Tópicos | Tóquio-2020

O atacante Malcom, ex-Corinthians, vai disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a seleção brasileira. O jogador do Zenit St.Petersburg, da Rússia, foi liberado por seu clube para se apresentar à equipe em Tóquio, no Japão. Ele substitui Douglas Augusto, desconvocado no último domingo após ter sido constatada uma lesão na coxa.

Malcom foi convocado na lista inicial do técnico André Jardine, mas não tinha liberação para se apresentar no início da preparação em São Paulo. Naquele momento, a comissão técnica optou por convocar um novo jogador. O cenário mudou com a necessidade de escolher um substituto para a vaga aberta por Douglas Augusto.

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O atacante se apresentará à seleção olímpica neste domingo, em Tóquio. Malcom participou da sétima etapa de preparação da equipe na Sérvia, no início de junho, quando foram realizados dois amistosos em Belgrado - derrota de virada para Cabo Verde, por 2 a 1, e vitória sobre a Sérvia, por 3 a 0.

A Sérvia foi novamente o país escolhido para a realização da segunda etapa de treinos antes da estreia na Olimpíada contra a Alemanha, no próximo dia 22. O time iria para o Japão na semana passada, mas mudou os planos após o país asiático decretar estado de emergência. O embarque para Tóquio está marcado para esta sexta-feira.

Antes de viajar ao Japão, a seleção olímpica faz nesta quinta-feira, em Novi Sad, cidade que fica a 50 minutos da capital Belgrado, o último teste antes da Olimpíada. Será contra os Emirados Árabes Unidos, às 16 horas (de Brasília) no estádio Karadorde, do FK Vojvodina, clube local.

Os dois maiores medalhistas olímpicos do Brasil, os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, com cinco medalhas cada, se reuniram nesta quarta-feira para falar sobre as expectativas para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Junto a eles, três mulheres que fizeram história na modalidade: Fernanda Oliveira, bronze em Pequim-2008, e Martine Grael e Kahena Kunze, dupla de ouro no Rio-2016. Os cinco participaram de entrevista coletiva virtual, direto de Enoshima, no Japão, sub-sede da competição. Na mesa, 12 medalhas olímpicas e o desejo de manter a tradição de conquistas do Brasil na modalidade.

Com cinco medalhas no currículo, o atual chefe de equipe da vela, Torben Grael, destacou a força do grupo que representa o Brasil em Tóquio. "A expectativa é manter a tradição de trazer medalhas. Estamos aqui com oito equipes e todos possuem chances de chegar na regata final. Eu tenho muita confiança nessa equipe compostas por jovens e experientes. Todos atletas estão muito bem preparados", explicou Torben Grael, em sua oitava participação olímpica: seis vezes como atleta e agora duas como treinador e chefe de equipe.

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Robert Scheidt chega a Tóquio para sua sétima edição de Jogos Olímpicos. Além das cinco medalhas, o velejador alcançou o quarto lugar no Rio-2016. "Independente de quantas Olimpíadas, sempre existe um frio na barriga e eu amo competir. Não podemos prever nada, mas me sinto bem preparado. Eu não estaria aqui se não me sentisse competitivo, com chances. Então agora é executar e jogar o jogo", destacou o dono de dois ouros, duas pratas e um bronze.

A equipe brasileira de vela é formada por 13 atletas: Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470 feminino); Kahena Kunze e Martine Grael (49er FX feminino); Patrícia Freitas (RS:X feminino); Henrique Haddad e Bruno Benthlem (470 masculino); Gabriel Borges e Marco Grael (49er feminino); Robert Scheidt (Laser); e Jorge Zarif (Finn).

A partir desta quinta-feira, eles começam a fazer seus primeiros treinos na raia olímpica, depois de dias de ajustes nos barcos. "Foram dias intensos até aqui. Hoje (quarta) já conseguimos colocar o mastro pra cima. Pra gente, ir pra água será um alívio", disse Martine Grael.

Mesmo ansiosos para entrar na água, os atletas não se descuidam de manter todo o protocolo de proteção estabelecido contra a covid-19. "Eu me preocupo com a covid-19 como todo mundo, mas todos estão usando máscaras e fazendo distanciamento. Então sei que vai dar tudo certo", afirmou Kahena Kunze.

Primeira brasileira a subir no pódio olímpico na vela ao lado de Isabel Swan em Pequim-2008, Fernanda Oliveira é mais uma veterana em participações na competição e quer tirar proveito deste fator para chegar novamente à conquista de medalha, agora com Ana Barbachan. "Tenho uma vida dedicada à vela. Eu chego muito feliz para competir em Tóquio. Estou empolgada para fazer minha sexta participação em Jogos e mais uma com a Ana, parceira nas duas últimas Olimpíadas. Sigo determinada e com muita paixão e isso move o esporte", contou.

Depois de estrear muito jovem em Jogos Olímpicos, com apenas 16 anos, no Rio de Janeiro, em 2016, Bruna Takahashi chega ao Japão com mais bagagem no tênis de mesa. Ela faz aniversário na próxima segunda-feira (19) e em seu primeiro jogo no torneio individual de Tóquio-2020 estará com 21 anos. Foram duas temporadas atuando pelo Sporting e morando sozinha em Portugal, período que lhe ajudou a crescer não só como atleta, mas como mulher.

Para esta edição da Olimpíada, a atleta brasileira acredita que pode jogar de igual para igual com qualquer adversária. "Posso dizer que sempre estive preparada para o que estava vindo", afirmou.

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O destaque de Bruna no tênis de mesa começou muito cedo. Aos 15 anos, ela foi a primeira brasileira campeã do Desafio Mundial de Cadetes, a competição mais importante do esporte para a categoria infantil. No ano seguinte, em 2016, integrou a seleção feminina na Olimpíada do Rio de Janeiro e fez jogo duro contra a medalhista de prata, a chinesa Li Xiaoxia, apesar da derrota por 3 a 0 (11/8, 11/7 e 11/1).

Nas duas últimas temporadas, começou a escrever a sua trajetória na Europa atuando pelo Sporting, de Portugal. Lá, liderou sua equipe e conquistou resultados expressivos como o recente vice-campeonato da Taça de Portugal Feminina. A partir da próxima temporada, ela vai defender um novo clube, mas seguirá marcada pelos aprendizados que adquiriu vivendo longe de sua família pela primeira vez.

"Fiquei muito tempo sozinha lá, mas acho que foi uma experiência muito boa. Cultura muito diferente, local de treino também. Se eu precisasse ir para o hospital, tinha de ir sozinha. Amadureci bastante nessa parte, como mulher. Em momentos como esse, temos que tomar a iniciativa de ir atrás das coisas, você consegue se virar", refletiu a atleta.

Com toda essa vivência, veio também uma evolução dentro e fora dos ginásios. Bruna será a mesa-tenista número 1 do Brasil em Tóquio e, desta vez, terá chances de disputar também no torneio individual. Para ela, porém, esse peso não importa. Depois do que fez contra uma das melhores atletas do mundo, em 2016, espera que suas adversárias a vejam de uma forma diferente. Seu objetivo é jogar bem e fazer jogos ainda mais duros contra grandes oponentes.

"Sempre fui uma menina que, não importa o campeonato, ia jogar de qualquer maneira. Não importa se era de maior ou menor importância, para mim era sempre de igual para igual. Posso dizer que sempre estive preparada para o que estava vindo", afirmou Bruna, confiante.

Um dia depois de fazer a sua primeira aparição pública desde sua chegada ao Japão, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, se encontrou nesta quarta-feira, em Tóquio, com o primeiro-ministro japonês Yoshide Suga. Na reunião, que também teve a presença de Seiko Hashimoto, presidente do Comitê Organizador, o dirigente afirmou que cerca de 85% dos atletas e dos oficiais da Vila Olímpica estarão vacinados ou imunizados para os Jogos de Tóquio-2020, que começarão no próximo dia 23.

"Cerca de 85% de atletas e oficiais que vão viver na Vila Olímpica e quase 100% dos membros do COI e funcionários do COI estão vacinados ou imunes. O porcentual de membros vacinados da mídia internacional é entre 70% e 80%", afirmou Bach, em um comunicado oficial enviado à imprensa logo após a reunião com as autoridades japonesas.

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O presidente do COI voltou a agradecer o esforço do governo do Japão para receber a Olimpíada de Tóquio-2020 em meio à pandemia do novo coronavírus.

"Eu gostaria de expressar meu respeito e gratidão ao governo e à população do Japão por nos receber. Faltam nove dias para a cerimônia de abertura para as Olimpíadas de Tóquio. Atletas de todo o mundo estão chegando ao Japão. Os Jogos vão unir o mundo em nossa diversidade. Eles vão nos mostrar que somos mais fortes juntos em nossa solidariedade", disse Bach.

A Vila Olímpica, reservada para os competidores se hospedarem durante os Jogos de Tóquio-2020, abriu as portas na última terça-feira. Cerca de 11 mil representantes de mais de 200 países usarão as instalações até o final do evento, marcado para 8 de agosto.

Os primeiros atletas brasileiros entrarão na Vila Olímpica somente a partir desta quinta-feira. Por enquanto, apenas o chefe de missão da equipe nacional, Marco Antônio La Porta, que também é vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), já adentrou o prédio reservado à delegação. João Victor Oliva, do hipismo adestramento, será o primeiro a se hospedar no local.

Um dos maiores astros do tênis e do esportes mundial, Roger Federer não vai participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Através de suas redes sociais, o tenista suíço informou nesta terça-feira ter sentido um novo problema no joelho durante a temporada na grama, que culminou com a eliminação nas quartas de final de Wimbledon, na semana passada, e lamentou não poder participar da competição no Japão, que terá início no próximo dia 23.

"Durante a temporada de grama, infelizmente eu tive um revés no meu joelho e por causa disso terei que desistir dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Estou muito desapontado, pois sempre foi uma honra e um dos pontos altos de minha carreira poder representar a Suíça", lamentou Federer, em uma postagem em sua conta oficial no Instagram.

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"Eu já comecei minha recuperação e espero poder voltar a competir ainda neste verão (do hemisfério norte). Torço para que o time suíço tenha muita sorte e estarei torcendo de longe", complementou o veterano de 39 anos, atual número 9 do ranking da ATP, que passou por duas cirurgias no joelho na temporada passada.

Com a ausência de Federer, que buscaria em Tóquio a grande conquista que falta na carreira, o único do "Big 3" por enquanto confirmado nos Jogos Olímpicos é o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, que ainda assim tem dúvidas sobre a sua participação. O espanhol Rafael Nadal, medalha de ouro em Pequim-2008, anunciou logo após Roland Garros que não iria jogar nem Wimbledon e tampouco a Olimpíada.

Medalha de ouro nas duplas nos Jogos de Pequim, ao lado do compatriota Stan Wawrinka, Federer chegou perto do título olímpico quatro anos depois em Londres-2012, mas foi superado pelo britânico Andy Murray na final e acabou ficando com a prata.

A 10 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) já está com a operação Tóquio-2020 a todo vapor. Com equipes espalhadas por oito bases exclusivas, além de estruturas montadas na Vila Olímpica e em duas vilas satélites, o Time Brasil terá uma delegação recorde no Japão: 301 atletas, em 35 modalidades, maiores números da história do país em uma edição realizada no exterior, e 18 substitutos, número diferente do divulgado anteriormente. De acordo com o COB, a justificativa é que esses atletas substitutos só vão se tornar olímpicos no momento que fizerem parte da disputa.

Em Tóquio, o Time Brasil contará com a participação de 31 medalhistas olímpicos, sendo 18 campeões: Arthur Zanetti, da ginástica artística; Thiago Braz, do atletismo; Rodrigo Pessoa, do hipismo saltos; Kahena Kunze, Martine Grael e Robert Scheidt, da vela; Bruninho, Douglas Souza, Fernanda Garay, Lucão, Lucarelli, Maurício Borges, Maurício Souza, Natália, Tandara e Wallace, do vôlei; e Alison e Bruno Schmidt, do vôlei de praia.

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"Planejamos a Missão para os Jogos de Tóquio durante anos. O fuso horário e os hábitos alimentares eram um grande desafio, mas sequer imaginávamos que teríamos um desafio ainda maior com a pandemia. É importante ter os atletas em sua melhor performance possível, mas tê-los seguros é essencial", afirmou Marco La Porta, vice-presidente do COB e Chefe de Missão em Tóquio. "Antigamente, chegávamos aos Jogos com cinco a sete modalidades com chances de medalha. Hoje, passamos de 10. Estamos ansiosos para ver nossos atletas atingirem suas melhores performances durante os Jogos Olímpicos"", completou.

A equipe brasileira será composta por 161 homens (53,5%) e 140 mulheres (46,5%). Nesta contagem não estão incluídos os 18 atletas "alternates", denominação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para eventuais substitutos em modalidades específicas - para o Brasil são no handebol, futebol, tênis de mesa, atletismo e hipismo. Já 174 atletas farão a sua estreia no maior evento esportivo do mundo.

Ao todo, 79 atletas já se encontram em solo japonês até esta terça-feira. São integrantes das seguintes modalidades: canoagem slalom, vela, judô, rúgbi, boxe, vôlei de praia, natação, tênis de mesa e handebol masculino. Nos próximos dois dias está prevista a chegada de outros 50 atletas - do handebol feminino e do vôlei nesta quarta; e do tae kwon do, hipismo adestramento e parte da equipe do judô na quinta.

"Das 50 modalidades em disputa, nos classificamos em 35 (70%). É um número significativo. Temos uma delegação de qualidade, com atletas que conquistaram resultados expressivos nos últimos anos e que vão fazer seu melhor para trazer alegria e orgulho para a população brasileira. Essa é uma das nossas metas aqui. Mais do que trazer medalhas, trazer alegria para todos que nos acompanham. Viemos aqui buscar a melhor representação esportiva para o nosso país", explicou Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB.

EM TÓQUIO - A terça-feira ficou marcada também pela abertura da Vila Olímpica. Oficiais do Time Brasil já estão no local cuidando dos últimos detalhes antes da chegada dos atletas brasileiros. João Victor Oliva, do hipismo adestramento, será o primeiro a conhecer o local, nesta quinta-feira. Já a canoísta Ana Sátila foi a primeira a desembarcar no Japão, há uma semana.

"A caminhada foi muito desafiadora para os atletas. No início da pandemia, não conseguíamos treinar e passamos por muita dificuldade. Então, foi uma felicidade muito grande poder entrar no Japão depois de tudo isso e também especial ter sido a primeira a chegar aqui", disse Ana Sátila, que participa dos Jogos pela terceira vez na carreira.

COVID-19 - Desde o embarque dos atletas no Brasil até a chegada no Japão, o COB vem colocando em prática todo planejamento estabelecido contra contágio de covid-19. Os atletas estão sendo testados diariamente e seguem rigorosos protocolos de segurança contra o vírus.

"Dos nossos 301 atletas, 271 foram vacinados com primeira dose e 226 com a segunda dose, ou seja 75% da nossa delegação está vacinada. Isso nos traz bastante segurança. Além de todo material de proteção, o COB trouxe 6 mil testes de antígeno para o Japão. Estamos usando esses testes em pessoas que chegam próximo à nossa delegação, como nossos motoristas e equipe de alimentação, por exemplo", disse a médica Ana Carolina Corte, coordenadora de serviços médicos da entidade.

Esses mesmos protocolos foram reforçados no hotel onde seis atletas olímpicos de judô está hospedado em Hamamatsu, onde cinco funcionários testaram positivo antes da chegada da deleção brasileira ao hotel. Nenhuma dessas pessoas teve contato com os atletas brasileiros.

"A delegação utiliza um elevador próprio no hotel, usamos máscara N95, higiene de mãos todo o tempo, alimentação num local exclusivo e testagem diária de todos do hotel e de nossa delegação. Isso tudo nos ajudar a monitorar nossos atletas e a garantir a saúde deles", disse a Ana Carolina Corte, informando ainda que os cinco funcionários foram imediatamente isolados, inclusive as pessoas que tiveram contato próximo, e estão sendo acompanhados regularmente.

A seleção feminina de futebol vive seus últimos dias em Portland, no Estados Unidos, antes da viagem para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Após duas semanas de intensos trabalhos, a equipe entra na reta final da preparação que vai até esta quinta-feira (15), quando a delegação embarca para o Japão.

Neste período de 18 dias de preparação, a treinadora sueca Pia Sundhage aproveitou para ajustar os últimos detalhes do elenco. A comissão técnica elaborou um cronograma para dosar a carga de exercícios das atletas antes dos Jogos Olímpicos. As sessões de treinos tiveram volumes controladas e seguiram um plano de aumento gradativo da intensidade.

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Com um grupo dividido entre novatas e veteranas, o período de preparação foi importante para dar minutagem para que o elenco pudesse afinar o entrosamento em campo. Entre uma das experientes da equipe está a atacante Debinha. Aos 29 anos, a mineira participará da sua segunda edição dos Jogos Olímpicos. Ao lado de Marta, foram as últimas a se apresentarem à seleção brasileira, no último dia 6.

"Esse período de treinos está sendo muito bom. Agora é o momento da gente focar mais ainda, já que estamos chegando na fase final bem próximas da viagem para o Japão. Então, precisamos acertar os últimos detalhes e aproveitar o momento que estamos tendo aqui para tirar o máximo de aprendizado", comentou a atacante.

Apesar de reconhecer a importância do período de preparação, Debinha não esconde a ansiedade de entrar logo em campo defendendo a camisa do Brasil. A oito dias da estreia e dois da viagem para o Japão, a atacante não vê a hora de pisar em solo japonês e sentir todo o espírito olímpico.

"A ansiedade é sempre grande ainda mais se tratando de uma Olimpíada. Está todo mundo bastante alegre e empolgado, mas claro que a ansiedade aperta um pouquinho. Não vemos a hora da nossa estreia e não vemos a hora de ir para a viagem e ter aquela empolgação toda de chegar logo no Japão", contou.

A seleção embarca para o Japão em voo fretado nesta quinta-feira. O voo que sai de Portland faz uma escala em Anchorade, no Alasca, e segue para Tóquio, pousando na sexta no Aeroporto Internacional de Narita. Na chegada, a equipe seguirá para Myagi, local da estreia do Brasil, no dia 21, diante da China.

A 10 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a Vila Olímpica, que vai abrigar os mais de 10 mil atletas durante o evento, foi inaugurada oficialmente nesta terça-feira (13). No entanto, o momento que era para ser de festa, como em edições anteriores de Olimpíadas, foi de discrição e silêncio por conta do estado de emergência instalado na capital do Japão desde a véspera para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

Os primeiros atletas começaram a entrar no complexo de 44 hectares com 21 prédios, localizado no distrito de Harumi, em Tóquio, mas nem a imprensa pode acompanhar esse momento. Só foi possível ver uma grande quantidade de carros de polícia nos arredores do local.

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Algumas horas depois da inauguração, quem apareceu na Vila Olímpica foi o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, que elogiou Tóquio. O dirigente disse que é a cidade "mais bem preparada" de todos os tempos, apesar das circunstâncias complicadas da organização por causa da pandemia.

"Estamos sentados em um barco e remando juntos com força total na mesma direção", disse Bach ao se encontrar com Seiko Hashimoto, presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, pela primeira vez pessoalmente desde a sua chegada ao Japão na última quinta-feira. "Nosso objetivo comum é um evento seguro para todos".

Os primeiros atletas brasileiros entrarão na Vila Olímpica somente a partir desta quinta-feira. Por enquanto, apenas o chefe de missão da equipe nacional, Marco Antônio La Porta, que também é vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), já adentrou o prédio reservado à delegação.

Além da Vila Olímpica, o centro de imprensa (MPC, na sigla em inglês), no centro de convenções internacional Tokyo Big Sight, foi também oficialmente inaugurado. Os organizadores esperam que até 2.500 membros da mídia usem as instalações 24 horas por dia. Devido à covid-19, o número de membros da imprensa viajando ao Japão para a Olimpíada e Paralimpíada também foi reduzido para 4.600, dos 8.400 inicialmente esperados.

Depois da derrota para a Nigéria no último, a seleção de basquete masculino dos Estados Unidos voltou às quadras na noite de segunda-feira para seu segundo jogo preparatório para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e perdeu novamente. A adversária desta vez, a Austrália, saiu vencedora por 91 a 83 no jogo disputado na cidade de Las Vegas.

A Austrália é considerada uma das mais fortes equipes do cenário mundial do basquete e conta com jogadores importantes da NBA como Joe Ingles, do Utah Jazz, Patty Mills, do San Antonio Spurs, e Matisse Thybulle, do Philadelphia 76ers. Outros que também atuam na melhor liga do mundo, Dante Exum (Houston Rockets), Aron Baynes (Toronto Raptors) e Josh Green (Dallas Mavericks) também estiveram em quadra.

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Mills e Ingles foram os grandes destaques dos vencedores. Combinando para 49 pontos, lideraram a Austrália e foram os responsáveis pelas posses de bola mais decisivas do duelo. O armador também deu quatro assistências. Thybulle foi outro a passar dos dois dígitos na pontuação ao anotar 11 pontos, três roubos de bola e dois tocos.

O cestinha dos americanos foi o armador Damian Lillard, que fez 22 pontos. Kevin Durant, com 17, também teve uma marca expressiva. Draymond Green, titular na partida, fez apenas um ponto, mas deu quatro tocos e cinco assistências.

Foi a primeira vez desde 1992, quando os profissionais passaram a jogar pela seleção e formaram o primeiro "Dream Team", que os Estados Unidos perderam dois jogos amistosos consecutivos. O próximo compromisso será nesta terça-feira contra a Argentina, novamente em Las Vegas.

NIGÉRIA - Após surpreender o mundo do basquete e vencer os Estados Unidos, a Nigéria fez mais uma vítima: dessa vez os argentinos por 94 a 71. A seleção africana conta com vários jogadores que atuam na NBA - ao todo são sete dos 15 convocados. O técnico da equipe, Mike Brown, também tem raízes na melhor liga do mundo: é assistente técnico do Golden State Warriors.

Jahlil Okafor foi o cestinha na partida. Ao todo foram 15 pontos para o pivô do Detroit Pistons em apenas 14 minutos em quadra. O pivô Precious Achiuwa, do Miami Heat, marcou 12 pontos, enquanto que Chimezie Metu, do Sacramento Kings, e Josh Okogie, do Minnesota Timberwolves, terminaram com 10 cada.

Para os argentinos, a derrota foi a segunda consecutiva sofrida em Las Vegas. A equipe comandada pelo técnico Sergio Hernández havia perdido para a Austrália no último sábado por 87 a 84.

Na última sexta-feira, o Akasaka Excel Hotel, em Tóquio, determinou por meio de avisos que haveria dois elevadores apenas para japoneses e dois apenas para estrangeiros. A ação do hotel de luxo na capital do Japão, sede dos Jogos Olímpicos, causou reclamações nas redes sociais, acusando o estabelecimento de discriminação e segregação.

Menções ao apartheid e às medidas de Jim Crow nos Estados Unidos, que impediam negros de votar na região sul do país, foram feitas no Twitter. Diante disso, a direção do hotel recuou e retirou os avisos dois dias depois. O hotel pediu desculpas pelo "mal-entendido" e afirmou que a ideia inicial era separar o fluxo de pessoas que viajaram para a Olimpíada do resto dos hóspedes.

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O Akasaka Excel Hotel, hospedagem de quatro estrelas, com diárias que vão de US$ 70 (R$ 368) a US$ 780 (R$ 4.100), ainda informou que "não tinha intenção de discriminar". Por conta de sua localização privilegiada, perto do prédio do parlamento japonês e do Palácio Imperial, o estabelecimento deve ser requisitado no período dos Jogos Olímpicos.

Nesta segunda-feira começou a valer o estado de emergência. Para prevenir o agravamento da pandemia do novo coronavírus no país, as autoridades japonesas determinaram medidas válidas para Tóquio e Okinawa até 22 de agosto, duas semanas após o encerramento da Olimpíada. Bares, restaurantes e karaokês estão proibidos de vender bebida alcoólica e devem fechar às 20 horas durante o estado de emergência. Locais como Chiba, Saitama, Kanagawa e Osaka terão restrições mais leves. Com permissão das autoridades responsáveis, a venda dessas bebidas pode acontecer até às 19 horas.

O Japão registrou mais de 815 mil casos e quase 15 mil mortes por covid-19. No último domingo, Tóquio reportou 614 novos casos, um aumento pelo 22.º dia consecutivo. A vacinação no país iniciou a passos lentos e enfrenta interrupções no fornecimento das doses. Apenas 28% da população japonesa recebeu pelo menos uma dose da vacina. Porém, atualmente, um milhão de pessoas estão sendo vacinadas por dia.

Por medo da disseminação da variante Delta, a organização dos Jogos Olímpicos decidiu na última quinta-feira que os eventos não terão público. Antes, apenas residentes no Japão estavam autorizados a acompanhar as competições. A caminhada da tocha olímpica também foi cancelada na capital e restrita a cerimônias fechadas. Apesar das restrições, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse que quer "transmitir uma mensagem aos fãs de Tóquio sobre como superar as adversidades com esforço e sabedoria".

Os residentes da capital levam cada vez menos a sério os estados de emergência, mas o público do Japão em geral se mostrou contrário à realização da Olimpíada no país. Em pesquisas recentes, a maioria das pessoas apoia o cancelamento ou um novo atraso do evento, que vai começar no próximo dia 23.

A seleção brasileira de futebol masculino, que buscará a sua segunda medalha de ouro consecutiva nos Jogos Olímpicos, já sabe a numeração de seus 22 jogadores para a disputa do torneio em Tóquio-2020. A Fifa divulgou nesta quarta-feira a relação dos atletas convocados para a competição e no time comandado pelo técnico André Jardine o atacante Richarlison ficou com a camisa 10, enquanto que o lateral-direito Daniel Alves usará a 13.

Na semana passada, em um trote com colegas da seleção principal na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), Richarlison brincou que tinha ligado para André Jardine e pedido a camisa 10.

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Na lista publicada pela Fifa em seu site oficial, o zagueiro Gabriel Magalhães aparece com o número 4, mas o jogador foi cortado da relação na terça-feira por lesão. A CBF ainda não anunciou um substituto.

Além do goleiro Santos, que utilizará a número 1, e Daniel Alves, o terceiro jogador com idade acima dos 24 anos é o zagueiro Diego Carlos, que ganhou a camisa 3. Douglas Luiz, que assim como Richarlison disputa a Copa América com a seleção principal, é o camisa 5.

Com um grupo reduzido, nove jogadores até esta quarta-feira, a seleção olímpica iniciou a preparação para os Jogos de Tóquio-2020 na quinta-feira passada, em São Paulo. Na última segunda, alguns atletas foram vacinados contra a covid-19.

Inicialmente, a CBF tinha previsto uma escala do grupo em Doha, no Catar. Porém, houve uma alteração na logística e agora a seleção seguirá nesta sexta-feira de São Paulo até a Cidade do México, onde será feita uma escala para o voo direto para o Japão.

O Brasil estreia nos Jogos de Tóquio-2020 no próximo dia 22 contra a Alemanha. No dia 25, a equipe enfrenta a Costa do Marfim e, no dia 28, fecha a fase de grupos contra a Arábia Saudita.

Confira a numeração dos jogadores para a Olimpíada:

1 - Santos

2 - Gabriel Menino

3 - Diego Carlos

4 - Gabriel Magalhães*

5 - Douglas Luiz

6 - Guilherme Arana

7 - Paulinho

8 - Bruno Guimarães

9 - Matheus Cunha

10 - Richarlison

11 - Antony

12 - Brenno

13 - Daniel Alves

14 - Bruno Fuchs

15 - Nino

16 - Abner

17 - Douglas Augusto

18 - Matheus Henrique

19 - Reinier

20 - Claudinho

21 - Gabriel Martinelli

22 - Lucão

* cortado por lesão; ainda sem substituto

Forçados pela pandemia do novo coronavírus, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 vão restringir o número de pessoas presentes na cerimônia de abertura. Apenas um número limitado de VIPs, que inclui patrocinadores, diplomatas e convidados especiais, terão a oportunidade de acompanhar o início da Olimpíada no próximo dia 23. A estimativa inicial era que o estádio Nacional acomodasse 10 mil pessoas, mas o público será reduzido bruscamente.

As competições que acontecem depois das 21 horas (horário do Japão) ou em grandes locais também serão afetadas. Estas não terão espectadores para que não haja aglomerações na capital depois do fim dos eventos. Além de ter determinado um limite de 10 mil pessoas por local, residentes no Japão, o Comitê Organizador baniu estrangeiros de prestigiarem as competições.

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Porém, há uma boa probabilidade desse limite ser diminuído por causa das medidas de emergências parciais vigentes em Tóquio. Os casos continuam subindo na capital e não há previsão de flexibilização das restrições. Já foi feito um pedido para que as pessoas não acompanhem nas ruas as provas de maratona e marcha atlética.

No país, apenas 13,8% da população está totalmente vacinada contra a covid-19. Por isso, especialistas médicos e os próprios japoneses se opuseram à realização da Olimpíada, tendo em vista que o evento causa a chegada de uma enorme quantidade de atletas, técnicos, funcionários e jornalistas. Apesar disso, os organizadores e Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiram seguir em frente.

Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro Yoshihide Suga deve estender o estado de emergência parcial para além de 11 de julho. No mesmo dia, o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, encontrará o governo japonês e oficiais olímpicos para discutir a questão do limite de público. "Nós devemos ficar em alerta máximo", disse Suga. O primeiro-ministro adicionou que "não ter espectadores é uma possibilidade".

Após se saírem mal na Assembleia Metropolitana de Tóquio, realizada no último domingo, membros do Partido Democrático Liberal, ao qual Suga é afiliado, estariam inclinados a aceitar a proibição. As decisões do governo durante a pandemia irritaram a população, que votou contra o partido, causando parcialmente a sua derrota. "Não é que nós estamos determinados a ter espectadores independentemente da situação", disse Seiko Hashimoto, presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020.

O revezamento da tocha olímpica, símbolo do evento, já precisou ser retirado da cidade. Prevista para chegar à capital nesta sexta-feira, onde ocorreriam caminhadas do próximo dia 17 até a cerimônia de abertura, a tradição foi excluída das ruas e foi substituída com iluminações da tocha privadas do público. Ações restritivas semelhantes aconteceram em Hokkaido e Suzuki, tudo para evitar a propagação da covid-19, que já vitimou quase 15 mil pessoas no Japão.

A meia Angelina se apresentou, na noite de domingo (4), à concentração da seleção brasileira feminina, em Portland, nos Estados Unidos. Convocada na última sexta-feira (2) para a vaga de Adriana, lesionada, a jogadora do OL Reign, dos Estados Unidos, celebrou a notícia surpresa e desejou uma boa recuperação para a companheira de profissão.

"Estou muito feliz pela oportunidade, porém triste pela Adriana, desejo uma boa recuperação pra ela. Mas também muito feliz pela oportunidade de estar aqui, de poder estar junto com as meninas e disputar a Olimpíada", celebrou Angelina.

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Na chegada, a meia recebeu as boas-vindas da técnica sueca Pia Sundhage e seus auxiliares Lilie Persson e Anders Persson, que a parabenizaram pela oportunidade de integrar à equipe que disputará os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Esta será a sua primeira competição oficial com a seleção brasileira feminina principal. Ao longo da carreira, a meia teve grande passagem pelas categorias sub-20 e sub-17 e foi uma das capitãs de sua geração no Mundial e Sul-Americano de ambas as equipes.

Com a chegada de Angelina, o grupo conta agora com 20 atletas em Portland, onde a seleção ficará concentrada até o próximo dia 15. A equipe ficará completa na noite desta segunda-feira com a chegada das meia-atacantes Debinha e Marta.

A pandemia do novo coronavírus impôs restrições e protocolos rígidos para a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Por isso, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) montou uma comissão médica com a participação inédita de duas infectologistas para acompanhar a delegação brasileira no Japão. A comissão conduzirá, em conjunto com a Chefia da Missão, as principais decisões do planejamento da operação mais complexa da história olímpica brasileira.

"Estes Jogos serão diferentes e especiais por causa da pandemia. E a nossa prioridade continua sendo a integridade física de todos. Para que nossos atletas tenham uma boa performance, eles devem estar protegidos de qualquer risco", afirmou Marco La Porta, chefe da Missão brasileira em Tóquio. "Por isso a comissão médica será fundamental para a tomada de muitas decisões, tendo em vista também os protocolos exigidos pelo Comitê Organizador", disse.

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Formado pelos especialistas em medicina esportiva, Ana Carolina Côrte e Felipe Hardt, e as infectologistas Beatriz Perondi e Ho Ye Lin, o grupo se reúne semanalmente para discutir diversos assuntos, que vão desde a testagem da delegação até a divisão de quartos dos atletas na Vila Olímpica. Além disso, são organizados regularmente encontros virtuais com as áreas médicas das confederações.

"Desde que começamos a planejar nossa atuação nos Jogos Olímpicos, tivemos a ideia de criar uma pequena comissão para resolver os assuntos relacionado à covid. Hoje, todas as decisões são embasadas pela opinião médica. Serão Jogos desafiadores, e cabe a nós planejar os detalhes de segurança para que a delegação se mantenha saudável", afirmou Ana Côrte, coordenadora médica do COB.

Sem a pandemia, a área médica do COB teria oito integrantes em Tóquio. Agora, a previsão é que 16 profissionais embarquem para o Japão. O perfil destes profissionais será diversificado. "Procuramos designar médicos do esporte com formação clínica, que também saibam sobre a covid, e não apenas sobre lesões. Teremos médicos em todas as bases", explicou a coordenadora médica do COB, que destaca ainda o envio de 14 mil testes de antígeno às bases do Time Brasil no Japão, graças à parceria com a Fiocruz, para testagem rápida da delegação. Diversos itens de prevenção também forma incluídos no material enviado ao Japão: 85 mil máscaras descartáveis, 12.500 sapatilhas TNT, 400 borrifadores de álcool e 250 aventais, entre outros produtos.

INFECTOLOGISTAS - Referências na área de infectologia, Beatriz Perondi e Ho Yeh Lin integram a Missão pela primeira vez. Perondi é especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e atualmente coordena a área de situações extremas do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ho, por sua vez, nascida em Taiwan, coordena a UTI de moléstias infecciosas no Hospital das Clínicas de São Paulo. Em fevereiro de 2020, Ho foi uma das profissionais responsáveis pelo resgate dos brasileiros em Wuhan, na China, epicentro da pandemia. O sucesso da empreitada a transformou até em personagem de quadrinhos da Turma da Mônica, uma das parceiras do Time Brasil em Tóquio. Ela admite que nunca imaginou fazer parte de uma delegação olímpica.

"Quem diria que uma infectologista integraria uma missão olímpica do COB?", brincou Ho. "Está sendo um desafio muito grande trabalhar com esporte. Não trabalho com atletas no dia a dia, mas com pessoas imunodeprimidas. Então, estou aprendendo bastante sobre as características das pessoas que praticam atividade física profissionalmente. Estar em Tóquio com a delegação brasileira será uma experiência inesquecível", afirmou a doutora, que reforça ainda a importância do cumprimento dos protocolos estabelecidos.

A comissão médica estabeleceu assim, um rígido protocolo específico para todos os integrantes da delegação brasileira, com apresentação de teste sorológico, entrega de exames completos e testagem RT-PCR a 11 dias, 7 dias, 90 horas e 48 horas antes do embarque, além de teste de antígeno no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP).

Haverá testagem na chegada ao Japão e 72 horas antes da entrada na Vila Olímpica, que complementarão os protocolos exigidos pela organização do evento. "Esses Jogos Olímpicos têm um ingrediente a mais, que é como cada equipe vai se cuidar para reduzir ao máximo o risco de infecção. É um fator a mais que vai determinar quem será campeão. Por isso, é preciso a maior adesão possível às medidas de prevenção estabelecidas pela comissão médica do COB", disse Perondi.

O discurso é reforçado pela líder da área médica do COB. "Os atletas têm que ter consciência que podem perder tudo o que construíram em cinco anos de preparação. Tem que haver uma responsabilidade coletiva, pois se um colega de quarto se contamina, por exemplo, o atleta pode até ficar fora dos Jogos. Não há outra saída: é conscientização, educação e informação", enfatizou Ana Côrte.

A bola rolou para a seleção brasileira feminina em Portland, nos Estados Unidos. Na noite de segunda-feira (de Brasília), a técnica sueca Pia Sundhage comandou o primeiro treino da equipe dando o pontapé inicial na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Na primeira prática, a treinadora contou com 15 atletas que já estão concentradas com o grupo: Bárbara, Letícia Isidoro, Rafaelle, Bruna Benites, Erika, Poliana, Tamires, Formiga, Julia Bianchi, Andressinha, Duda, Adriana, Bia Zaneratto, Andressa Alves e Letícia Santos.

Visando a aclimatação ao clima japonês durante a Olimpíada, o primeiro treino ocorreu sob o calor do verão americano. Na atividade em campo, Pia Sundhage iniciou o treinamento com os fundamentos de apoio e suporte. Na sequência, a sueca comandou um exercício tático sem oponente, com o intuito de afinar as jogadas ofensivas. O período em campo foi finalizado com o treino de bola parada. Depois, as atletas realizaram trabalho físico na academia.

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Nesta terça-feira é aguardada a chegada das atletas que atuam na Espanha. São elas Aline Reis, Geyse, Giovana, Jucinara e Ludmila, completando assim 20 atletas já concentradas em Portland. O grupo ficará completo no dia 5 de julho com as apresentações de Marta e Debinha.

A seleção feminina ficará concentrada em Portland até o dia 15 de julho, quando segue para a aclimatação em Sendai, no Japão. Durante o período da cidade americana, o grupo realizará os treinos na sede da Nike. No local, a comissão técnica e as atletas terão à disposição toda a tecnologia da marca esportiva para a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A estreia do Brasil nos Jogos Olímpicos será no dia 21 de julho diante da China, em Miyagi. Na sequência, a seleção feminina encara a Holanda, no dia 24, no mesmo local, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27.

"Não existe 'nenhuma maneira' de blindar a competição". Com essa declaração, feita nesta segunda-feira em uma entrevista coletiva em Tóquio, faltando menos de um mês para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o presidente do Comitê Olímpico Japonês (JOC, na sigla em inglês), Yasuhiro Yamashita, afirmou que não tem como blindar a competição e fazer com que nenhum caso de Covid-19 seja registrado durante o evento esportivo.

O dirigente japonês afirmou que os protocolos de segurança criados pelas autoridades sanitárias para a chegada de atletas serão reforçados, mas ressaltou que nem mesmo a vacinação de todas as delegações garantiria um total de zero casos. "Não importa quais medidas sejam feitas, de maneira nenhuma não teremos nenhum caso positivo chegando. Mesmo que tenham tomado duas doses de vacina, isso não garante que todos testarão negativo", disse.

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As declarações de Yamashita foram feitas dias depois de um integrante da equipe de Uganda, um treinador não identificado, testar positivo na chegada ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio. Mesmo assim, os demais membros da delegação do país africano foram autorizados a viajar para a cidade costeira de Izumisano, onde ficariam hospedados. Posteriormente, uma segunda pessoa também ficou infectada e todos foram isolados.

No domingo, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 decidiram que equipes devem ser isoladas imediatamente caso algum membro esteja infectado ao chegar no Japão. "Para garantir que não surjam muitos casos nesses grupos, precisamos ter medidas mais rígidas na fronteira no momento da entrada no Japão", comentou Yamashita, acrescentando que os testes diários também vão ajudar a reduzir o risco de disseminação de infecções.

Apesar das dificuldades, o dirigente espera que os atletas tenham "memórias positivas" dos Jogos. Os atletas não poderão nem mesmo sair da Vila Olímpica fora de compromissos oficiais. "Como os atletas podem ter algum tempo para relaxar e criar algumas memórias positivas? É claro que a principal prioridade é tornar o evento seguro, mas penso que precisamos nos esforçar para dar aos atletas essa atmosfera", ressaltou Yamashita, que foi medalhista de ouro no judô.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) comunicou, nesta quarta-feira, aos atletas que disputarão os Jogos de Tóquio que um lugar no pódio pode render uma premiação extra de até R$ 250 mil, dependendo da cor da medalha. O valor recorde é sete vezes superior ao que foi pago na última edição dos Jogos, no Rio, em 2016, quando o bônus era de até R$ 35 mil para todos os medalhistas, fosse ouro, prata ou bronze.

Atletas campeões olímpicos em modalidades individuais serão premiados em R$ 250 mil. A recompensa pela medalha de prata será de R$ 150 mil e pelo bronze, R$ 100 mil. Equipes com até seis atletas terão os seguintes valores para dividir: R$ 500 mil (ouro), R$ 300 mil (prata) e R$ 200 mil (bronze). Já os atletas das modalidades coletivas receberão R$ 750 mil (ouro), R$ 450 mil (prata) e R$ 300 mil (bronze), também para serem repartidos. Atletas com medalhas em mais de uma prova acumulam os valores, recebendo por conquista.

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"Essa premiação é uma homenagem e um reconhecimento ao trabalho dos atletas, os principais protagonistas do movimento olímpico. A premiação é fundamentada em um dos nossos pilares: a meritocracia", disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.

A meta do comitê é superar em Tóquio a quantidade de medalhas conquistadas na Rio-2016, quando o País ficou na 13.ª colocação geral, com 19 pódios, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. A entidade, no entanto, evita falar abertamente em um número exato de medalhas, como em edições anteriores dos Jogos. O Time Brasil terá no Japão cerca de 300 atletas - atualmente 272 vagas já estão confirmadas, mas várias modalidades ainda buscam índice olímpico.

Ao contrário dos Jogos do Rio, quando a premiação foi paga diretamente por empresas patrocinadoras da Olimpíada e do COB, agora a verba vem de recursos privados do comitê, o que não inclui os repasses de 1,7% do valor apostado em todas as loterias federais do País.

Mesmo com o aumento da premiação aos medalhistas em relação a 2016, a realidade do Brasil ainda está distante dos principais países da Europa. O Comitê Olímpico Italiano, por exemplo, anunciou semana passada que, em Tóquio, a medalha de bronze valerá um prêmio de € 60 mil (R$ 360 mil), a de prata será de € 90 mil (R$ 540 mil) e a de ouro renderá € 180 mil (cerca de R$ 1 milhão).

"A premiação aos atletas só foi possível graças à contenção de gastos e ao saneamento financeiro implementados pelo COB. Além disso, mesmo diante de um cenário inédito e desafiador por causa da pandemia, fechamos novos contratos de patrocínio, que foram fundamentais para colocarmos em prática esta ação", explicou o diretor geral do COB, Rogério Sampaio.

A premiação deverá ser entregue aos atletas até o fim do ano, no Prêmio Brasil Olímpico. O incentivo é válido também para os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022.

O COB está investindo R$ 60 milhões somente na logística da viagem e o período de aclimatação da equipe brasileira em Tóquio. Neste ano, foram destinados outros R$ 150 milhões às confederações para projetos de treinamento e competições de preparação, além de R$ 12 milhões para o desenvolvimento das categorias de base e também R$ 30 milhões somente naquelas modalidades com mais chances de pódio.

Funcionários do setor de logística e infraestrutura do COB já estão no Japão. Os primeiros atletas a desembarcar no país serão os da canoagem slalom, no dia 6 de julho - a cerimônia de abertura dos Jogos ocorre no dia 23. O Time Brasil usará antes e durante a Olimpíada bases de apoio espalhadas em nove cidades.

"Estamos na fase final do nosso planejamento operacional, nos últimos ajustes em relação aos protocolos de segurança para o envio dos atletas ao Japão. A perspectiva é de que o Brasil tenha uma boa representação nessa edição de Jogos Olímpicos, mesmo com todas dificuldades enfrentadas. Ao longo dos últimos anos o desempenho dos atletas brasileiros em competições internacionais foi de relevância. A confiança é grande nessa boa representação", disse o diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara.

Em meio a um número crescente de desistências de tenistas - entre eles o espanhol Rafael Nadal -, o sérvio Novak Djokovic, atual número 1 do mundo, teve a sua presença confirmada nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A confirmação da presença do atual campeão de Roland Garros veio através da Associação de Tênis da Sérvia nesta quarta-feira.

"Novak confirmou o desejo de participar das Olimpíadas e já enviamos a lista com seu nome ao Comitê Olímpico da Sérvia", disse a federação. Além de Djokovic, a lista completa de participantes sérvios tem apenas Miomir Kecmanovic, uma vez que Dusan Lajovic, Filip Krajinovic e Laslo Djere resolveram abdicar da competição.

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"O coronavírus tornou tudo o mais difícil possível. A bolha será em Tóquio para cerca de 10.000 pessoas, o que será muito complicado e dificultará significativamente a permanência dos atletas nas Olimpíadas. Uma coisa é estar em uma bolha em um torneio com no máximo várias centenas de participantes, e outra é estar em uma multidão de 10.000", informou a federação sérvia.

Com a presença de Kecmanovic, o líder do ranking e dono de 19 títulos de Grand Slam ao menos pode ter a chance de também se inscrever nas duplas, dependendo do ranking combinado para conseguir uma vaga na chave. Djokovic tem apenas uma medalha de bronze olímpica, conquistada em simples nos Jogos de Pequim-2008, na China.

DEL POTRO FORA - Apesar de todo o trabalho de Juan Martin del Potro para tentar se recuperar a tempo de disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o argentino não terá condições de atuar na competição, que começa daqui a um mês. A informação foi confirmada pela equipe do tenista de 32 anos e que já passou por quatro cirurgias no joelho direito. A operação mais recente foi realizada em março deste ano.

"Delpo não poderá disputar os Jogos Olímpicos. A reabilitação do joelho está indo bem, de acordo com o plano do médico, mas ele sugeriu que Juan Martin continuasse com seu processo de reabilitação e treinamento e não atuasse em Tóquio-2020", disse o comunicado emitido pela assessoria do argentino. Ele tem duas medalhas olímpicas - um bronze em Londres-2012, na Inglaterra, e uma prata no Rio-2016.

O cavaleiro João Vitor Marcari Oliva, filho da ex-jogadora de basquete Hortência, será o representante brasileiro no hipismo adestramento nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, que começam no dia 23 de julho. A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) confirmou na terça-feira a convocação dele e do cavalo Escorial Horsecampline.

Nas redes sociais, a medalhista olímpica comemorou o feito do filho. "Orgulhosa demais", disse Hortência, que compartilhou no seu Twitter a carta de convocação e parabenizou o filho. "Muita emoção com a convocação do meu filho para mais uma Olimpíada! Orgulhosa demais! Você merece tudo isso, pela sua dedicação. Te amo, filho", escreveu.

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Somente na prova individual, João Victor, de 25 anos, fará a sua estreia na Olimpíada de Tóquio já no dia 24 de julho. O evento no Japão será sua segunda participação em Jogos Olímpicos. O cavaleiro fez parte da equipe brasileira no Rio-2016. O País ficou em 10.º lugar na prova por equipes e João Victor acabou em 46.º no individual.

Com três índices técnicos, o cavaleiro paulista conquistou a única vaga do Brasil no hipismo adestramento ao apresentar a melhor média (70,565%), considerados os dois melhores resultados entre os conjuntos (cavalo/cavaleiro) que atingiram o requisito estabelecido pela Federação Equestre Internacional (FEI, na sigla em francês) - índice mínimo de 66% de nota média final e com pelo menos um juiz FEI5* no Grand Prix em Concursos de Dressage Internacional (CDI) acima de 3*.

Na carreira, João Victor já conquistou o Prêmio Brasil Olímpico, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), em cinco edições, de 2014 a 2018, além de ter sido indicado em 2013 e 2012.

Para a reserva do hipismo adestramento nos Jogos de Tóquio-2020 está Pedro Tavares de Almeida, de 27 anos, que também fez a sua estreia olímpica no Rio-2016. Ele é o primeiro reserva com o cavalo Famous do Vouga (68,598%) e segundo reserva com Xaparro do Vouga (66,108%) - dois puro sangue lusitanos de criação de sua família em Itu (SP).

A delegação de atletas olímpicos de Uganda, que chegou no último sábado a Tóquio para se preparar para os Jogos Olímpicos, teve nesta quarta-feira a confirmação de um segundo caso positivo de Covid-19. A informação foi divulgada pelas autoridades do município de Izumisano, perto de Osaka, onde os africanos estão hospedados.

No último sábado, um treinador, não identificado, testou positivo para o novo coronavírus ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio. O restante da delegação, formada por oito membros, foi então colocado em isolamento em Izumisano e deverão ficar em quarentena até o dia 3 de julho.

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"As autoridades médicas locais entrevistaram os oito membros e determinaram que eram casos de contato e pedimos que ficassem isolados até 3 de julho", explicou um responsável da cidade de Izumisano, acrescentando que está sendo estudada a possibilidade de poderem treinar ao ar livre, perto do hotel.

Este é o segundo caso positivo de infecção pelo novo coronavírus em delegações olímpicas que já começam a chegar ao Japão para os Jogos Olímpicos, que acontecerão entre 23 de julho e 8 de agosto.

A equipe de softball da Austrália tornou-se a primeira delegação estrangeira a chegar ao Japão para a Olimpíada no início deste mês. Outros 14 remadores dinamarqueses também chegaram e viajaram para sua cidade anfitriã, localizada em Ogata, na província de Akita.

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