YouTube remove milhares de vídeos de extremista islâmico
É a primeira vez que o site tomou uma ação concentrada contra uma pessoa em particular
O YouTube removeu milhares de vídeos do clérigo radical americano de origem iemenita Anwar al-Awlaki, em um passo significante para a campanha anti-extremismo do serviço que pertence ao Google. Segundo o jornal britânico The Guardian, esta é a primeira vez que o site tomou uma ação concentrada contra uma pessoa em particular.
O extremista foi morto em 2011 por um ataque de avião não-tripulado da CIA no Iêmen, deixando para trás uma biblioteca substancial de sermões, palestras e ensaios no YouTube. Seus discursos mais radicais incentivam explicitamente a violência contra os norte-americanos.
A política anti-extremista do site, porém, proíbe explicitamente os vídeos que incitam o terrorismo ou a violência. Mas as regras não abrangem o que fazer no caso de o trabalho de uma pessoa que infringe a norma ser enviado ao serviço por outras pessoas.
Agora, o Google decidiu que todo o trabalho de Awlaki representa uma exceção à regra. De acordo com o jornal americano The New York Times, uma busca por Awlaki em 2016 exibiu cerca de 70 mil vídeos. A mesma pesquisa atualmente mostra menos de 20 mil, a grande maioria dos quais são sobre Awlaki, em vez de ser ele próprio falando.