram contato com a pessoa infectada e nos agentes penitenciários para bloquear a transmissão. Hoje, mais quatro casos foram diagnosticados e internados no hospital. A Secretaria da Saúde informou que foram cinco, mas, conforme Pedrosa,  os médicos descartaram meningite a partir de exames preliminares em um dos presos.

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Pela decisão judicial, a Cadeia Pública de Aquiraz não pode receber mais nenhum detento até que as autoridades sanitárias do estado verifiquem que não existe mais possibilidade de transmissão da doença. Segundo o diretor da 1ª Vara, a unidade tem capacidade máxima para 52 detentos, mas está hoje com 105. Desses, cinco cumprem pena em regime semiaberto. No entanto, devido aos casos de meningite, eles ficarão em regime fechado por tempo indeterminado. As visitas também foram suspensas.

As autoridades japonesas ordenaram o sacrifício de 42.000 frangos após a confirmação de um novo surto de gripe aviária, o segundo no arquipélago em menos de um mês.

As análises genéticas realizadas confirmaram que se trata de uma cepa H5 do vírus. O proprietário de uma fazenda de Miyazaki, na ilha meridional de Kyushu, alertou as autoridades após a morte inesperada de várias aves.

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O sacrifício dos animais já começou e foi estabelecido um perímetro sanitário de 10 km ao redor da exploração agropecuária contaminada, informaram as autoridades locais.

Em meados de dezembro, foi descoberto outro surto a 100 km do atual. Na época, foram sacrificadas 4.000 aves.

Até o momento, não se sabe se existe um vínculo entre os dois casos, indicou um funcionário do ministério da Agricultura, ressaltando que outras análises da cepa serão realizadas.

Em meados de abril, 112.000 frangos foram abatidos em dois dias pela mesma razão, também no sudoeste do país.

As autoridades japonesas alertam regularmente os fazendeiros para o risco de infecção, ao lembrar que esta doença continua presente na Ásia.

O número de casos de HIV confirmados decorrentes de uma infecção em massa em uma parte remota do noroeste do Camboja já chega a 140 e pode crescer ainda mais.

Autoridades locais dizem que um médico sem licença que trabalhava na área há mais de duas décadas está sendo mantido sob custódia pela polícia. Os investigadores acreditam que ele tenha espalhado o vírus acidentalmente com o uso de agulhas contaminadas.

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"É possível que haja mais casos, já que recebemos mais amostras para testes", disse o diretor do Instituto Pasteur local, Didier Fontenille. Equipes médicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) viajaram à vila de Roka para analisar a situação. Fonte: Dow Jones Newswires.

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