Seu smartphone vale quase US$ 40 mil
Estudo diz que valor de dados armazenados supera — e muito — o do aparelho
Quanto custaria a perda do seu smartphone? E do tablet ou notebook? Talvez você consiga repô-los com pouco menos de dois mil reais — dependendo do dispositivo — mas isso só corrige parte do problema.
E quanto a suas fotos pessoais, biblioteca de música, dados financeiros e de investimento, entre outras informações possivelmente irreparáveis? Uma pesquisa recente da companhia de segurança McAfee constatou que o valor médio concedido pelos próprios usuários a esse conteúdo é de mais de US$ 37 mil. Nos Estados Unidos, o montante sobe para US$ 55 mil.
A McAfee se juntou à MSI — conhecida por suas placas-mãe e notebooks — para entrevistar três mil usuários de dez países. Eles foram perguntados a respeito dos dados que mantinham em seus dispositivos e de como os protegiam.
“A maioria dos pais jamais cogitaria deixar por aí uma pilha de fotos de seus filhos, um caderno com suas senhas pessoais ou um bloco de notas com seus investimentos anotados”, afirma Jennifer Jolly, especialista em consumo digital. “No entanto, é isso o que arriscam quando andam com smartphones e notebooks desprotegidos. Se os seus arquivos digitais são preciosos, por que não resguardá-los?”, questiona.
De acordo com o estudo, mais de um terço dos usuários não protege seus dados em quaisquer dispositivos, enquanto que apenas 7% o fazem em todos os aparelhos. Grande parte dos entrevistados alegou não achar necessário garantir a segurança de suas informações. A segunda razão mais lembrada para justificar a displicência é o preço que tal providência poderia custar.
Entretanto, vale lembrar que os malwares custaram US$ 2,3 bilhões aos consumidores ano passado, ou seja, é preciso proteger-se. Mesmo que as ferramentas de segurança sejam pagas — e há boas alternativas gratuitas — o dinheiro gasto será bem menor do que os US$ 37 mil creditados aos dispositivos pelos próprios usuários.
“Os consumidores reconhecem o valor de seus pertences digitais. Porém, embora a maioria seja cuidadosa com seus PCs, é negligente com os dispositivos móveis”, afirma Gary Davis, diretor de marketing da McAfee. “É como instalar um dispendioso sistema de segurança na porta de entrada, mas deixar as janelas de casa abertas. Basta um descuido para que um vírus ou um hacker roubem os dados e comprometam contas bancárias e informações pessoais”, alerta.