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Na semana passada, um milhão de números identificadores de gadgets Apple foram publicados por um grupo hacker chamado AntiSec. Os dados que supostamente foram encontrados num notebook de um agente do FBI na verdade fazem parte do banco de dados de uma empresa chamada "Blue Toad". Quem divulgou a informações foi o próprio diretor da empresa, Paul DeHart, em entrevista à "NBC News". 

A Blue Toad é especializada no desenvolvimento de aplicativos para celulares que permitem acesso à conteúdos de diversas publicações. O executivo não quis citar o nome de nenhum dos seus seis mil clientes, porém afirmou que usuários veem 100 milhões de páginas geradas pelos aplicativos criados pela empresa, porque há entre seus clientes diversas marcas conhecidas.

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Justamente pela grande audiência de seus aplicativos, a Blue Toad tinha acesso às informações de diversos aparelhos celulares, que ficaram armazenados nos servidores da companhia. Segundo informou DeHart, os dados foram roubados há duas semanas e não em março, como afirmavam os hackers. 

Os UDIDs, como são chamados os dados vazados pelos hackers, são identificadores únicos de dispositivos, números únicos que cada iPhone ou iPad têm. Os hackers afirmaram que alguns dos UDIDs estavam atrelados a informações pessoais, porém só publicaram as IDs. 

O FBI negou que o computador de um agente seu foi invadido e ainda afirmaram que não tem acesso a dados de usuários da Apple, a companhia americana confirmou a informação e disse que o FBI não requisitou nenhuma informação referente a dados de usuários. 

Em entrevista, o diretor da Blue Toad afirmou que um pesquisador de segurança chamado David Schuetz entrou em contato e sugeriu que a empresa comparasse seus dados com os arquivos vazados. O pesquisador desconfiou da ligação com a Blue Toad, pois analisando os dados viu que vários celulares tinham relação com a desenvolvedora. Comparando os resultados, DeHart afirma que o resultado foi de equivalência de 98%, o que dá 100% de confiança de que os dados são os mesmos armazenados pela Blue Toad.

"Pedimos sinceras desculpas para todos que confiaram a nós para manter essas informações seguras", afirmou DeHart à "NBC". 

Mesmo acabando com parte dos mistérios do caso, o executivo não descarta que as informações possam ter sido realmente obtidas pelos hackers a partir de um computador do FBI, já que não o executivo afirma que não sabe quem obteve os dados e com quem essa informação já foi compartilhada.

Segundo o presidente da Blue Toad, a empresa não irá notificar os clientes sobre a brecha, pois entende que isso é responsabilidade das editoras das publicações para as quais a empresa desenvolveu os aplicativos.

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