BlackBerry perde espaço também no mercado corporativo

Android e iOS, juntos, superam sistema da RIM em ambientes corporativos

idgnowpor Nowdigital seg, 26/09/2011 - 12:20
RIM/Divulgação BlackBerry Bold 9900, lançamento recente da fabricante canadense RIM/Divulgação

Embora o BlackBerry, da empresa canadense RIM, ainda seja o smartphone mais popular no mercado corporativo, sua participação já não alcança maioria absoluta. Segundo pesquisa da Forrester Research, os sistemas Android e iOS, quando combinados, superam sua fatia de mercado nos Estados Unidos.

A constatação apenas reforça o que há muito já se desconfiava: mesmo no ambiente em que o sistema operacional da Research In Motion (RIM) mais se destaca — o das empresas , ele enfrenta problemas devido à ascensão de seus rivais.

De acordo com a empresa de pesquisas, 42% dos funcionários utilizam aparelhos da linha BlackBerry, enquanto 26% utilizam Android, do Google, e outros 22% preferem o iPhone, da Apple.

Outra descoberta é que 48% dos entrevistados adquirem o smartphone sem considerar a plataforma que sua companhia suporta. Cerca de 30% afirmam escolher o dispositivo de uma lista elaborada pela própria empresa, e outros 23% dizem não ter poder de decisão.

Em geral, os administradores de TI elegem o BlackBerry como o dispositivo a ser usado pelos funcionários por o considerarem mais seguro, explicou a Forrester. Porém, o crescimento das plataformas rivais  já que muitos usuários preferem ter um único celular para tarefas domésticas e profissionais  tem feito com que a posição seja revista.

Ainda assim, afirma o analista Ted Schadles, da Forrester, algumas companhias ainda não perceberam o que está acontecendo. Mesmo quando exigem o uso de determinados aparelhos, os funcionários acabam utilizando também o celular pessoal para tarefas da empresa. Assim, por não se adaptarem à vontade de grande parte dos trabalhadores, acabam deixando os dados da companhia desprotegidos.

Metade dos funcionários que ficam mais de uma hora à frente do computador divide sua jornada de trabalho entre o escritório e a casa  em se tratando de diretores, o índice sobe para 90%. Isso explicita a necessidade de dar atenção especial aos dispositivos que eles utilizam, mesmo que não pertençam à companhia.

Por fim, a Forrester constatou que a satisfação com o departamento de TI é pequena. Menos de 50% dos funcionários afirmaram estar contentes com o serviço prestado. Durante a pesquisa, foram entrevistados quase 5 mil norte-americanos.

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