Google+ não deve desbancar o Facebook
Para o Google+ tomar o lugar do Facebook e se tornar o líder das redes sociais, seria preciso que a Google lançasse uma série de inovações fortes, e a empresa do CEO Mark Zuckerberg deixasse o site se deteriorar, afirmou o ícone da internet e acionista do Facebook, Sean Parker na última segunda-feira (17/10).
A menos que as duas coisas aconteçam, é muito improvável que o Google+ se torne uma ameaça viável ao Facebook, segundo afirmações de Parker na Cúpula 2.0, onde ele respondeu a perguntas do cofundador do evento, John Battelle, e participantes.
“O Facebook precisaria cometer erros incríveis e o Google+ teria que fazer algo muito esperto”, declarou Parker, cofundador do programa de compartilhamento de arquivos P2P Napster e da rede social Plaxo, e investidor do Spotify, serviço de streaming de música.
Nesse momento, não há motivação o suficiente para criar a migração de uma massa crítica de usuários para o Google+, como aconteceu quando o Facebook derrubou o MySpace da primeira posição entre os serviços de redes sociais, afirmou Parker. “É difícil competir com efeitos de rede”.
Parker informou que acredita que o maior problema do Facebook não é preocupações com as configurações de privacidade, como muitos acham, mas sim uma falta de ferramentas e recursos para ajudar os usuários a gerenciar o "excesso" de conteúdo que é compartilhado.
O empresário disse também que o Facebook está no caminho certo, com a introdução recente de recursos para segmentar amigos em grupos menores e para a gestão do fluxo de conteúdo, mas precisa fazer mais do que isso.
Perguntado sobre seu envolvimento como membro do conselho da Spotify, Parker afirmou que o serviço de streaming de música representa para ele uma chance de terminar o que começou com o Napster, o primeiro serviço de compartilhamento de música, que foi alvo de ações judiciais de gravadoras.
O Spotify começou a fechar acordos de licenciamento com grandes gravadoras e centenas de selos independentes, e isso poderá apresentar no futuro um modelo de compartilhamento peer-to-peer, no qual os usuários poderão fazer o upload de suas músicas para o serviço, disse Parker.
Parker se recusou a comentar sobre seu novo empreendimento, embora tenha confirmado que se chamará Airtime, e ele também negou que ele e o CEO do Facebook MarkZuckerberg tenham recentemente entrado em uma discussão acalorada sobre o Spotify.