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O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, exortou a Rússia nesta quinta-feira a iniciar um diálogo com seu governo e rejeitar um pedido formal por parte do Parlamento da Crimeia de separação da Ucrânia e integração ao território da Rússia.

"Essa é uma decisão ilegítima", disse Yatseniuk, poucas horas depois do movimento do Parlamento da Crimeia, que inclui um referendo sobre o assunto marcado para o dia 16 de março. "Esse suposto referendo não tem nenhum fundamento legal... Crimeia foi, é e será parte integrante da Ucrânia."

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Os comentários de Yatseniuk foram feitos em uma viagem a Bruxelas para se reunir com líderes da União Europeia, que parecem estar se afastando de qualquer ação firme contra a Rússia, na expectativa de que ainda possa ocorrer diálogo diplomático entre Moscou e Kiev.

Yatseniuk também enfatizou sua intenção de avançar rapidamente com um "acordo de associação" político e comercial com a UE. Os líderes da UE, embora tenham dito que desejam assinar o acordo, temem que fazê-lo muito rapidamente possa inflamar Moscou em um momento delicado.

O premiê evitou pressionar publicamente o bloco, recusando-se a dizer se o governo quer selar o acordo antes das eleições da Ucrânia em maio. "Acreditamos firmemente que tanto Ucrânia como União Europeia estão prontas para assinar o acordo de associação e para tomar medidas reais para estabilizar a situação", disse Yatseniuk. Ele se recusou a comentar a decisão dos líderes da UE de não adotar fortes sanções contra a Rússia por enquanto.

Líderes franceses e alemães disseram que sanções só seriam implantadas se os esforços para intermediar o contato direto entre a Rússia e a Ucrânia falharem. Até agora, o Kremlin tem mostrado poucos sinais que vai reconhecer a legitimidade do novo governo da Ucrânia. "Haverá a mais forte pressão possível sobre a Rússia para iniciar um processo de redução das tensões, e há uma possibilidade de utilização de sanções", salientou o presidente francês, François Hollande, a repórteres. "Mas as sanções não estão aí para aumentar tensões. Pelo contrário, elas devem abrir o caminho para o diálogo." Fonte: Dow Jones Newswires.

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