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Na manhã desta segunda-feira (20), um ato organizado pela Frente de Luta pelo Transporte Público critica a qualidade do sistema rodoviário do Grande Recife e a relação entre a Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) e o Governo do Estado. Utilizando um mini trio elétrico estacionado em frente aos Correios, na Avenida Guararapes, no Centro do Recife, o grupo reivindica melhorias e cobra promessas do governador Paulo Câmara. O trânsito não foi bloqueado.

O coordenador da Frente, Pedro Joseph, explicou que este movimento não vai interromper a mobilidade e que o ato é o segundo de uma série de protestos descentralizados que vão ocorrer durante o mês de janeiro. Uma nova ação está programada para próxima sexta-feira (24). Mais cedo, o grupo participou do protesto na Vila dos Milagres, bairro do Ibura, no qual a BR-101 foi fechada e dois ônibus foram queimados.

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Dentre as reinvindicações estão o retorno da meia passagem aos domingos, a exclusão dos anéis B e G para que seja adotada uma tarifa única, a suspensão da demissão dos cobradores que acarreta no acúmulo de função dos motoristas e o fim da validade na bilhetagem eletrônica. A frente formada por sindicatos e movimentos sociais também denúncia a falta de transparência do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE) e sua relação do o Governo do Estado.

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Na manhã desta sexta-feira (17), a Frente de Luta pelo Transporte Público se contrapôs a fala do governador Paulo Câmara em relação ao congelamento da tarifa de ônibus em 2020 e criticou a postura do Estado diante do controle do sindicato das empresas rodoviárias. Um ato marcado para a próxima segunda (20) cobrará promessas feitas pelo gestor pernambucano. 

"Já faz sete anos que tivemos a licitação do transporte público e só dois lotes [de um total de cinco] foram assinados, ou seja, o pernambucano está pagando por um serviço que não tem regulação jurídica", afirmou o coordenador da frente Pedro Joseph, ao calcular que 75% da frota roda ilegalmente. A operação efetiva do BRT também faz parte das exigências.

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Outro ponto que culminará em ação judicial refere-se ao controle da bilhetagem eletrônica pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE). A frente destaca que, mesmo sendo subsidiada pelo Estado, falta transparência em relação aos lucros da operação, classificando-os como "empresários sanguessugas".

O representante também elencou medidas que serão propostas ao Conselho Superior de Transporte Metropolitano. Uma delas trata-se da promessa de tarifa única no Grande Recife, com a extinção dos anéis B e G já neste ano. O grupo ainda pede a suspensão da demissão dos cobradores e o fim da validade nos créditos do VEM.

Com críticas ao metrô, Pedro Joseph relatou que o Grande Recife Consórcio de Transporte e a Urbana somam uma dívida de, aproximadamente, R$ 100 milhões para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Logo, entende que as empresas de ônibus são beneficiadas sem a devida contrapartida.

A reunião com o conselho está prevista para o próximo dia 31. Porém, um ato programado para esta segunda (20), na Avenida Guararapes, área Central do Recife, pretende mobilizar os usuários do transporte para pressionar um diálogo com o Governo do Estado. A frente não descarta futuras manifestações.

Um ato contra o aumento no valor das passagens de ônibus deve bloquear a Avenida Guararapes, no Centro do Recife, na manhã da próxima segunda-feira (20). O protesto, marcado para às 9h30, é organizado pela Frente de Luta em Defesa do Transporte Público.

Segundo o grupo, que também promete reivindicar melhoria na qualidade do serviço, o valor da tarifa é injusto diante das condições do transporte público ofertadas aos usuários.

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Além de criticar a insegurança para os usuários e a dupla função imposta aos motoristas, "o BRT está sucateado, os Terminais Integrados abandonados, não houve implementação da tarifa única, da integração temporal e muito menos do SIMOP", descreve a nota da Frente de Luta.

A organização entende que falta transparência e compromisso da Urbana - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco -, e aponta que o governador Paulo Câmara é negligente em relação ao controle do serviço.

"O Governo do Estado nunca exigiu ou fez os relatórios de qualidade das empresas de ônibus, que precisariam atingir notas satisfatórias para continuarem a operar no Sistema", destaca. 

Nesta segunda-feira (13), os empresários do setor de transportes de passageiro da Região Metropolitana do Recife (RMR) apresentaram uma proposta de reajuste no valor das passagens de ônibus - saindo de R$ 3,45 para R$ 3,90 no Anel A - usado atualmente por 80% dos passageiros na RMR. Anel B e G também sofreriam reajustes. No entanto, o Governo de Pernambuco rejeitou a proposta. 

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiro da Região Metropolitana do Recife (Urbana-PE) diz que o aumento proposto deve-se aos custos e receitas previstos para 2020. "A proposição, que apresenta aumento médio de 14%, elevaria o Anel A - o mais utilizado pelos usuários do sistema - de R$ 3,45 para R$ 3,90, o que é inaceitável. Atualmente, a RMR tem uma das tarifas mais baratas entre as capitais do país, e o Executivo estadual não abre mão da continuidade desse quadro em 2020", justifica o governo por meio de uma nota enviada à imprensa.

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Desde a proliferação das chamas que destroem zonas florestais na Austrália, flora e fauna sofrem com o 'mega incêndio' decorrente de temperaturas superiores a 40 °C, somada a outros fatores. Circula nas redes sociais um vídeo de cangurus em uma zona urbana.

Pelo menos 26 pessoas morreram por causas relacionadas ao fogo. Dessas, quatro eram bombeiros envolvidos em resgate ou que tentavam conter as chamas. A universidade de Sydney estima que mais de 1 bilhão de animais morreram em todo território atingido.

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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dezenas de cangurus em um ambiente urbano. Segundo as publicações, eles se instalaram no local para fugir do incêndio e salvar suas vidas.

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A partir do próximo sábado (19), agentes de venda do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) deixarão de cobrar a taxa de conveniência para recarga do Cartão Comum com pagamento em dinheiro, assim como já acontece nas máquinas de autoatendimento. 

De acordo com o sindicado das Empresas de Transporte Integrado de Pernambuco (Urbana-PE), "a expectativa é que através do incentivo ao uso dos cartões VEM seja possível conferir melhorias à operação, diminuindo o tempo de embarque, principalmente nos horário de pico e, consequentemente, impactando a regularidade do serviço, uma das principais preocupações dos passageiros".  

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A Urbana aponta que atualmente há três redes parceiras credenciadas para venda de créditos. Somadas, essas redes contam com mais de 3 mil pontos de venda na Região Metropolitana do Recife. Também é possível recarregar os cartões VEM no Posto de Atendimento VEM, em máquinas de autoatendimento nas estações BRT, nos Terminais Integrados e em shoppings, no site Grande Recife.

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A Companhia Mirai de Dança promove, de 20 a 22 de setembro, no teatro Margarida Schivasappa, no Centur, em Belém, a segunda edição do Festival Mirai de Dança (FMD). O evento possibilita a troca de experiências entre artistas paraenses e artistas brasileiros renomados.

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A primeira edição do FDM ocorreu em 2018. A mostra, ainda não competitiva, contou com a presença de 1.200 pessoas, tendo a presença de professores nacionais e locais que participaram dos três dias de evento dos espetáculos. Este ano, o Esquenta FDM ocorreu no mês de junho, levando mais de 700 espectadores e mais de 100 bailarinos de danças urbanas para o Theatro da Paz, em Belém (veja vídeo acima).

Para fazer parte da mostra competitiva, os dançarinos, amadores ou profissionais, mostraram seus trabalhos de dança urbana e/ou suas vertentes, em grupo ou individualmente. O diferencial entre esta e a primeira edição são as competições com premiação e as batalhas all-styles, que englobam diversas danças urbanas, como Hip Hop, Jazz Funk, House Dance, Dança Afro, entre outras.

Segundo a diretora do espetáculo, Bel Matos, este ano o evento estará maior e mais completo. “São mais professores, mais aulas, mais momentos de confraternização. Este ano a gente resolveu fazer a mostra competitiva com prêmio em dinheiro, um valor que a gente acha justo, para valorizar os artistas das danças urbanas, que muitas vezes pagam para se apresentar e não recebem nada. Vamos ter também a batalha all-styles com um prêmio superlegal: além do dinheiro, um passaporte com hospedagem para um dos maiores eventos de danças urbanas do Brasil, o Brasil Dance Camp, que acontece em Contagem – MG”, explicou.

Ela ainda confirmou que o evento desperta emoções múltiplas, tanto para os participantes quanto para o público que irá acompanhar o espetáculo. “Para quem quer ver variedade de dança no teatro, será incrível”, exclamou a diretora.

Os prêmios, por modalidade, são: para o grupo vencedor da mostra competitiva, R$ 4.000,00; na competição individual, R$ 500,00, além do pacote completo da Colônia de Férias 2020 promovida pela Street Xtreme, em Curitiba – PR; e para o primeiro lugar na batalha all styles, R$ 500,00 e o pacote completo para o Brazil Dance Camp 2020, com hospedagem inclusa, em Contagem – MG. Além das competições, o evento conta com os workshops ministrados pelos professores convidados. São eles: Thiago Spósito (GO), Marcio Alves (SP), Raquel Cabaneco (MG) e Alan Melo (SP).

A Companhia Mirai é a percursora em danças urbanas no Estado do Pará. Foi criada em 2007 e desde então já produziu sete espetáculos em conjunto com a Escola Mirai e seis mostras de dança, além de realizar o Festival Mirai de Dança. Abaixo, veja fotos do Esquenta FDM, no Teatro da Paz.

Serviço

Festival Mirai de Dança (FMD).

Dias 20 a 22 de setembro.

Local: Teatro Margarida Schivasappa, no Centur.

Ingressos a R$ 25,00 (antecuipado, na escola Mirai de Dança, Benjamin Constant, 1536); na bilheteria do teatro, R$ 50,00 (meia a R$ 25,00).

Informações no instagram

Por Maria Rita Paiva. (Com apoio de Ana Luiza Imbelloni).

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Motoristas de transporte complementar do Recife paralisam as atividades na manhã desta segunda-feira (27). A categoria afirma que não recebe o salário, que é depositado quinzenalmente, desde abril.

Nesta manhã, os profissionais estão concentrados na sede do Sindicato dos Permissionários do Transporte Público Complementar de Pernambuco (Sinpetracope), no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. Segundo o presidente do sindicato, Manoel Dias, os veículos não deixarão a garagem enquanto não houver indicativo de pagamento. "Não temos capital de giro para aguentar o mês. Não recebemos em abril e nem a quinzena de maio. Precisamos pagar nossos funcionários e fornecedores de diesel", explica Dias. Estão com o pagamento atrasado 180 trabalhadores.

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Ao todo, são 18 linhas alimentadoras e 53 veículos distribuídos na Zona Norte, Zona Oeste e Zona Sul do Recife. As linhas alimentadoras recebem esse nome porque transportam gratuitamente as pessoas que moram em áreas de difícil acesso até as localidades onde circulam ônibus e metrô. Cerca de 40 comunidades são beneficiadas.

"Fizemos questão de comunicar à população sobre a paralisação, para que eles conseguissem algum outro meio de pegar o ônibus hoje", acrescenta Manoel Dias. As linhas interbairros, que facilitam o deslocamento das pessoas entre os subúrbios da cidade e têm tarifa, não foram afetadas e funcionalmente normalmente. "Elas também estão com pagamentos atrasados, mas pelo menos conseguimos continuar devido ao pagamento do passageiro", salienta o presidente do sindicato.

Por nota, o Grande Recife Consórcio de Transporte informou que, juntamente com a Prefeitura do Recife e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), está empenhando todos os esforços para solucionar o problema.

Confira as linhas afetadas:

No início do ano, uma declaração do secretário de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), Antônio de Pádua, durante entrevista exclusiva ao LeiaJá, gerou muita polêmica. O aliado do governador Paulo Câmara (PSB), na ocasião, disse que andar de ônibus estava mais seguro. Desta vez, nesta sexta-feira (25), uma afirmativa do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), Luiz Fernando Bandeira, deu o que falar. Segundo ele, o “serviço de ônibus não é ruim”. 

“Com certeza o serviço de ônibus não é ruim. Ando regularmente [nos coletivos] para verificar como está o nosso serviço", declarou Bandeira em entrevista à imprensa, após a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). Ele também ressaltou que prevê melhorias para este ano em relação à qualidade dos coletivos. 

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Ainda em defesa dos transportes, o líder do sindicato falou que não conhecia “nenhuma cidade do mundo em que os ônibus ou metrôs não sejam cheios no horário de pico”. Ele avisou ainda que a Urbana-PE manterá a proposta de reajuste de 16,18%. 

Nesta semana, o governador Paulo Câmara (PSB) contou que o objetivo era trabalhar para melhorar a qualidade do transporte público em Pernambuco. O pessebista disse que há uma proposta de reunir todas as tarifas das passagens de ônibus nos anéis A e B, hoje em R$ 3,20 e R$ 4,40, respectivamente. “Então, só vai ficar os anéis A e B funcionando, todos os outros vão migrar para o anel A”. A tarifa única das passagens no anel A foi promessa de campanha de Paulo, em 2014. 

Participando da mobilização contra a proposta de reajustes das passagens, nessa quinta-feira (24), a deputada federal Marília Arraes (PT) criticou o percentual de reajuste tanto dos empresários quanto do governo. “Ambos os percentuais estão acima da inflação anual e representam uma grave ameaça a capacidade de pagamento dos trabalhadores. Além de toda essa questão financeira, é importante ainda destacar a baixa qualidade do sistema de transporte e o alto grau de insegurança”, disse.

A Reunião do Conselho Superior Metropolitano de Transporte (CSTM) ocorreu na manhã desta sexta-feira (25). Impedido de deliberar sobre aumento de tarifa de ônibus por determinação judicial, o conselho adiou a discussão para o próximo dia 12 de fevereiro.

Um protesto havia sido marcado para ocorrer em frente ao local da reunião, no prédio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, na Zona Oeste do Recife. Poucas pessoas estiveram presentes para a manifestação, que não ocorreu. Chamava a atenção a grande quantidade de policiais militares que estavam de prontidão dentro do prédio.

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Outros temas foram tratados durante a reunião: a posse dos conselheiros eleitos em dezembro de 2018 durante a Conferência Metropolitana de Transportes; a posse dos novos conselheiros; a aprovação de resolução que homologou a redução tarifária da linha Chã de Cruz/TI Camaragibe, passando do Anel D para o A; e a eleição dos novos conselheiros titulares e suplentes da Comissão de Julgamento de Recursos por Infrações ao Regulamento do Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife, conforme regimento interno do conselho.

O encontro sobre recomposição tarifária está marcado para as 8h30 no dia 12 de fevereiro. O Grande Recife Consórcio de Transporte já apresentou proposta de 7,07% de reajuste enquanto os empresários de ônibus pleiteiam 16,18% de aumento.

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Após ação da Frente de Luta Pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP), o juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital Teodomiro Noronha determinou que o Estado não pode discutir e nem aprovar qualquer reajuste das tarifas de ônibus na Região Metropolitana do Recife.

A reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) estava marcada para a próxima sexta-feira (25), na Secretaria das Cidades, localizada no interior da sede do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE). Seria neste momento que os conselheiros alinhariam o possível aumento das tarifas.

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No entanto, segundo informado pela Frente de Luta Pelo Transporte Público de Pernambuco, a decisão da 4ª vara acolhe a informação da FLTP de que o presidente do CSTM, o Secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação Marcelo Bruto, cometeu ilegalidade. Isso se dá, segundo a organização civil, porque o secretário "não garantiu à sociedade civil o acesso antecipado aos documentos e planilhas, bem como não foi oportunizado a possibilidade dos conselheiros apresentarem contraproposta às iniciativas do Governo e da Urbana-PE".

A FLTP acentua que o Governo de Pernambuco já foi devidamente citado na tarde desta quinta-feira e precisa cumprir imediatamente a decisão judicial. Por isso, a reunião do conselho não poderá discutir e nem deliberar sobre o reajuste das tarifas de ônibus nesta sexta (25).

Diante da discussão do aumento das passagens de ônibus anunciado pelo Governo de Pernambuco e pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana), a Articulação Recife pelo Transporte diz considerar irregular as propostas apresentadas. Para a organização, o valor atual das passagens deveria ser R$ 2,70 (anel A).

Atualmente, os passageiros pagam R$ 3,20 pelo anel A, o mais utilizado no Grande Recife. A Urbana-PE propôs aumento de 16%, o que elevaria o valor para R$ 3,70. Já o Governo contrapõe 7%, o que corresponderá uma subida para R$ 3,45; todos esses referentes ao anel A, tido como base.

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Segundo a entidade Recife Pelo Transporte, essas propostas não respeitam o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado em 2018, que foi de 3,75%. Para a articulação, o valor do anel A, por exemplo, deveria ser de R$ 2,70, "uma vez que os últimos três aumentos (2015, 2016 e 2017) foram acima do IPCA destes anos".

Sendo assim, a organização civil defende que "qualquer aumento só pode acontecer a partir da regularização do valor das passagens de ônibus, por meio da anulação dos últimos três aumentos e a determinação do valor de R$ 2,70, o que corresponderia a reajustes de acordo com o IPCA dos últimos três anos".

Para justificar o aumento, o consórcio destaca que, ao longo dos anos, o Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) vem sofrendo redução no número de passageiros pagantes.   

Na tentativa de conter esses aumentos, a Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP) organiza um ato contra as propostas. O protesto ocorrerá nesta quinta-feira (24), às 11h, em frente aos Correios, na Avenida Guararapes, área Central do Recife. O objetivo é apresentar a sugestão de 'aumento zero' ao Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM).

A reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) foi marcada para a manhã da próxima sexta-feira (25) na Secretaria das Cidades, localizada no interior da sede do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE). É por meio dessa reunião que se define os aumentos.

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Até o dia 30 de outubro, a Unidade de Controle de Zoonoses de Caruaru, Agreste de Pernambuco, continua vacinando os cães e gatos no pós-campanha na Zona Rural do município. Para as pessoas que não puderam vacinar seus animais, na zona urbana do município, uma equipe está disponível para atender no estacionamento da Secretaria de Saúde (localizado por trás do prédio principal da Avenida Vera Cruz, 654 – São Francisco).

A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmissível de animal para animal e de animal para o homem, por meio da saliva. A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, arranhadura e lambedura de mucosas. A vacinação é gratuita e protege os animais contra a doença, que é fatal.

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Confira as localidades atendidas pela pós-campanha da vacinação antirrábica na zona rural:

18/10/2018 (quinta-feira) - Sítio Vasco / Azevém / Lagoinha de Pedra

19/10/18 (sexta-feira) - Brejo Velho / Lagoa do Paulista 

22/10/2018 (segunda-feira) - Gruta Funda / Barrinho / Lagoa do Algodão / Sítio Borba 

23/10/2018 (terça-feira) - Logradouro / Salinas / Sítio Araçá 

24/10/2018 (quarta-feira) Barbatão / Lagoa Salgada  

25/10/2018 (quinta-feira) - Sítio Guaribas

26/10/2018 (sexta-feira) - Sítio Fundão 

29/10/2018 (segunda-feira) - Taquara de São Pedro

30/10/2018 (terça-feira) - Rua da Lata

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil contra o Grande Recife Consórcio de Transporte e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE). O órgão quer investigar a máquina de recarga do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) da estação de BRT do Derby, no centro do Recife.

De acordo com o MPPE, uma denúncia dá conta de que a máquina não está funcionando, o que tem causado transtorno aos usuários do transporte público. Um Procedimento Preliminar havia sido aberto para apurar a denúncia, mas, com o fim do prazo do procedimento, foi necessário transformar o caso em inquérito civil.

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O Grande Recife informou ao LeiaJá que as máquinas de recarga são de responsabilidade da Urbana. Já a Urbana respondeu através de nota que as duas máquinas de auto-atendimento estão funcionando normalmente para recargas através de cartão de crédito ou débito, mas que, eventualmente, apresentaram problemas para pagamento em dinheiro.

Diz ainda a nota: "A Urbana-PE está trabalhando junto com a empresa responsável pelas máquinas de auto-atendimento para corrigir essas ocorrências, assim como implementar melhorias nos equipamentos". Os empresários pontuam que equipes de manutenção são disponibilizadas rapidamente para solucionar problemas identificados. É possível recarregar o VEM em mais de mil pontos de venda espalhados na Região Metropolitana do Recife (RMR), no Posto de Atendimento VEM, nos Terminais de Integração, no site do VEM e através dos aplicativos Cittamobi e Rede Ponto Certo Cartão VEM. 

No mês de maio de 2016, foi anunciada com pompas a instalação de rede Wi-Fi gratuita nos ônibus do sistema Bus Rapid Transit (BRT) da Região Metropolitana do Recife (RMR). No final deste ano, entretanto, os adesivos que indicavam o serviço foram arrancados e a opção não está mais acessível aos passageiros.

A assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) lembrou que se tratava de um projeto piloto e confirmou a retirada do serviço. A funcionalidade está sob análise e não existe previsão para que volte.

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Assim como o próprio sistema de BRT, o Wi-Fi nunca funcionou completamente bem. Para acessá-lo, era preciso conectar através do Facebook ou email. Em alguns locais do trajeto, ele sofria interferências e, em várias oportunidades, a conexão não era estabelecida. Nas situações em que funcionava, entretanto, a conexão era rápida. Alguns aplicativos como Instagram e Spotify não rodavam.    

Segundo informações que constam no site da Urbana, a rede Wi-Fi no corredor Leste-Oeste foi um investimento particular do Consórcio MobiBrasil, com o custo de R$ 37.800 por ano. Para a instalação dos equipamentos, teriam sido gastos R$ 160 mil. O objetivo era, após a fase de testes, realizar um chamamento público para arrumar patrocínio. 

A possibilidade de usar a internet de forma gratuita dentro de um transporte público soava como um símbolo de sistema mais moderno e atual. Questões como medo de assalto e a necessidade de vários passos para o acesso podem ter afastado os usuários de usarem mais o recurso. 

A modernização do transporte público tem sido defendida pelas empresas de ônibus. Um dos grandes símbolos dessas mudanças é a expansão do uso do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), já obrigatório em algumas linhas, com a consequente retirada de cobradores. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vem acompanhando as discussões, chegando a realizar uma reunião para debater a implementação da bilhetagem eletrônica. O promotor de Transportes do MPPE, Humberto Graça, já chegou a destacar que a mudança é inevitável, porém ele cobra uma transição sem açodamento e massificação dos pontos de aquisição e recarga do VEM.

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O sistema de Bus Rapid Transit (BRT) só é diretamente acessado com o VEM. Por conta disso, máquinas de recarga foram instaladas nas estações. A taxa de conveniência de R$ 1,60 para pagamentos via cartão de débito e crédito, entretanto, tem deixado usuários incomodados.

Denúncias formais foram feitas no Procon-PE com relação à taxa de conveniência. Os usuários sustentam que a cobrança não é cabível pois, entre alguns fatores, trata-se de um autoatendimento – o que já é uma mudança, porque, no início do funcionamento do BRT, um funcionário auxiliava o procedimento de recarga; em horários de pico, formam-se longas filas; as máquinas estão constantemente quebradas; e oferecer esse tipo de recarga nas estações não seria uma medida de conveniência mas de necessidade, visto a exigência do bilhete eletrônico.

Após as denúncias, o Procon-PE notificou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) para prestar esclarecimentos. O órgão concluiu não haver ilegalidade, visto que a taxa é cobrada apenas quando o cidadão faz a recarga fora dos postos de atendimento. 

Ao LeiaJa.com, a Urbana ressaltou que há diversos canais para compra de créditos dos cartões VEM, variando de acordo com o tipo de cartão. “O VEM Comum pode ser carregado no Posto de Atendimento VEM, nos TIs, Estações BRT, através dos aplicativos para celular e nos mais de 500 pontos da rede descentralizada de vendas”, disse a Urbana-PE.

Nas redes descentralizadas, assim como em qualquer operação de compra através de cartão de crédito ou débito, é cobrada a taxa de R$ 1,60. Nos aplicativos, a taxa é de R$ 3,20. A Urbana-PE não soube dizer quanto já foi arrecadado de taxas, pois os valores seguem para as empresas terceirizadas responsáveis pelos modelos alternativos de recarga e não vão para as empresas de ônibus. O pagamento em dinheiro nos terminais de integração e do BRT são gratuitos, reforça o sindicato das empresas.

Não convencida dos argumentos supracitados, a Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP), movimento que cobra a gratuidade dos ônibus e é composto por estudantes e organizações da sociedade civil, emitiu posicionamento em que considera a cobrança da taxa abusiva. “O serviço público de transporte é caro e essas taxas tornam o serviço mais custoso. Os empresários e a Grande Recife [Consórcio de Transportes] não fazem a gestão procurando baratear as despesas e repassam todos os custos para os usuários”, acusou Marcus Vinícius, integrante da FLTP. 

A taxa de conveniência está comumente presente na compra de ingressos para shows e eventos. Há um debate frequente com relação ao seu custo e coerência. Institutos do Procon de outras cidades brasileiras já manifestaram opiniões como a de que o imposto só é válido se garantir uma vantagem adicional, como evitar filas, mas não apenas para obter entradas com antecipação.   

Ainda com relação a shows e eventos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IBDC) também já afirmou que é preciso haver algum serviço de conveniência, como entregar o ingresso em casa. A taxa não deveria ser cobrada, por exemplo, se o consumidor precisa retirar o ingresso na bilheteria. Apesar de situações diferentes, o fato de que o usuário de ônibus precisa enfrentar fila e se deslocar até a estação – caso não queira pagar uma taxa maior para colocar dinheiro por aplicativo – lembra os pontos questionados pelos órgãos de defesa do consumidor. 

A poucos metros da gigantesca coluna de automóveis que começa a se formar no fim da tarde da Avenida Martins de Barros, no Bairro de Santo Antônio, o zelador Silvanio Nunes prefere escutar o silêncio. “Me incomoda não. Perto da água não tem barulho”, explica, antes de lançar mais uma vez sua rede da Ponte Giratória para as águas do Rio Capibaribe. Foi ali mesmo, observando os mais velhos, que o zelador de 33 anos aprendeu os segredos da pesca. Para Silvanio, que frequenta a Ponte Giratória pelo menos duas vezes por semana, a atividade no Centro do Recife representa, além de um meio de sobrevivência, uma opção de lazer acessível.

 “A gente joga tarrafa, sempre conhece pessoas novas, faz amizades. Não só tem violência no mundo, tem gente boa. Muito turista para aqui, dou meu material e bato foto com eles”, conta Silvanio. Numa bicicleta, o pescador sai de Afogados com um balde contendo apenas uma rede e uma faca. “Eu gosto de estar aqui, é uma terapia, sabe? É melhor do que estar em casa. Moro na Favela Tabaiares, uma comunidade muito perigosa. Prefiro estar com os peixes”, completa.

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Para Silvanio, a pesca é uma opção de lazer no Centro do Recife. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Silvanio garante que, apesar de poucos, os peixes que retira do Capibaribe são de boa qualidade. “Depois que pesco, levo eles pro Marco Zero e trato com uma faca. Antes de comer, ‘atolo’ vinagre e sal. O rio é sujo, mas os bichos são limpos. Se eu pescar um camarão aqui, como na hora”, defende. De férias, o zelador aproveita a pesca para admirar as paisagens do Centro da cidade. “Eu não sou só de jogar a tarrafa, sou muito observador. Gosto de ver o Parque de Brennand ali e amo a natureza. Pra mim é um prazer falar dessa beleza que é o Capibaribe”, afirma.

Pescadores se concentram na Ponte Giratória, no Bairro de Santo Antonio. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Do outro lado da ponte, mais hábil com a tarrafa, o aposentado João Honorato acaba de capturar um peixe de bom porte. Pescador da região há 30 anos, sai e retorna para o bairro de Afogados de ônibus. “Chego no começo do dia e, dependendo da pescaria, só vou embora lá para as quatro manhã, quando não amanheço por aqui. Bandido sempre tem, mas eles não mexem com quem tá pescando não. Mais fácil eu ser assaltado na volta para casa”, comenta. Há quem diga que é história de pescador, mas Seu João assegura que já encontrou mais de um camurim com mais de dez quilos. “Um aqui na Ponte Giratória e outro na Ponte Princesa Isabel. Como não gosto de peixe, dou ou vendo, mas hoje em dia só encontro dos pequenos”, lamenta.

Seu João lamenta por não encontrar mais peixes de grande porte nas águas do Capibaribe. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Poluição  

De acordo com um ranking divulgado em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Capibaribe é o 7º mais poluído do país. Cinco anos depois, o quadro parece não ter apresentado melhora: a opinião de que houve uma vertiginosa queda na quantidade e diversidade de peixes nas últimas décadas é unânime entre os pescadores. O pescador Maurício Souza prefere apostar na pesca de caranguejos para garantir seu sustento. “O melhor horário é das 9 horas da manhã às 3 da tarde. Cada unidade custa R$ 80 centavos no mercado de São José”, explica. 

Seu Maurício vive da pesca de carangueiros na Ponte Giratória. (LeiaJá Imagens)

Com a isca de tripa de galinha no “jereré”, uma espécie de rede própria para a coleta de siris, Maurício atribui aos dejetos despejados no rio a diminuição da presença dos crustáceos no Centro da Cidade. “Eles morrem ou vão para outros cantos atrás de comida. É feito pessoa. Se muda”, conclui. 

A alguns metros dos “jererés” amarrado por Maurício na Ponte Giratória, o desempregado Magno Lima tenta a sorte na Ponte Maurício de Nassau. “Eu venho porque me divirto, acho bonito. E nessa crise não tem emprego. Às vezes pego uns peixes, mas tem dia que tá fraco. A gente vê até alguns boiando mortos”, relata. Incansável, Magno lança a rede inúmeras vezes, por horas, retirando mais lixo do que animais do rio. “Já encontrei sofá, bicicleta, todo tipo de coisa. Sempre deixo no cantinho para os garis levarem. O pescador daqui está sempre limpando a maré”, conta. 

Magno se queixa dos ferimentos causados pelo lixo preso na rede. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Os detritos lançados no Capibaribe, além de atrapalhar a pesca, não raro, acabam ferindo quem precisa do rio para viver. “Já cortei minha mão várias vezes com latinhas de alumínio e vidro. Uma vez, fui tirar o lixo da minha rede e ela se partiu. Uma tarrafa dessas custa de R$ 30 a R$ 40 reais. É um prejuízo de um dia todo de trabalho”, reclama Magno. Pescador urbano desde os 12 anos de idade, o rapaz assistiu ainda garoto à tragédia que vitimou milhares de peixes por contaminação na década passada e faz um apelo: “isso não é coisa que aconteça, tanta gente querendo comer um peixinho e os bichos tudo mortos. Queria dar o conselho à comunidade de não jogar lixo na maré, porque isso está prejudicando a gente. No futuro, pode não ter mais como pescar por aqui”. 

Um dos conceitos nevrálgicos da obra do cientista social pernambucano Josué de Castro foi o de “agricultura de sustentação”. O termo se refere aos cultivos que ampliam as possibilidades alimentares de uma região e contribuem diretamente com as demandas da população. Seu Mielson Silva não sabe quem é Josué de Castro, mas há mais de vinte anos mantém o cultivo de diversos vegetais em uma horta urbana na BR-232, no Recife, para consumo próprio e venda. Ao longo da rodovia, bem como na BR-101, outras propriedades com estrutura similar chamam atenção: vendo as terras inativas, dezenas de agricultores passaram a ocupar o espaço com plantações.

Seu Mielson conta que era morador de uma vila nas proximidades da horta, desapropriada por iniciativa do governo. “Com a indenização que recebi, comprei uma casa no Curado I, mas eu já tinha reparado no terreno. Comecei plantando quiabo, quando vi que estava dando certo passei para o alface e coentro. Agora temos muitos clientes, gente até que faz questão de colher os vegetais com as próprias mãos”, comemora. De acordo com Dona Josefa da Conceição, companheira de Mielson e parceira no empreendimento, os preços baixíssimos em relação às feiras e a ausência de agrotóxicos são as características da plantação que mais atraem consumidores. “Só uso estrume e água. A gente se sente feliz de estar trabalhando para passar uma mercadoria de qualidade para os clientes. A unidade do alface aqui custa R$ 1, já o ‘mói’ de coentro vendemos a partir de R$ 2 reais”, comenta.

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Josefa e Mielson contam com seis funcionários fixos em horta na BR-232. (Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens)

Basta passar alguns minutos na horta para observar a aproximação dos clientes. A missionária Hercília Bezerra sai do Bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, para fazer a feira na horta de Mielson e Josefa. “Um pé de alface onde moro custa R$ 5 e aqui compro por muito menos e ele ainda dura até 15 dias sem estragar, porque não possui produtos tóxicos”, conta. Com uma cesta repleta de hortaliças, a consumidora comenta que levará boa parte dos produtos para parentes e amigos. “O pessoal fica impressionado com a aparência e o sabor dos vegetais e sempre me pede para comprar alguns para eles. Aqui também tenho a vantagem de comprar direto do produtor e pode negociar o preço com ele quando compro em grande quantidade”, explica. 

 

Hercília Bezerra sai do bairro de Cadeias, em Jaboatão dos Guararapes, para fazer a feira em hortas urbanas da BR-232

O casal de agricultores autônomos já gera seis empregos fixos. Uma notícia animadora diante do quadro de crescente concentração fundiária e de terras inativas do Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), as grandes propriedades privadas passaram de 238 milhões para 244 milhões de hectares. A área é dividida entre 130 mil grandes imóveis rurais, que possuem 47,23% das terras cadastradas no Incra. Já o Atlas da Terra Brasil 2015, realizado pelo CNPq/USP, aponta 175,9 milhões de hectares.

“O território brasileiro possui 850 milhões de hectares, cerca de 300 milhões de hectares são áreas devolutas. Essa área citada pelo Incra poderia ser utilizada para reforma agrária, mas falta a vontade do governo de construir isso”, lamenta Paulo Mansan, que compõe a diretoria estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). De acordo com o Incra, “o imóvel rural é considerado improdutivo quando, ao aferir sua produtividade, o órgão constatar que imóvel não alcança os graus de exploração exigidos por lei”. Assim, ao não cumprir o que a instituição chama de “função social”, de acordo com a Lei 8.629/03, o imóvel pode ser “desapropriado para fins de reforma agrária”.  

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Acompanhamento da Ceasa

De acordo com a coordenadora do projeto integrado das hortas Comunitárias do Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa), em parceria com o Sindicato do Comércio de Hortifrutigranjeiros (Sindifrutas), Jaciara Pereira, a Ceasa já possui 90 agricultores cadastrados nos 37 hectares dos nove anéis rodoviários na área de entorno da instituição. “O projeto existe desde 2008 e foi criado com o intuito de organizar os terrenos próximos à Ceasa. Essas áreas são patrimônio da União. Desta forma, os agricultores não podem morar nelas, mas podem utilizá-las para o plantio”, explica. 

Francisco Santos é um dos agricultores que já está cadastrado na Ceasa. “Posso cultivar, mas nada é meu. Eles doam adubo orgânico e sempre vem fiscalização da Adagro (Agência Embrapa de Informação Tecnológica, pois não podemos usar agrotóxicos”, coloca. Seu Francisco observa a presença de seguranças na área. “Mesmo assim, acontecem muitos assaltos nessa região”, completa. De acordo com Jaciara Pereira, apenas dois policiais fazem a cobertura da área. “Não tem segurança 24 horas, mas eles passam o dia monitorando toda a área e mantém contato constante com a gente”, afirma. 

Agricultor Francisco Santos é cadastrado pela Ceasa e recebe adubo gratuitamente. (Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens)

De acordo com a assessoria de imprensa do Ceasa, “no decorrer do programa, houve uma acentuada redução na utilização de agrotóxicos, sendo incentivado o controle de pragas e doenças por meio de técnicas alternativas, que não prejudicam o meio ambiente nem os consumidores desses produtos”. A instituição coloca ainda que as culturas predominantes das hortas urbanas são quiabo, coentro, alface, cebolinha, capim milhã, sendo secundário o plantio de macaxeira, bredo, pepino, maracujá, batata-doce, rabanete, rúcula, plantas ornamentais e paisagísticas. 

Para Jaciara Pereira, um dos maiores ganhos das hortas urbanas é o contato com a natureza que elas proporcionam. “Muita gente nunca viu um pé de alface na vida. É uma questão de saúde trazer mais pessoas para perto do campo, afinal dependemos dele”, afirma. Francisco Santos relata receber, além de consumidores, excursões estudantis em sua horta. “Os colégios trazem as crianças para fazer visita. Elas não têm contato com a terra, ficam impressionadas quando veem a plantação. Não troco meu trabalho por nenhum outro”, conclui.

A experiência de Casa Amarela

Há cerca de dois anos, cansada de esperar por soluções do governo para uma praça abandonada na Rua Professor Souto Maior, a população do Bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, resolveu se organizar para fundar uma horta comunitária. “O terreno não tinha posse e era repleto de sujeira e rejeito de obras descarregado por algumas construtoras na área e na beira do canal. A terra estava tão comprometida que precisamos bater com marreta para alcançar o chão. Fizemos e limpeza, trouxemos terra de fora e começamos a plantar”, lembra o agronômo Augusto Neto, um dos moradores de Casa Amarela responsáveis por revitalizar a área.

Atualmente com grande diversidade de árvores, ervas e frutas, a horta comunitária é conservada pelos moradores da região, que já consomem os frutos plantados.  O aposentado Manoel Guedes, morador da Rua Professor Souto Maior, destaca o poder da horta de integrar a vizinhança. “Passo de uma a duas horas por dia cuidando da plantação. O pessoal aqui colhe os frutos, faz chá, conversa. Cada um cultiva uma coisa. O mundo precisa de mais verde”, coloca o aposentado Manoel Guedes.

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Faça sua horta urbana

A experiência bem-sucedida de Casa Amarela serviu de exemplo para a comunidade do Poço da Panela. “O nome da horta é Jardim Secreto. Houve uma receptividade muito grande dos moradores e fui chamado para ajudar na construção da horta de lá. Já iniciamos o plantio”, comemora Augusto. O agrônomo dá dicas sobre o que é preciso para construir uma horta urbana.

1) Quanto mais longe dos carros melhor. Os gases poluentes prejudicam o desenvolvimento da plantação. Caso a horta esteja perto das vias, uma primeira camada, mais próxima à rua, deve conter espécies mais resistentes, como macaxeira, batata doce e frutas em geral;

2) Crie canteiros nas áreas mais centrais do terreno para acomodar as ervas, que são mais delicadas;

3) Os terrenos urbanos costumam ser bastante desgastados. É importante utilizar adubo e retirar pedras, para que as plantas se enraizem;

4) Por fim, é determinante fazer limpezas constantes do terreno, retirando as ervas daninhas antes que cresçam e regando bastante as plantações.

Grafiteiros interessados em participar do Colorindo o Recife devem ser inscrever até esta sexta-feira (27), presencialmente na Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, no 7º andar da Prefeitura do Recife. O programa levará, até março, artistas habilitados para ocuparem 15 espaços da capital pernambucana por meio da arte urbana e contribuírem com a criação de novos atrativos turísticos. O resultado dos grafiteiros selecionados será divulgado no dia 9 de novembro.

Entre as áreas que poderão receber a intervenção do grafite estão o túnel Chico Science, o muro do Metrô de Afogados e o túnel do Pina. Além disso, os inscritos irão ministrar oficinas em comunidades. Alunos de escolas públicas municipais e jovens de bairros nas seis RPAs poderão participar de 15 oficinas educativo-culturais, com aulas que  contarão com iniciação artística e  ensino das técnicas do grafite como forma de inclusão social e prática empreendedora. A partir dessas oficinas é que serão feitas as pinturas dos novos painéis nos espaços públicos disponibilizados.

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Confira os locais e as escolas beneficiadas:

Cemitério dos Ingleses – Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar , Santo Amaro

TV Universitária, Santo Amaro

Muro ao lado da Upinha do Arruda – Avenida Professor José dos Anjos, Arruda

Viaduto da Avenida Norte com Agamenon Magalhães ,Torreão

Conselho Tutelar 2 – Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, Encruzilhada

Hospital Helena Moura – Rua Cônego Barata, Tamarineira

Muro da Maternidade Barros Lima – Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, Casa Amarela

Muro na Avenida Abdias de Carvalho, Cordeiro

Túnel Benfica – Rua Real da Torre, Madalena / Benfica

Túnel Chico Science – Rua Chico Science, Ilha do Retiro

Muro do Metrô de Afogados - Avenida Sul Governador Cid Sampaio, Afogados

Ponte do Pina – Avenida Antônio de Góes, Pina

Túnel do Pina – Rua Manoel de Brito, Pina

Skate Park – Boa Viagem, Boa Viagem

Na última semana, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) divulgou que 10% dos passageiros de ônibus embarcam de forma irregular, sem pagamento de passagem.  Ou seja, um em cada dez usuários estaria burlando o sistema – um número bastante elevado. 

Os empresários revelaram que isso significaria 180 mil pessoas por dia ou 270 ônibus diariamente transportando apenas passageiros irregulares. A mensagem passada na coletiva de divulgação dos números que recebeu o maior destaque foi essa:

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Para combater as irregularidades, a Urbana-PE lançou a campanha “Faça o Certo”. O objetivo é conscientizar a população e deixar aqueles que burlam o sistema temerosos. Isso porque uma das ações da campanha é a criação de um número do WhatsApp. Através dele, as pessoas podem fazer denúncias, mandando imagens e vídeos de usuários embarcando de forma irregular. 

Porém, o responsável por fazer a seleção das denúncias talvez esteja diante de um resultado inesperado. Nas redes, os usuários estão criando uma contracampanha e transformando o WhatsApp da Urbana-PE em um canal de críticas ao sistema de ônibus.

“Estou vendo algo errado no PE-15/Boa Viagem. Demora a sair, só sai SUPER LOTADO. Isso está errado, não acha?”, enviou um usuário para o WhatsApp da campanha. No Facebook, ele pediu: “Vamos fazer o certo, pessoal”, ironizando o título da ação educativa. Sua postagem já alcançou 149 compartilhamentos. 

“Vamos encher esse WhatsApp de realidades”, “Bora denunciar! É irregularidade que você quer, Urbana-PE?”, “Denuncie à Urbana-PE o que verdadeiramente está errado no transporte público da Região Metropolitana do Recife. Tire fotos dos ônibus lotados, das integrações cheias, das condições ruins dos ônibus, das paradas em mal estado, etc, e envie para a Urbana”, dizem alguns responsáveis pelos compartilhamentos.

A Urbana-PE tem respondido educadamente às críticas. “Agradecemos o contato. Sua contribuição é fundamental para a melhoria do transporte público”, escreveu a uma pessoa que criticou a insuficiência de transporte público. “Sua contribuição é fundamental para a melhoria do transporte público. Vamos repassar o material para a empresa responsável”, respondeu novamente a quem escreveu “Fazer o certo é disponibilizar mais ônibus e melhorar a qualidade!! Vocês lucram e não mudam nada para quem utiliza o serviço de vocês. Isso é uma vergonha”. Ou seja, apesar de educada, a Urbana tem enviado uma série de mensagens previamente criadas, visto que o trecho “Vamos repassar o material para a empresa responsável” não se adequa à crítica feita.

Além do aumento da passagem, os empresários apontam que burlar o pagamento da tarifa acarreta em risco para passageiros, ocupação indevida de assentos preferenciais, hostilização do ambiente de transporte e nível de ocupação indesejado. O LeiaJá.com perguntou à Urbana quantas denúncias já foram realizadas através do WhatsApp, mas assessoria informou que a quantidade só será analisada na próxima semana. 

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