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Após o casamento, o cartunista Alison Andrei, 26 anos, de Ponta Grossa (PR), adotou um cachorro da raça buldogue francês e o batizou com o nome Alfredo. Quando percebeu que o pet tinha todas as características que um personagem precisava, como carisma, personalidade forte e teimosia em suas percepções, Andrei decidiu transportar Alfredo para o mundo dos quadrinhos. "Eu gosto muito de contar histórias de vida, com uma distorção cômica", conta Andrei.

Para criar as histórias, o cartunista se inspira nos trabalhos de Jim Davis, criador de "Garfield" (1978), Bill Watterson, de "Calvin e Haroldo" (1995), e do brasileiro Mauricio de Sousa, além de algumas animações, como "CatDog" (1998), "Du, Dudu e Edu" (1999) e "Simon's Cat" (2008). "Acredito que o Alfredo tem um pouquinho dessas referências. Gosto de buscar inspiração fora da área das tirinhas em formatos de humor diferente, como nos seriados 'Chapolin Colorado' [1973-1979], e 'Mr. Bean' [1990-1995]. Piadas mais visuais e de tom leve, que me agradam muito", explica Andrei.

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O cartunista Alison Andrei, que criou quadrinho inspirado no cão de estimação | Foto: Alison Andrei / Arquivo Pessoal

A paixão por desenhar vem desde a infância. O cartunista conta que quando ia para igreja com os pais, posicionava um papel no banco e começava a desenhar o pastor. O jovem também desenhava seus professores na escola, e um deles chegou a pagar por um dos desenhos. "Quando nasci, já vim com um lápis na mão. Pedi pro médico um pedaço de papel e fiz a cara dele me olhando. De baixo pra cima é sempre muito estranho ver as pessoas", brinca Andrei.

Nas tirinhas, Andrei busca por um destaque, ao mesmo tempo que tenta fugir dos assuntos corriqueiros divulgados na mídia geral. Para isso, a internet se torna uma importante ferramenta de divulgação, embora limite o alcance daqueles que optam por não impulsionar as postagens via pagamentos. "Por mais que seja a lei de 'quem paga mais, aparece mais', eu acredito que o material do Alfredo tem um diferencial, pois ele tem alcançado um público muito grande, sem eu pagar o tio Zuckerberg”, comenta.

O cachorro Alfredo, inspiração para a tirinha | Foto: Alison Andrei / Arquivo Pessoal 

As tirinhas "Alfredo" mostram a relação de um cachorro com os tutores em um tom bem-humorado. As histórias são publicadas no tirinhasdoalfredo.com.br e também nas redes sociais. Até o momento, o cartunista conquistou 1.969 seguidores em sua página no Facebook, e 1.449 seguidores no Instagram.

Andrei pensa em viver das tirinhas, mas esse não é um sonho simples no Brasil. Além de cartunista, ele também trabalha como palhaço e publicitário. O jovem iniciou o trabalho com os quadrinhos em 2012, e em 2016 tentou lançar um livro por meio de financiamento coletivo, mas não deu certo, o que fez com que ele desse uma pausa na produção de tirinhas.

O cartunista retomou com os quadrinhos há pouco tempo, quando foi obrigado a ficar em casa devido a pandemia de coronavírus (Covid-19). Durante o isolamento social, surgiu a ideia de criar o personagem Alfredo. "Do outro lado da tela, haviam pessoas que estavam sedentas por verem algo diferente, então foi tudo no momento certo. Se não fosse a pandemia, o Alfredo demoraria muito mais para aparecer", relata Andrei.

O artista tem planos ambiciosos para o futuro, pois pretende expandir "Alfredo" para outras áreas, como livros impressos, desenhos animados, produtos colecionáveis e camisetas. "Meu próximo passo, será construir uma grande base de leitores para lançar o primeiro livro de tirinhas do Alfredo", revela.

Na prova de linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são abordados conteúdos relacionados à língua, interpretação textual e literatura. A preparação para enfrentar as 45 questões aborda também a compreensão de assuntos importantes como charges e tirinhas. Analisando as últimas edições da prova, a presença de questões com esse gêmero textual são certas.

Para conquistar um bom desempenho, os candidatos devem compreender as especificidades desses gêneros textuais. Em entrevista ao LeiaJá, a professora de linguagens e redação Tereza Albuquerque destaca que o processo de construção dos gêneros charge e tirinha apresenta discussões de temas e situações recorrentes na sociedade. Em vídeo, a docente discute pontos relevantes de cada um dos gêneros; confira:

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 De acordo com a docente, é importante exercitar questões que relacionem os gêneros. Nas últimas edições do Enem, foram apresentadas diversas charges e tirinhas para os candidatos. “Todo o candidato deve desenvolver as habilidades de compreensão desses gêneros. Eles, por sua vez, são questão certa em diversos vestibulares pelo país, especialmente no Enem”, conclui. Reunimos, em galeria, alguns exemplos de charges e tirinhas abordadas no Exame; veja:

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A professora de língua portuguesa do Colégio GGE, Katiline Oliveira, ressalta a importância de identificar a estrutura desses gêneros. “Nas tirinhas existe uma sequência de quadros que complementam a situação. Já no cartum e charge, apenas um quadro é apresentado. Nessa situação, o candidato deve observar as diferenças e, também, pontuar a imagem como um todo - observando os elementos verbais e não verbais”, orienta. Nessas imagens são apresentadas críticas a diversas esferas sociais, que podem passar por assuntos como política e até mesmo esportes.

Outro ponto importante na identificação desse gênero é a referência ao tempo. No cartum, a imagem pode remeter a qualquer época. Já na charge, é discutido um período específico. A docente ainda destaca que para obter um bom resultado no Exame o candidato deve construir um repertório social que abranja questões ligadas à informação prévia e repertório sólido na hora da prova. “Por se tratarem de gêneros muito presentes no Enem, o fera deve se preparar. Esse processo é aprimorado com o conhecimento de realidade que pode diferenciá-lo na hora de identificar a crítica presente na imagem. Ter atenção durante a interpretação é fundamental”, ressalta Katiline.

Mas como responder corretamente a questão? De acordo com a professora, normalmente, os Exames esperam do aluno a compreensão geral da imagem. Para isso, é importante observar a crítica contida, que tem como intuito provocar a reflexão do candidato em relação ao conteúdo discutido. “Outro ponto muito cobrado é o propósito sociocomunicativo do gênero, que visa reconhecer qual é o sentido e a mensagem que o gênero quer perpetuar. O fera deve ficar atento”, argumenta. 

Entendendo os pontos diferentes e as funções da charge, a educadora Tereza Albuquerque separou duas questões relacionadas aos gêneros textuais. Para ela, é importante, desde já, que fera leia jornais e espaços nos quais esses gêneros são veiculados. Confira o vídeo com a resulçao das questões:

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A MGM Studios confirmou que “A Família Addams” deve voltar aos cinemas em breve. Segundo o site “The Hollywood Reporter”, o novo longa será no formato de animação em computação gráfica (como os filmes da Pixar) e conta com a direção de Conrad Vernon (Festa da Salsicha).

Pamela Pettler (A Noiva Cadaver) e Matt Lieberman (Dr. Dolittle 4) assinam o roteiro do filme que ainda não possui data de estreia prevista.

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A produção fica por conta de Gail Berman (da série de TV “Buffy: A Caça-Vampiros”) e Lloyd Braun (da série “Deception”).

“A Família Addams” foi criada em 1938 pelo cartunista Charles Addams e foi publicada até 1988 como tiras para revista The New Yorker.  Os personagens foram adaptados em diversas mídias e ganharam uma série de TV em 1964. Também se popularizaram no cinema com um filme de 1991, que ganhou sequencia em 1993. Os personagens ganharam uma versão até para o teatro com o musical que foi exibido no Brasil em 2012 e contou com Daniel Boaventura e Marisa Orth como o casal Gomez e Morticia Addams.

Os famosos desenhos de Laerte estão prestes a virar série. O novo projeto de chamará ‘Condomínio’ e é inspirado nas tirinhas de mesmo nome de autoria da cartunista. No total, contará com 10 episódios, cada um com 11 minutos de duração, e irá reunir personagens de sucesso criados pela cartunista. Cada episódio terá de cinco a seis esquetes que se ligam por tema.

A animação será produzida pela Midgal Filmes e Chatrone, e exibida pelo Canal Brasil. A promessa é de manter o mesmo humor ácido característico das tirinhas originais enquanto é explorado o cotidiano nada convencional dos moradores de um condomínio de classe média, em São Paulo. Entre as figuras que estarão presentes estão personagens marcantes de Laerte, como: Zelador, Síndico, Don Luigi, Deus, Murial e a psicóloga Beth.

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Além de assuntos do dia a dia da comunidade, a atração também irá abordar o atual cenário social do país e do mundo, como as operações da Polícia Federal, a política de Donald Trump e as brigas políticas nas redes sociais.

Inscrições abertas para as turmas de quadrinhos e tirinhas para crianças na Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). As aulas serão realizadas na Gibiteca Henfil e irão abordar os preceitos básicos da construção de uma história em quadrinhos, introdução à produção de narrativas gráficas e apresentar algumas técnicas de trabalho e estilos. Visando desenvolver a liberdade criativa singular de cada criança.

As turmas de quadrinhos terão crianças de 8 a 13 anos, nos níveis 1 e 2. A turma de tirinhas terá crianças a partir de 14 anos. As duas turmas terão capacidade para 12 alunos. Na turma de nível 1, a oficina tem como objetivo estimular crianças que gostam de desenhar, incentivando surgimento de novos quadrinistas Parainanos. A turma do nível 2 é para crianças com alguma experiência na produção de quadrinhos que queiram se aprofundar na área.

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As aulas serão ministradas por Thaís Gualberto, Igor Tadeu e Samuel de Gois no período de agosto a dezembro. Para os dois cursos, as aulas são aos sábados, no turno da manhã, e começam no dia 26 de agosto. A turma da oficina de Tirinhas – Processo Criativo e Produção tem aulas à noite, às quartas-feiras, e começa no dia 23 de agosto. O valor total dos cursos é de R$ 240 e estudantes da rede pública têm a oportunidade de conseguir vaga gratuita - será disponibilizada uma vaga gratuita para cada turma.

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