Facebook volta atrás e aceita perfil de Salman Rushdie
Sir Salman Rushdie venceu uma bizarra batalha com o Facebook. No último fim de semana, o escritor indiano teve sua conta desativada por não utilizar seu nome de nascença, Ahmed, para identificar-se na rede social.
O embaraço começou quando a empresa de Zuckerberg solicitou que Rushdie enviasse o passaporte, a fim de que pudessem confirmar sua identidade. Em seguida, pediu que ele utilizasse seu primeiro nome no portal, em vez do segundo, com o qual ficou conhecido no universo literário, Salman.
Leia mais: Por que o Google+ quer que você use seu "nome verdadeiro"
Quando, finalmente, teve seu perfil reaberto, Rushdie decidiu renegá-lo. Por causa da inconveniência, adotou um serviço rival, o Twitter.
“Caro, Facebook, forçar-me a trocar meu nome de Salam para Ahmed Rushdie é como obrigar J. Edgar a se tornar John Hoover”, afirmou em um recente tuite, lembrando do célebre patrono do FBI.
Em dado momento, porém, a empresa voltou atrás, e dispensou Rushdie de utilizar seu primeiro nome. “Vitória! O Facebook desistiu! Sou Salman Rushdie novamente. Sinto-me bem melhor. Uma crise de identidade em minha idade não é nada divertido. Obrigado, Twitter!”.
Ironicamente, algumas semanas atrás, o autor se viu em dificuldades quando tentou criar sua conta no microblogging. Descobriu que seu nome já estava sendo utilizado por outra pessoa. O Twitter, porém, resolveu rapidamente a questão.
Dentre as obras já publicadas por Rushdie, duas se destacam: Os Filhos da Meia-Noite, publicado em 1981, e o polêmico Versos Satânicos, de 1988, que lhe rendeu uma sentença de morte por parte do líder religioso do Irã, o aiatolá Ruhollah Khomeini.