BNDES avalia participação em fábrica da Foxconn
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) não definiu como poderá participar da instalação da fábrica da Foxconn no Brasil para montagem de iPads da Apple e telas de cristal líquido. “Achamos que o negócio é importante para a economia do Brasil, mas ainda não estamos em processo de avaliação”, informou o presidente do banco do governo federal, Luciano Coutinho.
Coutinho comentou sobre esse assunto em São Paulo, após ter participado na manhã desta segunda-feira, (17/10), de encontro com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Um dos motivos da reunião com representante do Ministério da Ciência e Tecnologia foi para o lançamento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A nova companhia fundada nos moldes da Embrapa vai apoiar empresários brasileiros em projetos inovadores.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de o BNDES ser sócio da Foxconn no Brasil, Coutinho comentou que esse projeto ainda precisa amadurecer. “É difícil no momento fazer qualquer prognóstico”, disse. Segundo ele, a instituição está avaliando o projeto com investidores internacionais.
Em visita ao Brasil na semana passada, o presidente da Foxconn, Terry Gou, reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff e reforçou interesse da indústria de se instalar no Brasil. Gou informou que a companhia está disposta a investir 12 bilhões de dólares no País em quatro ou seis anos, dependendo do apoio local a ser recebido.
A intenção da Foxconn é instalar duas fábricas no Brasil, sendo uma para produção de tela sensível ao toque e outra para montagem de iPads e iPhones da Apple. Esse projeto vem sendo discutido desde abril, quando Dilma e uma comitiva do governo brasileiro estiveram na China.
De lá para cá, o governo brasileiro e a Foxconn tentam selar um acordo e até agora o projeto não saiu do papel. Gou chegou a mencionar na semana passada a necessidade de o Brasil oferecer infraestrutura e mão de obra especializada para o negócio vingar.
O ministro Aloizio Mercadante comentou que o projeto depende de parceiros locais e considerou a entrada do BNDES imprescindível para realização desse negócio. Pelas explicações de Coutinho na manhã desta segunda-feira, o banco ainda não tem uma resposta para bater o martelo na instalação da fábrica de iPad da Apple no Brasil.