#CPBR7: Bruce Dickinson dá exemplo de empreendedorismo
Palestrante magistral reforçou a importância do relacionamento com o público-alvo e aconselhou os campuseiros presentes
A palestra magistral mais esperada da 7ª edição da Campus Party Brasil, liderada pelo piloto, compositor, empresário, investidor anjo, mais conhecido por ser o vocalista da banda de heavy metal Iron Maiden, Bruce Dickinson, como esperado, teve foco no empreendedorismo, grande pilar do evento neste ano. O inglês deu uma verdadeira lição de como pensar fora da zona de conforto e ressaltou a importância do relacionamento com clientes.
Segundo ele, não é preciso ser um especialista em Tecnologia da Informação (TI) para transformar uma ideia em negócio. "É preciso trabalhar com paixão, trabalhar duro, além de ter um bom projeto”, reforça o empreendedor. Bom entendedor de diversos ramos empresariais, ele compara o mercado com um tanque de tubarões. “Se você ficar parado, alguém te devora", aconselha Dickinson.
E, para conseguir sucesso, além de trabalhar com paixão, é necessário prestar atenção no público-alvo, ou seja, os clientes. Para ele, um bom exemplo é o da Apple. "É tudo baseado no relacionamento com o consumidor. O novo iPhone é terrível. O iPhone 4 é o melhor. Acredito que a Apple está bem consciente de que eles têm um problema, que a relação deles com o consumidor está ficando abalada", brinca.
Outro exemplo é o da banda que ele integra, a Iron Maiden. Segundo ele, atualmente, o grupo não gera muito dinheiro com a venda digital de músicas e a solução é exatamente o relacionamento com o público. "Nós temos que gravar novos álbuns porque com eles produzimos novos fãs. A remuneração da música deixa de ser um problema. Cada vez que nós fazemos uma turnê na América do Sul os resultados crescem 20%”, pontua.
Por fim, o empreendedor afirma que abrir um negócio é o mesmo que se arriscar. “Se você não colocar sua ideia em prática, outra pessoa vai fazer no seu lugar", diz. Por isso, segundo ele, o Iron Maiden busca lucrar de forma alternativa vendendo outros produtos. "A música é gratuita, mas uma camiseta custa 50 pratas", finaliza.