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Em busca de um segundo mandato, o presidente norte-americano, Donald Trump, tem acelerado a aplicação de sanções econômicas, sua ferramenta favorita de política externa. Mas suas medidas de "máxima pressão" não têm dado o resultado esperado.

O governo Trump impôs na última quinta-feira (8) um amplo pacote de sanções aos bancos do Irã, com a intenção de aplicar um golpe definitivo na economia de seu adversário, e, nas últimas semanas, tem emitido ações quase diárias contra entidades em países como Belarus, Cuba, Nicarágua, Síria e Venezuela.

"As sanções têm sido, claramente, a ferramenta escolhida pelo governo Trump para responder aos regimes corruptos e a condutas ilícitas", disse Richard Goldberg, da Fundação para a Defesa das Democracias, um grupo de linha-dura. "Os governos anteriores usavam as sanções, mas sobre uma base mais estreita e seletiva, designando a entidades e indivíduos específicos, em vez de tentar criar mudanças macroeconômicas e desestabilizar os governos e forçar uma mudança de comportamento em larga escala", explicou.

Nenhum país tem sido mais afetado pelas sanções dos Estados Unidos do que o Irã. Em 2018, Trump saiu de um acordo de desnuclearização negociado pelo ex-presidente democrata Barack Obama, bloqueando todas as exportações de petróleo daquele país. Mesmo que negue que o objetivo fosse uma mudança no regime, o secretário de Estado, Mike Pompeo, fixou 12 condições para eliminar as sanções, que equivalem a uma transformação total da estratégia de segurança do Irã.

Mais de dois anos depois, o governo Trump assume o crédito pela devastação da economia do Irã, dizendo que seus aliados regionais - como o movimento xiita Hezbollah - têm sido privados de financiamento.

"No Irã, o regime dispõe de consideravelmente menos recursos para gastar em atividades maliciosas, o que, por si só, é uma vitória da segurança nacional dos Estados Unidos, e parece que o regime se verá obrigado a negociar em 2021 com quem vencer as eleições presidenciais", disse Goldberg.

Sem 'mudança real'

Mas os grupos militantes apoiados pelo regime iraniano têm intensificado suas atividades, o Irã tem tomado medidas para contornar as restrições impostas pelo acordo nuclear, e nenhum dos 12 objetivos declarados por Pompeu foi alcançado.

"Diriam 'enfraquecemos o Irã', o que é certo, mas não houve uma mudança real no comportamento iraniano", indicou Thomas Wright, especialista em política externa do centro de pesquisas Brookings Institution. "Não vimos o Irã aceitar uma negociação, muito menos negociar uma alternativa" ao acordo sobre seu programa nuclear, disse.

Brian O'Toole, que ajudou a implementar as sanções sob o governo Obama, disse que as últimas medidas contra o Irã eram mais políticas, incluindo dificultar que um futuro governo voltasse a interferir no acordo nuclear. "É provável que as repercussões reais destas sanções sejam marginais, e não ao nível do colapso do regime, como pregaram alguns de seus defensores", indicou O'Toole, que faz parte atualmente da organização Atlantic Council. "E não serão de muita utilidade para reduzir o mau comportamento iraniano."

- Maduro fica, mas Kim negocia -

O objetivo do governo Trump tem sido claro sobre a Venezuela: a destituição do líder esquerdista Nicolás Maduro, cuja reeleição em 2018 foi amplamente considerada uma fraude. Mas após mais de um ano e meio de esforços dos Estados Unidos, incluindo sanções ao petróleo venezuelano, Maduro segue no cargo, com o apoio de Rússia, China, Irã e Cuba.

Os resultados são mais complexos na Coreia do Norte, que foi atingida por importantes sanções respaldadas pela ONU depois de uma série de testes nucleares e de mísseis.

Especialistas veem a pressão econômica como uma das razões pelas quais o líder norte-coreano, Kim Jong Un, cedeu à diplomacia com Trump, com quem se reuniu em um encontro histórico em 2018 e mais duas vezes no ano passado.

A recusa de Trump - sob pressão de seus aliados - a flexibilizar as sanções à Coreia do Norte sem um acordo final afundou a cúpula de 2019 com Kim em Hanói.

Trump atribui a si próprio o mérito por aliviar a tensão bélica com a Coreia do Norte, mas o Estado autoritário tem prosseguido com seu desenvolvimento nuclear. Goldberg vê uma história de êxito nas sanções contra a Turquia, que libertou um pastor norte-americano preso depois de uma breve imposição por Trump de tarifas que abalaram a economia do aliado da Otan.

Mas o entusiasmo de Trump com as sanções tem colocado à prova sua relação com aliados do continente europeu que lutam para preservar o acordo nuclear iraniano. Os aliados europeus e outros expressaram insatisfação com as sanções, mas as acataram, já que os Estados Unidos estabeleceram sanções secundárias, ameaçando punir qualquer nação que faça negócios com o Irã.

"Os Estados Unidos estiveram por muito tempo muito interessados nas sanções, mas acredito que, agora, há um certo reconhecimento de que isto tem que fazer parte de uma estratégia mais ampla, e não ser uma estratégia por si só, o que é menos eficaz", indicou Wright. "Não acredito que Trump o veja desta forma, mas acho que há um reconhecimento crescente disto."

A Comissão de Debates Presidenciais anunciou nesta sexta-feira (9) o cancelamento do confronto entre o republicano Donald Trump e seu adversário, o democrata Joe Biden, previsto para a próxima quinta-feira, dia 15, em Miami, Flórida.

Depois do anúncio de contágio do presidente pela covid-19, o comitê decidiu que o debate seria realizado virtualmente, mas Trump se recusou a participar do evento neste formato.

"Hoje está claro que não haverá debate em 15 de outubro", escreveu a comissão em um comunicado, destacando que está centrada nos "preparativos para o terceiro e último debate presidencial, previsto para 22 de outubro", em Nashville, Tennessee.

Esperava-se que no debate de Miami os eleitores fizessem perguntas aos candidatos.

Trump "obviamente não tem a coragem de responder aos eleitores sobre seu balanço" junto a Joe Biden, disse Andrew Bates, porta-voz do candidato democrata.

"É vergonhoso que Donald Trump tenha se esquivado do único debate em que os eleitores poderiam fazer perguntas, mas não é uma surpresa", acrescentou em declarações à AFP.

Após o anúncio do debate virtual, a equipe de Trump acusou os organizadores de querer evitar um confronto direto entre o presidente, que tenta a reeleição, e Biden.

A equipe de Trump queria que o debate de 15 de outubro fosse adiado para realizar um único encontro final, no dia 29, cinco dias antes das eleições, o que Biden recusou.

Os dois políticos tiveram um primeiro confronto em 29 de setembro em Cleveland, Ohio, em debate caótico de quase uma hora e meia, repleto de insultos e interrupções mútuas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (9), estar totalmente recuperado da Covid-19 e voltou a elogiar os medicamentos que recebeu no hospital, sobretudo o Regeneron. "Eu me sinto com a saúde perfeita", garantiu ele, informando ainda que não estava tão bem de saúde antes de contrair a doença, durante participação no programa de rádio do conservador Ruch Limbaugh. Trump disse que o Regeneron não significa apenas uma das terapias disponíveis, mas "a cura" para a doença, e afirmou que trabalha para disponibilizar logo o remédio para todos os americanos.

Trump disse que perdeu "pelo menos cinco amigos" para o novo coronavírus, que voltou a qualificar como "praga chinesa", mas afirmou que agora o quadro é muito mais positivo na pandemia, com os medicamentos e a perspectiva de haver vacinas em breve.

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O presidente americano ainda mostrou otimismo com a disputa eleitoral. "Acho que teremos uma vitória maior do que anos atrás", comentou, desqualificando algumas pesquisas que colocam o rival democrata, Joe Biden, à frente na disputa. Ele também voltou a levantar suspeitas sobre o processo, ao dizer que há "cédulas falsas" na eleição americana.

Centenas de pessoas fazem fila na Filadélfia, todos os dias, para votar no democrata Joe Biden a menos de um mês para as eleições nos Estados Unidos, enquanto o presidente Donald Trump insiste em apontar este bastião democrata como uma fonte potencial de fraude.

Em um dia ensolarado de outubro, uma longa fila de eleitores, de máscara, espalha-se ao redor da imponente prefeitura da Filadélfia: eles esperam para votar em duas grandes urnas, vigiadas por funcionários municipais e por alguns policiais. Esta é uma das mudanças provocadas pela pandemia do coronavírus.

Pela primeira vez, os eleitores deste Estado-chave para a eleição presidencial podem solicitar que uma cédula de voto por correio lhes seja enviada. Ela então será encaminhada - sob o risco de não chegar a tempo de ser contabilizada -, ou depositada pessoalmente em um local de votação temporário.

Desde a abertura desses postos de votação em 29 de setembro, os eleitores têm se inclinado por esta última opção. Milhares de pessoas devem votar desta forma antes de 3 de novembro.

E, nesta cidade onde 82% dos eleitores votaram na democrata Hillary Clinton em 2016, a linha está longe de ser equilibrada entre os dois campos.

Cerca de 15 pessoas, questionadas aleatoriamente pela AFP, disseram que queriam deixar claro nas urnas sua rejeição a Trump.

Os olhos de Nancy Rasmussen, de 74 anos, enchem-se de lágrimas assim que ela começa a falar.

"Tenho a impressão de que já é 3 de novembro. É tão importante (...) que nos livremos (de Trump). Estou disposta a entrar em uma longa fila para votar", afirmou ela, feliz em ver tantas pessoas antecipando o voto.

Kenneth Graitzer, um bibliotecário aposentado, optou por votar cedo, porque considera "mais seguro" do que esperar pelo dia 3 de novembro neste período de crescente tensão política.

O presidente dos Estados Unidos instou seus seguidores a irem em massa às urnas "observar" a evolução da votação e da apuração, um apelo que os democratas interpretam como incitamento à violência.

"Estou com medo dele, com medo de pessoas que o consideram um deus. Acho que ele é um perigo para o país", disse Graitzer.

Curtis Adams, dono de um bar e historiador da arte, diz que não tem medo de suas "táticas de intimidação". Ele garante que não vão funcionar, pelo menos nas grandes cidades "acostumadas a todo tipo de situação".

Mesmo assim, ele decidiu votar imediatamente após receber a cédula. "Não queria arriscar que meu voto não fosse contado (...) Tive que esperar uma, ou duas horas, mas queria fazer isso", frisou.

Embora comemore o sucesso da votação antecipada, Lisa Deeley, presidente da comissão municipal que supervisiona as eleições, admite que "a pressão é real" este ano para garantir o bom andamento do processo eleitoral.

A comissão recrutou centenas de pessoas adicionais para lidar com o voto antecipado, mas ela se preocupa com o fato de Trump sugerir a possibilidade de fraude em sua cidade.

- "Coisas ruins" -

"Coisas ruins estão acontecendo na Filadélfia", disse Trump no debate contra Joe Biden no final de setembro, depois que um de seus apoiadores foi expulso da sala de votação da prefeitura, onde filmava com seu telefone sem autorização.

Nenhuma fraude foi comprovada na Filadélfia até hoje, mas algumas suspeitas são levantadas por alguns políticos republicanos locais.

A fraude é particularmente tentadora em uma cidade onde os democratas detêm uma esmagadora maioria dos cargos eleitos e em um estado onde todos os votos contam, já que Trump ganhou na Pensilvânia, em 2016, com uma maioria de 44.000 votos.

"Já houve acusações parecidas do candidato Trump em 2016 (...) mas, uma coisa é quando um candidato diz isso, outra, quando ele é o presidente", afirmou Lisa Deeley.

Embora seja democrata, ela se diz imparcial, conforme exigência de seu papel como comissária eleitoral.

Ela garante que todo o possível está sendo feito para assegurar que a eleição transcorrerá sem problemas.

"Estamos na Filadélfia. Somos o berço da democracia americana. Faremos de tudo para que essa democracia continue a prosperar", completou.

O presidente americano, Donald Trump, expressou nesta quinta-feira (8) críticas incomuns contra dois de seus aliados mais firmes, o secretário de Estado Mike Pompeo e o procurador-geral Bill Barr, a menos de um mês das eleições em que busca um segundo mandato.

Em uma entrevista telefônica com a Fox Business, Trump, que foi obrigado a abandonar a campanha devido ao diagnóstico de covid-19, exigiu aos dois membros do gabinete que tomassem medidas sobre assuntos relativos ao governo do ex-presidente democrata Barack Obama.

Trump disse que Pompeo deveria encontrar um jeito de tornar públicos os e-mails de Hillary Clinton, a candidata presidencial democrata nas eleições de 2016, um caso de longa data para os ativistas republicanos que a acusam de ter usado um servidor privado de e-mail enquanto era secretária de Estado no governo Obama.

Os e-mails "estão no Departamento de Estado, mas Mike Pompeo não foi capaz de pegá-los, o que é na verdade muito triste", disse Trump.

"Não estou contente com ele por conta disso", explicou. "Ele lidera o Departamento de Estado... então, que os pegue".

Pompeo tem sido até agora um dos poucos funcionários que nunca contrariou Trump, que criticou implacavelmente os antecessores de Pompeo e Barr depois de demiti-los de seus cargos.

Trump, que está atrás nas pesquisas em relação ao seu oponente democrata Joe Biden, pediu a Barr que processe os membros do governo Obama por investigarem a relação de sua campanha com a Rússia.

"Bill Barr vai terminar como o melhor procurador-geral na história do país ou então em uma situação muito triste", disse Trump.

"Ele tem todas as informações que precisa", disse o presidente sobre as acusações.

Uma investigação do ex-diretor da Agência Federal de Investigações (FBI) Robert Mueller descobriu que a Rússia tentava impulsionar a campanha de Trump.

Mueller trouxe evidências significativas de que os aliados de Trump coordenaram, cooperaram, incentivaram e apoiaram a interferência da Rússia. Mas o investigador disse que não tinha elementos suficientes para acusar de conspiração nenhum membro da campanha.

O primeiro assessor de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, admitiu ter mentido ao FBI sobre negociações com o embaixador russo.

Barr não encontrou motivos para acusar os funcionários do governo Obama pela investigação da Rússia, mas tem sido um defensor fervoroso de Trump.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (8) durante entrevista à Fox Business que não perderá tempo em um debate virtual contra seu rival na corrida à Casa Branca, Joe Biden. O comitê que organiza os debates presidenciais no país anunciou que a segunda edição do evento, marcada para a próxima quinta-feira (15) ocorrerá em formato virtual, já que o republicano foi diagnosticado com o novo coronavírus na sexta-feira (2) passada. "Não há razão para debate virtual, estou bem de saúde", afirmou Trump.

Segundo o presidente, ele já está "bem o suficiente", inclusive, para participar de comícios e não estaria mais transmitindo a Covid-19. "As pessoas querem me abraçar, me beijar. Não vou dizer para não fazerem", declarou, durante a entrevista. Autoridades de saúde, no entanto, recomendam quarentena de catorze dias a quem testar positivo para a doença, que já deixou mais de 200 mil mortos e 7,5 milhões de doentes nos EUA.

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Ainda sobre a questão eleitoral, Donald Trump afirmou que o voto por correio é um problema maior do que a China ou a Rússia para os EUA. Ele também disse que não acredita em pesquisas eleitorais - os levantamentos têm apontado vantagem de Joe Biden nas intenções de voto.

O mandatário aproveitou o espaço na Fox Business para criticar Kamala Harris, candidata à vice-presidente na chapa democrata. "Ela é mais que socialista, é comunista. Está muito à esquerda de Bernie Sanders", disparou. Autointitulado socialista democrático, Sanders foi pré-candidato à presidência do país em 2016 e em 2020.

Trump também repetiu, durante a entrevista que durou aproximadamente uma hora, que os mercados acionários terão um "crash" se Biden for eleito e reiterou que pretende impor novas tarifas à China, caso conquiste um novo mandato.

A série de tuítes de Donald Trump, na terça-feira (6), torpedeando as negociações com os democratas para aprovar um pacote de estímulo à economia durante a pandemia, provocou um mal-estar entre aliados republicanos, surpreendidos com a decisão, e afetou sua campanha à reeleição. Ontem, após críticas de empresários e associações de classe, o presidente voltou atrás e tentou ressuscitar o acordo.

O presidente está atrás nas pesquisas e vem perdendo terreno para o democrata Joe Biden - especialmente após a desastrosa participação no primeiro debate, na semana passada. Ontem, faltando 26 dias para a eleição, pesquisas mostraram que o rival ampliou sua vantagem nos últimos dias. A sondagem CNN-SSRS colocou Biden 16 pontos à frente. O instituto Ipsos indica que o democrata lidera com 12 pontos de vantagem.

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Mas a eleição americana não é decidida pelo voto popular, e sim por um colégio eleitoral composto por 538 eleitores divididos de acordo com a população de cada Estado. Segundo pesquisas, Trump vai mal em quase todos, mas basta vencer Biden em alguns Estados-chave para ser reeleito. Por isso, o pacote de estímulo é considerado importante para os eleitores dos Estados mais afetados pela pandemia, como Wisconsin. Michigan, Ohio e Pensilvânia.

"Mandei meus representantes pararem de negociar até depois da eleição. Depois que eu ganhar, aprovaremos um grande projeto de estímulo que se concentra nos trabalhadores e nas pequenas empresas", escreveu Trump, no Twitter.

A decisão azedou a relação do republicano com o empresariado e provocou turbulências nos mercados financeiros. Ontem, ele foi criticado pelo presidente da Associação Americana de Hotéis, Chip Rogers, que qualificou a mensagem como "inaceitável e inconcebível". "Nossos líderes em Washington estão priorizando a política em vez do povo", disse.

Sean Kennedy, executivo da Associação Nacional dos Restaurantes, também criticou o presidente. "Cada semana sem fazer nada significa que centenas de restaurantes fecharão as portas no país todo", afirmou. "Os EUA precisam de liderança de verdade, e não de argumentos político-partidários ligados à eleição", disse Tori Emerson Barnes, vice-presidente da U.S. Travel Association.

A decisão também foi criticada por aliados. A senadora Susan Collins, republicana que também disputa a reeleição, disse que é "um grande erro" esperar mais para aprovar um pacote de ajuda. Até o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, geralmente discreto, alertou para as consequências trágicas da falta de apoio a famílias e empresas afetadas pela pandemia.

Com a campanha de Trump saltando de crise em crise nas duas últimas semanas, as críticas ao presidente deixaram estrategistas republicanos atordoados. Eles mal se refizeram do debate desastroso, dia 29, tiveram de lidar com o diagnóstico positivo do presidente, dois dias depois. Após três noites internado com covid, o presidente voltou para casa, na segunda-feira, em um espetáculo midiático bastante questionável - ele reapareceu sem máscara na sacada da Casa Branca e gravou um vídeo minimizando a gravidade da pandemia.

Para tentar apagar o incêndio, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, tentou ontem ressuscitar o acordo com a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi. O objetivo agora é resgatar pelo menos a indústria aérea para evitar prejuízos como os da semana passada, quando a American Airlines e a United anunciaram a dispensa de 30 mil funcionários.

Ontem, sete horas após ter interrompido as negociações, Trump deu sinais de ter mudado de ideia. Pelo Twitter, ele pediu ao Senado e à Câmara que aprovassem US$ 25 bilhões de ajuda para o setor aéreo e um pagamento de US$ 1,2 mil para milhões de pequenos negócios. "Estou pronto para assinar. Você está ouvindo, Nancy", escreveu o presidente no Twitter, em referência a Pelosi.

Ao mesmo tempo em que o presidente parecia abrir a guarda, seu chefe de gabinete, Mark Meadows, era taxativo em entrevista a jornalistas. "A negociação está encerrada", afirmou, refletindo a falta de direção de um governo comandado pelo Twitter por um presidente encastelado em uma Casa Branca esvaziada de funcionários.

Ontem, após confirmar que reabriu negociações com Mnuchin, Pelosi aproveitou para criticar o presidente. "A Casa Branca está em total desordem", disse a democrata. "É difícil imaginar o que ele (Trump) está fazendo. Ele viu a repercussão negativa e está tentado corrigir o erro terrível que cometeu. Mas a reputação dos republicanos está indo pelo ralo com ele."

O Facebook anunciou que planeja suspender os anúncios políticos após as eleições de 3 de novembro para "reduzir a confusão, a desinformação e os abusos de seus serviços nos dias posteriores à votação". A rede social também removerá posts com linguagem intimidatória ou que incitem as pessoas a verem as apurações. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não apresenta sintomas da covid-19 há 24 horas ou febre há quatro dias, disse seu médico em um comunicado nesta quarta-feira.

O médico Sean Conley iniciou sua mensagem com uma fórmula incomum dizendo que Trump lhe disse esta manhã "Eu me sinto fenomenal" e acrescentou que "ele não tem febre há quatro dias e não tem sintomas há 24 horas".

Conley destacou que as últimas análises a partir de amostras tiradas na segunda-feira permitiram detectar traços de anticorpos da covid-19 que eram indetectáveis na noite de quinta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os novos critérios da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) para avaliar se uma potencial vacina contra a Covid-19 deve ser amplamente distribuída, divulgados nesta terça-feira (6) pela agência. "As novas regras da FDA tornam mais difícil para eles acelerar a aprovação de vacinas antes do dia da eleição", escreveu o republicano em sua conta oficial do Twitter, fazendo referência ao pleito presidencial de 3 de novembro, em que concorre à reeleição. "Apenas mais um trabalho de golpe político!", declarou Trump.

De acordo com a Dow Jones Newswires, a Casa Branca endossou a mudança nos critérios depois de autoridades do governo americano terem expressado oposição ao plano por duas semanas, principalmente porque ele exige um período de observação de dois meses para ver se as pessoas que tomaram a vacina sofreram efeitos colaterais negativos.

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Esse período de espera de dois meses torna quase certo que nenhuma vacina poderá ser aprovada para uso nos EUA antes da eleição presidencial de 3 de novembro, uma meta que Trump almejava. A FDA, entretanto, estava preparada para seguir suas diretrizes mesmo sem a aprovação da Casa Branca.

No primeiro dia de trabalho na Casa Branca, após três noites no hospital militar Walter Reed, Donald Trump disse ontem que pretende ir ao debate com Joe Biden, dia 15, e tentou tirar sua saúde do centro das atenções. Em isolamento e impedido de fazer comícios em razão da covid, ele fez campanha pelo Twitter.

Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais era o vídeo em que Trump parecia respirar com dificuldade ao tirar a máscara em frente à Casa Branca. Ontem, porém, das 18 mensagens no Twitter, o presidente falou do vírus apenas em 3. Em uma, ele disse estar se sentindo "ótimo". Em outra, acusou a "imprensa fake news" de só querer falar de covid. A última mensagem foi derrubada pelo Facebook por divulgar informação falsa ao comparar o coronavírus à gripe.

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A maior parte do foco de Trump se voltou a ataques contra Biden. Ele disse estar "ansioso" para participar do segundo debate, mas não é possível saber se o presidente estará curado ou se ainda será um agente de transmissão. Hoje, o debate será entre os candidatos a vice. Por exigência da democrata Kamala Harris foram instaladas placas de acrílico entre ela e o republicano Mike Pence no encontro em Salt Lake City.

Em uma decisão surpreendente, Trump rompeu ontem as negociações com o Congresso sobre um novo pacote de estímulo econômico a ser oferecido durante a pandemia. Segundo ele, a articulação está suspensa até a eleição. Trump acusou a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, de ser a culpada pelo fracasso.

A decisão provocou surpresa entre analistas políticos. A economia é o ponto forte de Trump e a maioria dos americanos defende um novo pacote de socorro de US$ 2 trilhões. "Claramente a Casa Branca está em desarranjo", disse Pelosi, que sugeriu que os esteroides que Trump tomou para combater a covid estão afetando seu pensamento.

A estratégia de tirar das manchetes o seu estado de saúde, no entanto, pode beneficiar o presidente. "Trump oscilou negativamente nas pesquisas desde sexta-feira, a doença criou insegurança. A campanha pretende mudar a agenda. E a expectativa do partido é que, daqui a quatro ou cinco dias, ninguém fale mais da infecção", afirma o professor da Universidade George Washington, Maurício Moura.

A divulgação de informações sobre a saúde do presidente também se tornou mais discreta. Diferentemente dos últimos dias, não houve entrevista coletiva nem atualizações médicas. A única novidade foi um relatório em que o médico Sean Conley afirma que Trump está sem sintomas e com sinais vitais estáveis, com nível de saturação de oxigênio entre 95% e 97%.

Segundo o New York Times, o presidente pensou em fazer um pronunciamento nacional ontem, mas aparentemente desistiu. O clima na Casa Branca é de preocupação com a propagação do vírus. Ao menos 19 pessoas que estiveram em contato com o presidente ou que participaram da cerimônia de nomeação da juíza Amy Coney Barrett à Suprema Corte, feita na Casa Branca há dez dias, foram infectadas.

Já Biden continuou com a campanha. Depois de ter ido à Flórida, na segunda-feira, o candidato democrata viajou ontem para a Pensilvânia e segue amanhã para o Arizona. Ele disse que pretende ir ao debate, mas fez uma ressalva. "Se ele (Trump) ainda estiver com covid, não deveríamos ter o debate", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os agentes do Serviço Secreto que protegem a Casa Branca estão sempre prontos para "levar um tiro" para salvar o presidente Donald Trump, mas agora o perigo é o próprio presidente, infectado com covid-19.

A recusa do presidente dos Estados Unidos em usar máscaras na Casa Branca contribuiu para a disseminação do coronavírus em seu círculo e entre seus assessores, incluindo possivelmente dezenas de agentes do Serviço Secreto, de acordo com vários relatos da mídia.

Enquanto ainda estava internado no hospital militar Walter Reed, Trump aumentou o risco ao solicitar que uma equipe do Serviço Secreto o acompanhasse quando ele saísse para cumprimentar seus apoiadores.

Trump e seus guarda-costas usaram máscaras, mas estavam todos dentro do mesmo veículo com as janelas fechadas, em um momento em que especialistas acreditam que o presidente estava em um estágio altamente contagioso da doença.

"Isso é loucura", criticou no Twitter James Phillips, médico do hospital Walter Reed, que prescreveu que todos os que estavam na viagem ficassem em quarentena por 14 dias. "Eles podem ficar doentes. Podem morrer. Por causa de uma encenação política", acrescentou.

O porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, afirmou que eles tomaram as "precauções adequadas" durante o trajeto. "A ação foi autorizada pela equipe médica", argumentou.

- "Parte do trabalho" -

O risco faz parte do trabalho de uma divisão de elite da equipe de segurança do presidente. Os agentes viajam com ele e o vice-presidente o tempo todo, colocando-se entre um agressor em potencial e seus protegidos.

Em 1963, o agente Clint Hill se jogou sobre os corpos do presidente John F. Kennedy e de sua esposa Jacqueline depois que o presidente recebeu um tiro fatal enquanto viajava em um conversível.

"Se eu tivesse reagido um pouco antes", lamentou Hill mais tarde. "Vou viver com isso até o dia de minha morte", acrescentou.

Em 1981, o agente Tim McCarthy protegeu Ronald Reagan com o próprio corpo e o empurrou para dentro de sua limusine depois que tiros foram disparados contra ele e outra duas pessoas.

"Faz parte do trabalho", disse Ronald Kessler, autor de dois livros sobre o Serviço Secreto. "Quando eles se inscrevem, sabem que estão em perigo, que podem ser baleados".

Mas os riscos da pandemia de covid-19 representam uma ameaça diferente.

Dada a desvantagem nas pesquisas frente a seu adversário democrata, Joe Biden, Trump viajou por todo o país para realizar comícios e cerimônias de arrecadação de fundos, sem exigir o uso de máscaras ou respeitar o distanciamento social.

Vários agentes do Serviço Secreto foram forçados a entrar em quarentena após um comício em Tulsa, Oklahoma, e o mesmo aconteceu após um discurso do presidente em Tampa, Flórida, segundo o jornal The Washington Post.

A agência federal também teve um surto em sua academia de treinamento em Maryland. Sob a justificativa de "sensibilidade operacional", o Serviço Secreto não confirma informações sobre como a covid-19 os afetou.

"O Serviço Secreto seguirá os protocolos estabelecidos para garantir a segurança de nossos funcionários. O Serviço Secreto não fala dos protegidos ou de meios e métodos específicos para sua missão", disse a porta-voz Justine Whelan.

Kessler, que escreveu um livro sobre Trump, afirmou que os agentes são "muito leais a ele" e que ele os trata "com respeito e consideração".

No entanto, questionou sua atitude. "Por que correr riscos desnecessários e enviar a mensagem errada, neste caso, quando ele fez o percurso?", questionou.

Michelle Obama, que como esposa do ex-presidente Barack Obama continua sob proteção do Serviço Secreto, criticou Trump em um tuíte na terça-feira.

"Meu coração está com todos os afetados por este vírus", escreveu ela. "Especialmente o Serviço Secreto e os profissionais da residência, cujo serviço nunca deve ser desvalorizado", declarou.

Os avanços tecnológicos e a cooperação internacional aceleraram a compreensão científica da covid-19, mas é preciso "vontade política" para conter os surtos do vírus, afirmaram nesta segunda-feira (5) os vencedores do Nobel de Medicina.

Os americanos Charles Rice, da Universidade Rockefeller, e Harvey Alter, dos Institutos Nacionais de Saúde, foram premiados ao lado do britânico Michael Houghton pela descoberta do vírus da hepatite C.

Em coletivas de imprensa separadas, os laureados enfatizaram o tempo necessário para que suas pesquisas alcançassem os resultados almejados.

"É uma longa história, uma saga de cerca de 50 anos", lembrou Alter, de 85 anos, que começou a pesquisa nos anos 1960.

Os cientistas, porém, destacaram a importância dos avanços tecnológicos para acelerar a obtenção de resultados.

"Há uma grande diferença entre os anos 1970, 1980 e agora. A tecnologia é tão avançada que é assombroso", continuou Alter.

Rice, de 68 anos, lembrou da época em que demorava-se "meses e meses de trabalho árduo para isolar a sequência de um único genoma viral".

"Agora, é possível fazer isso em horas. E a velocidade com que se chega a progressos na compreensão da covid-19 é realmente espetacular", completou.

Para Houghton, os avanços tecnológicos, especialmente no desenvolvimento de vacinas, "são o lado bom da pandemia da covid-19".

Rice afirmou que a cooperação científica mundial em resposta à pandemia do coronavírus é "tranquilizadora" para batalhas contra vírus futuros.

O cientista acredita que esta cooperação mudou "como funciona a ciência para torná-la mais um esforço comunitário, quando há alguns anos [a pesquisa] teria sido feita por um par de laboratórios de maneira isolada".

Alter, porém, alertou que a corrida para encontrar uma cura não deve ser feita à custas de pesquisas profundas e bem estruturadas.

"É preciso planejar a longo prazo, pensar a longo prazo, e ter a liberdade de buscar coisas que não tenham um efeito imediato. Atualmente, se não há um destino final, é difícil conseguir financiamento", lamentou.

Alter lembrou que a ciência para combater a hepatite C, que mata cerca de 400.000 pessoas no mundo por ano, está tão evoluída que não são necessários melhores testes ou medicamentos.

"O que precisamos é de vontade política para erradicar [a doença]" continuou o cientista, que vê a mesma necessidade na luta contra a covid-19.

"O principal a se fazer é testar e tratar. Se tivéssemos um grande teste rápido para covid-19 e um grande tratamento para covid-19, seria o mesmo princípio", disse.

Hougton completou que é preciso respeitar as regras sanitárias básicas.

"É desconcertante quando vemos que nem todas as pessoas estão fazendo o que, como virologistas, sabemos que faz sentido, que é respeitar o distanciamento social e usar máscara", concluiu.

A equipe médica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que ele "cumpriu ou excedeu" os requisitos para deixar o hospital e continuar o tratamento para covid-19 na Casa Branca.

"Não há nada sendo feito no hospital que não possa ser feito em casa", afirmou o médico Sean Conley, em uma coletiva de imprensa, ao reforçar que o quadro clínico do republicano continuou a melhorar nas últimas 24 horas.

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De acordo com Conley, entretanto, Trump não está "totalmente fora de perigo" ainda. "Estamos cautelosamente otimistas", declarou. O médico informou que o presidente americano não apresenta problemas respiratórios e não teve febre nas últimas 72 horas. Trump, porém, continua usando o medicamento dexametasona e receberá um nova dose do antiviral Remdesivir antes de deixar o centro médico Walter Reed.

Conley reconheceu que Trump teve duas quedas de oxigênio e que estava "um pouco desidratado" na sexta-feira. A equipe médica garantiu, ainda, que fará o que for preciso para que o republicano possa trabalhar na Casa Branca, mas não informou quando ele poderá retomar a agenda presencial da campanha pela reeleição. Conley também se recusou a responder uma pergunta sobre o estado dos pulmões de Trump.

O republicano informou, por meio de sua conta oficial no Twitter, que deixará o hospital nesta segunda-feira, às 19h30 (de Brasília).

À espera da alta do hospital onde está sendo tratado por covid-19, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou nesta segunda-feira (5) uma avalanche de tuítes sobre as eleições de 3 de novembro, após uma polêmica saída surpresa para saudar seus partidários.

Trump, de 74 anos, permanece internado no centro médico militar Walter Reed, nos arredores de Washington. De acordo com seu chefe de gabinete, Mark Meadows, melhorou nas últimas horas e poderá receber alta ao longo do dia.

"Estamos otimistas que, com base em seu incrível progresso, e o quão forte foi em termos de sua luta contra esta doença, receba alta", disse Meadows à emissora Fox News. "Mas essa decisão será tomada apenas mais tarde", acrescentou.

As ações de Wall Street subiram na abertura desta segunda, tranquilizadas com a saúde de Trump. Na reta final de uma tensa campanha eleitoral, em que aparece nas pesquisas atrás de seu rival democrata, Joe Biden, o presidente republicano foi hospitalizado na sexta-feira, horas depois de anunciar que havia sido contaminado com o novo coronavírus.

O diagnóstico da covid-19 de Trump expôs, mais do que nunca, sua questionada gestão de uma pandemia que matou mais de 209.000 americanos, e provocou um duro golpe na economia da primeira potência mundial.

"VOTEM!"

Hoje, Trump pareceu determinado a mostrar que tem a situação sob controle: em 30 minutos, disparou 15 tuítes em letras garrafais em sua conta, destacando o que considera como conquistas de seu governo: "MERCADOS FINANCEIROS EM ALTA. VOTEM!". "O EXÉRCITO MAIS FORTE. VOTEM!". "LEI E ORDEM. VOTEM!". "LIBERDADE RELIGIOSA. VOTEM!". "A MAIOR REDUÇÃO DE IMPOSTOS DA HISTÓRIA E OUTRA POR VIR. VOTEM!". "FORÇA DO ESPAÇO. VOTEM!". "LUTA CONTRA OS CORRUPTOS VEÍCULOS DAS FAKE NEWS. VOTEM!".

As mensagens foram publicadas, um dia depois de uma rápida saída de Trump do hospital para saudar seus seguidores, de dentro do carro. O episódio causou indignação e polêmica sobre os riscos para sua saúde e a de seus seguranças.

Um porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, garantiu que foram tomadas as precauções "apropriadas" para proteger Trump e seu pessoal de apoio. Especialistas em saúde questionaram, duramente, a saída.

"Cada pessoa no veículo durante esse 'passeio' presidencial completamente desnecessário agora tem de ser posta em quarentena durante 14 dias", disse James Phillips, médico da George Washington University. "Podem ficar doentes. Podem morrer (...) Isso é uma loucura", completou.

Zeke Emanuel, do Departamento de ética médica da Universidade da Pensilvânia, questionou o risco "desnecessário" de infecção para os agentes do Serviço Secreto. "E para quê? Um golpe publicitário. É vergonhoso", tuitou.

Biden, que anunciou ontem que seu último teste de covid-19 deu negativo mais uma vez, começará a semana com uma viagem à Flórida. O estado é crucial para ganhar as eleições.

Internado para tratar a Covid-19 - e, por isso, afastado de atividades eleitorais como entrevistas e comícios - o presidente americano, Donald Trump, decidiu reforçar sua campanha nas redes sociais. Apenas na manhã desta segunda-feira (5) o republicano fez 18 postagens no Twitter: algumas, defendendo seu mandato; outras, atacando a candidatura do rival Joe Biden, postulante à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata.

"Se você quer um aumento massivo de impostos, o maior da história do nosso país (e que fechará nossa economia e trabalhos), vote no democrata", publicou o republicano, candidato à reeleição, em caixa alta. Ao defender seu mandato, escreveu: "Altas no mercado acionário, vote", "Maior corte de impostos da história e mais um à vista, vote", "Pró-vida, vote".

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O voto nos Estados Unidos não é obrigatório, o que leva os candidatos a motivarem a participação de eleitores.

Donald Trump está internado desde a última sexta-feira (2) dia em que testou positivo para o novo coronavírus. Existe a expectativa, porém, de que o líder tenha alta ainda nesta segunda-feira para seguir o tratamento na Casa Branca.

O presidente americano está atrás nas pesquisas e pode ficar de fora das atividades presenciais de campanha por ao menos mais dez dias, caso cumpra a recomendação de autoridades médicas e fique em isolamento social por duas semanas, às vésperas das eleições. Os americanos vão às urnas no dia 3 de novembro.

O presidente Donald Trump deixou o hospital neste domingo (4), por alguns minutos e passou acenando a seus apoiadores dentro de uma SUV preta. Em seguida, ele retornou ao hospital militar Walter Reed, onde está internado desde a sexta-feira 2, quando anunciou ter testado positivo para a Covid-19.

Imagens da rede CNN mostraram o presidente americano dentro do carro, usando máscara, acenando para seus seguidores. Minutos antes de ser visto passando nesse comboio, Trump postou um vídeo no Twitter agradecendo a equipe médica, dizendo que se sentia muito bem e , portanto, "faria uma visita surpresa aos seus apoiadores".

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Segundo a CNN, a equipe da Casa Branca não foi informada sobre a intenção de Trump de fazer essa saída, em um ato incomum. Geralmente, a equipe é informada antes de grandes movimentos do presidente americano.

"O presidente Trump deu uma pequena volta, de última hora, em um comboio para acenar aos seus apoiadores do lado de fora do hospital, mas já retornou à suíte presidencial do Walter Reed", informou o vice-secretário de imprensa da Casa Branca Judd Deere.

Mais cedo neste domingo, a Casa Branca havia divulgado fotos oficiais de Trump trabalhando de dentro do hospital. A equipe médica, em coletiva sobre o estado de saúde do presidente, afirmou que ele pode receber alta nesta segunda-feira.

Sean Conley, médico do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou há pouco que o presidente está "indo muito bem" após ser internado ontem no hospital militar Walter Reed, diagnosticado com a covid-19. Segundo o médico da Casa Branca, Trump não tem dificuldades para respirar no momento e não apresentou febre nas últimas horas, mas ainda tem tosse leve e "um pouco de congestão nasal". Entrevistado pela imprensa americana na porta do hospital, Conley preferiu não dar um prazo para alta do republicano.

A equipe médica de Trump também informou que o presidente dos EUA não está recebendo suplementação de oxigênio. "Decidimos trazer o presidente para o Walter Reed por precaução e oferecer tudo o que há de mais moderno no combate ao coronavírus, para que possamos ter acesso e poder determinar a progressão da doença", disse Conley. De acordo com Conley, Trump se encontra de "ótimo humor" e afirma estar apto a andar sozinho.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestou pela primeira vez, após ser internado no hospital militar Walter Reed, na noite de ontem, diagnosticado com a Covid-19. Pelo Twitter, o republicano publicou na madrugada deste sábado (horário de Brasília) a seguinte mensagem: "Estou bem, eu acho. Obrigado a todos!".

Antes de ser encaminhado ao hospital, que fica nos arredores de Washington, Trump já havia publicado um vídeo, na mesma rede social, dizendo que "achava que estava muito bem" e que a internação foi feita para garantir que "tudo dê certo".

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Apesar de estar internado, Trump não passou o exercício do cargo para o vice-presidente Mike Pence. Em plena campanha eleitoral pela reeleição, o presidente americano vai despachar diretamente do hospital.

O seu adversário, o democrata Joe Biden, desejou melhoras a Trump e à primeira-dama Melania, que também testou positivo para o novo coronavírus. "Jill (mulher de Biden) e eu enviamos nossos votos para uma pronta recuperação ao presidente Trump e à primeira-dama Melania Trump. Vamos continuar rezando pela saúde e segurança do presidente e sua família", escreveu Biden no Twitter.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desejou rápida recuperação ao líder americano Donald Trump e à primeira-dama do país, Melania Trump, diagnosticados com covid-19 na madrugada de desta sexta-feira, 2. "Com fé em Deus, logo estarão recuperados e o trabalho na condução de seu país e sua campanha de reeleição não serão prejudicados. Vocês vencerão e sairão mais fortes, para o bem dos EUA e do mundo", publicou o mandatário brasileiro em seu perfil no Facebook nesta sexta-feira, 2.

A publicação de Bolsonaro no Facebook é ilustrada por uma imagem de uma cobertura ao vivo do canal de televisão americano NBC News. Na transmissão, aparece o helicóptero do governo americano responsável por transportar o presidente Trump ao hospital Centro Médico Walter Reed.

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Nesta sexta, a secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, confirmou que Trump seria levado à unidade de saúde. De acordo com a porta-voz, a internação segue recomendação de médicos e ocorrerá por "abundância de cautela". McEnany informou que o presidente está em "bom estado" e apresenta sintomas leves.

O presidente Donald Trump passará os próximos dias em um hospital militar nos arredores de Washington para se submeter a tratamento para o coronavírus, mas continuará trabalhando, informou a Casa Branca na noite desta sexta-feira.

"Por recomendação de seu médico e de especialistas médicos, o presidente trabalhará nos escritórios presidenciais do hospital de Walter Reed pelos próximos dias", afirmou a assessora de imprensa Kayleigh McEnany.

As redes de televisão americanas transmitiram uma imagem do helicóptero presidencial no gramado da Casa Branca. O presidente de 74 anos anunciou na última madrugada pelo Twitter que ele e sua esposa foram infectados com o coronavírus e que ficarão em quarentena.

Desde então, ele não postou nenhuma mensagem.

"O presidente está de bom humor, tem sintomas leves e trabalhou durante o dia", acrescentou a porta-voz.

A um mês das eleições de 3 de novembro, o presidente republicano - que está ficando para trás nas pesquisas em comparação com seu rival democrata Joe Biden - teve de suspender suas atividades de campanha.

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