Tópicos | Ver-o-Peso

O  Ver-o-Peso é tema de livro que será lançado nesta terça-feira (26), na livraria Fox, em Belém. "Ver-o-Peso: estudos antropológicos no mercado de Belém", organizado por Wilma Marques Leitão, reúne vários estudos sobre a tradicional feira da capital paraense. A obra conta com nove capítulos e 15 autores que discorrem sobre temas variados a respeito do mercado. A publicação tem patrocínio do Banco da Amazônia, por meio de edital.

O primeiro volume, lançado em 2010, com financiamento da Fapespa, nasceu como resultado do Programa de Educação Tutorial (PET), coordenado pela professora Wilma Leitão, vinculado à Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará. Os resultados do projeto, reunidos na forma de artigos no primeiro volume, logo despertaram muito interesse, não apenas da comunidade acadêmica mas também de muitas outras pessoas que se encantam com o mercado.

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Este é o caso de Celma Chaves, Paola Maués, Benedito Silva e Abraão de Oliveira Neto, que souberam do primeiro volume por meio da mídia e buscaram o contato para partilhar suas próprias pesquisas sobre o Ver-o-Peso. A partir daí, surgiram novos projetos que puderam concretizar o segundo livro.

Este volume traz, também, trabalhos de jovens pesquisadores, a exemplo de Suellen Santos, que iniciou sua pesquisa na graduação, levou a reflexão para o mestrado, apresentou uma abordagem mais aprofundada sobre o seu tema: formas de conhecimento necessárias e habilidades específicas para a formação do feirante que detém conhecimentos sobre os produtos.

“A maior parte dos artigos aqui reunidos foi produzida para objetivos específicos: apresentação em congresso, dissertação e tese. Este fato, por si só, valoriza ainda mais nossa obra, uma vez que, antes de aqui chegarem, esses trabalhos já passaram pelo crivo de membros de bancas ou coordenadores de reuniões científicas, o que nos garante a chancela da qualidade dos trabalhos e importância do tema,” ressalta a professora Wilma Leitão.

 “O nome Ver-o-Peso é o mesmo que Coca-Cola, todo mundo conhece, todo mundo já sabe o que é, a palavra já traz tudo”. Essas são palavras do seu Dalci Silva, feirante do setor de industrializados.

Não há dúvidas de que o Ver-o-Peso tem imensa repercussão local, sendo representado pelos moradores como o símbolo da cidade de Belém. Não é por acaso que praticamente todos os artigos apresentam a preocupação em tratar o Ver-o-Peso da perspectiva do patrimônio. “Este lugar é depositário de práticas tradicionais, não somente da cidade, mas  também de toda uma região. Mais forte ainda do que se pode observar, cotidianamente, nas alas do mercado, é a forte carga simbólica que o lugar carrega,” afirma Wilma, que termina falando da felicidade de lançar este segundo volume no ano de aniversário dos 400 anos da cidade de Belém.

Todos os livros serão comercializados na livraria Fox e também será feito outro lançamento na Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, no final do mês de maio. E outro no Rio de Janeiro, por volta de 20 de maio, na Unirio, a convite da professora Tereza Scheiner, coautora de um artigo.

Serviço

Lançamento do Livro Ver-o-Peso: estudos antropológicos no mercado de Belém. Volume II. Data: 26 de Abril de 2016, 19 horas. Local: Livraria Foz, localizada na Travessa Doutor Moraes, 584, entre Conselheiro e Mundurucus.

Informações da assessoria de comunicação da UFPA.

A reforma do complexo do Ver-o-Peso será adiada para 2017. Esse foi o resultado de audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), no último dia 7 de abril. À prefeitura de Belém, responsável pela obra, foi exigida a divulgação de mais informações sobre o projeto, para que a sociedade participe ativamente das discussões.

O secretário municipal de Urbanismo, Adinaldo Oliveira, disse que a prefeitura não tem pressa em executar as obras e está disposta a fazer uma discussão mais ampla, que integre os vendedores do complexo, os movimentos sociais e a população.

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Anunciada pela prefeitura de Belém no dia 12 de janeiro, a reforma da feira do Ver-o-Peso tem mobilizado vários setores da sociedade que contestam, entre outros pontos, a ausência de amplas discussões públicas acerca de um projeto que mobiliza, direta ou indiretamente, interesses de toda a cidade. Para dar maior transparência ao projeto, o Iphan e o MPF disponibilizaram os documentos básicos nos seus sites. Os documentos básicos para a análise do projeto podem ser encontrados aqui. Veja, abaixo, vídeo sobre a polêmica.

Por Lucas Corrêa.

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A 14ª edição do Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, em Belém, já tem data marcada. De 21 a 29 de maio, a cidade que completou 400 anos contará com grandes estrelas da cozinha nacional e internacional para uma programação repleta de aulas, palestras e jantares. O evento ganha mais um chamariz: a capital paraense acaba de receber, da Unesco, o título internacional de Cidade Criativa da Gastronomia e oficializou não apenas a culinária, mas toda a cultura gastronômica local como referência mundial.

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O espanhol Pere Planaguma, chef do Les Cols, em Girona, com duas estrelas Michelin, é um dos nomes internacionais deste ano. Entre as estrelas nacionais já confirmadas estão Alex Atala (DOM-São Paulo) Alberto Landgraf (São Paulo) e Claude Troisgros (Olympe–Rio de Janeiro). Também compõe o time dos brasileiros Pedro Artagão (Irajá–Rio de Janeiro); Edinho Engel (Amado–Bahia); Priscila Herrera (Banana Verde–São Paulo); Rivandro França (Cozinhando Escondidinho – Recife); Agenor Maia (Olivae–Brasília),  Flávia Quaresma (Rio de Janeiro), Eliane Passerine (O Cafezal–São Paulo), Pablo Oazen (Garagem Gastrobar–MG), Carlos Kristensen (Hashi–Porto Alegre), Fábio Vieira (Micaela–São Paulo) e Marcia Garbin (Gelato Boutique–São Paulo).

Quem visitar Belém poderá participar de mais de 10 atividades diferentes com foco na gastronomia local. Duas novas atrações enriquecem ainda mais a programação, neste ano: Campeonato de Baristas e Farofada.

De 1º a 29 de maio a cidade será tomada pelo Circuito Gastronômico - 18 restaurantes prepararão receitas exclusivas para o festival, incentivando os turistas e a população local a visitar as casas mais emblemáticas da região. De 21 a 29 de maio também haverá Feira de Produtores, aberta ao público, no Boulevard Shopping.

No dia 21 de maio, data de inicio da programação principal do Festival, a praça Batista Campos será tomada pelo tradicional “Chefs na Praça” - quando chefs prepararão pratos em barracas e os colocarão à disposição do público por preço popular. No sábado, será especial para crianças e no domingo, em homenagem aos 400 anos de Belém com pratos inspirados nas raízes da culinária amazônica. A organização desafiou os chefs a recriar receitas históricas da região e, ainda, utilizar ingredientes que foram deixados de lado com o tempo, como maniva (folha da madioca moída), ária, chicória (coentro do Pará), alfavaca, ingá cipó, muruci, caranguejo uçá, pacamão, entre outros diversos listados.

Em 25 de maio acontece o Fórum Técnico, que discutirá a “Internacionalização da Gastronomia Amazônica”. No dia seguinte, começam as Aulas de Culinária no Boulevard Shopping e o “Chefs na Comunidade”, em que cozinheiros profissionais dão aulas abertas à comunidade local. Nos dias 26 e 27 os restaurantes Famiglia Sicilia e Benjamin receberão chefs em suas cozinhas como Pedro Artagão, Flávia Quaresma e Landgraf para os Jantares Magnos.

A final do Concurso chef Paulo Martins, que tem como objetivo principal incentivar jovens talentos a criar pratos com ingredientes regionais, será no dia 28. Mesmo dia da estreia do Campeonato de Baristas – novidade que incentivará profissionais do café a inovar suas técnicas e receitas usando ingredientes locais no preparo da bebida.

No último dia do festival (29 de maio) haverá a primeira edição da “Farofada” - duplas de chefs  farão juntos suas farofas preferidas num grande forno que será montado no centro da praça onde acontece parte do evento. E por fim, o tão esperadoJantar Popular das Boieiras, momento em que as cozinheiras da feira do Ver-o-Peso (a maior da América Latina), conhecidas como Boieiras, se encontram com chefs visitantes e criam receitas usando ingredientes locais.

O Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense foi criado pelo chef Paulo Martins em 2000 com o objetivo de promover a cultura gastronômica paraense por meio de seus ingredientes, técnicas e a interação entre chefs e suas diferentes especialidades. Hoje é comandado por Joana Martins, filha de Paulo, que não mede esforços para destacar o Pará como importante destino turístico e polo produtor de insumos gastronômicos brasileiros. Nesta edição, o festival tem o apoio do Governo Estadual do Pará, Prefeitura de Belém, Boulevard Shopping e Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança.

Veja programação completa do evento:

01 a 29/05 - Circuito Gastronômico (16 restaurantes de Belém)

20 a 29/05 - Feira de Produtores (Boulevard Shopping)

Sábado 21/05 - 18h00 - Chefs na Praça - Comida de criança (Praça Batista Campos)

Domingo 22/05 - 18h00 - Chefs na Praça - Belém 400 anos (Praça Batista Campos)

Quarta  25/05 - 15 as 17h00 Aulas de Culinária (Boulevard Shopping)

                        19h00 - Fórum Técnico

Quinta   26/05 - 15 as 17h00 Chefs na Comunidade

                        15 as 23h00 Aulas de Culinária (Boulevard Shopping)

                        21h00 - Jantar Magno (Restaurante FamigliaSicilia)

Sexta    27/05 - 15 as 17h00 Chefs na Comunidade

                        15 as 23h00 Aulas de Culinária (Boulevard Shopping)

                        21h00 - Jantar Magno (Restaurante Benjamin)

Sábado 28/05 - 14h00 as 17h30 Final do Concurso Chef Paulo Martins    

                        15 as 19h00 Aulas de Culinária(Boulevard Shopping)

                        19H30 - Campeonato de Baristas (Praça Batista Campos)

Domingo           29/05 - 11h00 Farofada (Praça Batista Campos)

                        15 as 19h00 Aulas de Culinária(Boulevard Shopping)

                        19h00 Jantar Popular das Boieiras (Estação das Docas)

Serviço

Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense

Local: Belém, Pará
Data: 21 a 29 de maio de 2016
Informações: www.veropesodacozinhaparaense.com.br

 

Informações da Assessoria de Comunicação do evento.

No último dia de dezembro é tradição no Pará tomar “banho de cheiro” para atrair energias positivas no ano seguinte. Considerando que 2015 foi marcado pela crise no País, corrupção e tragédias ambientais – veja detalhes na Retrospectiva Leia Já –, nada melhor do que usar o poder das ervas, com aromas da Amazônia, para garantir um réveillon cheio de esperança.  

A secretária Thaissa Britto, 28 anos, sempre toma banho de ervas no final da tarde do dia 31 de dezembro. Já é tradição há uma década. “Uso muito o manjericão, aroeira, bete cheirosa, abre caminho e um pouco de colônia de alfazema ou lavanda caminho, alecrim, e outros”, diz.

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Segundo ela, nas religiões afro, o banho é muito comum porque as ervas têm o dom de aliviar as tensões astrais e trazem prosperidade e amor. Esse costume, mistura de tradições africanas e cultura indígena, ainda se mantém forte em comunidades do interior do Estado, com uso de plantas, raízes e cipós.

Para conseguir as ervas em Belém, basta ir ao Ver-o-Peso, maior feira ao ar livre da América Latina, e escolher o que desejar nas barracas especializadas, geralmente comandadas pelas “erveiras”, mulheres que aprenderam com os antepassados as propriedades de cada vegetal. Fazer o banho é fácil: folhas e raízes são prensadas com água, que fica “cheirosa” e agradável.

Paz - Thaissa usa algumas ervas que estão no ilê (terreiro) do qual faz parte e diz que muitos são adeptos ao banho por causa da fragrância agradável: “A sensação é de tranquilidade. Para a religião é muito comum, pois serve como tratamento espiritual”.

Segundo Thaissa, nas religiões afro, toma-se o banho de cheiro quando é necessário manter a paz espiritual. “Também tomamos quando as coisas não andam muito bem. Existem banhos específicos para cada situação”, explica.

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A visita do príncipe do Japão ao Ver-o-Peso, em Belém, deixou os feirantes entusiasmados. Centenas de trabalhadores do maior mercado a céu aberto da América Latina suspenderam suas atividades na quarta-feira (4) para acompanhar, com curiosidade, o percurso da comitiva real japonesa entre as barracas de frutas e ervas e nos estandes de venda de aves e peixes.

Biólogo especialista em aves e peixes pela Universidade de Oxford, o príncipe Akishino, filho mais novo do imperador Akihito, ficou surpreso com a variedade dos produtos oferecidos no mercado. Ele quebrou o protocolo real, conversou com feirantes e fez fotografias. “O príncipe ficou curioso em saber sobre a espécie das aves que tenho”, disse o feirante Edvaldo Moreira à Agência Belém.  

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Acompanhado da esposa, a princesa Kiko, Akishino chegou ao Ver-o-Peso às 8h15. O casal foi recebido pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e representantes da comunidade japonesa no Brasil. "Ele adorou os peixes e os pássaros de nossa região. Ele não veio, apenas, como um curioso, mas sim como um estudioso, registrando e anotando tudo o que via. Foi uma visita muito interessante" afirmou o prefeito.

O príncipe Akishino também visitou o Museu Paraense Emílio Goeldi e fez um passeio fluvial na baía do Marajó. A agenda faz parte das celebrações pelos 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão. A colônia japonesa no Pará é considerada a terceira maior do País. 

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Belém do Pará amanheceu pintada em tons de azul marinho nesta segunda-feira (19). Nas ruas, torcedores do Remo exibiam com orgulho suas camisas. Nas fachadas, bandeiras estendidas. Se o cotidiano da cidade tivesse hashtag, ela seria #Leão de volta à Série C.

A festa dos remistas tomou conta também do maior cartão postal de Belém, o mercado do Ver-o-Peso. A vitória sobre o Operário-PR por 3 a 1, domingo, no Mangueirão, turbinou a venda de camisas e animou ainda mais o maior mercado a céu aberto da América Latina.

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“Desde sábado a procura por camisas do time do Remo tem sido grande”, disse o vendedor Francisco Barbosa, que trabalha há 30 anos na feira. No rádio, para embalar as vendas, o hino do clube: “Em cada um de nós mora a esperança...”

Luís Cordeiro, “58 anos de Ver-o-Peso”, abria o sorriso com os fogos de artifício que não paravam de ser disparados por fanáticos torcedores. O movimento estava tão bom que ele vendeu camisas do Remo até para “estrangeiros”.

O comerciante cearense Homérito Júnior pagou R$ 30 para Luís e levou a sua primeira camisa do Leão. “Comprei uma camisa para homenagear o clube do Remo pelo show de futebol e pela torcida guerreira que tem”, disse.  

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Festa - O mercado se transformou no ponto de encontro de remistas que madrugaram comemorando o acesso. Na beira da baía do Guajará, sob o sol forte do final da manhã, vários grupos continuavam com o copo de cerveja gelada na mão. Cada um enrolado em imensas bandeiras do clube.

A feirante Ana Veiga, que trabalha há 30 anos no Ver-o-Peso, se divertia como criança no meio da torcida. Remista desde criança, convenceu até a filha a se tornar azulina. “Tenho orgulho de ser pararense, índia, e remista”, disse, abraçada a uma estátua de um Leão devidamente pintado de azul marinho.

Com informações de Raiany Pinheiro

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