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A população de 12 cidades do estado de Pernambuco passará a ter acesso às antenas parabólicas digitais. A ação foi anunciada nesta quarta-feira (29) em coletiva de imprensa, e faz parte da segunda etapa da fase de implementação da tecnologia em 664 municípios em todo o Brasil. A entidade responsável pela campanha é gerida pelas operadoras vencedoras do leilão do 5G.

A Siga Antenado, organização responsável pela instalação dos kits visitará as cidades de Bezerros, Camocim de São Félix, Chã Grande, Condado, Fernando de Noronha, Gravatá, Itaquitinga, Lagoa Grande, Pombos, Sairé, Tracunhaém e Vitória de Santo Antão. O processo de agendamento e troca das antenas deverá ser feito até o final do ano.

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Famílias inscritas em programas sociais do governo federal, e que já tenham antena parabólica tradicional instalada na residência são elegíveis para receber o kit gratuito da nova antena. 

Como agendar a instalação gratuita

O contato deve ser feito pelo 0800 729 2404 ou pelo site sigaantenado.com.br. O usuário deverá se identificar por meio do CPF e do número de identidade social (NIS), que será verificado na base de dados do Cadastro Único (CadÚnico). Após a validação, o cidadão pode agendar a visita dos técnicos para realizarem a instalação no domicílio designado.

“Importante esclarecer a população, a comunicação é chave nesse processo. É essencial o desenvolvimento desse trabalho para a implementação do 5G no Brasil”, declarou Leandro Guerra, presidente da Siga Antenado.

Chegada da 5G

A entidade responsável pela instalação das antenas digitais para a população de baixa renda tem como objetivo “preparar o terreno” para a chegada da tecnologia 5G em todos os municípios do país. Para que a nova onda seja captada em todas as localidades, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou a faixa 3,5GHz por estações “standalone”. Segundo Leandro Guerra, o objetivo é que todos os municípios tenham capacidade de receber a 5G até 2026.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que nos próximos dias reforçará a distribuição de kits de TV aberta digital em sete capitais. A medida se deve à descontinuidade do sinal analógico marcada para 14 de agosto em Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Macapá, Palmas, Porto Velho e Rio Branco.

De acordo com o presidente da Anatel, Juarez Quadros, os moradores das sete capitais deverão providenciar o conversor de sinal o quanto antes. Quadros explica que o aparelho é necessário para sintonizar o sinal digital em televisores mais antigos, conhecidos popularmente como “TVs de tubo” ou de tela plana, fabricados até 2009.

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As famílias de baixa renda podem obter gratuitamente o conjunto de equipamentos, formado por antena, conversor de sinal e controle remoto. Segundo Quadros, já foram entregues 340 mil kits nas sete capitais, o que corresponde a dois terços do total.

Para saber se tem direito a receber o kit, sem custo, e para realizar o agendamento de retirada do aparelho, o cidadão deve acessar o site Seja Digital ou ligar para 147.

A LG Electronics anunciou nesta segunda-feira (7) a chegada do smartphone LG K9 ao Brasil. A TV digital é uma das principais características do aparelho com tela de 5 polegadas e oferece entretenimento na palma das mãos, com a possibilidade de assistir a jogos, novelas, filmes e séries a qualquer momento.

Além da TV digital, o smartphone conta com câmera principal de 8 megapixels que possui a tecnologia HDR. Também permite que o usuário solte a criatividade nas redes sociais, pois o smartphone permite criar GIFs animados de uma maneira fácil e rápida. A câmera de selfies tem 5 megapixels e flash frontal.

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Outras configurações do smartphone incluem 2 GB de RAM e 16 GB de memória interna expansível através de cartão microSD. A bateria do celular é removível, permitindo ser trocada pelo próprio consumidor. O modelo está disponível nas cores preto, azul e dourado pelo preço sugerido de R$ 749.

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Após vários estados já terem dado adeus as transmissões de televisão por meio do sinal analógico, chegou a vez de Pernambuco. Desde a meia-noite desta quarta-feira (26) este tipo de sinal foi desligado, ficando apenas o digital. As pessoas que tem um aparelho televisor de tubo precisam ter um conversor digital e uma antena externa ou interna para continuar assistindo normalmente suas programações e seus canais favoritos.

Já para quem tem uma TV de LCD com conversor imbutido não haverá mudanças. Os programas continuarão sendo transmitidos normalmente. Diante de toda essa novidade, a nossa equipe foi para as ruas do Recife para saber o que as pessoas estão achando dessa mudança e se elas já estão preparadas para isso. 

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Confira:

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Muito se fala das vantagens que a TV digital trará para os espectadores. O que poucos sabem, no entanto, é que o desligamento do sinal analógico também pode melhorar a qualidade da internet 4G. Isso porque a frequência dos 700 MHz, atualmente ocupada pelos canais abertos, será liberada para o uso das operadoras de banda larga móvel. A novidade permite um maior alcance de sinal e aumento da velocidade. Tudo sem custo adicional para o usuário.

O LeiaJá conversou com especialistas da operadora TIM, pioneira no uso da frequência de 700 MHz no Brasil, para entender como a tecnologia funciona e que vantagens ela traz para o usuário. Na prática, a primeira diferença sentida pelo consumidor é na cobertura do sinal, que agora poderá ser até quatro vezes maior se comparado ao da faixa de 2.600 MHz - usada atualmente pelas outras empresas de telecomunicações.

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Resultados

Mas estes números não significam nada para o consumidor se, de fato, não houver uma melhora na navegação de sites e redes sociais. Onde o 4G já funciona na frequência dos 700 Mhz, a TIM informa que conseguiu colher bons frutos. "Em Teresina, por exemplo, primeira capital do Nordeste a usufruir da nova faixa - o tráfego de dados subiu 68% nos dois primeiros meses de ativação", ressalta o gerente de engenharia de redes da TIM Nordeste, Ageu Guerra.

Isso significa que mais pessoas estão usando o 4G, afinal, ele está chegando com menos interferências a locais como interior de residências, pontos comerciais, garagens e elevadores. Além de Teresina, Recife, Natal, Maceió e até Fernando de Noronha, conhecida antes por seus problemas de conexão, já operam com a faixa do 700 Mhz. Mas os benefícios não acabam por aí. A bateria do seu smartphone também vai agradecer.

Isso porque um dos fatores que mais gastam a bateria dos aparelhos é o baixo sinal da operadora. Se ele é fraco ou inexistente, o smartphone vai consequentemente utilizar mais energia para procurar cobertura. Com a faixa dos 700 Mhz, o 4G chega à mais locais, reduzindo esse consumo extra e garantindo algumas horas a mais de uso longe da tomada.

A TIM diz que quer levar o 4G na frequência 700 MHz além. Só no Nordeste, a empresa espera ativar a solução em 568 cidades ainda este ano. "Em Pernambuco, a previsão é contemplar 72 localidades, sendo que em 10 delas a operadora sairá do 2G para o 4G, promovendo uma excelente experiência de uso de dados móveis a uma população que não tinha acesso à internet de banda larga móvel", afirma o especialista.

E os aparelhos?

Para usufruir destes benefícios, o consumidor precisa estar em uma das cidades que já oferecem cobertura, ter o chip 4G em seu smartphone e observar se seu aparelho suporta a tecnologia. Segundo a TIM, os modelos de celular do portfólio da companhia já são compatíveis com a solução.

"A TIM  só vende chip compatível com o 4G desde 2015. Mas algumas pessoas trocam de aparelho e cortam um chip 3G, em vez de trocar, por isso elas não conseguem acessar essa tecnologia. É importante que o cliente vá à loja e garanta que seu chip é compatível. Além disso, as ofertas de dados da operadora se mantêm, sem qualquer reajuste de preços por conta disso", informa o diretor de vendas da região TIM Nordeste, Daniel Moreira.

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O desligamento do sinal analógico da TV aberta na região metropolitana de São Paulo, realizada no dia 29 de março, atingiu cerca de 95% dos domicílios com o sinal digital, segundo dados da pesquisa do Ibope realizada entre os dias 31 de março e 10 de abril.

Na pesquisa pós-desligamento, o Ibope fez 1.072 entrevistas em São Paulo e 1.652 nos municípios vizinhos. O percentual mínimo para atingir as condições de desligamento (artigo 4º da Portaria 378/2016) era de 90% considerando uma margem de erro de três pontos percentuais.

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Com o desligamento, a programação das emissoras da região de São Paulo ficou disponível somente no formato digital, que possui mais qualidade de som e imagem. Com a extinção da TV analógica é possível a entrada em operação do Serviço Móvel Pessoal do 4G, que permite acesso à internet móvel com mais velocidade.

Os canais abertos que tiverem o sinal analógico desligado deverão apresentar na tela, durante 30 dias, cartela informativa para que o espectador seja informado do fim das transmissões analógicas. Os kits continuarão a ser distribuídos por até 45 dias após o termino do sinal analógico na capital paulista, como aconteceu em Brasília.

A cidade de Guarulhos já distribuiu 74.817 kits gratuitos, conversor e antena, de migração do sinal de TV analógica para o digital aos beneficiários de programas sociais, por meio da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (SDSAS) e a Seja Digital, empresa responsável pela operação do processo de migração do sinal de TV no Brasil. 

As 12 unidades dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) orientam e fazem o cadastramento das famílias para o benefício.

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Nos próximos dias, cerca de oito mil pessoas estão agendadas e deverão retirá-los nas agências dos Correios. Ao todo, 1.185.674 famílias devem receber gratuitamente o equipamento. 

A entrega dos kits prossegue no município por mais 45 dias. Têm direito ao kit gratuito as famílias cadastradas no CAD Único até 2016. Mais informações podem ser obtidas nas unidades do CRAS, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, ou pelo telefone 147, da Seja Digital.

Confira os endereços dos CRAS:

CENTRO

Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 375 - Cocaia

Telefone: 2087-4275 / 2087-4279

 

ITAPEGICA

Endereço: Rua Ceres, s/nº - Vila São Rafael

Telefone: 2421-0656

 

PONTE ALTA

Endereço: Av. Luiz Gonzaga do Nascimento, s/nº - Ponte Alta

Telefone: 2438-1507

 

CENTENÁRIO

Endereço: Rua Centenário, 367 - Jd. Centenário 

Telefone: 2408-4518

 

CUMBICA

Endereço: Rua Santo Antônio do Ingá, 723 - Jardim Cumbica

Telefone: 2229-5812

 

ACÁCIO

Endereço: Rua Maria Luiza Pericó, 177 - Jd. Acácio

Telefone: 2406-2113 / 2304-7564

 

SANTOS DUMONT

Endereço: Rua Adalberto Bellini, 214 - Jd. Bananal

Telefone: 2467-3315

 

SÃO JOÃO

Endereço: Rua Marcial Lourenço Seródio, 644 - Jd. São João

Telefone: 2467-2535

 

PRESIDENTE DUTRA

Endereço: Av. Rio Real, 218 - Jd. Presidente Dutra

Telefone: 2433-2882

 

MARCOS FREIRE

Endereço: Estrada Capão Bonito, 53 - Jd. Maria de Lourdes

Telefone: 2484-0809 ramais: 204 / 205 / 2484-1070 / 2484-0172

 

NOVA CIDADE

Endereço: Rua Itália, 13 - Parque das Nações

Telefone: 2304-6304 

 

SÍTIO DOS MORROS

Endereço: Rua Samuel Libório de Ávila, 24 – Jd. Valéria

Telefone: 2455-9115 / 2441-0239

Nesta quarta-feira (29), o sinal analógico de televisão será totalmente desligado, às 23h59, em São Paulo e outros 38 municípios da região metropolitana. A última pesquisa realizada pelo Ibope, entre os dias 11 e 24 de março, constatou que 90% dos domicílios da Grande São Paulo já estavam preparados para receber o sinal digital.

A Portaria n° 370/2016, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), estabelece o índice mínimo de 93% dos lares com acesso ao sinal digital para que o desligamento do sinal analógico ocorra nos municípios.

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Com o fim das transmissões analógicas, a previsão é que o índice da população coberta por algum tipo de sistema de recepção de sinal de TV seja de 95%. Isso inclui, por exemplo, os domicílios que possuem TV parabólica.

Conversores digitais

A entrega de conversores digitais para inscritos em programas como o Bolsa Família irá continuar por 45 dias depois do desligamento da TV analógica, mas esse prazo pode ser prorrogado.

Confira a lista de municípios que terão as transmissões analógicas de TV desligadas nesta quarta-feira:

Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Ibiúna, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.

Multiprogramação, imagem mais nítida, som de melhor qualidade, sem ruídos e interferências, tudo isso de forma gratuita? Essas são algumas das vantagens da tevê digital e a evolução dessa mídia é o tema da exposição “Vila Digital”, em cartaz no Centro Cultural dos Correios, em São Paulo, até o dia 31 de março.

Com um cenário que combina antiguidade e tecnologia, a “Vila Digital” possui ambientes interativos com óculos 3D, que permitem ao visitante vivenciar a realidade virtual, um estúdio de TV digital com direito a cenário e  fundo de chroma key, onde é possível simular ao vivo a gravação de um programa televisivo.

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Todos os televisores podem receber o sinal digital, até mesmo as tevês de tubo, que são analógicas, bastando instalar conversor e antena. No caso das tevês de tela fina fabricadas antes de 2010, deve-se checar o manual de instruções para saber se elas já têm conversor digital embutido.

“O sinal digital tem muito mais qualidade. Não importa onde a casa estiver o sinal vai chegar perfeitamente com qualidade de cinema e possibilita que a TV tenha vários outros recursos de interatividade, como menu de programação. A gente pode assistir televisão no carro ou até no celular por causa da tecnologia digital, então é um avanço muito grande”, explica a gerente regional do Seja Digital em São Paulo, Cecília Zanotti.

A exposição tem entrada gratuita. O Centro Cultural dos Correios fica no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. 

Mudanças

O sinal analógico de televisão será extinto no dia 26 de março e 1,8 milhões de brasileiros têm direito a um kit digital gratuito, para continuar vendo televisão pelo sistema digital, mesmo com aparelho antigo. Para saber se tem direito ao kit, ligue para o número 147 ou acesse o site http://sejadigital.com.br e informe o número do NIS ou CPF. 

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A Anatel vai distribuir 500 mil kits para a conversão de televisores analógicos em digitais. Através do programa chamado Seja Digital, famílias de baixa renda da Grande São Paulo receberão os aparelhos em casa, sem custo algum. A transmissão do sinal analógico na região metropolitana deve ser encerrada no final de março e atinge 38 municípios. Para receber o kit, é preciso estar cadastrado em algum programa social (como o Bolsa Família) e preencher o formulário de requisição no site da entidade.

Apesar do número expressivo, a Seja Digital espera entregar mais 400 mil kits até a data final para a mudança. Os pacotes contém uma antena de TV digital, conversor e o controle remoto. Depois da etapa que envolve São Paulo, o presidente da Anatel, Juarez Quadros, acredita que o processo em outras capitais será bem mais rápido. Um levantamento feito pelo órgão detectou que, no final de fevereiro, 86% dos lares dessa região já estavam adaptados ao sinal digital. Os kits serão distribuídos até 90 dias após o desligamento do sinal analógico.

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O prazo final estimado para a conversão de todas as TV’s do território nacional é 2023, mas a Seja Digital acredita que, até o fim de 2018, mais de 80% das pessoas já possuam o receptor digital. Com a mudança, a frequência de rádio, antes utilizada pelas emissoras, será destinada às FMs e as operadoras de telefonia celular, que deverão, por regra da própria Anatel, ampliar o sinal de internet 4G no Brasil.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que o cronograma de desligamento da TV analógica no Brasil e a implementação da TV digital segue normalmente, mesmo com turbulências políticas e econômicas. O processo é dividido em duas etapas, sendo que a primeira envolve a conversão das principais regiões metropolitanas até dezembro de 2018, e as demais cidades até dezembro de 2023. Nesse avanço, a população de baixa renda receberá conversores e antenas para garantir a captação do sinal digital em suas televisões.

"Está tudo bem resolvido e encaminhado, com os recursos garantidos, o que permite trabalhar a migração", afirmou no evento Set Expo, em São Paulo.

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O ministro também estimou que a implantação da TV em ultra definição (4k e 8k) no País comece gradualmente, a partir de 2020. "Nós temos a expectativa de que em 2020 tenhamos já os primeiros passos consistentes para levar esse sistema aos usuários. A partir daí, podemos ter uma implantação gradual, numa velocidade crescente", disse.

A cerimônia de abertura da feira celebrou os 10 anos de início da implantação da TV digital no Brasil, que adotou o padrão japonês, com a inclusão de tecnologias nacionais. "Temos a melhor TV digital do mundo", disse Kassab, durante discurso na abertura.

Nos anos seguintes, o mesmo padrão se expandiu pelos países da América Latina. Uma das poucas exceções é a Colômbia, que adotou o padrão europeu de TV digital. Kassab comentou que firmou um acordo com autoridades japonesas para sondar a possibilidade de levar o padrão nipo-brasileiro à Colômbia.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações iniciou nesta quinta-feira, 2, a distribuição de conversores de TV digital a famílias de baixa renda de Brasília e de nove cidades de Goiás. A medida faz parte do processo de implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital, que prevê o desligamento da transmissão de sinal analógico até o fim de 2018 em todo o País. Em 26 de outubro, Brasília deve se tornar a primeira capital a fazer a migração completa para o sinal digital.

O processo também engloba os municípios de Águas Lindas, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás, próximos à capital federal. Hoje, apenas a cidade de Rio Verde, em Goiás, que serviu como piloto do programa, teve a transmissão do sinal analógico encerrada.

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Beneficiários inscritos no Bolsa Família e no Cadastro Único do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário têm direito a receber, sem custo, um kit com conversor e antena para TV digital. Para isso, é necessário agendar um horário - pela internet ou pelo telefone 147 - para retirar os equipamentos em algum dos 20 centros de distribuição - 12 deles estão em Brasília. Os conversores devem ser ligados a aparelhos de televisão antigos, para que eles se tornem compatíveis com a programação digital de TV aberta.

A Seja Digital, entidade criada pelas operadoras de telecomunicações para conduzir a digitalização no País, faz a distribuição dos equipamentos. Ao todo, os habitantes de Brasília e das outras nove cidades vão receber cerca de 350 mil conversores - metade deles serão oferecidos para beneficiários do Bolsa Família. De acordo com o diretor geral da Seja Digital, Antonio Carlos Martelletto, o investimento para a compra e distribuição dos kits foi de R$ 100 milhões.

"Estamos trabalhando com a perspectiva de garantir a entrega dos equipamentos para 80% dos beneficiários até o fim de julho", diz Martelletto. As pessoas vão poder retirar os kits no prazo de até 30 dias após o desligamento do sinal analógico. Caso sobrem equipamentos, o governo vai destiná-los para as próximas cidades onde o sinal analógico será desligado.

Desafios

Pelas normas do Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição dos Canais de TV e RTV (Gired) - que determina as normas para a adoção da TV digital no País -, o desligamento em uma cidade só pode ocorrer quando 93% dos domicílios estiverem preparados. A dificuldade em atualizar a base instalada de TVs é o principal entrave à implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre, criado em 2006.

Na época, o governo previa que o sinal analógico de TV seria desligado em dez anos. Em junho de 2013, o prazo foi adiado para 2018. Em janeiro deste ano, o governo postergou mais uma vez a migração em algumas capitais do País para 2017, caso de Rio de Janeiro e São Paulo, embora ainda conserve 2018 como o último ano do sinal analógico no País.

Desde o dia 1º de março, toda a programação de TV em Rio Verde é transmitida em sinal digital. O encerramento do sinal analógico só foi possível porque o Gired estendeu a entrega de conversores para pessoas do Cadastro Único e interrompeu a transmissão analógica com 85% dos domicílios preparados, taxa menor do que a determinada.

Ainda não está claro se o governo vai flexibilizar a porcentagem de domicílios nas novas cidades onde o sinal será desligado. "A experiência em Rio Verde mostrou quais os pontos-chave que a gente precisa trabalhar para atingir a meta de conversão", diz Martelletto.

Para ele, o processo na região do Distrito Federal terá menos empecilhos, porque todas as grandes emissoras têm programação local em Brasília, o que vai facilitar a divulgação de informações sobre o desligamento do sinal. "Em Rio Verde, havia apenas uma emissora local. Então toda a propaganda que fizemos passava em apenas um canal. Isso dificultava muito o processo de conscientização da população."

A interrupção do sinal analógico não é só uma questão de transição tecnológica. O governo quer "limpar" a frequência de 700 MHz, que será destinada às redes de internet móvel 4G da operadoras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Até 31 de dezembro de 2018, a TV analógica deverá ser desligada nos municípios em que o processo é necessário para viabilizar a utilização da faixa de 700 MHz pelo serviço de telefonia 4G. É o que estabelece o decreto de número 8.753, publicado nesta quarta-feira (11), no Diário Oficial da União (DOU), assinado pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

A TV analógica sai de cena para dar lugar a faixa de frequência de 700 MHz – que será usada pelas operadoras para implantar a rede de telefonia móvel 4G. A previsão é de que até 2018, o sinal seja desligado em cerca de 1.400 municípios do Brasil para liberar a faixa. Segundo o governo federal, essas localidades concentram a maior parte da população.

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Neste ano, o desligamento da TV analógica já ocorreu no município de Rio Verde (GO), em 1º de março. Em Brasília e em nove cidades do Distrito Federal, o enceramento das transmissões está previsto para 26 de outubro.

O Ministério das Comunicações (MiniCom) já havia divulgado um cronograma com a relação dos 349 municípios que vão ter o sinal analógico de televisão desligado em 2017. Uma nova portaria deverá ser publicada nos próximos meses com a lista localidades onde o desligamento ocorrerá em 2018.

A família de Ana Cláudia Souza de Jesus, de 23 anos, foi uma das primeiras inscritas no Bolsa Família a ganhar um kit gratuito para instalação da TV digital em casa. "A imagem ficou bem melhor e o som, perfeito", conta. Segundo ela, sem chiados e chuviscos, ficou bem melhor acompanhar programas evangélicos. "Novela aqui em casa só Os Dez Mandamentos", faz questão de deixar claro.

Ana Cláudia mora com o marido e a filha em Rio Verde, a 250 quilômetros de Goiânia. Os mais de 6,6 mil beneficiários do programa de transferência de renda da cidade são os primeiros a receber o kit porque o município goiano terá o primeiro "apagão analógico" do Brasil, marcado para 29 de novembro.

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Até 2018 - quando se encerrará o processo de migração da TV analógica para a digital em todo o País - todas as famílias beneficiárias vão receber essa espécie de "bolsa TV digital" com conversor, controle remoto, cabos e antena de recepção.

O valor de cada kit que está sendo entregue é de cerca de R$ 160. O custo para a compra e a distribuição de todos os equipamentos as 14 milhões de famílias responde por 70% do orçamento de R$ 3,6 bilhões da EAD, entidade criadas pelas empresas que venceram o leilão do 4G na faixa de 700 megahertz (MHz), frequência hoje usada na transmissão de canais de TV aberta em tecnologia analógica.

As operadoras Claro, Vivo, TIM e Algar têm interesse em "limpar" a frequência porque precisam usar essa infraestrutura para comercializar o serviço de 4G no País, cerca de dez vezes mais rápido do que o 4G, segundo os especialistas. A universalização da TV digital - garantir que 93% dos domicílios possam receber os sinais da nova frequência - é uma exigência para o desligamento do analógico.

De acordo com o IBGE, 91,3% dos lares mais pobres do País - na faixa de renda dos beneficiários do programa - têm televisão. Em Rio Verde, 67% das famílias que ganham Bolsa Família já agendaram o recebimento dos conversores por meio do telefone 147. Dessas, a metade já pegou o kit, segundo Antônio Carlos Martelleto, diretor executivo da EAD. Brasília (168 mil famílias) e São Paulo (800 mil) são as próximas cidades onde serão entregues os kits, de acordo com o cronograma de desligamento do sinal analógico.

"O acesso dos beneficiários do Bolsa Família à TV Digital é importante para não deixar essas pessoas no escuro. Eles estão em condição de vulnerabilidade social, não teriam condição de adquirir o conversor com o dinheiro deles", diz o economista Helmut Schwarzer, secretário Nacional de Renda de Cidadania, responsável pela gestão do Bolsa Família.

Ana Cláudia diz que usa os R$ 112 do dinheiro que recebe todo mês do Bolsa Família para comprar coisas para a filha de um ano. O marido dela trabalha fazendo bicos como auxiliar de pedreiro. O kit com conversor e antena chega a custar R$ 220 em Rio Verde .

Schwarzer ressalta que a TV digital se transforma em mais uma forma de o ministério se comunicar com os beneficiários do programa por meio da tecla Ginga, que abre uma espécie de aplicativo do Bolsa Família, com as datas de pagamento dos benefícios e as condições de acesso ao programa. Segundo o secretário, a principal dúvida sempre foi em relação à data exata do pagamento, que é feito sempre nos dez últimos dias úteis do mês, de acordo com o número do cartão.

Ele reconhece, porém, que é preciso atualizar a tecnologia para permitir ao ministério enviar mensagens personalizadas a cada um dos beneficiários, que permitiria, por exemplo, solicitar o recadastramento ou exigir o cumprimento da frequência escolar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD) aprovou nesta segunda-feira (8), durante reunião do Conselho Deliberativo, a adoção de uma 3ª versão do software Ginga, ferramenta que possibilitará a interatividade das TVs que recebem o sinal digital. Na comparação com as demais versões (Ginga A e B), o Ginga C terá, além de maior capacidade de armazenamento de dados, uma estrutura de hardware que o colocará em condições de conexão com a internet.

“Por meio de um complemento opcional, o Ginga C dará maior capacidade de armazenamento para o setup box. Dessa forma terá mais espaço para manter os aplicativos residentes e para baixar mais conteúdo. É o primeiro passo para uma real integração da radiodifusão com a internet”, disse à Agência Brasil o presidente do fórum, Roberto Franco. O Fórum do SBTVD é composto por representantes do setor de radiodifusão, fabricantes de equipamentos e acadêmicos.

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Segundo Franco, apesar de respaldado por técnicos durante reuniões anteriores, o novo equipamento preocupava a chamada “indústria da recepção” – empresas do setor eletroeletrônico a quem caberá a fabricação dos setup boxes. Na votação feita na reunião, as especificações para o Ginga C foram aprovadas por 7 votos a 4.

“Essa preocupação [das empresas] é legítima e comum a qualquer sistema em fase de implementação, e foi fundamentada nos novos desafios e nos riscos de incompatibilidade com os perfis A e B do Ginga”, explicou Franco. Um grupo de trabalho foi montado a fim de identificar e solucionar o quanto antes eventuais problemas apresentados pelo software. “Estou seguro de que o risco de haver problemas será baixíssimo”, completou.

A TV digital brasileira faz parte do Projeto Brasil 4D, que é coordenado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Por meio dos televisores, será possível o acesso do cidadão a informações e serviços públicos. A ideia é levar essa ferramenta a cerca de 14 milhões de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família. Parte dos custos terá como origem os cerca de R$ 3,6 bilhões em recursos obtidos como forma de compensação, pagos pelas empresas de telefonia móvel que venceram a licitação da faixa de 700 megahertz (Mhz).

De acordo com o coordenador do Brasil 4D, André Barbosa, as empresas vinham se queixando do custo a mais que o Ginga C acarretaria. “No entanto o próprio mercado mostrou que o custo será praticamente o mesmo, com o equipamento custando em média apenas US$ 1 a mais [do que o setup box usado para os Ginga A e B]”, disse.

Entre os benefícios proporcionados pelo equipamento estão a possibilidade de consultas sobre vagas de emprego, capacitação profissional, e serviços públicos nas áreas de saúdem educação, segurança e transporte, além de serviços bancários.

O Brasil 4D já recebeu diversos prêmios. Entre eles, o Prêmio da Sociedade de Engenharia de Televisão (SET), na categoria Projeto de Interatividade para Televisão; o Prêmio Frida 2014; uma menção especial pela contribuição para a TV aberta no encontro La Cumbre TV Abierta 2013; e a menção honrosa do Prêmio Celso Furtado 2014.

A cinco meses do início do processo de desligamento das transmissões analógicas em canal aberto, no Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Luiz Claudio Costa, disse nesta terça-feira (2) que o País ainda não está preparado para o fim dessas transmissões para implementação da TV digital.

Durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado para tratar da transição do sistema analógico para a TV digital, Costa alertou que grande parcela da população ainda não tem os equipamentos necessários para acesso à TV digital. Para ele, o desligamento do sinal analógico, seguindo o atual cronograma – que terá início este ano e vai até 2018 – pode provocar o “desligamento da TV aberta no País”.

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“Hoje, muita gente que está entre o [programa] Bolsa Família e a classe média ainda não tem noção do que é uma televisão de alta definição. Por culpa nossa [radiodifusores], que temos falhado em divulgar. Precisamos divulgar mais que basta que se tenha uma antena, de preferência externa, que a pessoa vai ter uma TV de alta definição. O que nos preocupa é que mais da metade da população ainda tem TV de tubo”, disse o presidente da Abratel.

De acordo com o presidente da Abratel, grande parcela da população que não está entre os beneficiários do Bolsa Família – que receberão gratuitamente os conversores da TV digital –, nem entre os que têm condições financeiras para comprar o equipamento, terá dificuldade para ter acesso à TV digital. “Há cerca de dois anos, cada vez que chegava na sala de espera do Ministério das Comunicações ficava ruborizado porque a TV era de tubo. Se lá ainda tem teve assim, imagina na casa de milhares de brasileiros. Precisamos acelerar”.

A partir de novembro deste ano será iniciado, no município de Rio Verde, em Goiás, o desligamento do sinal analógico para os canais abertos. A partir de abril do ano que vem, o procedimento será feito no Distrito Federal e em mais 11 cidades do entorno da capital do país.

Com o desligamento da TV analógica, a programação aberta ficará disponível apenas em formato digital, o que vai melhorar a qualidade de som e imagem da programação. Mas, para ter acesso à TV digital é necessário ter um aparelho de TV moderno ou comprar um conversor e instalar uma antena.

Para que a população de baixa renda não fique excluída da TV digital, o governo vai distribuir conversores com grande capacidade de interatividade para cerca de 14 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família.

Além do esclarecimento da população sobre o funcionamento da TV digital, o presidente da Abratel ressaltou a necessidade de linhas de crédito para que as empresas possam promover as atualizações necessárias para implementar a TV digital em todo o país.

Hoje, se todas as empresas fossem ao mercado para comprar equipamentos, a indústria não teria como atender à demanda. É preciso garantir que 100% população tenha uma TV em casa, aberta, gratuita, livre e democrática. Se as famílias tiverem condições de ter outra TV digital [paga], ótimo. Mas temos que dar condição para que todos tenham televisão gratuita e de boa qualidade, e para isso temos que fazer mais”, disse o presidente da Abratel.

O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Rodrigo Zerbone Loureiro rebateu, porém, o posicionamento do presidente da Abratel, e enfatizou, na mesma audiência, que não haverá "apagão" da TV aberta, por conta da transição.

Ele disse que o cronograma de início da transição do sinal analógico para digital está mantido para o próximo mês de novembro, nas localidades em que pelo menos 93% das residências tenham acesso ao sinal digital, com consequente desligamento da TV analógica.

Zerbone ressaltou que onde não for alcançado o percentual mínimo de 93% de cobertura do sinal digital, o sinal analógico será mantido até que o índice de 93% seja atingido. Não existe possibilidade, segundo ele, de ter apagão ou de muitas pessoas ficarem sem acesso à TV digital. "A gente não trabalha com essa hipótese”, reforçou.

Em dois meses, começa a contagem regressiva para o desligamento da TV analógica no Brasil. A mudança terá início pelo Distrito Federal. A partir de 3 de abril, um ano antes da implantação definitiva do sinal, os telespectadores da região começarão a ser informados sobre a transição.

Com o desligamento do sinal, haverá a liberação da faixa de 700 MHz, atualmente ocupada por canais de TV aberta em tecnologia analógica. Com a digitalização da TV, essa faixa vai ser usada para expandir o serviço de telefonia e internet 4G no Brasil, que desde 2013 já opera na frequência de 2,5 GHz.

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De acordo com o Ministério das Comunicações (MiniCom), a frequência de 700 MHz possibilita cobertura de grandes áreas com o uso de menos antenas, o que permite levar os serviços de telecomunicações inclusive às regiões rurais, a um custo menor. Além disso, é o padrão utilizado internacionalmente para a internet 4G.

Além do Distrito Federal, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiânia e Rio de Janeiro terão seus finais de TV analógica desligada em 2016. A expectativa do MiniCom é que a implantação do sinal digital seja concluída em todo o País até 2018.

A mudança do sinal analógico para o digital está sendo coordenada pelo Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (Gired). O grupo - com representantes do governo federal, das teles e dos radiodifusores – vai criar até março próximo a Entidade Administradora da Digitalização (EAD) para cuidar da parte operacional da digitalização.

Em abril, o telespectador vai passar a contar com um site específico com informações sobre o processo de desligamento da TV analógica. Além disso, será criado um call center para tirar dúvidas da população gratuitamente.

Um ano antes da mudança definitiva para o sinal digital em cada localidade, avisos serão divulgados na tela da TV pelas geradoras e retransmissoras. Cada emissora terá de informar ao telespectador a data do desligamento e o canal digital em que vai passar a transmitir sua programação.

Todas as informações deverão ser veiculadas na TV aberta, inclusive nos sinais disponibilizados por meio da TV fechada. Dois meses antes da transição definitiva para o sinal digital, haverá uma indicação com a contagem regressiva para o desligamento.

Na véspera do desligamento, a EAD também deverá fazer uma ampla campanha de conscientização da população para estar apta a receber o sinal digital. Os aparelhos de TV mais recentes já conseguem transmitir o sinal. Os demais vão precisar utilizar um conversor.

O governo pretende distribuir estes aparelhos para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. A previsão é de que sejam repassados entre 13 e 14 milhões de conversores digitais.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o regulamento de convivência entre o sinal de TV Digital e a internet móvel de quarta geração (4G) na frequência de 700 megahertz (MHz). As normas, que já passaram pela fase de consulta pública, pretendem solucionar todos os casos em que haja interferência entre os dois serviços. Na maioria dessas ocorrências, será necessária a instalação de um filtro no cabo que liga as antenas aos televisores.

"O regulamento de convivência entre os dois serviços é uma pedra essencial na construção do edital de 700 MHz", avaliou o conselheiro da Anatel relator do processo, Marcelo Bechara. "A interferência é uma possibilidade, e o regulamento traz um leque de opções para mitigá-la. Temos os instrumentos necessários para dar segurança aos dois setores", completou, referindo-se às companhias de telecomunicações e os radiodifusores.

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Para licitar a faixa de 700 MHz, os canais de TV localizados acima do número 52 serão realocados até o número 51. Após essa parte do espectro eletromagnético, haverá uma "banda de guarda" de 5 MHz e outros 5 MHz destinados a comunicações de segurança pública, antes de se começar de fato a faixa voltada para o 4G.

Antes de formatar o regulamento de convivência entre os dois serviços, a Anatel realizou uma série de testes em laboratório e posteriormente de campo que identificaram poucas ocorrências tanto do sinal de 4G atrapalhando a recepção da TV Digital, assim como no sentido inverso. Entre os instrumentos para mitigar essas interferências, as novas regras incluem uma distância mínima entre as antenas transmissoras e os aparelhos receptores, alterações em antenas, mudança da potência dos sinais emitidos e a instalação de filtros nos aparelhos.

A expectativa é de que o leilão de 700 MHz ocorra em agosto deste ano. O edital já passou pela fase de consulta pública, mas ainda não foi aprovado pelo conselho diretor da Anatel. Pela proposta original, as operadoras de telecomunicações ficarão responsáveis por arcar com o custo da mitigação das eventuais interferências entre os dois serviços.

A expectativa do governo é de que 65% da população brasileira tenha acesso à TV digital até o fim de 2014. De acordo com a secretária de Serviços de Comunicações Eletrônicas do Ministério das Comunicações, Patrícia Ávila, o foco são cidades com mais de 100 mil habitantes. Além disso, a meta é ter em todas as capitais ou regiões metropolitanas ao menos quatro emissoras operando em tecnologia digital ainda neste ano. Segundo a secretária, o investimento ainda necessário é estimado em R$ 3,5 bilhões.

Atualmente, 60% da população brasileira está coberta por esse serviço digital. A estimativa é de que, ao longo de 2014, metade das estações de TV e retransmissão esteja instalada em novos canais. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve definir até junho o canal digital destinado às estações de mais baixa potência.

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O processo de desligamento da TV analógica prevê que as redes serão remanejadas entre os canais 14 e 51. Inicialmente, o desligamento ocorreria de uma só vez, em 2016, mas o governo decidiu fazer isso de forma gradual. O prazo de outorgas pelo Ministério das Comunicações vai até 2017. As emissoras de televisão terão um ano para entrar no ar, o que deve ocorrer até 2018.

O cronograma de desligamento da TV analógica ainda depende de algumas definições. Segundo Patrícia Ávila, a Anatel concluiu em abril o levantamento das cidades que serão afetadas, mas ainda é preciso definir a hierarquia da lista e entender as consequências do desligamento do sistema de uma cidade para aquelas no seu entorno.

O consultor de assuntos regulatórios da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), André Felipe Seixas Trindade, destacou desafios ao apagão analógico, como a manutenção pela TV digital do nível de penetração da TV analógica, que hoje chega a 96%, e o grande número de prefeituras com retransmissoras de TV. "Muitas retransmissoras pegam sinal por satélite, fazem difusão em suas cidades e não comunicam a suas respectivas geradoras. Como digitalizá-las?. Por mais que o governo diga que o apagão analógico vai se encerrar em 31 de dezembro de 2018, achamos que isso será difícil", disse.

A transição é fundamental para o leilão 4G na faixa de 700 MHz, hoje ocupada pelos canais de televisão analógicos. Os canais serão realocados para uma frequência mais baixa com a entrada em vigor exclusivamente da TV digital. Uma vez liberada, essa faixa será licitada para operadoras que prestam serviço de transmissão de dados de quarta geração.

Recepção

De acordo com dados apresentados pela secretária do Ministério das Comunicações, hoje 80% dos lares brasileiros já têm televisores de tela fina. Nos últimos três anos, 69% dos consumidores brasileiros trocaram de aparelho de TV, porcentual que deve crescer com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

O governo brasileiro deverá realizar um programa que subsidiará a aquisição de filtros contra interferência e conversores (set top box), que permitirão receber o sinal digital e convertê-lo para um formato de vídeo e áudio disponível em seu receptor de TV. O programa deve abranger cerca de 30 milhões de famílias de baixa renda. No entanto, isso ainda será discutido após o leilão.

Para o consultor da Abratel, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC) deveria criar uma política de estímulo para aparelhos de televisão, considerados caros, apesar da produção local de 18 milhões de televisores por ano. "Mesmo com financiamentos de longo prazo, boa parte da população tem dificuldade de adquirir uma televisão", afirmou Trindade.

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A Motorola lançou, nesta semana, o Moto E – smartphone de entrada com TV Digital e suporte para dois chips. A empresa define o aparelho como o ideal para quem está adquirindo seu primeiro celular inteligente. A versão mais aprimorada do aparelho saí por R$ 600. Já o modelo apenas com suporte Dual Chip é vendido por R$ 530.

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Um dos seus principais atrativos, a TV Digital integrada, permite que os usuários assistam aos seus programas favoritos em qualquer lugar, além ter a opção de gravá-los. A tela de 4.3 polegadas possui tecnologia Gorilla Glass, resistente a riscos e respingos de água.

Para facilitar na hora de realizar chamadas, o aparelho reconhece qual a operadora do contado e muda o chip automaticamente para que o usuário gaste menos na ligação.

Por fora, o Moto E lembra o design do Moto G e X, com traseira curva e bordas arredondadas. Além disso, ele possui capas coloridas para que o usuário personalize o aparelho, assim como o Moto G. Ao todo são nove cores que podem aparecer na tampa da bateria.

Com Android KitKat, o aparelho suporta cartões MicroSD de até 32GB e registra fotos com 5 megapixels. Seu hardware ainda conta com resolução de 960 x 540 pixels, processador Snapdragon 200 rodando dois núcleos Cortex-A7 a 1.2 GHz, uma GPU Adreno 302, 1 GB de memória RAM e 4 GB de espaço interno, com apenas 2.2 GB livres para o usuário.

 

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