Google vai cobrar fabricantes que quiserem usar seus apps

Empresa vai cobrar na Europa ma taxa de licenciamento pela Google Play e serviços como Gmail, YouTube e Google Maps pela primeira vez

por Nathália Guimarães qua, 17/10/2018 - 10:54
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O Google está mudando a maneira como licencia seu conjunto de aplicativos para Android na Europa, passando a cobrar uma taxa de licenciamento pela Google Play e serviços como Gmail, YouTube e Google Maps pela primeira vez.

A mudança, segundo o site The Verge, é uma resposta a multa de US$ 5 bilhões recebida pela União Europeia (UE) por abusar da posição de liderança do seu sistema operacional para smartphones e tablets com o objetivo de garantir a hegemonia de seu serviço de busca online e do navegador Chrome.

Historicamente, o Google não cobra as fabricantes de smartphones pelo Android e seus aplicativos, devido à receita gerada pelo Chrome e pela pesquisa. Isso vai mudar, pelo menos na Europa. O sistema operacional permanecerá gratuito e de código aberto, mas se as marcas quiserem incluir em seus aparelhos os serviços do Google e a Google Play, terão que pagar uma taxa de licenciamento.

A Play Store e muitos outros aplicativos do Google, como Gmail, Google Maps e YouTube, serão agrupados sob um contrato de licenciamento pago. Ainda não está claro o valor das taxas. Mas, de uma forma ou de outra, os fabricantes de dispositivos vão precisar pagar se quiserem algum desses serviços do Google em seus produtos.

"Como a pré-instalação da busca do Google e do Chrome junto com nossos outros aplicativos nos ajudou a financiar o desenvolvimento e a distribuição gratuita do Android, apresentaremos um novo contrato de licenciamento pago para smartphones e tablets enviados para a Europa", informou um dos membros fundadores da equipe Android, Hiroshi Lockheimer.

Essas alterações afetam apenas os produtos do Google que são tradicionalmente integrados ao sistema operacional. Se as empresas não quiserem pagar, elas ainda poderão lançar no mercado um dispositivo sem os aplicativos e serviços do Google, como a Amazon faz há muito tempo e como já acontece na China, onde o Google não opera.

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