Justiça da Alemanha investiga Mark Zuckerberg

Fundador do Facebook e executivos enfrentam processo em Munique

por Nathália Guimarães sex, 04/11/2016 - 16:33
Josh Edelson/AFP Mark Zuckerberg, cofundador e presidente-executivo do Facebook Josh Edelson/AFP

Polêmica no Vale do Silício. Procuradores alemães estão investigando Mark Zuckerberg e outros executivos do Facebook, informou o Ministério Público de Munique nesta sexta-feira (4), após receber uma queixa alegando que a empresa de mídia quebrou as leis nacionais contra o discurso de ódio ao não remover postagens racistas na rede social.

A investigação foi motivada pela queixa elaborada por um advogado, que apresentou uma reclamação semelhante há um ano. Ele acusa o Facebook e seus responsáveis de cumplicidade nos crimes em questão por não eliminarem da rede com rapidez as mensagens de ódio requeridas.

O advogado compilou uma lista de 438 postagens que foram sinalizadas como inapropriadas, mas não chegaram a ser excluídas durante o ano passado. As mensagens incluíam casos de ódio racista com referências ao genocídio da era nazista.

As regras do Facebook proíbem a intimidação e o assédio, mas os críticos dizem que a empresa não faz o suficiente para impedir esses atos, e nem mesmo consegue deter posts racistas e ameaçadores na plataforma.

No início deste ano, promotores em Hamburgo rejeitaram uma queixa semelhante, alegando que o tribunal regional carecia de jurisdição porque as operações europeias do Facebook são baseadas na Irlanda. Em resposta ao caso, o Facebook limitou-se apenas a dizer, por meio de nota, que não há lugar para o ódio na rede social.

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