Internautas aderem à campanha contra a cultura do estupro

Assunto está entre os mais comentados do Twitter em todo o mundo

por Nathália Guimarães sex, 27/05/2016 - 10:58
Reprodução/Facebook Usuários do Facebook adicionaram às duas fotos de perfil um filtro contra a cultura do estupro Reprodução/Facebook

Logo após a divulgação do caso de estupro de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, protestos tomaram conta das redes sociais. Internautas trocaram suas fotos de perfil no Facebook por imagens com referência ao assunto. A hashtag #EstuproNaoÉCulpaDaVitima está entre os assuntos mais comentados do Twitter em todo o mundo nesta sexta-feira (27), sendo o terceiro mais popular. A jovem foi violentada há uma semana. De acordo coma vítima, 33 homens participaram do crime.

Usuários do Facebook adicionaram às suas fotos de perfil um filtro que traz o texto "Eu luto pelo fim da cultura do estupro". Já no Twitter, os internautas reuniram sua indignação postando mensagens com a hashtag #EstuproNaoÉCulpaDaVitima. O tópico já reunia mais de 35 mil tuites até a publicação deste artigo.

Até mesmo a presidente afastada, Dilma Rousseff, falou sobre o assunto em sua conta no Twitter. "É inaceitável que crimes como esse continuem a acontecer. Repito, devemos identificar e punir os responsáveis", publicou a petista nesta quinta-feira (26). 

A revolta dos usuários reflete em outros comentários. "Estupro não é desejo provocado pela sensualidade de alguém, é consequência da falta de humanidade de quem comete", escreveu a internauta @CamyTuretta no microblog. "O coração chega a ficar pequeno com tanta crueldade, um bando de animais!!", comentou outra pessoa.

Entenda o caso

O estupro coletivo da adolescente de 16 anos foi gravado pelos agressores e divulgado por um deles no Twitter. O vídeo foi excluído após o caso tomar uma enorme repercussão. Nas imagens, a jovem aparece nua, dopada e com marcas de violência. O crime ocorreu numa comunidade da Zona Oeste do Rio, na última sexta-feira (20). A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou quatro suspeitos de participarem do ato hediondo.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no Brasil.

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