Um instituto dos Estados Unidos declarou nesta quinta-feira que novas imagens feitas por satélites mostram que a Coreia do Norte retomou os trabalhos de construção do seu reator de água leve após meses de inatividade. Isso indica que o regime norte-coreano pressiona com esforços para expandir seu programa nuclear, afirma o Instituto Estados Unidos-Coreia, da Escola John Hopkins de Estudos Internacionais Avançados. O instituto afirma, contudo, que o reator só deverá entrar em operação em 2014 ou 2015.
Dois estudiosos norte-americanos visitaram o local em novembro de 2010 e estudaram imagens feitas posteriormente por satélites. Eles dizem que o reator parece ter sido projetado para gerar eletricidade, o que o governo norte-coreano afirma ser a finalidade do edifício. Outros especialistas, contudo, temem que o reator possa produzir também plutônio para carregar bombas atômicas.
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As imagens que mostram progresso nas construções no reator de Yongbyon foram feitas por um satélite comercial americano em 30 de abril. O governo norte-coreano expulsou os inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) dos seus reatores há três anos e existem preocupações de que a Coreia do Norte conduza em breve seu terceiro teste nuclear, após ter fracassado no lançamento de um foguete de longo alcance no mês passado.
"A despeito dos problemas com os mísseis e a incerteza sobre outro teste nuclear, o Norte prossegue com a construção do reator de Yongbyon, uma parte importante da estratégia de Pyongyang para expandir o seu arsenal nuclear", disse Joel Wit, editor do website do instituto, o 38 North. A Coreia do Norte já possui armazenado combustível nuclear reprocessado de um reator mais velho em Yongbyon, do qual extraiu plutônio usado em dois testes nucleares.
O instituo afirma que após um rápido progresso na construção do reator de água leve, em 2011, as imagens dos satélites mostram uma interrupção dos trabalhos entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano. A paralisação pode ter ocorrido, em parte, devido ao falecimento do ditador Kim Jong-Il, em dezembro passado. Porém, uma explicação mais plausível pode ter sido uma piora no tempo, com o auge do inverno e das nevascas.
As informações são da Associated Press.