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Uma técnica de tortura em que os dedos das mãos de pessoas encarceradas são fraturados já foi identificada em cinco estados pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Segundo o órgão, a prática foi encontrada a partir da atuação da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), ligada ao Ministério da Justiça. 

Coordenadora do MNPCT, a advogada Carolina Barreto Lemos revelou que o órgão começou a perceber a disseminação dessas ocorrências em locais de incursões realizadas pela FTIP, como Rio Grande do Norte e Ceará. Há registros, ainda, de presos com dedos quebrados em Roraima, Amazonas e Pará. 

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                                                            Presidiários mostram as mãos lesionadas              Foto: Acervo do MNPCT (2019)

“Por óbvio, isso é uma forma completamente ilícita, não é algo que possa se justificar a partir de nenhum viés, não há nenhuma justificativa legal, isso se configura muito claramente enquanto um crime. Um crime de tortura porque é uma forma de castigar, de impor um castigo ilegítimo, injustificado, para além do castigo que é a própria privação de liberdade”, avalia a advogada. Acrescenta que a prática de se fraturar dedos está completamente fora dos padrões de uso proporcional da força. 

Liderada por policiais penais federais, que coordenam os policiais penais mobilizados, a FTIP foi criada para ser empregada na resolução de crises, motins e rebeliões, no controle de distúrbios e no reestabelecimento da ordem e da disciplina nos sistemas prisionais. A força-tarefa foi empregada pela primeira vez no país em 2017, na Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, diante de uma crise que resultou na morte de 26 presos. 

A advogada lembra da declaração de Mauro Albuquerque, apontado por ela como um dos mentores da técnica de quebrar dedos. Ele defendeu a ação durante audiência pública na Câmara Municipal de Natal (RN), em 12 de setembro de 2017, após denúncias de maus-tratos contra presidiários no estado, quando era secretário estadual de Justiça e da Cidadania, conforme consta em relatório produzido pelo MNPCT, em 2019. 

Albuquerque afirmou, durante a audiência, que “quando se bate nos dedos – falo isso não é porque não deixa marca nos dedos não... porque deixa marca – é para ele não ter mais força para pegar uma faca e empurrar num agente [policial], é para não ter mais força para jogar pedra”, aponta o relatório. 

A FTIC não só fazia as intervenções nos momentos específicos de crises, mas realizou também treinamento de policiais penais nos estados, o que levou a uma repetição das ocorrências para além da atuação da própria força, ressalta a coordenadora do Mecanismo. 

“E, com isso, dissemina-se as técnicas para além da sua atuação, a própria técnica de quebrar os dedos. Tanto é que, no fim do ano passado, em novembro, o órgão vai ao Rio Grande do Norte, que era o local que teve treinamento pela FTIP, apesar de a força não estar lá mais naquele momento, e identifica novamente [essa técnica] sendo usada”, relatou Lemos. 

Tortura

Segundo a coordenadora do MNPCT, o uso dessa forma de tortura ainda não foi superado, inclusive porque a força-tarefa continua existindo e atuando, no entanto, com outro nome.

“A equipe não deixou de existir, ela mudou de nome, atualmente está sendo chamada de Focopen, que é Força de Cooperação Penitenciária. Se não me engano, mas completamente ela continua atuando, e, até onde a gente saiba, partindo dos mesmos os parâmetros anteriores”, diz. 

A presidenta do Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura (CEPCT) do Ceará, Marina Araújo, confirma que a ação de fraturar os dedos das pessoas no cárcere não se trata de ocorrência pontual no estado e que a prática de tortura nas unidades prisionais cearenses é um fato identificado há alguns anos como padrão sistemático. 

“Tanto quebra-dedos como posições de tortura são identificados, inclusive, como práticas que estão institucionalizadas, como sanções disciplinares que as pessoas internas hoje têm sido submetidas pela Administração Penitenciária a cumprir como procedimento disciplinar”, afirma. 

Em ofício enviado na última quinta-feira (6) ao governo do estado do Ceará, a CEPCT - junto a outras entidades contra a tortura - denuncia 33 casos de tortura no período de um ano (julho de 2022 a junho de 2023), recebidos pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Execução de Medidas Socioeducativas do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. 

“O contexto de tortura foi identificado por diversos órgãos locais e familiares, tem sido denunciado exaustivamente, cotidianamente, e esse cenário já foi documentado e comprovado em diversos relatórios de órgãos inclusive nacionais. Como exemplo, a gente tem um relatório de 2019 do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura que identificou uma série de práticas de tortura e tratamento cruel dentro das unidades prisionais. Este mesmo cenário foi constatado pelo relatório de inspeções do Conselho Nacional de Justiça no ano de 2021”, revela Marina.  

As denúncias do ofício incluem ainda 26 mortes de internos nas unidades prisionais cearenses entre 2019 e 2021, com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e cinco suicídios de agentes penais cearenses somente no ano de 2021, conforme aponta o relatório da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do estado. 

Os dados do CNJ - que apontaram as 26 mortes no sistema prisional do estado - são divergentes do que foi divulgado pelo governo, o que demonstra problemas em relação à transparência, segundo Marina.

“Foram identificadas pela Secretaria de Segurança Pública somente quatro mortes no mesmo período analisado pelo CNJ. Então, tem um ponto que é sobre a transparência de dados e sobre acesso à informação de casos de tortura e de mortes nas unidades prisionais que precisa também ser pontuado”, alerta. 

Combate

A coordenadora do MNPCT, Carolina Lemos, salienta que técnicas de tortura de modo geral são muito disseminadas pelo Brasil e que estão estruturalmente presentes na atuação das forças dentro do sistema prisional.

“Elas se repetem, ainda que não tenha tido um intercâmbio direto entre os estados. Então, às vezes o que a gente vê em Minas Gerais vai ter algo parecido com o Amazonas ou Paraná, porque tem uma disseminação dessas técnicas históricas”, analisa. 

Em relação ao combate e prevenção de tortura no país, Carolina aponta que é necessário um controle externo para atingir o objetivo. “É fundamental um trabalho sistemático e qualificado de prevenção dessas práticas por meio da ação fiscalizatória, que é você fazer as visitas não anunciadas, chegar de surpresa nas unidades para ver o que está acontecendo de fato”, salienta. 

Além do controle por meio das Defensorias Públicas e dos Ministério Públicos, ela destaca a importância dos Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura estaduais, além do nacional, que tem a função exclusiva de fazer visitas regulares, produzir relatórios e recomendações para as autoridades. 

Segundo a advogada, a ideia dos mecanismos é que as visitas regulares a espaços de privação de liberdade contribuam para uma mudança na medida em que esses espaços que estão longe dos olhos do público vão ser sujeitos a um olhar externo regular. 

“A natureza preventiva se dá justamente com essa possibilidade de estar sempre sujeito a um olhar externo. É claro que o Brasil é um país de tamanhos continentais, então, mesmo um órgão nacional, ele sozinho não dá conta disso porque não consegue estar tão sistematicamente em 27 unidades da federação”, diz. Acrescenta que é fundamental também que os estados tenham seus mecanismos estaduais, que existem hoje em apenas seis unidades da federação. 

De acordo com essa medida, o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura (CEPCT) do Ceará tem trabalhado pela aprovação de projeto de lei sobre o tema, para criar um Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, um órgão autônomo com peritos especializados para garantir as visitas e a prevenção à tortura em unidades de privação de liberdade no estado. A minuta do projeto está desde 2018 nas mãos do Poder Executivo para que apresente à Assembleia Legislativa, informa o comitê. 

“Outro ponto também fundamental é destacar que somente a instalação de câmeras nos fardamentos de policiais penais não vai resolver o problema. A gente acredita que as condições de apuração e investigação, e também de reparação das vítimas e das suas famílias, bem como a responsabilização, são pontos principais para se garantir”, assegura a presidenta do comitê Marina Araújo. 

Para ela, é importante fortalecer as estruturas de órgãos de fiscalização da atividade policial como a controladoria geral de disciplina, a delegacia de assuntos internos, e essas estruturas precisam estar fortalecidas pelo Poder Executivo, preconiza. 

Governo

A Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP) informou, em nota, que considera as acusações infundadas e que “repudia a tentativa de ataque coordenado contra as políticas de ressocialização em larga escala da população privada de liberdade do Ceará”. Segundo a secretaria, o sistema recebe visitas regulares de instituições fiscalizadoras, como Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, além de entidades de controle social, e mantém uma Ouvidoria própria, vinculada à Ouvidoria do governo estadual. 

“O sistema prisional do Ceará virou um modelo de referência nacional em vários aspectos, com destaque para a ressocialização e a segurança física e emocional da sua população privada de liberdade. Entre os anos de 2009 até 2019, os presídios cearenses tiveram 210 presos assassinados. Desde que a SAP foi criada em 2019, esse número caiu para duas vidas perdidas de forma violenta, justamente nos primeiros meses de criação da pasta quando houve reação do crime perante a reorganização do sistema penitenciário cearense e assim permanece até hoje”, diz a nota. 

Segundo a SAP, o estado realizou, nos últimos quatro anos, em parceria com a Defensoria Pública do Ceará, mais de 125 mil revisões processuais entre os internos do sistema penitenciário do estado, o que contribuiu para a redução de 30 para 21 mil pessoas em regime fechado. A Secretaria da Administração Penitenciária  diz que foi a maior redução realizada no país.

 

A Escola Técnica Estadual (ETE) de Criatividade Musical localizada no Centro do Recife, em Pernambuco, abriu 95 novas vagas nos cursos técnicos de instrumento musical e canto. Os cursos são gratuitos e as inscrições estão abertas entre os dias 20 de julho até o dia 27 de junho, pelo formulário disponibilizado na internet.

A ETE também irá garantir o direito de inscrição daquelas pessoas que não possui acesso à internet e, por isso, disponibilizará um local de apoio com computadores funcionando de segunda a sexta, das das 8h às 12h e das 13h às 17h, para o público que queira fazer seu cadastro.

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Para participar, é exigido que o candidato tenha concluído ou esteja cursando o ensino médio e que tenha conhecimento em teoria musical, em percepção e solfejo, conhecimento de canto ou do instrumento escolhido para aprender.

O processo seletivo será dividido em duas fases, ambas de caráter eliminatório e classificatório. A primeira com um teste online sobre a teoria e a percepção musical e a segunda, a prova prática de instrumento musical e de canto, será presencial. 

É possível se inscrever apenas em uma opção de curso. As provas estão previstas para acontecer nos dias 29 de junho e no dia 05 de julho. As aulas devem começar no dia 26 de julho.

A micropigmentação é uma evolução da maquiagem definitiva, uma técnica usada já alguns anos no país. O procedimento é mais conhecido no realce de sobrancelhas e lábios, mas também é aplicado para os seios de mulheres mastectomizadas, para recriar o desenho das aréolas, resgatando a autoestima feminina. O método é feito em uma camada mais superficial e trabalhada com pigmentos próprios para esta região do corpo.

Segundo a especialista em micropigmentação, professora da técnica no Brasil e no exterior, Deise Damas, a micropigmentação paramédica pode suavizar cicatrizes de cirurgias. “No procedimento, são redesenhadas as cores do mamilo e contornos originais. Após a mastectomia, a micropigmentação pode representar uma reconstrução para a mulher e ajuda muito na autoestima. Esta técnica pode também ser feita em mulheres que fizeram cirurgias plásticas ou para acertos de pequenas assimetrias”, explicou Deise.  

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A especialista ressaltou que a micro pigmentação das aréolas é feita quando a pessoa sofreu perda do mamilo em decorrência de câncer, acidentes ou nascença. “O trabalho é feito simulando realisticamente em forma de desenho o mamilo, podendo ser feita quando há ou não alguma parte do mamilo. O pigmento é específico para este procedimento, pois as cores devem ser parecidas com as dos mamilos naturais”, detalhou a professora. De acordo com Deise, o pós procedimento é tranquilo, evitando apenas fontes de calor. São feitas duas sessões que leva uma hora e meia cada. O procedimento deve ser repetido em média a cada dois anos.  

Deise Damas é a primeira artista licenciada do Rio de Janeiro pela maior academia europeia de micropigmentação, a Phibrows. Especialista em técnicas naturais em sobrancelhas, lábios, olhos e aréolas, ela ministra cursos no Brasil e na Alemanha e também trabalha na área da estética há mais de 20 anos.  

Hoje (17) é comemorado o Dia Mundial da Anestesia. E a primeira anestesia geral aplicada em um paciente foi em 1846. O método foi utilizado por meio de um aparelho inalador de éter antes de uma cirurgia de grande porte, resultando  em uma anestesia geral. O aparelho foi idealizado pelo americano Thomas Green Morton (1819-1868), que utilizava em seus procedimentos para a extração de dentes.  

No Brasil, a primeira anestesia geral foi realizada no Hospital Militar do Rio de Janeiro em 1847. O profissional capacitado para aplicar a anestesia em um paciente deve ser formado em Medicina e ter especialização em Anestesiologia. Mesmo as técnicas hoje em dia serem altamente modernas, o anestesiologista é o profissional capacitado para reduzir riscos e acidentes durante o procedimento e sua presença é indispensável.

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Segundo dados da Demografia Médica no Brasil, existem 25 mil profissionais especializados, sendo 13 mil pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Esses profissionais garantem a segurança do paciente e a ética médica.  

A anestesia pode ser de dois tipos: geral (quando o paciente fica inconsciente e sem sensibilidade no corpo todo durante o procedimento cirúrgico) e a parcial, quando apenas o local da cirurgia é anestesiado – neste caso, o paciente pode ou não ficar consciente. A duração de cada anestesia varia de acordo com o tempo que a junta médica levará para realizar o procedimento cirúrgico. O anestesiologista é o profissional que possui o Registro de Qualificação de Especialidade no Conselho Federal de Medicina (RQE) e acompanhará o paciente em todos os processos da operação.  

Atualmente, são diversos os métodos utilizados para o ato anestésico e o anestesiologista deverá, previamente, avaliar o paciente de modo que, ao final, possa elaborar um planejamento da técnica anestésica adequada ao procedimento cirúrgico ao qual irá se submeter. As técnicas mais comuns são: a anestesia geral -  na qual podem ser utilizados agentes inalatórios (vapores ou gases) ou fármacos injetados diretamente na corrente sanguínea por uma punção venosa. Ou os conhecidos bloqueios nervosos, que podem ser diversos, além dos bloqueios do neuroeixo.  

Sob a coordenação dos cirurgiões-dentistas Verena Barbosa e Rafael Pielli, foi encerrado neste mês de fevereiro o primeiro curso de Pós-Graduação em Harmonização Orofacial, promovido pela Associação Brasileira de Odontologia/Pará (ABO-PA). O curso teve a duração de 18 meses e contou com 16 alunos.

A harmonização orofacial está em alta. Tratamento recente na Odontologia, a técnica busca proporcionar equilíbrio entre a relação estética e funcional tanto do sorriso quanto do rosto do paciente, informa o jornal da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).

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O Conselho Federal de Odontologia (CFO), por meio de nota oficial, assegurou a competência do cirurgião-dentista para a execução dos procedimentos de Harmonização Orofacial (HOF) como especialidade odontológica. Os cirurgiões-dentistas são comprovadamente aptos para o exercício da harmonização orofacial, com autonomia legal, diz a nota.   

O procedimento consiste, basicamente, na correção de assimetrias para melhorar proporções faciais e garantir um aspecto rejuvenescido da região, informa a ABO-PA em suas redes sociais. Além de cuidar do bem-estar e saúde, a harmonização orofacial também melhora a autoestima das pessoas.

O próximo curso organizado pela ABO-PA será mais uma pós em harmonização orofacial, também ministrada pela cirurgiã-dentista Verena Barbosa. O início será na próxima segunda-feira, 21. Mais informações pelo número (91) 9 9986-5694.

Com informações da assessoria da ABO-PA.

O aumento de quadros de depressão e ansiedade relacionados à pandemia estimulou a procura pela contribuição não medicamentosa da hipnose clínica. Comprometidas em ressignificiar emoções ruins, as técnicas buscam acessar o inconsciente para encurtar o caminho à felicidade, como explica a psicanalista especializada em hipnose, Cláudia do Vale.

Um levantamento feito pelo Instituto Ipsos em 2021 apontou que 53% dos brasileiros dizem ter piorado a saúde mental no ano passado. A situação, que é global, fez a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstrar preocupação com os impactos psicológicos causados pela pandemia.

"A felicidade é um estado que já tem dentro de você e que posso despertar através da hipnose. Todos nós temos a felicidade dentro de nós”, diz a profissional Cláudia do Vale. “A gente liga ela a fatos externos mas, na verdade, a gente pode ser feliz independente do que aconteça externamente na vida da gente", considera.
A psicanalista explica que a hipnose ajuda a reforçar a confiança do paciente por meio do autoconhecimento sobre fatos pessoais que deixaram traumas e ainda despertaram a ansiedade.

Procedimento

Após uma conversa introdutória, o paciente é apresentado às experiências e frustrações pessoais e identifica os gatilhos relacionados à infância, família, amigos, trabalho e relacionamentos. Para atingir o estado de atenção focado, o primeiro passo é se permitir, diz do Vale.

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Uma das técnicas mais utilizadas é a visualização do movimento pendular para produzir o cansaço ocular responsável por “desligar” a mente do paciente. A partir disso, ela começa a orientá-lo em meio ao descansar profundo.

"Regrido você até o momento em que se instalou essa 'âncora de ansiedade' e coloco gatilhos para que toda vez que haja determinadas situações que colocaria você em ansiedade, você possa ficar tranquilo e consiga resolver da melhor maneira", descreve.

"Mostro a você, inconscientemente, por outro ângulo, de uma maneira positiva e tranquila que é bom, que pode ser maravilhoso. Aí eu já ressignifiquei a emoção", continua. Ela tranquiliza quem tem receio em se sentir vulnerável com a consulta e ressalta que o transe hipnótico ocorre normalmente várias vezes ao dia, muitas vezes vendo televisão ou quando o pensamento fica distante durante uma conversa.

Com sessões entre 40 minutos e uma hora, a instrução é manter o acompanhamento ao longo de dez encontros para resultados mais consolidados e procurar profissionais com formação em Psicanálise para garantir um entendimento mais abrangente.

“Quando a hipnose entra, ela só leva você de volta a sua essência. A valorizar o que tem de melhor dentro de você e dá uma perspectiva de ser feliz”, complementa a hipnoterapeuta.

O Pará ganha destaque internacional na Odontologia. O presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO/Pará), Paulo Almeida, realizou, na Bolívia, nos dias 24 e 25 de setembro, uma cirurgia de carga imediata bimaxilar com colocação de implantes zigomáticos e convencionais. O convite para a realização do procedimento partiu de um cirurgião-dentista boliviano que participou do Curso Internacional de Implantes Zigomáticos organizado pela ABO, em Belém, no último mês de agosto.

Na Bolívia, são raros os cirurgiões que realizam os implantes zigomáticos para reabilitar pacientes com atróficas ósseas severas. Paulo Almeida, que está há mais de um ano à frente da ABO/Pará, falou sobre as técnicas de implantes zigomáticos e convencionais.

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O que são implantes zigomáticos?

Implantes zigomáticos são implantes usados para reabilitar pacientes que têm atrofias ósseas severas no maxilar superior. São pacientes que usam dentadura e, devido à perda de todos os dentes, não têm massa óssea suficiente para colocar implantes convencionais, principalmente na região posterior da maxila. Nestes casos, os implantes zigomáticos são ancorados no osso zigomático (maçã do rosto) e irão servir de apoio para uma prótese fixa completa, aumentando a qualidade de vida dos pacientes e a função mastigatória. Com esses implantes, não há a necessidade de fazer enxertos ósseos, sendo por isso um tratamento mais rápido.

 No que os implantes zigomáticos se diferem dos convencionais?

Estes implantes se diferem dos convencionais por serem maiores, variando seu comprimento de 30 até 55 milímetros, em média. Já os implantes convencionais têm comprimento médio de 5 a 15 milímetros, e são usados para substituir um dente perdido. São raízes artificiais nas quais são parafusadas as novas coroas dentárias.

Como é a técnica de realização desses implantes?

Dependendo da atrofia óssea, pode-se usar técnicas diferentes. Em alguns casos, na técnica All on 4, apenas 4 implantes são suficientes para suportar uma prótese fixa de 12 dentes. Há casos em que podemos usar um implante convencional por dente perdido. Em outros casos, na ausência de massa óssea, faz-se enxerto ósseo previamente à colocação dos implantes. Após um tempo de cicatrização, que pode variar de 4 a 9 meses, instalam-se os implantes convencionais. Os procedimentos são realizados com anestesia local, com exceção dos implantes zigomáticos, que podem ser instalados no bloco cirúrgico, com anestesia geral, para maior conforto do paciente, por ser uma cirurgia de médio porte. 

Quais os benefícios para quem realiza esse tipo de procedimento?

Com os implantes zigomáticos, o paciente não precisa realizar enxertos ósseos, o tratamento é mais rápido, ele aposenta sua prótese total removível (dentadura) e recebe uma prótese fixa de 12 elementos. Se forem utilizados dentes de porcelana, o resultado estético é excelente. Aliado, é claro, a uma função mastigatória eficiente.

De que forma a ABO pretende facilitar para quem precisa realizar esse tipo de intervenção?

Na ABO, os pacientes são atendidos por cirurgiões dentistas que estão se especializando para se tornarem implantodontistas. O curso tem duração de 24 a 30 meses e neste período os pacientes que precisam de tratamento com implantes convencionais ou zigomáticos podem passar por uma avaliação, e após o preenchimento de todos os pré-requisitos e planejamento realizar seu tratamento na EAP da ABO, pagando um valor diferenciado por estarem realizando o tratamento no curso de implantodontia da ABO.

Quais as perspectivas para a expansão dessa técnica no Pará?

Sou pioneiro em trazer a técnica de implantes zigomáticos ao Pará. Divulgamos muito em redes sociais e temos recebido pacientes de várias regiões do Pará. Também ministramos cursos de credenciamento na técnica para dentistas paraenses que,com isso, acabam divulgando a técnica nas suas cidades e propagando cada vez mais os benefícios para a população paraense.

Por Syanne Neno, especialmente para o LeiaJá.

Devido ao sucesso da primeira edição, encerrada na última semana, nos dias 4, 5 e 6 de outubro será realizado o II Curso Internacional de Credenciamento nas Técnicas de Implantes Zigomáticos e Transnasais, na sede da Associação Brasileira de Odontologia (ABO/Pará), em Belém. Ministrado novamente pelos doutores PhD Paulo Almeida, presidente da ABO/Pará, e o paulista Ayrton Arcazas Júnior, dessa vez o curso terá participantes do Chile, Argentina, Bolívia e Portugal.

O implante zigomático é uma técnica cirúrgica para reabilitação oral total no maxilar superior com implantes dentários e prótese, em que os pinos de titânio são fixados no osso zigomático. O osso zigomático é o osso da maçã do rosto, logo acima das bochechas e abaixo dos olhos.

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A cirurgia é decisiva principalmente para pacientes idosos, que perderam os dentes e estão com a musculatura da face comprometida. A Associação Brasileira de Odontologia/ PA realiza essa técnica com frequência em pacientes que procuram este tratamento no curso de Especialização em Implantodontia, coordenado pelo Dr. Paulo Almeida.

Por Syanne Neno, especialmente para o LeiaJá.

A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fantinato afirmou que os técnicos do órgão produziram uma nota técnica, no dia 19 de junho de 2020, alertando para a necessidade de imunização da população, ainda em um cenário de incerteza na pandemia do novo coronavírus. O documento teria sido encaminhado à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Na ocasião, o general Eduardo Pazuello chefiava interinamente a pasta.

De acordo com a ex-coordenadora, que presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, os técnicos projetaram um cenário de campanha imunização no País como forma de controlar a doença. "A gente precisaria, para a questão de controlar a transmissão, uma quantidade em torno de 55% de cobertura vacinal, que poderia variar até 95%", relatou. Considerando uma provável escassez de produtos no mercado internacional, ela revelou que a nota técnica considerou o cenário de vacinação dos grupos prioritários, iniciando pelas populações vulneráveis.

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Francieli Fantinato pediu demissão do cargo no último 30 de junho e foi formalmente exonerada da função nessa quarta-feira (7), conforme falou à CPI. Aos senadores, ela afirmou que o PNI comunicou que seria "importante" o governo comprar as vacinas Coronavac e Pfizer. O presidente Jair Bolsonaro é alvo da CPI por ter suspendido as negociações para compra da Coronovac e ignorado as várias ofertas da Pfizer feitas no ano passado.

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Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, que impôs diversas medidas restritivas e novos protocolos sanitários para evitar a covid-19, o trabalho de manutenção das urnas eletrônicas não parou. As equipes técnicas do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) seguem a todo o vapor, com testes, revisão e cuidados, para assegurar a eficiência das eleições em 2022. Veja reportagem no vídeo.

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Por Thalles Puget.

Uma técnica de enfermagem foi detida por deixar o posto de saúde com uma dose da vacina contra a Covid-19 em São Gonçalo-RJ na noite da terça-feira (13). Ela contou ter juntado em um único frasco sobras de diferentes doses que seriam descartadas e iria aplicar no marido.

A mulher foi abordada na volta para casa. O frasco foi encontrado em uma garrafa com gelo. Ela negou ter furtado o material e disse que coletou as sobras das doses com autorização de sua supervisora.

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Após prestar depoimento, a profissional foi liberada. Ela pode responder por peculato, com pena de até 12 anos de prisão. A supervisora também será ouvida.

A Prefeitura de São Gonçalo disse que afastou as duas profissionais envolvidas no caso enquanto o caso é investigado. Uma sindicância foi aberta para apurar a conduta da supervisora e da técnica. 

Na nota, a gestão ressaltou que nenhuma dose foi subtraída do posto e que o frasco tinha sobras do imunizante. "Cada frasco possui uma pequena reserva de segurança para garantir a quantidade correta a ser aplicada. A secretaria alerta que a conduta da funcionária, que suprimiu as sobras de vacina, pode representar risco a quem receber a dose, pois não há eficácia comprovada da efetividade do imunizante após tal procedimento irregular", diz. 

A seringa usada por uma técnica de enfermagem investigada por não aplicar a vacina contra a Covid-19 corretamente foi encontrada ainda com o imunizante no lixo. O caso ocorreu no município de Itatitba-SP.

O vídeo da funcionária vacinando um idoso de 87 anos circulou nas redes sociais. É possível observar que a técnica coloca a agulha no braço do idoso, mas não injeta a dose. Ela tinha alegado à prefeitura que o vídeo havia sido editado.

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A família do idoso procurou a unidade de saúde e mostrou o vídeo. Segundo relato do secretário de Saúde, Renan Dias Irabi, à Polícia Civil, a técnica de enfermagem foi chamada e parecia calma.

A equipe decidiu fazer uma busca na área de descarte e encontrou a seringa ainda cheia com a dose. O idoso foi convocado outra vez e recebeu a vacina. 

De acordo com o secretário, a funcionária foi afastada e o ocorrido será apurado. A Polícia Civil também abriu inquérito.

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--> Profissional é afastada por fingir aplicar vacina em idosa

Dez dias após simular a aplicação de uma dose de vacina contra Covid-19 em um idoso em Niterói, na região metropolitana do Rio, nesta segunda-feira (22) a técnica de enfermagem Rozemary Gomes Pita, de 42 anos, tornou-se ré por peculato e infração de medida sanitária preventiva. A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) foi aceita pela 1ª Vara Criminal de Niterói. Se ela for condenada, a pena pode chegar a até 12 anos de prisão pelo peculato e a 1 ano e 4 meses pelo outro crime. O MP-RJ também pediu a prisão preventiva da técnica de enfermagem, mas a Justiça negou.

Na decisão, o Juízo registrou que "os fatos narrados na denúncia são graves, sobretudo porque em tese praticados por uma profissional de saúde, durante pandemia que se abate sobre o país e o mundo e contra idoso de 90 anos de idade". Mas não considerou que a profissional representaria "riscos para a ordem pública" por "reiteração da prática criminosa", já que a técnica de enfermagem já foi demitida pela Prefeitura de Niterói. A prisão nesta fase foi considerada medida desnecessária e desproporcional, mas a Justiça determinou que Rozemary não pode sair do Estado do Rio por mais de 15 dias, não exerça função pública e compareça mensalmente em juízo para informar suas atividades. Ela pode ser presa caso deixe de cumprir alguma dessas medidas.

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O caso. O episódio aconteceu em 12 de fevereiro, no posto drive-thru de vacinação do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Gragoatá, bairro de Niterói. Acompanhado por familiares, um idoso de 90 anos foi ao local para ser vacinado. Um parente filmou toda a ação. Ao ver as imagens, a família percebeu que a vacina não havia sido aplicada. Nas imagens é possível ver que a técnica de enfermagem injeta a seringa no braço e a retira sem pressionar o êmbolo - portanto, sem aplicar a dose.

Segundo a Secretaria de Saúde de Niterói, logo depois profissionais da saúde foram à casa do idoso e aplicaram corretamente a vacina.

Resposta

Em depoimento à Polícia Civil, na semana passada, a técnica de enfermagem afirmou que estava "cansada e estressada", mas não soube explicar por que deixou de aplicar a vacina, segundo a polícia. A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói informou ter desligado a profissional de saúde de seu quadro de funcionários.

"Inicialmente, ela alegou que estava estressada e extremamente cansada. Mas como explicar o inexplicável? Como uma profissional experiente vai justificar o motivo de não ter apertado o êmbolo de uma seringa na hora de aplicar a vacina? Por isso, ela se limitou a dizer que não sabia o motivo. No vídeo, ficou registrado que o acompanhante do idoso inclusive perguntou se ela havia aplicado a vacina corretamente, e ela respondeu com ironia, confirmando que o fez. Ela sabia que o líquido estava ali. Já descartamos a hipótese de que ela esqueceu de apertar. Ela tinha plena consciência do que estava fazendo", afirmou à imprensa na ocasião o delegado Luiz Henrique Marques Pereira, da 76ª DP (Niterói), responsável pela investigação. Para ele, a técnica de enfermagem agiu intencionalmente.

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Muitas pessoas sentem vontade de iniciar uma jornada pela escrita e contar histórias que alcancem outras vidas. Para isso, é necessário ter criatividade, determinação e capacidade para lidar com os desafios. 

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A Semana da Criação Literária, evento on-line e gratuito que irá ocorrer entre os dias 25 e 31 de janeiro, foi idealizada com o propósito de auxiliar pessoas que pensam em descobrir e melhorar habilidades, bem como seguir profissionalmente a carreira de escritor ou escritora.

Tiago Novaes, escritor, tradutor e doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), ministrará aulas que pretendem mostrar, entre outras coisas, obstáculos que impedem o desenvolvimento da escrita. Falta de confiança, dificuldade para encontrar inspirações, medo e até mesmo falta de tempo são os fantasmas que assombram os jovens escritores. 

Tiago Novaes desenvolveu o gosto pela escrita na infância, com a leitura. “Minha tia contava histórias à beira da cama antes de dormirmos, meu irmão e eu. Eram histórias fantásticas, com terras distantes, dragões, florestas encantadas. Aí vieram os livros. E um livro puxa outro. Na adolescência, Clarice, Graciliano, Guimarães, Saramago. A poesia. Eu era um aluno bastante medíocre na escola, e a exceção sempre foram as redações, onde sinto que eu destilava estas leituras”, revelou.

O escritor destacou que, inicialmente, há um prazer simples e inocente diante do papel, uma inspiração, um entusiasmo. Depois vem um um desejo de alçar voo maior, de contar uma história melhor, desenvolver os personagens. “Aos poucos a gente passa a querer transmitir a ambiguidade da vida nos próprios escritos. E é um desafio que vai sendo trabalhado continuamente, identifica-se com a experiência de vida, com as perguntas que fazemos e que nunca alcançam resposta”, explicou.

A Semana da Criação Literária surgiu com a intenção de ajudar as pessoas a se apropriarem da própria língua e da própria voz, informou Tiago. Segundo ele, desde as oficinas presenciais que ministrou a partir da publicação do seu primeiro romance, surgiu um senso de “missão literária”. “Acredito que ainda somos jovens, como país e cultura em termos de narrativas escritas. Quantas histórias por escrever! Romances psicológicos, históricos, ficções científicas. Ainda precisamos mapear na ficção a nossa cultura, que se diversificou e tem revelado a sua complexidade”, disse.

Para incentivar aqueles que querem escrever mas que são impedidos pelas inseguranças, Tiago afirma que o primeiro passo é retirar o lugar do "Grande Escritor" de um pedestal inalcançável e mostrar que a escrita é um ofício como qualquer outro, com suas complexidades. Para Tiago, o grande segredo da criação literária é que não existe segredo e sim que existe trabalho, insistência, paixão revigorada, comunidade.

“A escrita criativa entra neste movimento. É uma disciplina tão jovem quanto a psicanálise e foi fundada por um reitor na Universidade de Iowa, um sujeito chamado Carl Seashore. Nos EUA existem centenas de programas de graduação e pós em escrita. No Brasil este movimento ainda é emergente. Parte do meu trabalho é de difusão deste conhecimento”, assinalou o escritor.

Tiago Novaes entende que a questão da criatividade está em aceitar que é sempre necessário buscar objetos em um lugar diferente, enxergá-los de uma nova perspectiva. “Os livros fazem isso. As viagens. A análise ou autoanálise. O debate intelectual e literário. O sujeito criativo é um sujeito curioso, desassossegado. Precisamos abandonar as questões narcísicas, como 'Isso é para mim?', 'Eu sou bom o suficiente?', e passar a fazer perguntas de dentro da prática, que são bem menos autocentradas”, acrescentou.

O escritor comenta que vive de atividades ligadas à escrita e conhece muitas pessoas que fazem o mesmo. Durante a Semana da Criação Literária, Tiago vai mostrar como o autor pode enveredar por esse caminho. Também terá a discussão sobre a estruturação de uma obra a partir do romance "Torto Arado", de um dos antigos participantes de suas oficinas on-line, Itamar Vieira Jr. “Por fim, vamos oferecer orientações práticas para aprimorar a escrita e algumas reflexões que o escritor deve realizar de saída para que possa superar as questões extrínsecas à obra: o medo da falta de talento, a dificuldade em lidar com o tempo da escrita, dentre outras”, complementou.

Experiências válidas

O escritor e jornalista Tiago Júlio Martins contou que conhece e recomenda a participação nas aulas de Tiago Novaes, pois ele possui experiências válidas para quem deseja seguir a carreira de escritor. “Acho um trabalho muito incrível porque ele ensina técnicas muito legais para quem está começando, até para pessoas mais experientes têm teorias muito eficazes na construção de enredos. Já assisti alguns vídeos dele e eu recomendo participar do evento, porque tudo que vem a somar e agregar para a nossa escrita, nossa bagagem cultural, nossa bagagem técnica eu acho superválido”, disse.

Ele também relata que o seu hábito pela leitura surgiu na infância. “Comecei a ler com as revistinhas da Turma da Mônica, principalmente. Depois minha tia me dava livros infantis, então eu lia Ziraldo, li outras coisas também.”

Tiago explicou que a escrita é algo natural desde os seus 17 anos e que aperfeiçoou com a profissão de repórter. "Exercitei bastante a minha aptidão como escritor, jornalista, redator e sempre foi uma forma de me encontrar comigo mesmo”, afirmou.

Como escritor, publicou dois livros, “Cabeça Bipolar” e “Outubro”, cada um com as suas particularidades de construção. “O 'Cabeça Bipolar' escrevi praticamente em fluxo de consciência. Foi um processo muito orgânico, não me preocupei tanto com o enredo, forma. Já no 'Outubro' eu precisei me preocupar mais com a estrutura, com o desenvolvimento do enredo em si”, explicou.

Tiago Júlio contou que os autores que mais lhe inspiram são Manuel de Barros, Ferreira Gullar, José Saramago, Clarice Lispector, Cecília Meirelles, Hilda Hilst, Caio Fernando Abreu e Paulo Leminski. “São escritores que têm uma obra muito rica. Se um dia eu conseguir chegar no dedinho do pé de algum deles, em sentido de qualidade literária, eu já vou ficar muito feliz”, completou.

O escritor também relatou que já sofreu com bloqueio criativo. “A forma que eu encontrei para lidar com isso foi buscando outras fontes de arte para me inspirar, na música, no cinema, nas artes visuais, na dança, e procurei me inspirar a partir do trabalho de outros artistas, acho que é uma boa ferramenta que pode ajudar bastante”, contou.

Para as pessoas que desejam se tornar escritoras, Tiago Júlio conta que o mais importante é escrever sem a preocupação de estar produzindo um texto grandioso e que há formas de autopublicação gratuita na internet, facilitando a intensificação da prática da escrita. “A nossa escrita é a troca que a gente tem com o leitor”, finalizou.

Vivências literárias

A jovem escritora Giovanna Maués, estudante de Odontologia e amante de livros, apesar de não ter um livro publicado ainda, compartilhou um pouco sobre sua vivência ao escrever histórias. Ela diz que seu gênero preferido é o romance e todas as variações dele (romance de época, romance de fantasia, romance contemporâneo, etc.) e que se inspira muito em autoras como Sarah J Maas, Angie Thomas e Julia Quinn.

“Eu gosto muito de literatura, mas percebi que um dos meus gêneros preferidos tem pouca representatividade. Comecei a escrever como uma tentativa de reverter esse cenário. Queria que mais pessoas se sentissem representadas em um gênero que eu gosto tanto”, destacou.

Giovanna também falou de alguns entraves no momento de transcrever o que ela deseja para história no texto. “Uma das maiores dificuldades é achar as palavras certas para encaixar no texto, que transmitam o que eu tô pensando.”

A jovem escritora comentou também sobre o que a ajuda mudar essa situação. “O que me ajuda muito é ler livros do mesmo gênero que eu estou escrevendo.”

Emanuelle Estumano, de 20 anos, escreve desde quando era criança. Poemas ou textinhos, mas nada sério, até os seus 12 anos, quando começou a ter crises de ansiedade e encontrou na escrita uma forma de refúgio.

“Quando eu tinha 12 anos comecei a ter crises de ansiedade e isso me impulsionou a escrever músicas. Fiz muitas durante a adolescência, pois eram como desabafos do que eu sentia ou mensagens positivas que eu queria ouvir quando me sentia assim. Depois fui adentrando no mundo das narrativas e comecei a criar histórias ficcionais que eu escrevia para não esquecer. Com o tempo foi virando hobby e hoje acho que já é mais do que isso”, afirmou.

Segundo Emanuelle, a escrita é resultado de vivências relacionadas a sua fé ou no âmbito social. Cada música de sua autoria, esclareceu, tem um pouco de experiências espirituais, emocionais e sociais vividas por ela. 

“Escrevo sobre o que vejo, o que ouço, o que leio. Então, algo que eu vi na parada de ônibus pode render uma boa ideia. Gosto bastante de traços da vida real misturados com a ficção. Quando se lê, é difícil saber o que é verdade e o que não é”, comentou Emanuelle.

Emanuelle falou sobre os desafios de publicar seus escritos. “Acho que o maior desafio é o que vem depois que o trabalho está pronto. Criar não é difícil em si; entretanto, tornar uma obra pública, reconhecida e vendável é. Acredito que grande parte dos escritores crie algo pensando em quem lerá aquilo, e não idealizando que a obra fique apenas engavetada. Há todo um processo, passando pelo registro de direitos autorais, publicação on-line ou a partir de alguma editora e a circulação para os leitores, isso sem uma garantia de que o trabalho será aprovado e agradará parte do público.”

“A internet tem ajudado bastante com várias plataformas disponíveis para escritores amadores divulgarem suas obras; contudo, nem sempre é fácil ganhar visibilidade e “fazer seu nome”. Eu me encontro um pouco estagnada nesse processo, pensando em como publicar minhas criações de maneira segura, ampla e benéfica, tanto para mim quanto para quem vai ler.”, comentou sobre as facilidades que temos hoje em dia com o uso da internet.

Incrições para a Semana de Criação Literária aqui.

Canal Escrita Criativa no Youtube.

Por Isabella Cordeiro, Sabrina Avelar, Yasmin Seraphico e Rita Araújo.

 

 

O Santa Cruz anunciou que vai estender a suspensão das atividades presenciais do departamento de futebol até o dia 30 de abril. A determinação foi tomada diante da incerteza do retorno do calendário de competições do futebol brasileiro.

Em decorrência dos efeitos da pandemia nos compromissos do clube, desde o último dia 16 as atividades presenciais já estavam suspensas. De acordo com a assessoria do tricolor, mesmo à distância, o elenco profissional vai iniciar atividades monitoradas remotamente pela equipe de preparação física para manter a condição adquirida até a paralisação.

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Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) estão tentando minimizar os efeitos negativos do óleo recolhido nas praias do litoral do Nordeste.

Eles criaram uma técnica que transforma o óleo em um tipo de carvão granulado, que pode ser usado como mistura para asfalto e blocos de construção, como explica a professora Zenis Novais.

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Segundo a professora, o projeto de compostagem adiciona álcool, etanol e acetona no óleo achado nas praias e que, para fazer a mistura, é usada uma betoneira.

O governador da Bahia, Rui Costa, informou que todo o material que for recolhido nas praias do estado será processado e reciclado por uma empresa especializada.

Origem desconhecida

Já foram recolhidas mais de 900 toneladas de petróleo cru em todo o litoral nordestino. Mais de 2 mil quilômetros de costa foram poluídos com o material, que também atingiu mangues e corais.

Os primeiros registros de manchas de óleo nas praias da Região Nordeste são do dia 30 de agosto deste ano. Ainda não há certeza sobre a origem do vazamento.

Atualmente, mais de 200 localidades litorâneas registram presença de óleo cru. De acordo com o governo da Bahia, novas manchas apareceram nesta terça-feira (22) no litoral sul do estado.

*Com colaboração da TVE Bahia e da Rádio Nacional de Brasília

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Por volta das 10h50 desta segunda-feira (26), um problema técnico paralisou as composições que trafegavam no ramal Camaragibe e dificultou a rotina dos usuários na Região Metropolitana do Recife. A falha na alimentação elétrica foi identificada próximo à Estação Coqueiral, na Zona Oeste.

Em nota, a Companhia Brasileira de Trens Urbano (CBTU), afirmou que a equipe de manutenção já foi acionada para retomada do serviço. A entidade frisou que o ramal Jaboatão, bem como as Linhas Sul e o VLT, operam normalmente.

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A sueca Pia Sundhage foi apresentada nesta terça (30) como nova técnica da seleção brasileira de futebol feminino. Após uma saudação inicial do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, ela recebeu a camisa da comissão técnica do time brasileiro e concedeu uma entrevista coletiva.

Logo no início da entrevista a treinadora falou do sentimento de assumir o Brasil: “Estou muito orgulhosa e feliz por olhar ao meu redor e sentir futebol. E eu adoro isto. Acompanhei a seleção na Copa do Mundo. Estou assumindo um excelente time. Eu fico muito empolgada em ver o Brasil”.

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Além disso, ela comparou o momento que vive agora com o que encontrou em 2008 ao chegar à seleção feminina dos Estados Unidos: “Amo futebol, amo desafios. Foi uma situação parecida nos EUA. Eles nunca tinham tido uma técnica estrangeira antes. É uma situação parecida. Esse tipo de desafio é algo do qual me orgulho muito, e que me orgulho de fazer novamente, e de dar o próximo passo para a seleção brasileira”.

Sonho Olímpico

Tendo a disputa dos Jogos Olímpicos de 2020 como primeiro grande desafio, a treinadora sueca falou que a medalha de ouro é uma possibilidade, mas para alcançá-la é necessário “trabalhar muito”. E o maior desafio nesta tarefa é fazer algumas mudanças: “A seleção brasileira precisa mudar. Mas não acho que precisa ser uma mudança muito radical. Pois, se isto acontecer, vamos perder a confiança. Cheguei aqui para equilibrar essa situação. Para fazer uma mudança que faça diferença”.

No decorrer da entrevista a treinadora deixou claro que o Brasil pode crescer muito se conseguir incorporar ao seu estilo de jogo a atitude da seleção dos Estados Unidos e a organização do time da Suécia, características que considera valiosas.

Relação com Marta

Pia também foi questionada sobre sua futura relação com a atacante Marta, principal jogadora da seleção brasileira. “Pretendo ser bem respeitosa. Ela tem o coração no futebol muito intenso. Vou tratá-la com respeito. Não sei que posição vai assumir em campo, pois é cedo demais para falar. É preciso primeiro ganhar o respeito dela e criar uma relação. Mas diria que não é só a Marta, mas o time inteiro. Podemos terestrelas no Brasil, nos EUA e na Suécia. Porém, no final das contas é a equipe inteira que conta. Tentamos fazer com que cada uma dê o melhor de si. E acho que Marta sabe disso”, afirmou a técnica.

Currículo vencedor

A técnica sueca de 59 anos de idade chega ao comando da seleção brasileira com um currículo muito vencedor. Já recebeu o prêmio de melhor técnica do mundo de 2012. Já conquistou dois títulos dos Jogos Olímpicos comandando a seleção dos Estados Unidos, em Pequim (2008), e em Londres (2012). E levou uma prata com a equipe da Suécia, no Brasil (2016).

Antes de assumir a seleção brasileira a treinadora estava trabalhando com a seleção sub-17 da Suécia.

Pia Sundhage esteve nas últimas três finais olímpicas: duas medalhas de ouro e uma de prata. Seu trabalho a transformou em uma referência mundial. Na tarde desta quarta-feira (24), a CBF conclui a negociação e ela assume a partir de agora o desafio de comandar a Seleção Brasileira Feminina.

Bicampeã olímpica com os Estados Unidos, a treinadora de 59 anos estava à frente do desenvolvimento da base da Seleção Sueca e aceitou a proposta para escrever novos capítulos de sua vitoriosa história no País do Futebol. CBF e Pia firmaram um compromisso inicial de dois anos, com possibilidade de renovação por igual período.

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– A escolha da Pia reflete a nova dimensão que vamos imprimir ao futebol feminino no Brasil. A partir da sua chegada, desenvolveremos um planejamento totalmente integrado entre a Seleção Principal e a base, equilibrando objetivos de curto prazo, como Tóquio 2020, com a renovação contínua dos nossos talentos. Pia reúne a experiência e o talento perfeitos para isso. É uma enorme alegria termos essa lenda do futebol feminino no nosso time. Na busca permanente por inovação e excelência, teremos pela primeira vez, uma treinadora estrangeira comandando a Seleção Brasileira Feminina - afirmou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.

Mais sobre a treinadora

Pouca gente conhece tanto o futebol feminino como Pia Sundhage. Nova técnica da Seleção Brasileira, a sueca começou sua trajetória na modalidade quando tinha apenas 17 anos. Em 1977, deu início à sua carreira como atacante no futebol sueco.

Dotada de boa técnica e um preciso poder de finalização, Sundhage foi uma das expoentes do futebol feminino. Com a camisa da Suécia, disputou a primeira Copa do Mundo da FIFA, em 1991. Também jogou a Copa de 1995 e as Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Nestas três competições, marcou cinco gols em 13 partidas.

Ao todo, foram 144 jogos e 71 gols pela Suécia. Foi campeã da primeira edição da Euro Feminina, em 1985, e ficou com o vice dois anos depois. Depois de disputar a primeira edição dos Jogos Olímpicos da história do futebol feminino, Pia encerrou a carreira como jogadora e começou sua trajetória como técnica.

Após trabalhos como assistente, Sundhage teve a primeira oportunidade como técnica no Boston Breakers, dos Estados Unidos. Mas foi no futebol de seleções que ela mais brilhou. Antes de assumir o time dos Estados Unidos, Pia trabalhou como assistente da China na Copa do Mundo de 2007. Foi justamente naquele Mundial, em função de uma derrota por 4 a 0 para a Seleção Brasileira na semifinal, que a sueca recebeu a chance de comandar as norte-americanas.

Com os EUA, foi bicampeã olímpica, em 2008 e 2012, e vice-campeã da Copa do Mundo, em 2011. No ano em que conquistou os Jogos Olímpicos de Londres 2012, Pia foi eleita como a melhor treinadora de futebol feminino pela FIFA.

Depois desta passagem vitoriosa pela seleção dos Estados Unidos, ela aceitou um desafio e tanto: comandar a Suécia. O primeiro objetivo era a Euro de 2013, disputada em casa. A campanha parou na semifinal. Pia comandou a Suécia na Copa do Mundo do Canadá, em 2015, e surpreendeu o mundo ao eliminar Estados Unidos e Brasil (nos pênaltis) nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a Suécia ficou com a prata. A última competição de Pia Sundhage no comando da seleção sueca foi na Euro de 2017, quando as escandinavas ficaram nas quartas de final. Pia Sundhage deixou o comando da Suécia depois da Euro.

Na edição deste ano do evento Somos Futebol – Semana de Evolução do Futebol Brasileiro, na sede da CBF, Pia destacou a importância da paixão que o esporte desperta em meninas e meninos em todo o mundo. Ela falou sobre a motivação para superar as barreiras até conquistar um espaço relevante no futebol.

– Adultos e crianças querem jogar futebol. Não importa se é menina ou menino. Você tentará ser muito bom. Só pensa nisso, não importa o gênero. É a mesma coisa como técnica. Para fazer isso, ao olhar a história, você vê que precisa ter vontade, ter paixão e amar o jogo. Às vezes é injusto porque existem alguns obstáculos a mais para as mulheres dentro de um ambiente masculino como o futebol. Mas, se você tem força de vontade e paixão, juntando esses dois elementos, pode fazer a diferença.

Perfil da treinadora

Nome: Pia Morror Sundhage
Nacionalidade: Suécia
Idade: 59 anos
Principais trabalhos como treinadora: Hammarby (Suécia), Boston Breakers (EUA), Kollbotn (Noruega), KIF Orebro (Suécia), China (assistente), Estados Unidos, Suécia e Suécia Sub-17
Títulos: Jogos Olímpicos de 2008 e 2012
Eleita a Melhor Treinadora de Futebol Feminino pela FIFA (2012)

Do site da CBF

De 27 a 31 de maio, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) sedia o “Curso de Iluminação Cênica para Mulheres: Empoderamento dos termos técnicos na prática artística”, ministrado pela iluminadora Natalie Revorêdo. O público-alvo são mulheres (cis, trans, diversas) a partir dos 18 anos.

De acordo com Natalie, a atividade gera o fortalecimento e o entendimento sobre os conceitos técnicos da iluminação, possibilitando um diálogo entre as participantes com as coordenações de palco, teatros, casas de shows, outros. “É mais evidenciado a figura masculina nesses espaços. Ver muitos homens nas funções técnicas não se torna um empecilho, mas sim uma usina geradora de energia, nutrindo as mulheres cada vez mais de que esse lugar técnico às compete também, ocupando-os”, explica a iluminadora.

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A inscrições podem ser realizadas através da Sympla e o investimento é de R$200. Três vagas serão ofertadas gratuitamente, sendo uma social (para mulher de baixa renda), uma de autodeclaração (para candidatas indígenas e negras) e uma para mulher trans.

Serviço

Curso de Iluminação Cênica para Mulheres: Empoderamento dos termos técnicos na prática artística

de 27 a 31 de maio | 15h às 18h

Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) (Rua da Aurora, 265, Boa Vista) 

R$ 200

*com informações da assessoria

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